Tag: PREÇOS

  • Algodão/Cepea: preços da pluma oscilam em novembro

    Algodão/Cepea: preços da pluma oscilam em novembro

    Os preços internos do algodão em pluma têm oscilado ao longo de novembro. Segundo pesquisadores do Cepea, isso está relacionado a variações na paridade de exportação, nos preços internacionais e na taxa de câmbio.

    Assim, no balanço, verificam-se alta nos valores na semana e queda na parcial do mês. Pesquisadores do Cepea indicam que a liquidez está baixa, diante de desacordos quanto à qualidade e aos valores dos lotes disponíveis no spot. Vendedores priorizam o cumprimento de contratos a termo para os mercados interno e externo.

    Desta forma, produtores se atentam agora ao encerramento do beneficiamento da safra 2022/23 e ao cultivo da nova temporada, especialmente da soja, aguardando melhores oportunidades para retomar as negociações de algodão.

  • Reajuste da Petrobras: gasolina cai, mas diesel sobe

    Reajuste da Petrobras: gasolina cai, mas diesel sobe

    A partir deste sábado (21), o preço médio dos combustíveis vendidos para as distribuidoras passa a ser de R$ 2,81 por litro, uma redução de R$ 0,12 por litro. Como existe uma mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro na composição da gasolina comercializada aos postos, a parcela da Petrobras vai ser, em média, de R$ 2,05 a cada litro vendido na bomba.

    O preço médio de venda do diesel para as distribuidoras vai ser de R$ 4,05 por litro, um aumento de R$ 0,25 por litro. Como é obrigatória a mistura de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel vendido aos postos, a parcela da Petrobras vai ser, em média, de R$ 3,56 a cada litro vendido na bomba.

    Na variação acumulada no ano dos preços de venda da gasolina A e do diesel A para as distribuidoras, há uma redução de R$ 0,27 por litro de gasolina e de R$ 0,44 por litro de diesel.

    “A estratégia comercial que adotamos na Petrobras nesta gestão tem se mostrado bem-sucedida, sobretudo no sentido de tornar a empresa competitiva no mercado e evitar o repasse de volatilidade para o consumidor. Prova disto é que ao longo deste ano, mesmo com o valor do brent mais alto que no ano passado, os preços dos nossos produtos acumulam quedas, muito diferente do que aconteceu ao longo de 2022”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

    A Petrobras informa que os reajustes na gasolina e no diesel podem ser explicados por movimentos distintos no mercado e na estratégia comercial da estatal. No caso da gasolina, há o fim do período de maior demanda global, com maior disponibilidade e desvalorização do produto frente ao petróleo. No caso do diesel, a demanda global se mantém, com expectativa de alta sazonal, o que faz o produto ter maior valorização frente ao petróleo. A companhia também reforçou que procura evitar o repasse da volatilidade do mercado internacional e da taxa de câmbio para a sociedade brasileira, mas que também preserva um ambiente competitivo nos termos da legislação vigente.

     
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  • Brinquedos mostram variação de preço  de até 251% em lojas virtuais

    Brinquedos mostram variação de preço de até 251% em lojas virtuais

    Levantamento de preços feito pelo Procon do estado do Rio de Janeiro (Procon-RJ) em 13 lojas virtuais, com foco no Dia das Crianças, constatou variação de até 251% nos valores de 100 brinquedos. A pesquisa foi feita de 25 de setembro a 2 de outubro em diferentes sites direcionados às crianças, que vêm sendo fiscalizados pela autarquia. Três deles foram notificados por apresentar irregularidades na informação do preço que, segundo o Procon, podem induzir o consumidor ao erro.

    Os sites notificados após a fiscalização terão 48 horas para fazer a adequação. O levantamento feito em lojas que tinham mais de um fornecedor do produto pesquisado considerou na pesquisa o menor valor. A sondagem pode ser acessada aqui. Os preços informados podem variar conforme a data.

    De acordo com o levantamento, as variações mais significativas nos valores dos brinquedos foram de 251% em um jogo e 235% em um quebra-cabeça. A menor variação foi encontrada em um lançador com acessórios, que variou 12% em lojas diferentes. O presidente do Procon Estadual, Cássio Coelho, disse que o faturamento do e-commerce deverá aumentar 8% no Dia das Crianças este ano, em relação ao ano passado, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm).

    Coelho informou que o objetivo da pesquisa foi ajudar o consumidor e demonstrar que se ele pesquisar o mesmo produto em locais diferentes, pode encontrar valores diversos e economizar de modo significativo. “Também manteremos a vigilância no e-commerce. Durante a semana do Dia das Crianças, faremos fiscalizações em lojas que comercializam produtos para esse público. Queremos garantir a segurança dos consumidores e orientar os fornecedores quanto às boas práticas de consumo”, disse o presidente do Procon-RJ.

