Tag: PREÇOS

  • Colheita intensa derruba preços da cenoura em São Gotardo e desanima produtores

    Colheita intensa derruba preços da cenoura em São Gotardo e desanima produtores

    A safra de verão 2024/25 de cenoura em São Gotardo (MG) tem sido marcada por forte desvalorização da raiz, refletindo diretamente no ânimo dos produtores da principal região produtora do país. De acordo com levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a intensificação da colheita ao longo do mês de abril pressionou os preços, levando-os a níveis considerados insustentáveis por muitos agricultores.

    A caixa da cenoura “suja” de 29 kg foi comercializada, em média, a R$ 15,25 no último mês, valor drasticamente inferior aos R$ 108,00/cx registrados em abril de 2023. A comparação, no entanto, envolve um ciclo anterior bastante atípico, em que a oferta estava extremamente limitada e a qualidade das raízes comprometida pelas chuvas excessivas desde a semeadura.

    Neste ano, o cenário é oposto: a colheita foi favorecida pelas condições climáticas, resultando em grande volume de produção e boa qualidade, mas sem sustentação nos preços. O excesso de oferta frente à demanda atual impediu a valorização do produto, gerando preocupação entre os produtores, que agora temem os impactos da queda de rentabilidade sobre o início da safra de inverno.

    A apreensão é grande no campo, com produtores incertos sobre os próximos passos e receosos de novos prejuízos caso o mercado não apresente reação nas próximas semanas.

  • Alta nos preços do açúcar cristal branco marca início da safra 2025/26 no estado de São Paulo

    Alta nos preços do açúcar cristal branco marca início da safra 2025/26 no estado de São Paulo

    Apesar do início oficial da safra 2025/26 nas usinas paulistas em abril, os preços do açúcar cristal branco mantiveram-se em alta no mercado spot do estado de São Paulo. De acordo com pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a oferta reduzida de açúcar de melhor qualidade, como o Icumsa até 180, foi insuficiente para gerar pressão de baixa nas cotações.

    A média do Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal, cor Icumsa de 130 a 180, no mercado spot paulista, fechou abril em R$ 142,35 por saca de 50 kg, o que representa uma alta de 1,91% em relação ao mês de março, quando o valor médio foi de R$ 139,69 por saca.

    Segundo a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), o Centro-Sul do Brasil processou 16,59 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na primeira quinzena de abril, um crescimento de 3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Apesar do avanço no volume moído, o mercado ainda não sentiu reflexos significativos no aumento da disponibilidade do açúcar cristal de melhor qualidade.

    O cenário indica que a demanda aquecida, combinada à oferta ainda restrita, sustentou os preços em patamares elevados no início desta nova temporada.

  • Maior interesse de venda pressiona cotações da soja

    Maior interesse de venda pressiona cotações da soja

    O clima favorável à colheita de soja da safra 2024/25 no Brasil e na Argentina e ao cultivo da temporada 2025/26 nos Estados Unidos pressionou os prêmios de exportação da oleaginosa na semana passada.

    Segundo pesquisadores do Cepea, nos portos e no mercado spot, além desse contexto, os vencimentos de custeios no encerramento de abril reforçaram o movimento de baixa, à medida que elevou pontualmente o interesse de venda, que ficou acima da demanda.

    Pesquisadores do Cepea ressaltam, contudo, que muitos vendedores ainda aguardam por preços maiores nos meses seguintes, mostrando preferência em negociar contratos a termo.

    No campo, a colheita segue avançando no Brasil e na Argentina. De acordo com a Conab, até 26 de abril, 94,8% da área nacional de soja havia sido colhida, superando os 90,5% registrados no mesmo período de 2024. Na Argentina, os produtores estão mais otimistas. As áreas recém-colhidas apresentam maior produtividade que as precoces. De acordo com a Bolsa de Cereales, 23,6% da área argentina havia sido colhida até 29 de abril.

  • Preços de frete iniciam tendência de arrefecimento com fim da colheita da soja

    Preços de frete iniciam tendência de arrefecimento com fim da colheita da soja

    As principais rotas de escoamento de grãos em importantes estados produtores começam a apresentar arrefecimento nos preços de fretes. A queda é explicada, principalmente, pelo fim da colheita da soja. Este é o cenário encontrado em Mato Grosso onde foi verificada redução nas cotações em todas as rotas e com a diminuição iniciando-se nas regiões onde a colheita da oleaginosa foi finalizada primeiro. Os dados estão na edição de abril do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) publicado no site da Companhia.

