Tag: PREÇOS

  • Queda nos preços do milho se intensifica na primeira semana de julho

    Queda nos preços do milho se intensifica na primeira semana de julho

    O movimento de queda nos preços do milho se intensificou na primeira semana de julho, conforme apontam pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A pressão sobre os preços vem de diversos fatores, incluindo o aumento da oferta do cereal no mercado spot devido ao bom andamento da colheita de segunda safra e das desvalorizações no mercado externo.

    Com a colheita avançando, a oferta de milho no mercado spot cresceu, contribuindo para a queda nos preços. Além disso, muitos consumidores brasileiros estão evitando adquirir grandes volumes no momento, preferindo esperar pela entrega de lotes negociados antecipadamente. Essa postura cautelosa visa aproveitar possíveis novas desvalorizações do cereal.

    Apesar da maior flexibilidade de alguns vendedores em ajustar seus preços, uma parcela deles ainda aposta em uma recuperação. Esses vendedores fundamentam suas expectativas na menor produção nesta temporada e no clima desfavorável que afetou o desenvolvimento da safra atual. Enchentes no Rio Grande do Sul e a seca no Sudeste e em partes do Centro-Oeste são alguns dos fatores climáticos adversos mencionados.

    A continuidade dessa tendência de queda nos preços do milho dependerá de diversos fatores, incluindo o ritmo da colheita, as condições climáticas e a resposta do mercado externo. Enquanto alguns vendedores mantêm a esperança de uma recuperação, consumidores seguem cautelosos, aguardando novas desvalorizações para negociar melhores condições de compra.

  • Preços da soja mantêm alta no mercado doméstico em junho

    Preços da soja mantêm alta no mercado doméstico em junho

    Os preços da soja mantiveram uma trajetória de alta no mercado doméstico, registrando em junho as maiores médias do ano, em termos reais (IGP-DI de maio). Segundo o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá, a soja atingiu R$ 138,92 por saca, enquanto o Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná registrou R$ 133,98 por saca de 60 kg, representando aumentos de 2,1% e 2,4%, respectivamente, em relação ao mês anterior (maio de 2024).

    Pesquisadores do Cepea apontam que a alta nos preços é impulsionada pela firme demanda internacional pelo produto brasileiro e pela valorização externa da soja. Além disso, muitos sojicultores estão resistindo a comercializar grandes volumes, esperando que a taxa cambial elevada continue favorecendo as exportações e, consequentemente, mantenha os preços do grão elevados no Brasil.

    No acumulado do primeiro semestre de 2024, os embarques de soja somaram 64,13 milhões de toneladas, um recorde para o período e 2,2% superior ao volume escoado no mesmo intervalo de 2023, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

    Esta combinação de alta demanda, valorização externa e expectativa de manutenção de um câmbio favorável está sustentando os preços da soja no mercado interno, beneficiando os produtores brasileiros e colocando o país em uma posição forte no mercado global de commodities agrícolas.

  • Preços do arroz em casca mantêm estabilidade no Rio Grande do Sul

    Preços do arroz em casca mantêm estabilidade no Rio Grande do Sul

    Os preços do arroz em casca têm registrado pequenas oscilações nas regiões acompanhadas pelo Cepea no Rio Grande do Sul. O Indicador CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros e pagamento à vista) tem se mantido em torno de R$ 112,00 por saca de 50 kg desde o dia 13 deste mês. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse suporte de preço está vinculado à resistência dos vendedores e a uma leve melhora na demanda, especialmente no mercado externo.

    Os orizicultores estão aguardando uma possível valorização do arroz em casca devido ao aumento da procura por parte das tradings e à recente alta do dólar, que favorece a exportação e dificulta a importação. Por outro lado, as unidades de beneficiamento estão sendo ligeiramente cautelosas, ofertando apenas em casos de necessidade imediata de reposição de estoques, segundo os pesquisadores do Cepea.

