Tag: PREÇOS

  • Preços do milho se mantêm firmes em meio a preocupações com o clima

    Preços do milho se mantêm firmes em meio a preocupações com o clima

    Os preços do milho estão mais firmes neste começo de maio, de acordo com pesquisadores do Cepea. Muitos produtores se afastaram do mercado, o que tem contribuído para a elevação dos valores. Aqueles que permanecem ativos estão exigindo preços mais altos e monitorando de perto os impactos do clima sobre importantes regiões produtoras.

    Conforme apontam as pesquisas do Cepea, no Rio Grande do Sul, as chuvas em excesso têm prejudicado e até mesmo comprometido as lavouras. Enquanto isso, no Centro-Oeste e no Sudeste, as elevadas temperaturas e o tempo seco têm gerado preocupações entre os agentes do setor.

    Do lado da demanda, compradores buscam adquirir novos lotes do cereal a preços mais baixos, embasados na perspectiva de aumento na oferta. Isso se deve à iminente colheita da segunda safra em Mato Grosso e Goiás, prevista para se iniciar ainda neste mês. Os vendedores, por sua vez, estão cientes dessa expectativa e da necessidade de liberar os armazéns para a nova safra.

  • Chuvas no RS devem causar alta de preços de alimentos, diz Fecomercio

    Chuvas no RS devem causar alta de preços de alimentos, diz Fecomercio

    As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o final de abril devem levar a uma alta dos preços dos alimentos, prevê a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Segundo a entidade, há o risco tanto de perda de produtos como também impactos no transporte de mercadorias.

    Entre os produtos que devem ter os preços afetados estão, de acordo com a Fercomercio, os derivados de leite e o arroz. “O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do país, e embora pouco mais de 80% da safra tenha sido colhida, ainda não dá para saber se os estoques foram atingidos ou quanto da parcela restante foi perdida”, diz a nota da federação.

    Os alagamentos e os danos à infraestrutura do estado podem, segundo a entidade, afetar a logística do transporte de arroz e de frutas tradicionais da região, como uva, pêssego e maçã.

    “A criação de gado para produção de leite, que deve ser impactada com a perda de vacas e pasto, além da ingestão, por esses animais, de água sem qualidade, em razão das condições atuais do local”, acrescenta a análise divulgada pela federação.

    Apesar de enfatizar os problemas que devem afetar o abastecimentos de alimentos, a Fecomercio estima danos sistêmicos causados pelas chuvas. “A tragédia de Brumadinho, menor e mais localizada, provocou uma queda de 0,2% no Produto Interno do Brasileiro (PIB, soma de bens e de serviços produzidos no país) em 2019, mais de R$ 20 bilhões em valores atuais. No Rio Grande do Sul, é muito provável, infelizmente, que os danos causados tenham impacto ainda maior para o PIB nacional”, comparou.

    A Defesa Civil do Rio Grande do Sul já contabilizou 100 mortes causadas pelas chuvas. Segundo o órgão, as inundações, deslizamentos e desmoronamentos afetam cerca de 1,45 milhão de pessoas em 417 municípios. Ficaram desabrigadas, 66,7 mil pessoas.

    Edição: Fernando Fraga

    — news —

  • Mercado do algodão em pluma mantém tendência de queda

    Mercado do algodão em pluma mantém tendência de queda

    Os preços do algodão em pluma continuam em declínio e agora estão nos níveis observados no final de novembro de 2023. De acordo com pesquisadores do Cepea, essa tendência é reflexo do enfraquecimento nos valores internacionais, levando parte dos vendedores brasileiros a serem mais flexíveis em suas ofertas no mercado nacional, especialmente aqueles que buscam liquidar estoques da safra 2022/23.

    No entanto, algumas indústrias estão pressionando por cotações ainda menores, enquanto outra parte enfrenta dificuldades na aprovação da qualidade dos lotes disponibilizados, o que impede a negociação de preços. Diante desse cenário, muitos agentes estão focando no cumprimento de contratos a termo, tanto para o mercado interno quanto externo.

    Os comerciantes estão realizando compras para atender às programações e tentando fechar negócios combinados, buscando maximizar as oportunidades de negociação. Em suma, o mercado do algodão em pluma está se ajustando às condições atuais, com os participantes buscando estratégias para lidar com a volatilidade e as pressões de preço.

  • Preços da soja em alta no Brasil devido à valorização do farelo e chuvas no Rio Grande do Sul

    Preços da soja em alta no Brasil devido à valorização do farelo e chuvas no Rio Grande do Sul

    Os preços da soja permanecem em uma trajetória ascendente no mercado brasileiro, impulsionados principalmente pela valorização do farelo. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destacam que esse impulso tem sido um dos principais motores por trás do aumento dos preços no setor agrícola.

