Tag: PREJUÍZOS

  • (VÍDEO) Temporal causa alagamentos e transtornos em Cuiabá 

    (VÍDEO) Temporal causa alagamentos e transtornos em Cuiabá 

    O forte temporal que atingiu Cuiabá na noite desta terça-feira (25) deixou ruas e avenidas completamente alagadas, causando transtornos para moradores e motoristas. Em algumas regiões, a água da chuva chegou a invadir residências, deixando famílias em situação crítica.

    Vídeos feitos por moradores mostram a dimensão dos alagamentos. Nas avenidas Fernando Corrêa, próximo ao mercado Fort Atacadista, e Palmiro Paes de Barros, no sentido bairro Parque Cuiabá, motoristas registraram congestionamentos e dificuldades para trafegar devido ao acúmulo de água. Em algumas imagens, condutores aparecem tentando atravessar as poças formadas pela chuva.

    Em outro registro,  um morador do bairro Três Barras exibe a altura que a água atingiu dentro de sua residência. No vídeo, um armário aparece sobre uma mesa, um galão de água boia na sala e um sofá está molhado nas extremidades, evidenciando os prejuízos causados pelo temporal.

    Até o momento, não há informações sobre feridos ou desabrigados. As autoridades ainda não divulgaram um balanço oficial dos estragos provocados pela chuva.

  • Aprosoja MT alerta para o atraso da colheita após 29 cidades decretarem situação de emergência por conta das chuvas

    Aprosoja MT alerta para o atraso da colheita após 29 cidades decretarem situação de emergência por conta das chuvas

    Produtores de soja e milho de Mato Grosso seguem enfrentando os desafios por conta da instabilidade do clima no estado, na safra 24/25. Se durante o período de plantio, muitas regiões do estado sofreram com o atraso da chuva, atrasando também o plantio da soja, agora com o período de colheita, sojicultores estão enfrentando problemas para colocar as colheitadeiras no campo, com as fortes chuvas em algumas cidades, principalmente na região leste e médio-norte.

    Até esta terça-feira (28.01), vinte e nove municípios decretaram situação de emergência por conta do alto índice de chuva, chegando a um acúmulo superior a 400 milímetros nas últimas semanas, interferindo diretamente na colheita da soja, como afirma o vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier.

    “Isso de certa forma já era esperado, pelo atraso de semeadura no plantio da safra 24/25 que também começou em ritmo muito lento. Porém, temos um fator que não contávamos, que é um fator inesperado, que é a grande quantidade de chuva. Nos últimos 20 dias, a chuva veio com força no estado, chuva em grandes volumes, e com muita frequência, impossibilitando os trabalhos no campo”, disse Bier.

    A logística também tem sido uma preocupação para os produtores, já que as fortes chuvas vem causando a destruição de estradas, pontes, provocando alagamentos, obstruindo as rodovias municipais devidos a atoleiros, deslizamentos, e tudo isso preocupa na hora de escoar a produção, como ressaltou Luiz Pedro Bier.

    “Armazenagem que é um gargalo no estado está sendo desafiada novamente, com os armazéns com muita fila, e com muito trabalho para secagem. E também a logística que com essas chuvas, piorou muito as estradas sem pavimentos, estão esburacadas e com atoleiros, é um cenário desafiador para o produtor mato-grossense”, afirmou o vice-presidente da Aprosoja MT.

    Com a janela mais curta, e atraso na colheita da soja, o plantio do milho também fica comprometido em Mato Grosso, o que gera ainda mais preocupação aos produtores rurais do estado. O vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier, ressalta ainda que o cenário pode mudar nos próximos dias, caso o clima ajude.

    “Nas próximas semanas devemos ter um avanço grande na colheita caso o sol apareça, porque tivemos um plantio atrasado e finalizado muito rápido, então a janela de plantio foi curta, e devemos ter um grande avanço da colheita nas próximas semana no estado inteiro”, finalizou Bier.

    A Aprosoja MT segue acompanhando a situação e reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura e logística para mitigar os desafios enfrentados pelos produtores. A entidade trabalha ativamente para buscar soluções que garantam melhores condições para o setor agrícola e minimizem os impactos dessas adversidades climáticas e estruturais.