    Essa dinâmica de mercado, onde a resistência dos produtores e a demanda externa se contrapõem à cautela das beneficiadoras, tem contribuído para a estabilidade dos preços do arroz em casca no Rio Grande do Sul.

  • Preços do milho sobem nos portos, mas interior do país segue enfraquecido

    Preços do milho sobem nos portos, mas interior do país segue enfraquecido

    Na última semana, os preços do milho nos portos brasileiros voltaram a subir. Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), esse movimento foi impulsionado por avanços nas cotações internacionais, que aumentaram a paridade de exportação, além dos prêmios e da valorização do dólar, e o aquecimento da demanda.

    Apesar das altas nos portos, os preços não foram repassados para o interior do país. Nas regiões internas, os preços do milho permaneceram enfraquecidos. Isso reflete o avanço das colheitas da primeira e segunda safras e a baixa demanda interna. A pressão sobre as cotações também foi reforçada pela divulgação de reajustes positivos na estimativa de produção brasileira de milho para a safra 2023/24.

    Produção e Safras

    Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de milho na safra 2023/24 deve alcançar 114,14 milhões de toneladas, uma revisão positiva em comparação com os 111,63 milhões estimados em maio. No entanto, essa produção ainda é 13,5% inferior à da temporada 2022/23.

    Em resumo, enquanto os preços do milho se fortalecem nos portos devido à demanda externa e fatores cambiais, a situação no interior do Brasil permanece frágil, influenciada pelas colheitas e pela baixa demanda interna.

  • Mercado de proteínas: valorizações e competitividade na grande São Paulo

    Mercado de proteínas: valorizações e competitividade na grande São Paulo

    As proteínas avícola e suína, comercializadas no atacado da Grande São Paulo, têm registrado valorizações significativas na primeira quinzena de junho, segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No entanto, o destaque vai para os preços da carne suína, que têm apresentado um aumento mais acentuado. Em contraste, os valores da proteína bovina registraram queda no mesmo período, de maio para junho.

    Os dados do Cepea revelam uma mudança interessante na competitividade das proteínas. Em maio, a carcaça suína era negociada a 3,07 reais por quilo acima do preço da carne de frango. No início de junho, essa diferença aumentou para 3,14 reais por quilo. Esse aumento indica que a carne de frango tem se tornado mais competitiva em relação à carne suína.

    Por outro lado, a competitividade da carne de frango em relação à carne bovina tem diminuído. Em maio, a diferença média de preço entre a carne bovina e a carne de frango era de 9,33 reais por quilo. Em junho, essa diferença reduziu-se para 8,75 reais por quilo, tornando a carne bovina uma opção mais atraente para os consumidores.

    Implicações no Mercado

    Essas mudanças nos preços das proteínas têm implicações significativas para o mercado e para os consumidores. O aumento na competitividade da carne de frango frente à suína pode levar a um maior consumo de frango, especialmente entre aqueles que buscam uma opção de proteína mais acessível. Já a redução na diferença de preço entre a carne bovina e a de frango pode beneficiar o consumo de carne bovina, tradicionalmente preferida por muitos consumidores.

    A evolução dos preços e a competitividade entre essas proteínas são fatores que precisam ser monitorados de perto, pois afetam diretamente as estratégias de comercialização dos produtores e a decisão de compra dos consumidores. O cenário atual aponta para uma dinâmica de mercado onde a carne de frango se fortalece frente à suína, enquanto a carne bovina, apesar da queda nos preços, permanece uma escolha importante devido à sua atratividade crescente.

    O mercado de proteínas na Grande São Paulo está passando por um período de ajuste, com valorizações que refletem na competitividade entre as diferentes carnes. A carne de frango ganha terreno frente à suína, enquanto a carne bovina se torna mais acessível em comparação ao frango. Essas tendências destacam a importância de acompanhar de perto os movimentos de preços e a demanda do mercado para tomar decisões informadas, tanto para produtores quanto para consumidores.

