Tag: Preço

  • Preço do leite ao produtor sobe pelo 6º mês consecutivo e atinge maior valor em 2 anos

    Preço do leite ao produtor sobe pelo 6º mês consecutivo e atinge maior valor em 2 anos

    O preço do leite pago ao produtor brasileiro registrou alta pelo sexto mês consecutivo, alcançando R$ 2,38 por litro em outubro de 2024, referente ao volume captado em setembro. Segundo dados do Cepea, essa cotação representa um aumento de 1,71% em relação ao mês anterior, e é o maior valor observado desde outubro de 2022.

    A valorização é explicada, em grande parte, pela menor oferta de leite no mercado. Em algumas regiões de Mato Grosso, a produção sofreu redução devido a condições climáticas desfavoráveis e desafios no manejo, levando a uma diminuição na captação pelas indústrias.

    Além da menor oferta, a maior demanda dos laticínios pela matéria-prima também contribuiu para a alta nos preços. Esse movimento é impulsionado pelo aumento do consumo de derivados lácteos, como queijos, iogurtes e manteigas, especialmente no final do ano, quando a demanda por produtos alimentícios costuma crescer.

    Especialistas acreditam que, com a chegada do período de safra em algumas regiões, a oferta de leite pode melhorar nos próximos meses, o que poderia estabilizar ou até mesmo reduzir os preços pagos ao produtor. Contudo, a manutenção da demanda aquecida por lácteos deve continuar sustentando o mercado, pelo menos até o início do próximo ano.

  • Milho fecha outubro em alta com demanda aquecida e oferta restrita

    Milho fecha outubro em alta com demanda aquecida e oferta restrita

    Os preços do milho no mercado doméstico registraram forte alta ao longo de outubro, impulsionados pela demanda interna robusta e pela retração dos vendedores. Segundo o Cepea, o cenário elevou as médias mensais em diversas regiões do país para os maiores patamares de 2023, dificultando a aquisição de novos lotes para os compradores.

    A escassez de milho no mercado spot nacional e os altos valores exigidos pelos produtores ampliaram as dificuldades dos demandantes, que enfrentaram baixa disponibilidade durante praticamente todo o mês. Com a expectativa de que os preços continuem avançando, muitos produtores mantiveram-se afastados dos negócios, aguardando para negociar em um momento mais favorável.

    Do lado da oferta, a atual safra de verão e as previsões para o próximo ciclo estão no radar, mas, por ora, os produtores preferem segurar o produto, atentos aos desdobramentos do mercado. Esse movimento de retenção e a demanda aquecida indicam que os preços do milho podem seguir em alta nos próximos meses, refletindo a pressão de mercado e a aposta em cotações ainda mais altas.

    Para a cadeia produtiva, o cenário reforça desafios na composição dos custos, com a expectativa de que o milho siga disputado e valorizado enquanto a nova safra não atinge o mercado em volume suficiente para equilibrar a oferta.

  • Boi gordo mantém alta com valor próximo a R$ 330,00/arroba em SP

    Boi gordo mantém alta com valor próximo a R$ 330,00/arroba em SP

    Os preços do boi gordo em São Paulo seguem em alta, com negócios já atingindo a marca de R$ 330,00 por arroba, segundo levantamentos do Cepea. O Indicador CEPEA/B3, que reflete operações no mercado spot paulista para animais a partir de 16 arrobas, fechou na terça-feira, 5, a R$ 320,90 por arroba, valor à vista e livre de Funrural. Em outubro, o Indicador acumulou ganho expressivo de 16%, com média de R$ 301,13 – uma alta significativa, embora ainda abaixo dos recordes observados entre 2020 e 2022.

    O cenário de valorização é influenciado pela recuperação da oferta para abate, que deve ganhar ritmo com o retorno das chuvas, beneficiando as pastagens e promovendo o ganho de peso dos animais, conforme explicam pesquisadores do Cepea. A expectativa de recuperação de oferta para as próximas semanas pode, contudo, amenizar a pressão nos preços.

    No atacado, a carne bovina com osso também acompanha a tendência de alta. Em outubro, a carcaça casada de boi teve um aumento de 17% na Grande São Paulo, e, neste início de novembro, o “boi casado” está cotado em torno de R$ 22,00 por quilo. A demanda aquecida no mercado atacadista e as perspectivas para o final do ano sustentam esse movimento, tornando o boi gordo um dos destaques do setor pecuário neste período.

    Essa conjuntura sinaliza um momento de valorização para os produtores, ao passo que o consumidor final deve sentir o reflexo dessa escalada de preços nos próximos meses.