  • Chuvas intensas comprometem a colheita da soja e geram prejuízos para produtores em MT

    Chuvas intensas comprometem a colheita da soja e geram prejuízos para produtores em MT

    Os produtores de soja e milho em Mato Grosso enfrentam um cenário de dificuldades devido às chuvas intensas que atingem o estado, atrasando a colheita e expondo fragilidades logísticas e de armazenamento. A situação preocupa a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), que acompanha de perto os impactos para a safra 24/25.

    Diego Bertuol, produtor rural em Marcelândia e diretor administrativo da Aprosoja MT, destacou que a situação é preocupante onde as chuvas intensas têm dificultado as operações. “O cenário é alarmante. Temos mais de 400 milímetros acumulados nos últimos 15 dias, impossibilitando as colheitas dos grãos prontos e também daqueles que já foram dessecados. Temos talhões com mais de 15 dias de dessecado, chegando a 20% de grãos avariados, outros com mais de 30% de umidade indo para o armazém, o que gera desconto de mais de 50% da carga. Vale lembrar ainda que o produtor, vem de uma safra de seca severa, perca agressiva no valor das comodities e, esse ano perca por chuva, então o produtor do estado do MT, vê com preocupação a crise que se encontra o setor”, relatou.

    Os dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) confirmam o atraso na colheita. Até o momento, apenas 1,41% da área plantada foi colhida, o que representa uma queda de 11,41% em relação ao mesmo período da safra anterior. Esse atraso também compromete a janela ideal para o plantio do milho, gerando ainda mais preocupação entre os produtores.

    De acordo com o vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier, além das perdas na qualidade dos grãos, os produtores enfrentam dificuldades logísticas agravadas pelo período chuvoso. Estradas não pavimentadas, amplamente utilizadas para o transporte de grãos, estão em condições críticas, dificultando ainda mais o escoamento da produção.

    “Em termos logísticos temos também as estradas que foram severamente danificadas. Principalmente aquelas que não têm pavimento, e a gente sabe que a grande maioria das que são utilizadas pelos produtores rurais, na parte do escoamento de grãos para esse frete curto, são estradas não pavimentadas”, destacou.

    O diretor administrativo da entidade, Diego Bertuol, lembrou que um outro problema evidenciado com a colheita da safra 24/25, é o de armazenagem. “A Aprosoja MT sempre alerta para o déficit de armazenagem, não só no estado do Mato Grosso, mas em todo Brasil. Em diversas regiões nós vemos poucos armazéns gerais recebendo, temos um problema com o fornecimento de energia elétrica para viabilizar novos armazéns e aqueles que nós temos hoje já não conseguem suportar a demanda. Com esse grande índice de pluviometria, nós vemos filas se formando, algumas cargas não sendo recebidas devido ao alto teor de umidade. Os produtores veem tudo isso com preocupação ainda mais atrelado à logística, impossibilitando que o produtor consiga levar o seu grão para os poucos armazéns que temos. Tudo isso encarece o custo por saca para o produtor”, afirmou.

    O produtor e delegado da Aprosoja MT, Cleverson Bertamoni, de São José do Rio Claro, relatou que as lavouras do médio norte estão em boas condições, porém o tempo de desenvolvimento da soja, atrasou. “As lavouras estão bem carregadas, bem formadas, grãos aparecem com uma formação muito boa, porém a maioria das lavouras estão verdes ainda, não estão maturadas, mas a gente espera uma boa safra de soja, a esperança nossa é que dê uma boa produção, mas tudo isso que falam depende do tempo, se o tempo não colaborar e não der para entrar as máquinas em campo na hora certa, essa projeção não vai se confirmar”, disse.

    O produtor ainda lembrou a preocupação com a safra de milho. “Estamos com atraso na colheita em relação ao ano passado, de 20 a 30 dias aqui na nossa região, encurtando consideravelmente nossa janela de milho para a segunda safra e os produtores estão preocupados, porque já adquiriram as sementes de milho, já adquiriram o fertilizante, todos os insumos para a segunda safra e agora não tem como voltar atrás, talvez vai ter que plantar fora da janela, meio arriscado, mas devido aos insumos já se encontram na propriedade, não tem como fazer a devolução. Então é bem preocupante”, disse Bertamoni, ao lembrar que por conta das previsões de super safra do milho, os produtores também venderam o cereal a um preço menor.