    Recomendações

    Considerando que o Dia das Crianças movimentará o comércio eletrônico e também lojas físicas, o Procon dá algumas dicas para os consumidores. Uma sugestão importante é pesquisar, porque produtos idênticos podem apresentar grandes variações nas lojas. “Se for fazer compra de forma virtual, fique atento ao prazo de entrega e às especificações do produto”. É preciso também verificar a classificação etária do brinquedo, que deverá ser adequada à idade da criança.

    O consumidor deve verificar se o brinquedo adquirido tem o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Isso garantirá que o produto passou por testes antes de ser liberado para comercialização. Outras dicas são observar o rótulo e certificar-se de que não há agentes que possam causar intoxicações ou alergias à criança.

    ‘Não digite dados pessoais e não envie fotos por meio de links, aplicativos de mensagens, e-mails ou sites desconhecidos. Veja com outros consumidores a credibilidade do site em que fará a compra e, também, busque sites específicos para isso, como o consumidor.gov.br, recomenda a autarquia. É preciso estar atento à política de troca de cada loja, pois ela não é obrigatória.

    O Procon-RJ lembra que o arrependimento é um direito do consumidor e poderá ser exercido para compras realizadas pela internet, por telefone e até mesmo por catálogos. Nesse caso, o consumidor terá sete dias para desistir da compra, por qualquer motivo, e deverá ser restituído do valor pago, inclusive do frete. A autarquia orienta ainda que o consumidor deve sempre pedir a nota fiscal, não importa a modalidade da compra. Mais informações podem ser obtidas no endereço www.procon.rj.gov.br.

    Edição: Graça Adjuto
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  • Frio influencia preços de frutas e hortaliças no atacado

    Frio influencia preços de frutas e hortaliças no atacado

    O frio tem causado impactos nos preços de frutas e hortaliças comercializadas no país. É o que mostra o 7º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta quinta-feira (20), em Brasília, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    O boletim analisa a comercialização exercida nos entrepostos públicos de hortigranjeiros das principais centrais de abastecimentos (Ceasas) do país, localizadas em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba, São José (SC), Goiânia, Brasília, Recife, Fortaleza e Rio Branco.

    Segundo a Conab, o impacto tem sido observado na demanda e na oferta dos produtos, de forma a reduzir preços de produtos muito presentes nas mesas dos brasileiros, como alface, cenoura e tomate, bem como nas cotações de laranja, mamão e melancia.

    “No caso da alface, a baixa ocorreu mesmo com uma diminuição também na quantidade de produto encontrado nos mercados analisados. Isso porque a demanda registrou redução mais intensa, comportamento normal para esta época do ano com temperaturas mais baixas, o que não permitiu a reação dos preços da folhosa”, explica a Conab.

    No caso da cenoura e do tomate, o controle de oferta não impediu o menor valor de comercialização das hortaliças. “Com a permanência do frio, o desenvolvimento dos dois produtos tende a ser mais demorado, o que pode exercer pressão de alta nos preços em julho”, explicou a companhia.

    As baixas temperaturas também refletiram em uma menor demanda de frutas como laranja, melancia e mamão, influenciando nos preços mais baixos na média.

    Tanto no caso da alface como no do mamão, o maior percentual de queda foi registrado na Ceasa de Goiânia. As reduções ficaram em 26,7% e 33,99%.

    Batata e maçã em alta

    Já os preços médios para batata e maçã subiram. A alta da batata se deve a uma menor entrada do produto nos mercados atacadistas. No caso da maça, houve aumento “mesmo em meio à diminuição da demanda nos principais centros consumidores em virtude do frio, do início das férias escolares e também das festividades juninas no mês de junho, que acabaram por impactar as vendas no atacado”, justificou a Conab.

    “Entretanto, mesmo com o mercado lento, os preços subiram por causa do grande controle de oferta que possuem as companhias classificadoras mediante o uso das câmaras frias, estruturas que aumentam o período de conservação da fruta”, acrescentou.

    As variações de preços da banana e da cebola foram pequenas dentro de uma estabilidade de preços na média ponderada.

    Edição: Kleber Sampaio

  • Petrobras anuncia redução em R$ 0,44 valor do diesel e em R$ 0,40 o da gasolina

    Petrobras anuncia redução em R$ 0,44 valor do diesel e em R$ 0,40 o da gasolina

    A Petrobras acaba de anunciar a redução em R$ 0,44 por litro do preço médio do diesel para as distribuidoras, que passará de R$ 3,46 para R$ 3,02.