  • MP pode pressionar preços dos combustíveis, avalia federação

    MP pode pressionar preços dos combustíveis, avalia federação

    A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) manifestou preocupação em relação à Medida Provisória (MP) 1.227/24, publicada em 4 de junho pelo Diário Oficial da União. A nova MP restringe o uso dos créditos PIS/COFINS para abatimento de outros tributos, o que poderá ter significativos efeitos em toda a cadeia comercial de combustíveis.

    Conforme avaliação da Fecombustíveis, a limitação imposta pela MP poderá resultar em impactos negativos no caixa e nos investimentos das empresas envolvidas na produção, distribuição e transporte de combustíveis. Essa oneração fiscal pode, consequentemente, elevar os custos em todas as etapas da cadeia comercial, desde os produtores até os distribuidores e transportadores, chegando aos postos de combustíveis e, por fim, ao consumidor final.

    Um dos efeitos mais preocupantes destacados pela Federação é a necessidade de um maior capital de giro para o segmento de revenda de combustíveis, devido ao aumento de custos nas etapas anteriores. Isso poderá pressionar os revendedores, que já operam em um mercado competitivo e livre, a repassar esses aumentos de custos ao consumidor.

    Embora cada agente econômico tenha autonomia para decidir se repassará ou não os custos adicionais, a Fecombustíveis enfatiza a importância de esclarecer esses fatos à sociedade. O objetivo é evitar que o revendedor varejista, sendo o elo mais visível e o último da cadeia, seja injustamente responsabilizado por eventuais elevações de preços originadas em etapas anteriores.

    “A MP 1.227/24 traz desafios significativos para a cadeia de combustíveis. Estamos trabalhando para minimizar os impactos e garantir que o consumidor final compreenda a complexidade da situação,” afirmou um representante da Fecombustíveis.

    Com a preocupação crescente em torno dos possíveis aumentos de custos, a Fecombustíveis está empenhada em monitorar os efeitos da MP e buscar soluções que possam mitigar os impactos para todos os agentes envolvidos, especialmente para os consumidores.

  • Preços da laranja para o mercado de mesa devem subir em junho

    Preços da laranja para o mercado de mesa devem subir em junho

    Após dois meses de queda, os preços da laranja para o mercado de mesa podem voltar a subir em junho. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse impulso nos preços deve ser impulsionado pela intensificação do processamento industrial da fruta, com mais fábricas entrando em operação neste mês. Essa mudança limitará, consequentemente, o volume de laranja disponível no segmento in natura.

    Embora a demanda por laranja geralmente seja menor nesta época do ano, devido à redução das temperaturas, agentes do mercado acreditam que a oferta de laranja in natura deverá continuar abaixo da procura. Os levantamentos do Cepea indicam que, mesmo com as quedas nos preços registradas nos últimos meses, os patamares ainda permanecem historicamente elevados. Isso é atribuído à previsão de uma safra pequena e aos baixos estoques de suco de laranja, que mantêm a demanda das fábricas por matéria-prima aquecida.

    Outro fator que pode contribuir para a redução da oferta de laranja é a preocupação com a maior taxa de queda dos frutos, devido ao avanço do greening. Colaboradores do Cepea têm mostrado preocupação com essa doença, que tem afetado significativamente a produção, resultando em menos frutas disponíveis para o mercado.

    Com a intensificação do processamento industrial e os desafios enfrentados pela produção devido ao greening, espera-se que os preços da laranja para o mercado de mesa subam em junho. Apesar da demanda reduzida pelo clima mais frio, a menor oferta no mercado in natura deve ser suficiente para sustentar os valores em alta.

  • Preços do boi gordo caem em maio com maior oferta de animais

    Preços do boi gordo caem em maio com maior oferta de animais

    Os preços do boi gordo continuam em queda, de acordo com os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). As desvalorizações são atribuídas principalmente à maior oferta de animais no campo, impulsionada pelas boas condições das pastagens, o final da safra e o tradicional “efeito manada”, onde os produtores, receosos de quedas ainda maiores, entregam seus animais para abate.

