Tag: Preço

  • Preço do café robusta atinge patamar recorde no Espírito Santo

    Preço do café robusta atinge patamar recorde no Espírito Santo

    O preço do café robusta tipo 6, peneira 13 acima, no Espírito Santo ultrapassou a marca histórica de R$ 2.000,00 por saca de 60 kg, de acordo com o Indicador CEPEA/ESALQ. Este valor inédito foi registrado pela primeira vez em 17 de janeiro e reflete o cenário atual do mercado global e nacional.

    Segundo o Cepea, mesmo com sinais de recuperação na produção brasileira, a oferta global permanece limitada no curto prazo, o que sustenta os preços em níveis elevados. Além disso, a demanda segue forte, com o consumo interno resiliente e bons números de exportações, o que contribui para o cenário de alta.

    Este desempenho reforça a posição estratégica do Brasil no mercado de café robusta, destacando a importância de acompanhar os movimentos globais para entender os impactos futuros nos preços e na produção.

  • Influenciado por mercado internacional e entressafra, preço do açúcar cristal despenca em São Paulo

    Influenciado por mercado internacional e entressafra, preço do açúcar cristal despenca em São Paulo

    Os preços do açúcar cristal branco no mercado spot de São Paulo registraram uma queda expressiva na última semana. De acordo com levantamentos do Cepea, o Indicador CEPEA/ESALQ para o açúcar de cor Icumsa 130 a 180 fechou a sexta-feira (17) a R$ 152,80 por saca de 50 kg, uma redução de 4,37% em relação à sexta anterior. Na média semanal, de 13 a 17 de janeiro, o preço foi de R$ 154,98 por saca, uma retração de 2,71% frente ao intervalo de 6 a 10 de janeiro.

    Pesquisadores do Cepea apontam que a desvalorização foi impulsionada por negociações envolvendo grandes volumes a preços mais baixos, mesmo em plena entressafra 2024/25. A busca de compradores por condições mais vantajosas coincidiu com uma queda nas cotações internacionais do açúcar demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures), que recuaram ao patamar dos 18 centavos por libra-peso. Essa conjuntura levou as usinas a reduzirem os preços de suas ofertas, pressionando ainda mais as cotações domésticas.

    A combinação entre a dinâmica do mercado interno e a influência das cotações internacionais pode continuar exercendo impacto no curto prazo, especialmente enquanto o mercado estiver ajustando as expectativas para a nova safra.

  • Queda nos preços da mandioca reflete maior oferta e baixa demanda industrial

    Queda nos preços da mandioca reflete maior oferta e baixa demanda industrial

    O mercado de mandioca registrou queda acentuada nos preços ao longo da última semana, pressionado pela intensificação da colheita e comercialização por parte dos produtores. Essa movimentação ocorre tanto como estratégia de capitalização quanto para liberação de áreas, além de ser influenciada por expectativas baixistas para o mercado. Ao mesmo tempo, a qualidade da mandioca apresentou melhora no teor de amido, favorecendo a oferta.

    No entanto, a demanda segue enfraquecida, com parte das fecularias e farinheiras ainda em manutenção ou operando com capacidade reduzida. Com a oferta bem acima da procura, os preços apresentaram a maior desvalorização semanal desde março de 2024. Entre os dias 13 e 17 de janeiro, a média nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 645,11 (equivalente a R$ 1,1376/grama de amido), representando uma queda de 6,4% em relação à semana anterior e atingindo o menor valor desde outubro de 2024.

    Embora os preços estejam em retração, em termos reais (considerando o ajuste pelo IGP-DI), a média atual ainda supera em 10,3% a do mesmo período de 2024. Esse cenário reflete o impacto da dinâmica entre oferta elevada e demanda limitada, com perspectivas de ajustes conforme a retomada plena da operação industrial.

  • Cotações da tilápia registram queda em dezembro enquanto exportações batem recorde

    Cotações da tilápia registram queda em dezembro enquanto exportações batem recorde

    As cotações da tilápia, tanto viva quanto no gelo, encerraram dezembro de 2024 com novas quedas, ainda que menos acentuadas em comparação aos meses anteriores. Segundo pesquisadores do Cepea, a desvalorização continua relacionada à alta oferta de animais prontos para abate, reflexo de uma produção crescente e de ganhos significativos no peso médio da tilápia ao longo do segundo semestre do ano passado.