    Já o preço médio da gasolina será reduzido em R$ 0,40 por litro, passando de R$ 3,18 para R$ 2,78 – valor pago pelas distribuidoras.

    Em nota, a Petrobras destaca que o valor cobrado ao consumidor final nos postos é afetado por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda.

    “A Petrobras recupera sua liberdade de estabelecer preços. Nos alforriamos de um único e exclusivo fator, que era a paridade”, afirmou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates à imprensa, em Brasília.

    “Era hora de abrasileirar os preços dos combustíveis”, avaliou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacando que hoje é um dia de festa para o governo e para a sociedade.

    Gás de cozinha

    A Petrobras anunciou também uma redução de 21,3% no preço médio de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP).

    A partir desta quarta-feira (17), a Petrobras venderá o botijão de 13 quilos de GLP às distribuidoras por um valor, em média, R$ 8,97 inferior ao atual. Se as distribuidoras repassarem a economia integralmente ao consumidor final, o botijão poderá chegar às residências pelo preço médio de R$ 99,87.

    “Esta é a melhor notícia. Baixamos [o preço do botijão] de R$ 100”, comentou Prates logo após se reunir com o ministro de Minas e Energia. De acordo com o presidente da Petrobras, esta é a primeira vez, desde outubro de 2021, que o preço do botijão de gás vendido às distribuidoras cai abaixo dos R$ 100.

  • IGP-DI tem alta de 0,04% em fevereiro

    IGP-DI tem alta de 0,04% em fevereiro

    O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,04%, um pouco menos do registrado em janeiro, de 0,06%. No ano, o indicador acumula alta de 0,09% e 1,53% em 12 meses. No mesmo mês no ano passado tinha avançado 1,50% e acumulava elevação de 15,35% em 12 meses. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

    IPA

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) recuou 0,04% em fevereiro, enquanto no mês anterior a queda foi de 0,19%. Segundo o Ibre, na avaliação por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais saiu da queda de 0,04% em janeiro para alta de 0,21% em fevereiro. O item combustíveis para o consumo, que, do recuo de 2,31% em janeiro, chegou à elevação de 3,84% em fevereiro, foi a principal influência na aceleração da taxa. O índice de Bens Finais, que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, saiu do avanço de 0,15% em janeiro para a retração de 0,49% em fevereiro.

    De acordo com o Ibre, a taxa do grupo Bens Intermediários saiu da queda de 1,19% em janeiro para o recuo de 0,70% em fevereiro. “O principal responsável pela queda menos intensa foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de menos 3,98% para menos 3,54%”, informou, acrescentando que o índice de Bens Intermediários, calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, teve queda mais acentuada em fevereiro, de 0,12% na comparação com a anterior, quando registrou redução de 0,60%.

    Depois de avançar 0,79% em janeiro, o estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 0,44% em fevereiro. O resultado foi favorecido pelos desempenhos dos itens minério de ferro que passou de 7,05% para 2,63%; soja em grão de queda de 1,53% para queda de 3,06%, e bovinos, de queda de 1,08% para menos 2,37%. No movimento contrário, ficaram café em grão (0,92% para 10,07%), leite in natura (0,03% para 3,07%) e cana-de-açúcar (-0,70% para 0,72%).

    IPC

    Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) após crescer 0,80% em janeiro variou 0,34% em fevereiro. Conforme o Ibre, quatro das oito classes de despesa componentes desse indicador apresentaram redução nas suas taxas de variação como Educação, Leitura e Recreação (de 3,28% para -0,80%), Alimentação (de 0,48% para -0,03%), Transportes (de 0,92% para 0,43%) e Comunicação (de 0,73% para 0,67%). “Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: cursos formais (7,45% para 0,00%), hortaliças e legumes (-0,27% para -7,09%), gasolina (1,12% para -0,26%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (1,66% para 0,96%)”, observou o Ibre em texto publicado no site da FGV.

    Em desempenhos diferentes, os grupos Habitação (0,26% para 0,60%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,42% para 0,84%), Vestuário (-0,08% para 0,36%) e Despesas Diversas (0,97% para 1,01%) registraram elevação nas suas taxas. “Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: aluguel residencial (-1,08% para 2,71%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,17% para 1,35%), roupas (-0,20% para 0,49%) e serviços bancários (1,26% para 1,49%)”, aponta a pesquisa.