    No atacado da Grande São Paulo, as cotações da carne também estão em baixa. Segundo o Cepea, os preços da carne dependem de um equilíbrio delicado entre a capacidade de consumo do brasileiro e o volume de carne disponível no mercado. A maior oferta de boi gordo tem pressionado os preços, mas as exportações, que seguem em ritmo crescente, têm evitado quedas ainda mais acentuadas no mercado doméstico.

    As exportações crescentes atuam como um importante fator de sustentação, ajudando a balancear a oferta interna e a evitar uma desvalorização ainda maior dos preços da carne no mercado interno. Esse cenário ressalta a importância do mercado externo para a estabilidade dos preços da carne bovina no Brasil.

    Os pesquisadores do Cepea indicam que a situação deve continuar a se ajustar conforme o mercado responde às variações sazonais e às condições econômicas, tanto domésticas quanto internacionais. A expectativa é que as exportações continuem desempenhando um papel crucial na determinação dos preços internos da carne bovina.

  • Arroz/Cepea: Preços seguem firmes, mas liquidez diminui

    Arroz/Cepea: Preços seguem firmes, mas liquidez diminui

    O Rio Grande do Sul continua enfrentando um cenário desafiador. Levantamento do Cepea mostra que, no início da semana passada, as condições climáticas favoráveis permitiram a continuidade da colheita de arroz – que havia sido interrompida pelas fortes chuvas –, e novos players voltaram a negociar.

    Esse cenário resultou em reações mais intensas nos preços naquele período. Contudo, a partir da quarta-feira, 22, o estado foi atingido novamente por fortes chuvas e rajadas de vento, o que dificultou a logística de escoamento e deixou agentes mais receosos.

    Segundo pesquisadores do Cepea, as precipitações impediram o carregamento da matéria-prima comercializada em semanas anteriores, adiando novas negociações. Dificuldades para emitir notas fiscais também influenciam a menor liquidez.

    Além disso, o cancelamento do leilão de compra por parte da Conab e toda a polêmica gerada com a intervenção do governo reforçaram o menor ritmo de negócios. O governo zerou a TEC (Tarifa Externa Comum) para importação de arroz de fora do Mercosul até final de 2024.

    Essas ocorrências atípicas têm deixado muitos colaboradores consultados pelo Cepea receosos sobre o futuro do mercado do arroz em casca.

  • Exportações norte-americanas de algodão impulsionam mercado global e influenciam cotações no Brasil

    Exportações norte-americanas de algodão impulsionam mercado global e influenciam cotações no Brasil

    Os recentes dados de exportação de algodão dos Estados Unidos indicam um crescimento significativo na demanda internacional por pluma neste mês de maio. Este aumento na procura tem provocado um salto nos preços físicos do algodão no Extremo Oriente, o que, por sua vez, alavancou os valores do produto na Bolsa de Nova York (ICE Futures).

    No Brasil, a situação também é impactada por essas movimentações globais. De acordo com o levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as cotações internas do algodão receberam suporte devido à maior paridade de exportação. Contudo, o avanço da colheita da temporada 2023/24, que está prevista para registrar uma boa produção, tem limitado as altas no mercado doméstico.

    Influência nas cotações e novos contratos

    Pesquisadores do Cepea observaram que a recuperação nos preços internacionais estimulou a realização de novos contratos a termo no Brasil. Estes contratos foram firmados tanto a valores fixos quanto a valores a serem determinados posteriormente. A expectativa de uma colheita robusta contribui para a cautela no mercado interno, evitando uma disparada nos preços, apesar das influências externas favoráveis.

    O cenário atual demonstra uma interdependência significativa entre os mercados globais de algodão e a produção brasileira. Enquanto a demanda externa continua a pressionar por preços mais altos, a boa expectativa de colheita no Brasil traz um equilíbrio, evitando flutuações excessivas no mercado interno. As próximas semanas serão decisivas para observar como esses fatores se alinham e quais serão os impactos reais nos preços do algodão tanto no mercado internacional quanto no brasileiro.