    Já na região leste, o produtor e vice-presidente Leste da Aprosoja MT, Lauri Jantsch, explicou que nas proximidades de Querência, a previsão é de que ocorra um número alto de avariados. “Após 10 dias de chuvas consecutivas, neste último sábado (18.01) abriu o sol e os produtores conseguiram retornar a colheita, pois os grãos estão bastante ruins, dando bastante avariada à soja. Na média, aqui na nossa região de Querência, está em torno de 20 a 25% de avariada essa soja colhida após a chuva”, explicou.

    Jantsch ainda contou que a colaboração entre os produtores vizinhos, tem sido a estratégia na região. “As estratégias que os produtores estão tomando na região aqui é ter cautela na dessecação da soja e os vizinhos, um ajudando o outro para retirar essa soja quanto mais rápido possível, porque existe essa preocupação, ter cautela na dessecação da soja”, disse.

    Sobre os impactos no plantio do milho, já atrasado devido ao início tardio das chuvas na safra de soja, Diego Bertuol criticou a divulgação de safra recorde. “O ciclo da soja, que chegaria com 110 ou 115 dias pronto para colher, está passando de 125 dias, além do aparecimento de algumas pragas. Isso acarreta em uma grande perda da produção. Essa narrativa de safra recorde não se enquadra para esse momento em Mato Grosso. Temos muitas perdas por grãos ardidos, brotados e pela dificuldade da soja em completar seu ciclo devido à nublosidade”, explicou.

    A Aprosoja MT segue acompanhando a situação e reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura e logística para mitigar os desafios enfrentados pelos produtores. A entidade trabalha ativamente para buscar soluções que garantam melhores condições para o setor agrícola e minimizem os impactos dessas adversidades climáticas e estruturais.

  • Queimadas causam prejuízos incalculáveis em Mato Grosso, afetando produção e meio ambiente

    Queimadas causam prejuízos incalculáveis em Mato Grosso, afetando produção e meio ambiente

    A prolongada seca que afeta Mato Grosso, com mais de 150 dias sem chuvas e baixos índices de umidade do ar, tem agravado os incêndios em áreas rurais e florestais. As chamas, impulsionadas por pastagens secas e palhada, estão causando sérios danos ao meio ambiente e à economia do estado.

    O setor produtivo de Mato Grosso enfrenta grandes perdas. Além da redução na produtividade, as queimadas estão destruindo a vegetação nativa e comprometendo a fertilidade do solo, prejudicando a biodiversidade. A perda de nutrientes afeta diretamente a capacidade de recuperação das áreas atingidas, gerando impactos de longo prazo.

    Além dos prejuízos ambientais, os incêndios também danificam infraestruturas essenciais, como redes de energia e telefonia, interrompendo serviços em áreas inteiras. Quando a rede elétrica é comprometida por incêndios de grande porte, cidades podem ficar sem comunicação e eletricidade, agravando a situação das áreas afetadas.

    A Importância da Prevenção

    A prevenção é a chave para minimizar os impactos dos incêndios em Mato Grosso. É necessário investir em medidas preventivas, como a criação de aceiros, roçadas e podas realizadas no início da estiagem, seguindo orientações ambientais. Essas ações ajudam a conter o avanço do fogo e a reduzir os danos à vegetação e às propriedades.

    A Assembleia Legislativa de Mato Grosso está empenhada em buscar soluções para mitigar os efeitos das queimadas, incluindo a perfuração de poços artesianos na Transpantaneira, visando reduzir o impacto da seca e ajudar no combate ao fogo.=

  • Incêndio destrói loja de implementos agrícolas em Tapurah

    Incêndio destrói loja de implementos agrícolas em Tapurah

    Um incêndio de grandes proporções destruiu completamente uma loja de implementos e peças agrícolas na tarde deste domingo (11), no município de Tapurah (MT). As chamas se alastraram rapidamente, consumindo todo o estabelecimento.

    Imagens que circulam nas redes sociais mostram a força do fogo, que tomou conta de toda a loja. A causa do incêndio ainda é desconhecida e está sendo investigada pelas autoridades competentes.

    Até o momento, não há informações sobre feridos. Na hloja havia materiais como pneus e lubrificantes, o que pode ter contribuído para que as chamas se alastrassem rapidamente.

    A loja de implementos agrícolas era um importante estabelecimento para a comunidade local, atendendo agricultores e pecuaristas da região. O incêndio causou grandes prejuízos ao proprietário e aos clientes.