    Núcleo

    O núcleo do IPC subiu para 0,36% em fevereiro, enquanto em janeiro tinha sido de 0,28%. Dos 85 itens integrantes do IPC, 23 foram excluídos do cálculo do núcleo. Entre eles, 10 apresentaram taxas abaixo de menos 0,34% e 13 registraram variações acima de 0,80%. O Ibre informou ainda que o índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, chegou a 60%, o que representa 9,68 pontos percentuais abaixo do registrado em janeiro. Naquele mês tinha ficado em 69,68%.

    INCC

    O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,05% em fevereiro, o que significa um recuo em relação ao mês anterior, quando registrou 0,46%. Os três grupos que compõem o INCC tiveram comportamentos diferentes na passagem de janeiro para fevereiro. Materiais e Equipamentos saíram de alta 0,05% para queda de 0,12%; Serviços recuaram de 1,02% para 0,97% e Mão de Obra de 0,70% para 0,02%.

    Para o coordenador dos Índices de Preços, André Braz, embora o índice ao produtor tenha apresentado queda menos intensa (de menos 0,19% para menos 0,04%), os outros índices componentes do indicador geral desaceleraram, o que manteve praticamente estável a variação média do IGP.

    “A inflação ao consumidor [de 0,80% para 0,34%] recuou dada a desaceleração do grupo Educação, Leitura e Recreação e a inflação para a construção civil [de 0,46% para 0,05%] cedeu diante da alta menos intensa registrada para os preços dos Materiais, Equipamentos e Serviços e da Mão de Obra”, disse o Ibre.

    Edição: Fernando Fraga

  • Conab diz que frutas registram queda de preços

    Conab diz que frutas registram queda de preços

    Balanço divulgado hoje (17), em Brasília, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revela queda de preços – no atacado – de produtos hortifruti como banana, laranja, mamão e melancia, em função da maior oferta e de menor demanda por parte de consumidores.

    O 1º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), no entanto, identificou alta, nas Centrais de Abastecimento (Ceasas), das cotações de batata e tomate, em parte pela transição de safras. O documento de janeiro apresenta cotações observadas em dezembro de 2022.

    Para a Conab, a queda no preço da banana foi influenciada principalmente pela maior oferta da banana nanica, favorecida pelas chuvas e temperaturas de novembro em suas principais regiões produtoras, resultando no enchimento nos cachos e nas vendas ocorridas em dezembro e janeiro.

    “No caso da banana prata, tivemos uma oferta controlada, mas com alta de preço para a banana prata. Houve ligeiro aumento da oferta e queda de preços para a banana nanica”, detalhou o gerente substituto de produtos hortifrutigranjeiros, Ênio Souza.

    Mamão e laranja

    O mamão também teve oferta controlada, no caso do papaia, enquanto o formosa acusou pequeno aumento de produção em regiões da Bahia, Rio Grande do  Norte e Ceará.

    “As exportações [de mamão] em 2022 caíram principalmente por causa da baixa oferta nacional, decorrente de problemas nos anos anteriores, que resultaram em redução da área plantada”, argumentou Souza.

    O preço da laranja apresentou tendência de queda de consumo – e consequentemente de preço – na maioria das centrais analisadas pela Conab. Segundo a companhia, essa queda se deve ao fato de dezembro ter sido um mês atípico – com Copa do Mundo, no início, e a concorrência com as frutas do natal, no fim do mês, como ameixa e pêssego.

    “As cotações de laranja apresentaram poucas oscilações, oferta controlada no varejo, devido à boa absorção da fruta pela indústria produtora de suco. Então, temos boas perspectivas para a indústria de suco para exportação e perspectiva de crescimento no mercado europeu, além de conquista de mais espaço no mercado norte-americano e da manutenção do preço do suco em patamares elevados”, disse o gerente da Conab.

    Melancia e maçã

    As particularidades de dezembro influenciaram também o preço da melancia e da maça. No caso da melancia, esse fator foi potencializado pelo clima mais chuvoso, que resultou em um “menor fluxo de comercialização, impactando negativamente nas cotações”. A redução de preço foi determinada também pela maior oferta desse produto, em especial em São Paulo.

    De acordo com a Conab, entre as frutas analisadas no documento, apenas a maçã teve alta nos preços em dezembro, com os estoques nas companhias classificadoras estando baixos, o que pressiona as cotações.

    “Para a maçã, esses estoques baixos eram destaque no final de 2022, e os preços continuam elevados. Só não dispararam devido à rejeição dos consumidores em relação aos preços que já estavam em ascensão. Tem também a questão da concorrência com as frutas natalinas em dezembro”, acrescentou Ênio Souza.