  • Açúcar cristal apresenta alta nos preços por causa da demanda interna e exportações aquecidas

    Açúcar cristal apresenta alta nos preços por causa da demanda interna e exportações aquecidas

    Os preços do açúcar cristal branco continuam em alta no estado de São Paulo, reflexo de uma demanda interna aquecida e de um cenário de oferta restrita por parte das usinas. Segundo pesquisadores do Cepea, as cotações têm recebido suporte devido à estratégia das usinas paulistas de limitar a oferta do açúcar Icumsa 150, enquanto atendem aos compromissos firmados com o mercado externo, impulsionado por exportações em ritmo acelerado.

    A situação se agravou com as queimadas que ocorreram em agosto no estado paulista, impactando a produtividade das lavouras e contribuindo para a menor disponibilidade de açúcar no mercado interno. Com o volume de produção comprometido e as usinas priorizando os embarques para exportação, a oferta doméstica de açúcar cristal sofreu retração, resultando em elevação dos preços no mercado spot.

    No cenário internacional, o Brasil segue com forte atuação nas exportações de açúcar. Dados da Secex indicam que, nas duas primeiras semanas de outubro, a média diária de exportações de açúcares e melaços foi 33,6% superior à registrada no mesmo período de 2023. Esse aumento nas exportações brasileiras evidencia a alta demanda pelo produto no exterior, especialmente em um momento em que a oferta global enfrenta desafios climáticos e logísticos.

    O conjunto desses fatores mantém o mercado do açúcar aquecido, beneficiando as usinas que conseguem manter seus compromissos externos e aproveitar o movimento de alta nas cotações internas. A expectativa é de que, com a continuidade das exportações em forte ritmo e a oferta restrita, os preços do açúcar cristal se mantenham elevados nas próximas semanas.

  • Alta nos preços do etanol reflete postura das usinas e expectativa de demanda

    Alta nos preços do etanol reflete postura das usinas e expectativa de demanda

    Na última semana, os preços do etanol hidratado e anidro mantiveram uma trajetória de alta, refletindo o movimento estratégico das usinas e a expectativa de maior demanda com a proximidade do final de ano. Segundo pesquisadores do Cepea, o aumento das cotações é sustentado pela firmeza das usinas, que têm ajustado sua postura comercial devido ao encerramento da safra de moagem da cana-de-açúcar, ao mesmo tempo que aguardam uma maior procura, como normalmente ocorre nesse período.

    Entre os dias 14 e 18 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ para o etanol hidratado registrou uma alta de 1,43%, com o preço líquido (sem ICMS e PIS/Cofins) fechando a R$ 2,5518 por litro. O etanol anidro, utilizado principalmente na mistura com a gasolina, teve um aumento ainda mais expressivo, de 4,62%, alcançando o valor de R$ 2,8847 por litro, também líquido de impostos. Esses aumentos refletem não apenas a menor oferta de produto com o avanço do fim da safra, mas também a percepção de que a demanda por combustíveis deverá se intensificar com a chegada das festas de fim de ano e do verão, período de maior consumo.

    Outro fator que contribui para a alta nos preços é a resiliência das usinas em segurar estoques, com o objetivo de aproveitar o mercado aquecido nos próximos meses. A expectativa de um crescimento nas vendas de combustíveis, impulsionada pelas viagens de fim de ano e o aumento no uso de automóveis, faz com que as usinas adotem uma postura mais cautelosa, aguardando melhores oportunidades para comercializar seus estoques a preços mais altos.

    Esse cenário reforça a relevância do etanol no mercado energético brasileiro, sendo um dos principais produtos da cadeia sucroalcooleira. Além de contribuir para a redução das emissões de gases poluentes, o etanol tem se mostrado uma alternativa viável e competitiva frente aos combustíveis fósseis, com o mercado interno cada vez mais aquecido, especialmente em momentos de alta demanda, como o que se aproxima.

  • Preço do milho segue em alta e se aproxima de R$ 70 por saca

    Preço do milho segue em alta e se aproxima de R$ 70 por saca

    O mercado do milho continua registrando elevações nos preços, com o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) se aproximando da marca de R$ 70 por saca de 60 kg, nível que não era visto desde 9 de janeiro deste ano. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) atribuem essa alta à retração de vendedores e à necessidade de muitos compradores em recompor seus estoques.

    Mesmo com o avanço da semeadura da safra de verão e previsões de chuvas favoráveis nas principais regiões produtoras, os preços seguem pressionados. Esse cenário reflete a combinação da oferta limitada com a demanda consistente, o que mantém o mercado aquecido.

    Além disso, o relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado nesta semana trouxe projeções otimistas para a safra 2024/25, estimando uma produção total de milho em 119,74 milhões de toneladas. Caso confirmado, esse volume representará um crescimento de 3,5% em relação à safra 2023/24, reforçando as expectativas de uma oferta robusta para o próximo ciclo.