    “No entanto, mesmo que a conjuntura momentânea seja de queda, existe a perspectiva de suporte aos preços de fretes rodoviários e aquecimento logístico em um futuro próximo, eventualmente até mesmo no primeiro semestre, antes do início da colheita de milho, o que deve manter os preços em um patamar elevado, ainda que inferior aos valores atingidos no epicentro da safra”, pondera o superintendente de Logística Operacional da Cona, Thomé Guth.

    De acordo com a análise da Conab, a proximidade de uma grande safra de milho deverá movimentar, de forma significativa, a logística oferecendo um cenário que sustenta as cotações. Além disso, a disputa comercial entre Estados Unidos e China, pode direcionar parcela significativa da demanda internacional para a produção brasileira sendo mais um fator de influência de alta nos preços nos serviços de transporte de grãos.

    Além de Mato Grosso, os valores praticados no mercado de fretes apresentaram queda em Goiás, Piauí, Maranhão e Paraná. No estado paranaense, apenas as rotas com origem em Ponta Grossa apresentaram variação positiva. Já na Bahia, o fluxo logístico com o transporte de grãos apresentou comportamento variando de estabilidade à alta, variando conforme as localidades.

    No Distrito Federal, foi observado um aumento generalizado dos preços em março deste ano, com destaque para as rotas destinadas a Araguari e Uberaba, em Minas Gerais. Mas a expectativa para os próximos meses é de relativa estabilidade nos preços, considerando a variação cambial, o comportamento do mercado de combustíveis e a menor demanda por transporte após o pico da colheita da soja.

    O mercado de fretes rodoviários em Mato Grosso do Sul também manteve a tendência de preços elevados, em um movimento sazonal característico do período de pico da colheita das culturas de verão. O fluxo de transporte em março deste ano foi notadamente maior que o dos meses anteriores, com grande ênfase ao protagonismo da soja, que quase triplicou o volume transportado em março, em comparação a fevereiro.

    Alta também registrada em Minas Gerais, onde no  final de fevereiro e durante março houve grande movimentação de produtos, mais notadamente da soja, devido ao aumento da produção e aos bons preços das commodities. Em São Paulo, a colheita da oleaginosa continua exercendo influência de alta nas cotações de frete. No entanto, as elevações foram em patamares mais leves.

  • Preços dos ovos recuam no fim de abril e atingem menor nível em três meses

    Preços dos ovos recuam no fim de abril e atingem menor nível em três meses

    Os preços dos ovos comerciais registraram forte queda no fim de abril, atingindo o patamar mais baixo dos últimos três meses, conforme apontam os levantamentos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). A retração é atribuída, principalmente, à queda na demanda em função dos feriados prolongados, como Páscoa e Tiradentes, que comprometeram o ritmo das vendas.

    Além disso, o encerramento do mês – período comumente marcado pela redução do poder de compra da população – contribuiu para o recuo nas cotações. Em algumas regiões, o acúmulo de estoques, especialmente de ovos vermelhos, ampliou ainda mais a pressão sobre os preços.

    Segundo agentes de mercado ouvidos pelo Cepea, o cenário é típico de um ajuste de mercado em função do consumo mais fraco, mas pode mudar a partir do início de maio, com a reativação da demanda e melhor escoamento da produção.

  • Negociações de feijão carioca seguem lentas e preços continuam em queda

    Negociações de feijão carioca seguem lentas e preços continuam em queda

    O mercado do feijão carioca de notas 9 ou superior manteve ritmo lento de negócios na última semana, influenciado pela cautela da indústria nas reposições, segundo análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Apesar da retração dos compradores, produtores têm segurado a oferta dos lotes de melhor qualidade na tentativa de sustentar os preços.

    Entretanto, os levantamentos do Cepea mostram que o avanço da colheita e o aumento na disponibilidade de grãos de qualidade inferior continuam pressionando os valores de negociação para baixo.

    No campo, dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que, até o dia 19 de abril, 83,2% da área destinada à primeira safra de feijão no Brasil já havia sido colhida.

  • Com pressão compradora, preço do milho volta a cair no BR

    Com pressão compradora, preço do milho volta a cair no BR

    Os preços internos do milho voltaram a cair na semana passada na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a pressão veio da postura retraída de parte de compradores, que, agora, prefere consumir os estoques e se afastar das aquisições no spot, à espera de desvalorizações.

