Tag: PREÇOS

  • Avanço do dólar e demanda externa elevam preço da soja no BR

    Avanço do dólar e demanda externa elevam preço da soja no BR

    Os preços da soja subiram nos mercados nacional e internacional ao longo da última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, no Brasil, a alta nos valores foi intensificada pela expressiva valorização do dólar frente ao Real – a moeda norte-americana chegou a ser negociada acima de R$ 6 na semana passada.

    O ritmo de negócios no mercado spot nacional, no entanto, foi limitado pela forte oscilação cambial, que deixou parte dos agentes mais cautelosa e à espera de melhores oportunidades. O setor nacional segue bastante atento ao contexto externo. No dia 9, o governo dos Estados Unidos suspendeu as tarifas recíprocas de vários países (incluindo o Brasil) por 90 dias, com exceção da China.

    Pesquisadores do Cepea indicam que, por um lado, esse cenário trouxe certo alívio ao mercado e movimentou as transações internacionais, mas, por outro, acirrou a guerra comercial com a China, que, por sua vez, deve buscar intensificar as importações de outros países, como o Brasil – vale lembrar que a China já é o principal destino da soja brasileira.

  • Preços da mandioca sobem na semana

    Preços da mandioca sobem na semana

    Na última semana, os preços da mandioca subiram na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, com menor interesse pela comercialização por conta da rentabilidade, ou ainda priorizando outras atividades – entre elas o preparo de solo –, produtores ofertaram volumes abaixo das expectativas de compradores, que estão com demanda mais fortalecida.

    Entre 7 e 11 de abril, a média nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 557,80 (R$ 0,9701/grama de amido), aumento de 0,5% sobre a do período anterior.

    Diante da oferta limitada de matéria-prima, colaboradores consultados pelos Cepea afirmam já haver casos de empresas se abastecendo em áreas mais distantes, o que se reflete nas médias regionais/estaduais.

  • Etanol: Preços iniciam nova safra em recuperação

    Etanol: Preços iniciam nova safra em recuperação

    Após caírem por quatro semanas consecutivas, os preços dos etanóis hidratado e anidro abriram a primeira semana oficial de moagem da nova safra 2025/26 em movimento de recuperação, conforme apontam levantamentos do Cepea.

    Entre 31 de março e 4 de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou em R$ 2,7398/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 0,31% frente ao da semana anterior. Para o anidro, o avanço foi de 2,63%, com o Indicador CEPEA/ESALQ a R$ 3,1591/litro.

    Segundo pesquisadores do Cepea, a demanda por etanol esteve um pouco mais aquecida no mercado paulista e também em outros estados do Centro-Sul do Brasil. Alguns players comentaram que a proximidade dos feriados prolongados da Páscoa e de Tiradentes em abril tendem a aquecer as compras e, com isso, distribuidoras buscaram repor seus estoques.

    Agentes de usinas, por sua vez, estiveram firmes nos valores pedidos por novos lotes, seja por conta dos estoques reduzidos e/ou pela ocorrência de chuva, que paralisou pontualmente a colheita, ainda conforme o Centro de Pesquisas.

  • Baixa oferta de trigo sustenta cotações em alta

    Baixa oferta de trigo sustenta cotações em alta

    Os preços do trigo continuam em alta, impulsionados, segundo pesquisadores do Cepea, pela baixa oferta doméstica do cereal neste período de entressafra.

    A reduzida disponibilidade interna, e o consequente maior preço no Brasil, também tem elevado as importações de trigo.

    Dados da Secex analisados pelo Cepea mostram que, em março/25, foram adquiridas 651,79 mil toneladas do cereal, volume 12% acima do de fevereiro/25 e 27,6% superior ao de março/24. O preço médio de importação foi de US$ 234,07/tonelada em março, o que, em moeda nacional, seria de R$ 1.344,25/t, ou seja, mais competitivo que o valor praticado no mercado doméstico.

    Na parcial de 2025 (de janeiro a março), foram importadas 1,951 milhão de toneladas, 18% a mais que no primeiro trimestre de 2024, ainda segundo dados da Secex.

    Quanto aos embarques, foram 280,06 mil toneladas em março/25, a menor quantidade deste ano. O total escoado nos primeiros três meses foi de 1,46 milhão de toneladas, 28% abaixo de igual intervalo do ano passado.

  • Tarifas devem reforçar pressão sobre cotações da soja

    Tarifas devem reforçar pressão sobre cotações da soja

    Os valores dos contratos futuros do complexo soja negociados na CME Group (Bolsa de Chicago) vêm caindo nas últimas semanas, sobretudo os do grão e do farelo.

    Pesquisadores do Cepea explicam que, além do avanço da colheita no Brasil (principal produtor e maior exportador mundial de soja) e dos estoques elevados nos Estados Unidos, as tarifas de importações impostas pelo governo norte-americano na semana passada e as consequentes retaliações devem reforçar o movimento de baixa nos próximos dias.

    No caso de produtos agrícolas, análise do Centro de Pesquisas indica que, certamente, tarifas desta natureza inviabilizam as compras nos Estados Unidos e levam demandantes externos, como a China, a buscar novos fornecedores.

    Nesse ambiente, os preços da soja também recuaram no spot nacional, mas, conforme levantamentos do Cepea, o movimento de queda foi limitado pelo avanço dos prêmios de exportação no País, que, por sua vez, subiram diante da maior demanda internacional pelo grão brasileiro.

  • IPPA avança 2,4% em fevereiro; no bimestre, alta chega a 19,4%

    IPPA avança 2,4% em fevereiro; no bimestre, alta chega a 19,4%

    Pesquisas do Cepea mostram que, em fevereiro, o Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) avançou 2,4% em termos nominais em relação ao mês anterior. Com exceção do IPPA-Hortifrutícolas, que recuou 10,6%, os demais grupos de alimentos apresentaram alta na comparação mensal: IPPA-Grãos (0,6%), IPPA-Pecuária (4,6%) e IPPA-Cana-Café (5,8%).