    Batata, tomate e alface

    O levantamento da Conab identificou que, se por um lado a maioria das frutas teve redução de preços em dezembro, ao mesmo tempo batata e tomate ficaram mais caros.

    “Em Rio Branco, a alta na cotação do tubérculo chegou a 61,4%. Esse aumento é explicado pela finalização da safra de inverno e entrada, ainda insuficiente para atender a demanda, da safra das águas”, explicou a Conab.

    Situação similar foi observada com o tomate, onde ocorre a transição da safra de inverno para o verão. “A alta da média ponderada de preço em dezembro foi de 18,37% em relação à média de novembro. Os níveis atuais de disponibilidade do fruto nos mercados não sustentam os preços, pressionando-os para cima”, justificou.

    No caso da batata, os preços estão em alta “na maioria dos mercados”, com o preço médio ponderado subindo 5,71% em relação a novembro. As maiores altas ocorreram nas Ceasas de Rio Branco, no Acre, (61,40%) e do Rio de Janeiro (20,38%).

    “A alta não foi unânime, sendo que em São Paulo a cotação ficou 5,75% abaixo de novembro. Pelo lado da oferta, ocorreu a intensificação da safra das águas, sobretudo no Paraná, elevando as entradas nas Ceasas”, constatou a pesquisa.

    Foi também verificado aumento no preço da alface, cuja cotação foi influenciada pelas condições climáticas das regiões produtoras. “Além disso, com as temperaturas mais elevadas no verão, a demanda pelas folhosas tende a aumentar, mantendo os preços em alta”.

    Já cebola e cenoura apresentaram tendência de queda nos valores. “Na Ceasa de Curitiba, o preço do bulbo caiu 24,86%. Fato a se ressaltar é o aumento significativo da oferta da Região Sul em dezembro”, detalhou a Conab.

    “Na comparação entre dezembro de 2022 com o mesmo período de 2021, a oferta sulista subiu mais de 400%. Mesmo com a queda registrada no mês passado, dado o longo período de alta, os preços continuam em níveis elevados”, acrescentou.

    A cenoura registrou queda de 4,81% no preço médio ponderado, na comparação com a média de novembro. No âmbito nacional, a oferta teve alta de 12%, pressionando para mais uma queda nas cotações.

    Frutas exportadas

    O boletim da Conab também verificou que, em 2022, o acumulado de exportações de frutas foi menor em relação a 2021 tanto em volume quanto em receita.

    As frutas enviadas ao exterior somam 1,04 milhão de toneladas, “queda de 15,9%, enquanto que o faturamento ficou em torno de US$ 1,08 bilhão, 11,6% abaixo daquilo que foi computado em 2021. O menor ritmo nas vendas ao mercado externo é explicado tanto pelo aumento nos custos de produção como pelos problemas climáticos em importantes áreas de cultivo que prejudicaram a produção das frutas no país”, finalizou o boletim da Conab.

    Edição: Kleber Sampaio

  • Conab: menor oferta eleva preços de hortaliças e frutas em setembro

    Conab: menor oferta eleva preços de hortaliças e frutas em setembro

    A menor oferta de hortifrutis nos principais mercados atacadistas no país influenciou a alta de preços de importantes produtos em setembro. Entre as hortaliças, o destaque é para a batata, que teve aumento de 18,49% em setembro, comparado com agosto. No caso das frutas, a banana teve alta de 15,08% entre agosto e setembro deste ano.

    Outros aumentos foram observados na cenoura, cebola, laranja, maçã e mamão, comercializados em 13 centrais de abastecimento (Ceasas) do país. As informações são do 10º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado hoje (18), em Brasília, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    Segundo o órgão, os preços da batata vinham em queda desde maio deste ano, pois os mercados estavam abastecidos com a safra de inverno. A nova alta é atribuída a uma menor oferta em Minas Gerais e em São Paulo. “Os envios por parte de São Paulo diminuíram 8% e de Minas quase 30%. Em termos nacionais, a movimentação nas Ceasas, em setembro, caiu quase 10%, com a desaceleração da safra de inverno”, explicou o boletim.

    Outro fator para a menor oferta da batata, sentida mais significativamente na metade de setembro, foi o mau tempo (chuvas mais intensas) nos estados produtores, o que atrapalhou a colheita. O maior aumento de preços foi registrado na Ceasa de Brasília  (71,54%). Houve altas também nas Ceasas que abastecem Vitória (ES) (32,96%) e Rio de Janeiro (31,98%).