  • Aprosoja-MT critica adiamento do Plano Safra 2024/25 e teme impacto no PIB e na economia

    Aprosoja-MT critica adiamento do Plano Safra 2024/25 e teme impacto no PIB e na economia

    A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) manifestou forte repúdio ao adiamento do anúncio do Plano Safra 2024/25 pelo governo federal. A decisão, tomada na última terça-feira (25.06), frustra as expectativas do setor e gera incertezas para o planejamento da próxima safra.

    Desorganização e Incompetência:

    O presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, critica duramente o adiamento, classificando-o como “prova da desorganização e incompetência do atual governo para gerenciar as políticas agrícolas do nosso país”. Segundo Beber, a medida coloca em risco o Produto Interno Bruto (PIB) e a economia brasileira como um todo, além de prejudicar diretamente os produtores rurais.

    Acesso ao Crédito Prejudicado:

    Um dos principais pontos de preocupação da Aprosoja-MT é o acesso ao crédito rural, fundamental para o início do plantio da soja, principal cultura agrícola do Brasil. Com o adiamento do Plano Safra, os agricultores correm o risco de ter que buscar crédito em instituições financeiras privadas, pagando juros mais altos e comprometendo ainda mais a sua rentabilidade.

    Atrasos no Plantio e Prejuízos:

    O adiamento do Plano Safra também pode gerar atrasos no planejamento da safra, impactando diretamente o calendário do agronegócio. Isso pode levar a atrasos na entrega dos produtos e no plantio da próxima safra, ocasionando ainda mais prejuízos para os produtores e para a economia brasileira.

    Falta de Compromisso:

    Lucas Costa Beber ressalta que o Plano Safra é um instrumento fundamental para a agricultura brasileira, previsto na legislação nacional. O presidente da Aprosoja-MT critica a falta de compromisso do governo com o setor, classificando o adiamento como mais um indicativo da desvalorização do agronegócio por parte das autoridades.

    Prejuízos ao Agronegócio:

    O adiamento do Plano Safra 2024/25 gera grande incerteza para o agronegócio brasileiro, um dos setores mais importantes da economia nacional. A Aprosoja-MT cobra do governo medidas imediatas para solucionar a situação e garantir a segurança jurídica e o planejamento adequado para a próxima safra.

  • Economia de Mato Grosso terá prejuízo com a quebra da safra da soja

    Economia de Mato Grosso terá prejuízo com a quebra da safra da soja

    A economia mato-grossense sofrerá um grande prejuízo por conta da quebra da safra 2023/2024 da soja. A observação foi feita pelo presidente da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, durante a feira Parecis SuperAgro.

    Costa Beber participou da abertura do evento, realizada nesta quarta-feira (10.04). Em sua fala, o presidente relembrou que esta foi uma safra atípica, na qual há uma queda de produtividade e alguns produtores rurais colheram apenas 10 ou 11 sacas por hectare. Os efeitos da forte estiagem que assolou o plantio da soja ainda estão sendo contabilizados, mas conforme o levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia e Agropecuária (Imea), o Estado deve fechar uma safra de aproximadamente 37,5 milhões de toneladas produzidas. Enquanto que, no ano passado, esse total foi de 45,3 milhões de toneladas.

    “No ano passado, só com a queda dos preços, estimamos que saíram mais de R$ 45 bilhões da economia do Estado. Este ano, contando a quebra da safra da soja e os valores, mais de R$ 80 bilhões devem deixar de circular. Isso, considerando que a gente tenha uma safra de milho boa, mas já sabemos que não serão todas as regiões que terão bons resultados porque nem todas estão sendo contempladas pelas chuvas”, explicou.

    Diante desse cenário e aproveitando a presença do Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, no evento, Costa Beber reforçou a necessidade de adoção de medidas efetivas para que os produtores rurais consigam sobreviver ao cenário desolador que enfrentam. A Aprosoja-MT, em janeiro deste ano, encaminhou uma carta ao Mapa com sugestões de medidas.

    A Aprosoja-MT pediu a destinação de R$ 500 milhões para alongamento de dívidas, com taxa de 5,5% ao ano; uma linha de crédito de 1,95 bilhão de dólares, a uma taxa de 5,5% ao ano e outra linha de credito de R$ 1,05 bilhão para equalização de juros agrícolas. “Esse pedido é para que a gente evite uma reação em cadeia para todo o setor”, pontuou.

    Em sua fala, Costa Beber tratou ainda da resolução 140 do Banco Central e pediu que ela seja revista. O texto prevê a restrição de acesso ao crédito agrícola por conta de áreas embargadas.