    Além do impacto da valorização do farelo, as fortes chuvas no Rio Grande do Sul, que é o segundo maior estado produtor de soja do país, estão retardando as atividades de campo. Esse cenário tem gerado preocupações em relação à qualidade das lavouras e ao volume ofertado tanto do grão quanto de seus derivados.

    Em abril, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e CEPEA/ESALQ – Paraná registraram as maiores médias do ano até o momento, em termos reais, calculadas por meio do IGP-DI de março de 2024. O indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá alcançou o valor de R$ 129,79 por saca de 60 kg, representando um aumento de 4% em relação ao mês anterior. Já o indicador CEPEA/ESALQ – Paraná atingiu R$ 122,66 por saca de 60 kg, registrando uma alta de 4,6% frente aos valores de março. Esses números refletem a contínua valorização da soja no mercado brasileiro, impulsionada por diversos fatores, incluindo a demanda interna e externa e as condições climáticas.

  • Preços da soja em Mato Grosso apresentam alta na comparação mês a mês

    Preços da soja em Mato Grosso apresentam alta na comparação mês a mês

    No mês de abril, os preços da soja em Mato Grosso registraram um aumento significativo em comparação com o mês anterior. De acordo com os dados mais recentes, o valor médio da oleaginosa atingiu R$ 108,77 por saca, representando um aumento de 3,90% em relação a março de 2024.

    Essa tendência de alta foi influenciada principalmente pelo aumento de 2,74% no valor do dólar em relação ao mesmo período do mês anterior. O dólar mais valorizado torna as exportações brasileiras, incluindo a soja, mais atrativas para os compradores estrangeiros, impulsionando assim os preços internos.

    Além disso, os prêmios correntes da soja voltaram a apresentar valores positivos nos últimos dias, revertendo um cenário que vinha se mantendo desde o início do ano de 2024. Essa recuperação dos prêmios contribuiu para a escalada dos preços da soja em Mato Grosso.

    No entanto, o cenário internacional apresentou uma dinâmica diferente. Na semana passada, as cotações da soja na Bolsa de Chicago apresentaram um recuo de 2,89% em comparação com o mesmo período do mês anterior, ficando em uma média de US$ 11,63 por bushel. Esse declínio é atribuído ao início antecipado da semeadura da soja nos Estados Unidos e à perspectiva de uma maior oferta em relação à demanda no mercado internacional.

    Para os próximos meses, é esperado que as cotações da soja na Bolsa de Chicago continuem influenciadas pela safra americana, o que pode resultar em maior volatilidade nos preços da soja em Mato Grosso. Nesse contexto, os produtores e traders devem ficar atentos às flutuações do mercado internacional para tomarem decisões estratégicas relacionadas à comercialização da oleaginosa.

  • Soja/Cepea: abril avança com as maiores médias do ano

    Soja/Cepea: abril avança com as maiores médias do ano

    Levantamentos do Cepea mostram que os preços da soja estão mais firmes no mercado brasileiro, sustentados pela valorização externa.

    As médias de abril (até o dia 25) dos Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e CEPEA/ESALQ – Paraná estão respectivos 2,2% e 2,9% acima das de março e já são as maiores desde janeiro/24 –  naquele período, preocupações com o clima sobre as lavouras da América do Sul impulsionavam os valores internos.

    Em relação à colheita de soja no Brasil, acompanhamento do Cepea aponta que as atividades se aproximam da reta final. Segundo a Conab, 86,8% da área cultivada havia sido colhida até o dia 21 de abril, aumento semanal de 3,6 p.p., mas abaixo dos 89% há um ano.

    Esse menor ritmo dos trabalhos de campo se deve a precipitações no Sul do País e em parte do Nordeste, ainda conforme analisam pesquisadores do Cepea.

  • SUÍNOS/CEPEA: Preços do vivo e da carne recuam; cai poder de compra frente ao farelo

    SUÍNOS/CEPEA: Preços do vivo e da carne recuam; cai poder de compra frente ao farelo

    Os preços do suíno vivo e da carne caíram nos últimos dias, conforme apontam levantamentos do Cepea. Para o animal, pesquisadores deste Centro explicam que a pressão vem da demanda interna enfraquecida e da oferta elevada.

    No atacado, o movimento de baixa foi observado para a maioria dos produtos acompanhados pelo Cepea e decorre da oferta oriunda da região Sul do Brasil (maior polo produtor) a valores competitivos.