  • Preço do milho atinge maior valor do ano com produtores atentos ao clima

    Preço do milho atinge maior valor do ano com produtores atentos ao clima

    O Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas-SP, fechou a primeira dezena de outubro com uma média de R$ 66,18 por saca, marcando o maior valor nominal do ano.

    De acordo com pesquisadores do Cepea, esse aumento é resultado da retração vendedora, com produtores se afastando do mercado spot, e da demanda aquecida.

    Os produtores estão cautelosos devido ao clima quente e seco, principalmente no Centro-Oeste, o que tem elevado as preocupações com a safra e reduzido a oferta disponível no mercado.

    Por outro lado, os compradores demonstram maior interesse em adquirir novos lotes de milho, buscando recompor seus estoques, de acordo com as análises do Cepea.

  • Mercado de arroz em casca mantém estabilidade apesar das variações recentes

    Mercado de arroz em casca mantém estabilidade apesar das variações recentes

    O mercado de arroz em casca tem mostrado uma tendência geral de estabilidade, apesar das variações recentes nos preços. De acordo com pesquisas do Cepea, o atual cenário reflete uma disputa constante entre compradores e vendedores, o que tem reduzido significativamente o volume de transações.

    Nesse contexto, muitos produtores estão concentrados nas atividades de semeadura, o que contribui para a lentidão no ritmo de comercialização. Além disso, a venda de arroz beneficiado enfrenta dificuldades diante da pressão exercida pelos setores atacadista e varejista, gerando incertezas sobre o comportamento futuro das cotações.

    Esse equilíbrio momentâneo do mercado traz um cenário de cautela, com todos os agentes aguardando como os próximos passos da colheita e a demanda por parte do mercado consumidor irão influenciar os preços do arroz nos próximos meses.

  • Preço do óleo de soja atinge maior patamar em 2023 impulsionado pela demanda e valorização externa

    Preço do óleo de soja atinge maior patamar em 2023 impulsionado pela demanda e valorização externa

    Um levantamento realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) revelou que, em setembro, o preço médio do óleo de soja na região de São Paulo, com 12% de ICMS incluso, chegou a R$ 6.413,71 por tonelada, marcando o maior valor desde fevereiro de 2023, considerando a correção inflacionária pelo IGP-DI de agosto. O aumento de 1,5% em relação a agosto deste ano foi impulsionado pela valorização do derivado no mercado externo, além do crescimento da demanda interna, especialmente pelas indústrias de biodiesel e alimentos.

    Pesquisadores do Cepea indicam que a alta no preço do óleo de soja foi reforçada pela significativa elevação nos prêmios de exportação. Nas negociações para embarque em outubro de 2024, com base no porto de Paranaguá (PR), os prêmios de exportação chegaram a 4 centavos de dólar por libra-peso, do lado do comprador, e a 6,5 centavos de dólar por libra-peso, por parte dos vendedores. Esses valores são os mais altos registrados para o período desde 2020.

    A indústria de biodiesel, em particular, tem sido uma das principais responsáveis por essa demanda crescente, o que reflete a busca por alternativas energéticas mais sustentáveis. Além disso, o setor alimentício, que utiliza o óleo de soja como um dos principais insumos, também ampliou suas aquisições diante da expectativa de preços ainda mais altos no futuro.

    Esse cenário é resultado direto da combinação de fatores como a valorização externa do produto e a necessidade de abastecimento tanto no mercado doméstico quanto internacional, evidenciando o papel estratégico que o Brasil desempenha como um dos maiores produtores e exportadores de soja do mundo.

  • Preços do milho seguem em alta com retração dos vendedores

    Preços do milho seguem em alta com retração dos vendedores

    O movimento de alta nos preços do milho voltou a ser observado em praticamente todas as regiões monitoradas pelo Cepea.

    De acordo com os pesquisadores do Centro de Pesquisas, a elevação nos preços é impulsionada principalmente pela retração dos vendedores, que estão priorizando as atividades no campo e acompanhando de perto as condições climáticas, especialmente o clima quente e seco nas regiões produtoras de safra verão.

    Muitos agricultores já concluíram a colheita da segunda safra 2023/24 e optaram por armazenar a produção, reduzindo a oferta no mercado à vista, aguardando por novas valorizações. Ao mesmo tempo, os compradores têm intensificado as tentativas de aquisição, mas enfrentam preços mais elevados nas negociações.

    Diante desse cenário, o ritmo de negócios no mercado spot nacional permanece lento, à medida que a oferta limitada e os preços mais altos dificultam os acordos.