    Sabemos que muitas vezes o produtor está regular, mas devido a sobreposição cartográfica, o produtor fica com essa restrição ao crédito agrícola e isso é muito prejudicial”, argumentou.

    Por fim, a Aprosoja-MT abordou sobre o anúncio do arrolamento das dívidas de investimento. Segundo Costa Beber, a entidade está pronta para somar, caso o governo federal precise de orçamento extra justamente para o plano agrícola e para as linhas de crédito de renegociação.

    Também participaram da abertura da feira outras autoridades políticas como o vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, o prefeito de Campo Novo do Parecis, Rafael Machado, além de Bruno Giacomet, presidente do Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis e organizador do evento.

  • 87% dos produtores de MT não conseguem cobrir o custo total da soja, aponta pesquisa

    87% dos produtores de MT não conseguem cobrir o custo total da soja, aponta pesquisa

    Pesquisa divulgada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostra que poucos produtores de soja de MT vão conseguir cobrir o custo total da lavoura. O levantamento foi realizado com 1.187 produtores, que são responsáveis por cultivar cerca de 2,5 milhões de hectares, ou 21% de toda área plantada no estado.

    A pesquisa foi realizada em parceria com a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e divulgada durante reunião com os associados, na sede da entidade, em Cuiabá. Dos produtores que responderam a pesquisa, 80% já concluíram a colheita da oleaginosa. A pesquisa alcançou 99 dos 141 municípios do Estado.

    Segundo a pesquisa, 153 produtores, ou 12,8% dos respondentes, tiveram produtividades acima do custo total, que ficou acima de 65 sacas. Por outro lado, 1.034 agricultores terão produtividades inferiores aos custos, ou 87,2%. Já a produtividade média das áreas levantadas é de 51,82 sc/ha, 20,25% menor que na temporada anterior, quando foi registrada 64,97 sc/ha.

    A região mais penalizada pelas ondas de calor e a estiagem é a Oeste, que teve produtividade de 47,83 sc/ha, seguida pela Sul, com 51,75 sc/ha; Leste, com 52,70 sc/ha. Já a região Norte teve a maior produtividade, estimada em 53,49 sc/ha.

    Ademais, dos produtores que responderam ao levantamento, 9% revelaram ocorrência de tombamento das plantas e 16,5% registraram abandono de área, em razão da baixa produtividade.

    Safra de milho

    O Imea também perguntou aos agricultores sobre as expectativas para a segunda safra de milho. A região que mais reduziu área para o cereal é a Leste, que diminuiu 26,2%; seguida da Oeste, com redução de 15,33%; Sul, com 12,97% e a Norte, com 7,28%. Já a redução média estadual deve ser de 8,44%, estimada em 6,94 milhões de hectares.

    O presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, destaca a importância da participação dos produtores no levantamento e ressalta que na segunda quinzena deste mês, os pesquisadores do Imea estarão à campo fazendo levantamento da safra de milho.

    “É importante que o produtor participe dos levantamentos futuros do Imea, pois quanto mais produtores responderem, mais a pesquisa consegue refletir a realidade do campo e a gente transmitir esses dados para a sociedade e para os mercados. Então, a gente pede que o produtor nos ajude nessa missão”, pontua o presidente.

    Pedido de socorro

    Nesta semana, a Aprosoja-MT voltou a cobrar mais medidas do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para ajudar os produtores de Mato Grosso.

    Em comunicado divulgado na quinta (4), a entidade destacou que a medida anunciada pelo governo federal, de renegociar as parcelas de financiamentos que vencem em 2024, apesar de importante, não é suficiente para conter a crise. A entidade pede que o Mapa dialogue com as empresas exportadoras sobre as cláusulas washouts.

    A ‘cláusula washout’ se trata de obrigações entre as partes em caso de não cumprimento do contrato. Em um cenário onde o produtor não consiga entregar o produto, ele poderia ser obrigado a comprar o grão no mercado de acordo com a cotação do dia e entrega-lo para a empresa compradora, além do pagamento de multa.

    “Não houve nenhuma sinalização do Mapa sobre conversar com as empresas exportadoras sobre as cláusulas washouts. Muitos produtores podem não ter produto para entregar, então essa é uma das nossas grandes preocupações nesse momento”, enfatizou o presidente Lucas Costa Beber.