    Os demandantes ativos no spot ofertaram preços menores nas compras de novos lotes. Do lado dos vendedores, pesquisadores do Cepea indicam que muitos estão focados nos trabalhos de campo e mostram certa flexibilidade nos valores e prazos para negociações.

    No campo, agricultores seguem atentos ao clima e à previsão de retorno das chuvas, o que, por sua vez, pode aliviar as preocupações com os possíveis impactos do tempo seco em março em parte das regiões de segunda safra, como localidades do Paraná e de Mato Grosso do Sul.

    A semeadura da segunda brasileira foi finalizada, segundo aponta o relatório da Conab divulgado no dia 14. Já a colheita da safra de verão avança e soma 65,5% da área nacional, acima dos 60,3% na média dos últimos cinco anos.

  • Negócios são pontuais, e preços do feijão seguem em queda

    Negócios são pontuais, e preços do feijão seguem em queda

    As negociações envolvendo o feijão de notas 9 ou superior seguiram pontuais ao longo da semana passada, conforme mostra levantamento do Cepea.

    Quanto aos preços, produtores seguem sustentando posições firmes nas ofertas dos lotes de melhor qualidade, mas os valores continuaram pressionados pela maior disponibilidade e pela demanda retraída. No campo, até 13 de abril, 79,2% da área da primeira safra nacional havia sido colhida, segundo informações da Conab.

    Estimativas

    Os novos dados de oferta e demanda divulgados pela Conab neste mês apontam certa estabilidade (-0,9%) na disponibilidade interna de feijão para 2025.

    Entretanto, os números sinalizam que a produção de primeira safra, em fase final de colheita, deve sustentar a oferta brasileira, já que a segunda a terceira safras devem ser menores. Mas é a oferta de feijão preto que deve ter o maior crescimento anual, de 20%, fato que reforça a queda de preços.

  • Ritmo de queda de preços do arroz desacelera

    Ritmo de queda de preços do arroz desacelera

    O ritmo de queda dos preços do arroz em casca diminuiu nos últimos dias, o que, segundo pesquisadores do Cepea, pode sinalizar um maior equilíbrio entre oferta e demanda. Ao mesmo tempo, novos dados apontam para crescimento da disponibilidade interna nesta temporada, elevando os estoques de passagem em fev/26.

    De modo geral, levantamentos do Cepea mostram que a liquidez segue baixa, diante do recuo de compradores, que enfrentam dificuldade no repasse de preços do casca para o beneficiado. Produtores também continuam retraídos do spot, seja pelo descontentamento com as cotações, seja por voltarem suas atenções aos trabalhos de campo.

    Agentes consultados pelo Cepea demonstram expectativa de maiores demandas internacionais em meio ao cenário atual de taxações dos EUA, o que pode impulsionar a busca pelo cereal brasileiro. De acordo com o relatório de março da Conab, a produção nacional de arroz em casca na safra 2024/25 está estimada em 12,14 milhões de toneladas, 14,75% superior à da temporada 2023/24.

    Com importações estáveis, em 1,4 milhão de toneladas, a disponibilidade interna (estoque inicial + produção + importação) deve somar 14 milhões de toneladas, aumento de 13,77% sobre a safra passada.

  • Indicador do algodão atinge maior patamar nominal desde março de 2024

    Indicador do algodão atinge maior patamar nominal desde março de 2024

    O Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, abriu esta semana à média de R$ 4,2785/lp, o maior valor nominal desde 4 de março de 2024 (de R$ 4,3326/lp). Na parcial deste mês (até o dia 14), o Indicador acumula alta de 1,47%.

    Segundo pesquisadores do Cepea, boa parte dos produtores já liquidou os estoques da safra 2023/24, e os vendedores que ainda detêm algum volume estão firmes nos valores pedidos. Assim, compradores com necessidade imediata e/ou que precisam de uma qualidade superior acabam pagando preços maiores para novas aquisições. Além disso, a elevação na paridade de exportação reforça o suporte sobre as cotações internas.

    De modo geral, nesta entressafra, a dificuldade de acordo entre os agentes – ora quanto ao preço ora quanto à qualidade dos lotes – continua limitando as negociações, ainda conforme o Centro de Pesquisas.

    Quanto à produção nacional de pluma da safra 2024/25, em relatório divulgado no dia 10, a Conab apontou novos reajustes positivos, de 1,8% frente aos dados de março/25 e de 5,1% em comparação à temporada 2023/24, podendo chegar a 3,89 milhões de toneladas, se consolidando como um recorde.