    Já o aumento de preços da banana (principalmente da nanica) veio junto à diminuição da produção em várias microrregiões como nanica e prata em Registro (SP), prata, no norte de Minas Gerais, e nanica no norte de Santa Catarina. Nos preços, o destaque ficou por conta das altas na Ceasa, de Goiás (23,84%), Ceasa, do Paráná, (29,77%) e Ceasa, do Espírito Santo (24,5%).

    Banana

    Ponto fora da curva foi a banana prata advinda do polo de Petrolina/Juazeiro [Vale do São Francisco], com boa produção, boa qualidade por não ter sofrido com o frio e com boa demanda das Ceasas do Nordeste.

    As exportações de banana diminuíram e foram direcionadas, na sua maior parte, para o Mercosul, com mais de 86% da produção para a Argentina e Uruguai e uma pequena quantidade enviada para o Reino Unido e a Alemanha. Segundo a Conab, as vendas externas, até setembro de 2022, tiveram um volume de 69,95 mil toneladas, número inferior 13,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

    A comercialização total, em quantidade, considerando todos os produtos que compõem o grupo hortaliças nas Ceasas analisadas, teve queda de 7,8% em setembro, em relação a agosto, e aumento de 3,1% em relação a setembro de 2021. Entre as frutas, no mês passado, houve queda de 4,3% na comercialização em relação a agosto e redução de 6,1% na comparação com setembro do ano passado.

    Hortaliças

    Cinco hortaliças foram analisadas no boletim da Conab: alface, batata, cebola, cenoura e tomate.

    Assim como para a batata, o clima também trouxe impacto para a oferta de cenoura no atacado. “As chuvas frequentes dificultam a colheita, além de, muitas vezes, comprometer a qualidade da raiz”, informou a Conab. Destaque para Minas Gerais, mais precisamente no município de São Gotardo, região que abastece vários estados no país.

    Apesar da alta na maioria dos mercados, os preços da cenoura continuam em baixos patamares. Após o pico em março, os preços caíram até atingir, em agosto, o mais baixo nível do ano. O preço médio em setembro teve aumento de 5,28%, provocado pela queda na oferta: -11%, -3% e -25%, a partir de Minas Gerais, São Paulo e Goiás, respectivamente.

    Para a cebola, os preços subiram mesmo com a pulverização da oferta do produto pelos estados. Esse cenário se explica pela menor produção registrada no Nordeste, mais notadamente na Bahia e Pernambuco. No acumulado do ano, o percentual de queda da oferta nordestina, em relação a 2021, chega próximo de 40%. Para a Conab, o aumento dos custos, tanto da produção como do transporte, e os preços não atrativos no ano passado refletiram em redução de área. O preço médio da cebola aumentou 7,77% no mês passado.

    Entre as hortaliças houve queda apenas nos preços da alface, de 11,26%, uma vez que o tomate não apresentou tendência uniforme nas Ceasas analisadas, e os preços tiveram variação negativa de 0,51%, na média. As maiores altas no tomate foram observadas nas Ceasas de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, enquanto as baixas em Pernambuco, Ceará e Acre.

    Frutas

    As frutas examinadas pela Conab foram banana, laranja, maçã, mamão e melancia. Apenas a melancia teve tendência de baixa nos preços, mesmo com a maior comercialização da fruta no último mês. A queda foi de 19,47%.

    “O município de Uruana, em Goiás, segue sendo a principal região fornecedora, com destaque também para a finalização da colheita tocantinense. Nesse cenário, a rentabilidade dos produtores foi bastante pressionada, inclusive com vários deles vendendo produtos abaixo do preço de custo”, disse o boletim.

    “Já alta na laranja é influenciada pela absorção da fruta pelas indústrias produtoras de suco, movimento fundamental para que a oferta se mantivesse controlada, uma vez que a demanda se mostra em ritmo mais lento”, garantiu a Conab. No mês passado, o preço médio da fruta subiu 2,7%. Segundo o órgão, a temperatura mais baixa no primeiro terço do mês passado está entre os motivos que explicam a menor procura pela fruta.

    No caso da maçã, setembro foi marcado tanto pela alta de preços (5,37%) quanto pela queda da comercialização nas Ceasas, por causa da diminuição dos estoques das câmaras frias das companhias classificadoras, em virtude da quebra de safra na atual temporada. “No entanto, o panorama não indica espaço para novas elevações, entre outros fatores pela entrada no mercado de frutas concorrentes como ameixa e pêssego”, salientou o boletim.

    Mamão

    Para o mamão, as cotações se elevaram em virtude, principalmente, da restrição da oferta da variedade formosa, uma vez que a produção de papaya registrou aumento. “Essa combinação propiciou melhor controle da comercialização e fez com que os produtores desse tipo de mamão tivessem margem para até mesmo manter o preço sem perder rentabilidade”, anunciou a Conab. O preço médio do mamão teve alta de 2,37%.