    Esse cenário, segundo pesquisadores do Cepea, força frigoríficos paulistas a reajustarem negativamente o preço negociado, em busca de maior liquidez e de evitar o aumento dos estoques.

    Diante da retração dos valores pagos pelo vivo no mercado independente em abril, o poder de compra do suinocultor paulista caiu frente ao farelo de soja; já em relação ao milho, cresceu, uma vez que o cereal registra desvalorização mais intensa que a verificada para o animal.

  • Mercado do algodão mostra oscilações no início de abril

    Mercado do algodão mostra oscilações no início de abril

    Os preços do algodão em pluma têm apresentado variações no início de abril, com a média do Indicador CEPEA/ESALQ situando-se em torno de R$ 4 por libra-peso, o que representa a menor média desde janeiro deste ano. Essa tendência de queda nos preços é atribuída a uma série de fatores que estão impactando o mercado nacional.

    Segundo análises realizadas por pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os agentes do mercado têm enfrentado dificuldades em estabelecer acordos tanto em relação aos preços quanto à qualidade dos lotes disponíveis no spot nacional. Enquanto os vendedores mostram-se mais flexíveis, buscando liquidar o saldo remanescente da safra 2022/23 e/ou obter recursos financeiros, as indústrias oferecem valores ainda mais baixos.

    Até mesmo as tradings, empresas especializadas na comercialização de commodities, têm reduzido os preços da fibra no mercado doméstico em resposta às quedas nos preços internacionais. Essa pressão de baixa nos preços é reflexo do cenário global, onde diversos fatores, como oferta e demanda, condições climáticas e políticas comerciais, influenciam diretamente a cotação do algodão.

    Diante desse contexto, o mercado de algodão em pluma segue volátil e sujeito a oscilações, exigindo dos agentes do setor uma constante adaptação às condições do mercado e um cuidadoso gerenciamento dos riscos envolvidos nas transações comerciais.

  • Aumento no consumo no mercado interno impede maior queda na demanda de milho em MT

    Aumento no consumo no mercado interno impede maior queda na demanda de milho em MT

    No dia 01/04, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) atualizou os dados de oferta e demanda de milho para a safra 2023/24 em Mato Grosso. Com uma oferta estimada em 45,29 milhões de toneladas, a demanda para esta temporada foi projetada em 44,51 milhões de toneladas, representando uma redução de 1,50% em relação à expectativa do mês anterior. Esse declínio foi impulsionado principalmente pelo recuo nas projeções de exportações para o ciclo.

    Segundo o Imea, a demanda não diminuiu ainda mais devido ao aumento no consumo interno em Mato Grosso, que cresceu 6,25% em comparação com a última divulgação, alcançando 15,59 milhões de toneladas. Esse aumento no consumo estadual foi influenciado pela expectativa de uma maior demanda das usinas de etanol de milho, que têm crescido consideravelmente no estado. Para a temporada 2023/24, espera-se um consumo de 11,65 milhões de toneladas de milho pelas usinas de etanol.

    Com os ajustes realizados na oferta e demanda, o estoque final de milho para o ciclo encerrou em 785,17 mil toneladas.

  • Preço ao produtor de leite avança pelo 4º mês consecutivo

    Preço ao produtor de leite avança pelo 4º mês consecutivo

    O preço do leite captado em fevereiro registrou a quarta alta mensal consecutiva, de 3,8%, e chegou a R$ 2,2347/litro na “Média Brasil” do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Mesmo com o aumento, a média ainda ficou 21,6% abaixo da registrada em fevereiro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de fevereiro/24).

    O movimento altista no campo, iniciado em novembro de 2023, ocorre em função da menor produção no campo e do acirramento da disputa entre laticínios e cooperativas por fornecedores. O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea caiu 3,35% de janeiro para fevereiro, acumulando baixa de 5,2% no primeiro bimestre deste ano. Por sua vez, a queda na oferta é explicada pelo clima (seca e calor), mas, sobretudo, pelas margens espremidas dos pecuaristas nos últimos meses, que levaram à redução de investimentos dentro da porteira.

    A expectativa dos agentes de mercado é de que as cotações do leite cru continuem em elevação nos próximos meses. Porém, este movimento pode ser limitado pelo consumo e pelas importações. Agentes consultados pelo Cepea relatam que o consumo de derivados na ponta final da cadeia seguiu instável em fevereiro, apresentando muita sensibilidade ao aumento dos preços. Nesse sentido, os laticínios têm tido dificuldades em repassar a valorização da matéria-prima na negociação com os canais de distribuição. Ao mesmo tempo, as importações de lácteos, ainda que tenham apresentado queda nos últimos dois meses, continuam somando volumes expressivos, pressionando as cotações no mercado doméstico.