    O IPA-OG-DI Produtos Industriais, calculado e divulgado pela FGV, registrou leve crescimento de 0,9%, o que indica que, de janeiro para fevereiro, os preços agropecuários se valorizaram em relação aos industriais da economia brasileira.

    No cenário internacional, as cotações dos alimentos convertidas em Reais caíram 5,6%, resultado das quedas tanto do dólar (-4,3%) quanto dos preços internacionais dos alimentos (-5,6%).

    Comparando-se o primeiro bimestre com período equivalente do ano passado, verificou-se expressivo aumento de 19,4% do IPPA, em razão das altas observadas nos seguintes grupos de alimentos: IPPA-Cana-Café (36%), IPPA-Pecuária (26,2%) e IPPA-Grãos (10,5%), ainda conforme levantamentos do Cepea.

    Por outro lado, o IPPA-Hortifrutícolas apresentou recuo de 7,1%. Na mesma comparação, o IPA-OG-DI subiu 7%, enquanto os preços internacionais dos alimentos convertidos em Reais avançaram 26,9%, resultado da combinação do aumento de 6,3% nas cotações dos alimentos com uma expressiva valorização de 19,3% do dólar.

  • Demanda externa eleva ritmo de negócios da soja no Brasil

    Demanda externa eleva ritmo de negócios da soja no Brasil

    A maior demanda externa pela soja brasileira elevou o ritmo de negócios no spot nacional na última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário foi influenciado pela valorização do dólar frente ao Real, que que deixa as commodities do Brasil mais atrativas aos consumidores estrangeiros.

    Além disso, sojicultores mostram mais interesse em comercializar parte da safra 2024/25 no mercado spot, especialmente para “fazer caixa” para o custeio de financiamentos para a próxima temporada.

    De acordo com dados preliminares da Secex analisados pelo Cepea, até o dia 21 de março, o Brasil já havia embarcado 10,25 milhões de toneladas de soja, 59,5% a mais que o volume escoado em todo o mês de fevereiro.

    Quanto à colheita, as atividades seguem em ritmo intenso, e o clima vem contribuindo para produtividades excepcional em grande parte do Brasil. De acordo com a Conab, até 23 de março, 76,4% da área total havia sido colhida, superando os 66,3% registrados no mesmo período de 2024 e acima da média de cinco anos, de 66,2%.

  • Preço do etanol hidratado em MT sobe mais de 28% em um ano e atinge maior média desde junho de 2022

    Preço do etanol hidratado em MT sobe mais de 28% em um ano e atinge maior média desde junho de 2022

    O preço médio do etanol hidratado em Mato Grosso registrou forte valorização em fevereiro de 2025, com alta de 28,39% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O litro do biocombustível chegou a R$ 4,16, alcançando a maior média mensal desde junho de 2022. O aumento foi impulsionado principalmente pela combinação de maior demanda e redução na oferta, típica do período de entressafra da cana-de-açúcar.

    Apesar da elevação nos preços, a competitividade do etanol em relação à gasolina foi mantida. Em fevereiro, a paridade ficou em 65,41%, abaixo do limite de 70% considerado como ponto de equilíbrio para a escolha entre os dois combustíveis, o que torna o etanol uma alternativa economicamente viável para o consumidor mato-grossense.

    Na média parcial de março, considerando os dados até o dia 15, o etanol hidratado já acumula uma nova alta de 1,32% frente ao mês anterior, indicando que a tendência de valorização pode continuar nos próximos períodos, especialmente se persistirem as condições de menor oferta e demanda aquecida.

  • Preços da arroba do boi atravessam o mês praticamente estáveis

    Preços da arroba do boi atravessam o mês praticamente estáveis

    Desde o início de março, os preços do boi gordo operam dentro de um pequeno intervalo – em São Paulo, as médias da arroba estiveram entre R$ 309,20 e R$ 312,95.

    Segundo pesquisadores do Cepea, as negociações vêm sendo marcadas pela cautela de compradores que têm, aos poucos, concedido reajustes aos preços da arroba, mas estes agentes estão atentos à estabilidade dos valores da carne no mercado atacadista.

    Muitos frigoríficos estão com escalas de abate entre 5 e 7 dias. Pecuaristas, por sua vez, estão bastante resistentes, pedindo cotações maiores e mantendo baixa a oferta. No front externo, as exportações nesta parcial de março estão aquecidas.

    De acordo com dados da Secex, a média diária de embarques até a terceira semana do mês superava em 51% a de março/24; e os preços em Reais estavam 24% maiores.

  • Preços do arroz caem para o menor patamar nominal desde out/22

    Preços do arroz caem para o menor patamar nominal desde out/22

    Em queda há sete semanas, os preços do arroz em casca levantados pelo Cepea acumulam baixa de 21,3% desde final de janeiro, voltando ao menor patamar desde 21 de outubro de 2022.

    Segundo o Centro de Pesquisas, esse cenário preocupa vendedores de forma geral, pois os custos totais de produção do cereal no Rio Grande do Sul são estimados na casa dos R$ 100/sc de 50 kg nesta temporada.

    Diante dos fortes recuos, a liquidez segue baixa, ainda conforme pesquisas do Cepea. Vendedores, no geral, se mostram retraídos para novas negociações, mas a necessidade de caixa leva parte deles a ceder aos pedidos de compradores.

    Quanto à colheita, as atividades continuam avançando satisfatoriamente, com alguns relatos de talhões acamados ou mesmo de quebras acima do normal no beneficiamento.