    O levantamento dos dados de setembro foi realizado em treze centrais de abastecimento: São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória (ES), Campinas (SP), Curitiba, Porto Alegre, São José (SC), Goiânia, Brasília, Recife, Fortaleza e Rio Branco (AC).

    Além do boletim mensal, a Conab possibilita, no site do Prohort, o acompanhamento de preços, análises de mercado, consulta de séries históricas e identificação das regiões produtoras, entre outros estudos técnicos. A base de dados contempla informações de 117 frutas e 123 hortaliças, somando mais de mil produtos, quando são consideradas suas variedades.

  • IGP-M tem queda de 0,70%, revela pesquisa da FGV

    IGP-M tem queda de 0,70%, revela pesquisa da FGV

    O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou queda de 0,70% em agosto, após subir 0,21% em julho. A alta acumulada no ano é de 7,63% e em 12 meses está em 8,59%. Na comparação anual, em agosto de 2021, o índice havia subido 0,66% e acumulava alta de 31,12% em 12 meses. Os dados foram divulgados hoje (30), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

    De acordo com o coordenador dos Índices de Preços do instituto, André Braz, os componentes do IGP-M foram impactados pela redução do preço dos combustíveis.

    “Os combustíveis fósseis – dada a redução do ICMS e dos preços na refinaria – seguem exercendo expressiva influência sobre os resultados do IPA e do IPC, ambos com taxa negativa em agosto. No índice ao produtor, as quedas nos preços da gasolina (de 4,47% para -8,23%) e do diesel (de 12,68% para -2,97%) ajudaram a ampliar o recuo da taxa do índice. Já no âmbito do consumidor, passagens aéreas (de -5,20% para -17,32%) e etanol (de -9,41% para -9,90%) também contribuíram para o arrefecimento da inflação”, argumentou Braz.

    Preços ao Produtor

    O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve redução de 0,71% no mês, depois da alta de 0,21% em julho.

    Por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais caiu 0,73% em agosto, após subir 0,69% no mês anterior. A principal influência foi do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 2,39% em julho para -6,38% em agosto. O índice dos Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,12% após alta de 0,81% no mês anterior.

    No grupo Bens Intermediários, a taxa passou de 2% em julho para -0,76% em agosto, puxada pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que variou 9,96% em julho e caiu para -1,55% em agosto.

    O índice de Bens Intermediários (ex), que não considera o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, apresentou queda de 0,57%, após alta de 0,25% no mês anterior.

    No estágio das Matérias-Primas Brutas, a taxa caiu 0,63% no mês de referência, após queda de 2,13% em julho. As principais influências na desaceleração do recuo foram o minério de ferro, que passou de -11,98% em julho para -5,76% em agosto, milho em grão (-5,00% para -1,54%) e algodão em caroço (-14,02% para -4,43%). Tiveram maior variação negativa os itens bovinos (4,43% para -2,01%), café em grão (2,69% para -1,65%) e trigo em grão (2,31% para -4,99%).

    Preços ao Consumidor

    O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve queda de 1,18% em agosto, após cair 0,28% no mês anterior. Entre as oito classes de despesa componentes do índice, seis tiveram decréscimo em suas taxas de variação. A principal influência veio do grupo Transportes, que passou de -2,42% em julho para -4,84%, puxado pela gasolina, que passou de -7,26% no mês anterior para -15,14% em agosto.

    Também tiveram desaceleração nas variações as taxas dos grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,86% para -3,07%), Alimentação (1,47% para 0,44%), Comunicação (-0,16% para -0,83%), Vestuário (0,73% para 0,20%) e Habitação (-0,30% para -0,31%).

    Os laticínios passaram de 11,16% para 6,45%, a tarifa de telefone móvel foi de -0,04% para -2,40%, os calçados passaram de 0,94% para -0,17% e a taxa de equipamentos eletrônicos registrou 0,38% em julho e -0,41% em agosto.

    Por outro lado, tiveram aceleração nas taxas os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,29% para 0,67%) e Despesas Diversas (0,26% para 0,36%), com destaque para os itens artigos de higiene e cuidado pessoal (-1,43% para 1,07%) e cigarros (1,54% para 2,55%).

    Construção

    O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,33% em agosto, após alta de 1,16% em julho. Entre os três grupos componentes do INCC, Materiais e Equipamentos passaram de 0,62% para 0,03%, Serviços foram de 0,49% para 0,68% e Mão de Obra registrou 1,76% em julho e 0,54% em agosto.

  • IBGE: preços da indústria sobem 1,94% em abril

    IBGE: preços da indústria sobem 1,94% em abril

    Os preços no setor industrial em abril deste ano subiram 1,94% na comparação com o mês anterior. O percentual representa recuo frente à passagem de fevereiro para março, quando houve alta de 3,12%. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa ficou em 18%. No acumulado do ano, o indicador atingiu 6,94%. Os dados estão incluídos no Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado hoje (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Conforme o indicador, as quatro maiores variações foram observadas nas indústrias extrativa (-11,54%); refino de petróleo e biocombustíveis (6,57%); farmacêutica (6,51%); e metalurgia (6%). As maiores influências foram no refino de petróleo e biocombustíveis (0,80 ponto percentual); indústrias extrativas (-0,70 ponto percentual), outros produtos químicos (0,45 ponto percentual) e alimentos (0,44 ponto percentual).

    O gerente de Análise e Metodologia do IBGE, Alexandre Brandão, informou que o resultado de março havia sido alto, quando ficou em 3,12%, o maior desde o mesmo período de 2021. Naquela época, foi registrado 4,63%. O índice de abril é mais baixo, apesar de ser o segundo maior do ano e, desconsiderando o resultado do mês anterior, só é menor que o de outubro de 2021, que registrou 2,26%.

    “A queda dos preços das indústrias extrativas foi fundamental para a desaceleração ocorrida em abril em comparação a março. Tanto o óleo bruto de petróleo, quanto o minério de ferro, os dois produtos de maior peso no setor, tiveram variação negativa, atribuída às oscilações dos preços internacionais e à apreciação do real. A indústria de transformação, por sua vez, teve aumento de preços: em março – havia sido 2,66% e em abril, 2,81%”, completou.

    O IPP mede a variação dos preços de produtos na chamada porta da fábrica, o que significa que não inclui impostos e nem frete. Ao todo são pesquisadas 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação. Entre elas, 18 apresentaram alta em abril.

    O gerente destacou que se observada a variação dos preços pela perspectiva das grandes categorias econômicas, os valores de bens intermediários, que representam a maior parte da indústria brasileira, cresceram menos em abril (1,81%) do que em março (3,70%). “Nesse caso, também influenciado pela queda dos preços do óleo bruto de petróleo e do minério de ferro, além do resíduo de extração de soja, o único produto destacado em alimentos com variação negativa, devido ao final da safra e à apreciação do câmbio”.

    No entanto, houve aceleração na variação dos preços de bens de consumo, que passou de 2,88% em março para 3,37% em abril. De acordo com Brandão, os bens de consumo duráveis foram influenciados pela variação positiva dos automóveis, que têm peso grande no segmento. No caso dos bens de consumo não duráveis, a influência foi a variação dos preços da gasolina e dos alimentos, especialmente leite e derivados, por causa do aumento de custos e problemas na captação nas bacias leiteiras, além do açúcar e da carne.

    “No caso desses últimos produtos, apesar da apreciação do câmbio estar pressionando os preços das commodities para baixo, os valores internacionais subiram. Ainda na área de bens de consumo não duráveis, os produtos farmacêuticos, que têm preços controlados, tiveram reajuste de preços em abril”, acrescentou.

    O indicador mostrou ainda que a elevação dos preços tem acompanhado o mercado internacional. O percentual de 6,57% representa a quarta variação positiva consecutiva no setor. O acumulado no ano alcançou 22,8% e o acumulado em 12 meses, 52,14%. O setor foi o que apresentou a segunda maior variação no indicador mensal, a primeira no acumulado no ano e no acumulado em 12 meses, por ser a maior influência nos três indicadores.

    Os outros produtos químicos tiveram impacto pela oscilação internacional nos preços do adubo, produto de maior influência no setor. “Os outros dois produtos também são utilizados na agricultura e, devido à turbulência internacional, os produtores têm antecipado as compras para formar estoques e se precaver de problema maior para a próxima safra”, disse Brandão.

    Pesquisa

    Segundo o IBGE, o IPP acompanha a mudança média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, e sua evolução ao longo do tempo, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no país. “Trata-se de indicador essencial para o acompanhamento macroeconômico e valioso instrumento analítico para tomadores de decisão, públicos ou privados”, informou.

    A pesquisa é realizada em pouco mais de 2,1 mil empresas para apurar os preços recebidos pelo produtor, isentos de impostos, tarifas e fretes e definidos segundo as práticas comerciais mais usuais. No total, coleta mensalmente cerca de 6 mil preços.