    Por outro lado, o cenário de exportações foi marcado por resultados excepcionais. Impulsionados pela alta do dólar e pela ampla disponibilidade interna, os embarques brasileiros de tilápia, incluindo filés e produtos secundários, cresceram substancialmente no último mês de 2024. Dados da Secex, analisados pelo Cepea, apontam que 2,1 mil toneladas da proteína foram enviadas ao exterior em dezembro, volume 40,3% maior do que em novembro e impressionantes 202,3% superior ao registrado no mesmo período de 2023.

    Esse desempenho robusto no mercado internacional reforça a competitividade da tilápia brasileira, que tem ganhado espaço em importantes mercados globais. No entanto, no mercado doméstico, a pressão de oferta sobre os preços exige cautela por parte dos produtores, que devem monitorar os estoques e os custos operacionais para mitigar os impactos da desvalorização.

  • Preço do etanol sobe em Mato Grosso após redução no desconto do ICMS

    Preço do etanol sobe em Mato Grosso após redução no desconto do ICMS

    O preço do etanol em Mato Grosso sofreu um aumento significativo devido à redução no desconto aplicado à base de cálculo do ICMS, que caiu de 50% para 38%. A mudança, em vigor desde 1º de janeiro de 2025, foi oficializada por meio de uma Lei Complementar publicada em edição extra no mesmo dia. A informação é do Sindipetróleo-MT.

    Embora a alíquota do ICMS sobre o etanol permaneça em 10,5%, a redução do desconto na base de cálculo aumenta o valor tributável, refletindo diretamente no preço final do combustível nas bombas. A alteração diminui as margens de economia que antes beneficiavam os consumidores, afetando principalmente os motoristas que optam pelo etanol como alternativa de abastecimento.

    Lei Complementar e seus efeitos imediatos

    A modificação na tributação do etanol em Mato Grosso integra uma série de ajustes fiscais adotados pelo estado. Com a redução no desconto, o preço do etanol, tradicionalmente mais competitivo em relação à gasolina, pode perder parte de sua atratividade econômica para os consumidores locais.

    Especialistas apontam que o aumento nos preços pode influenciar as decisões de abastecimento dos motoristas, além de trazer impactos indiretos para o setor agrícola, já que o etanol é amplamente produzido a partir da cana-de-açúcar e do milho no estado.

    O aumento no preço do etanol em Mato Grosso reforça a necessidade de os consumidores estarem atentos às mudanças fiscais e ao impacto dessas políticas no dia a dia.

  • Milho/Cepea: Preço futuro aponta queda; produção deve crescer no BR

    Milho/Cepea: Preço futuro aponta queda; produção deve crescer no BR

    O ano de 2025 se inicia com cenários distintos nos mercados interno e externo de milho. No Brasil, os preços do cereal no spot estão acima dos registrados no começo de 2024, mas o mercado futuro aponta cotações menores que as atuais. Já na Bolsa de Chicago, os contratos operam em valores inferiores dos registrados no início de 2024 e não mostram sinais de recuperação para 2025.

    Segundo pesquisadores do Cepea, no contexto doméstico, as cotações futuras menores estão relacionadas à expectativa de produção nacional em 2025 acima da de 2024. No caso dos valores externos, há certa estabilidade entre a oferta e a demanda doméstica dos Estados Unidos, mas o excedente norte-americanos é amplo, o que, por sua vez, exige que as exportações do país sejam firmes, em um ambiente de incertezas políticas por conta do novo governo.

    Brasil – O movimento de alta nas cotações no segundo semestre de 2024 nas principais regiões do Brasil pode atrair agricultores e resultar em aumento na semeadura na segunda safra de 2025. O cultivo mais acelerado das lavouras de verão, como a soja, abre a expectativa de semeadura da segunda safra de milho no período ideal. A perspectiva de maior produção é acompanhada por estimativas indicando consumo doméstico recorde, sobretudo por parte do setor de proteína animal e da crescente indústria de etanol de milho no Brasil. Um possível equilíbrio entre oferta e demanda deve vir com recuo nas exportações – as vendas externas podem ser limitadas pelo menor excedente doméstico.

    Mundo – Por enquanto, é esperada menor produção mundial e aumento no consumo e, consequentemente, redução na relação estoque/consumo global, o que, por sua vez, pode trazer maior sustentação aos preços externos e aumentar o interesse de agricultores brasileiros em negociar a mercadoria para o mercado externo.

  • Preço ao produtor de leite tem mais um mês de queda: 6,4%

    Preço ao produtor de leite tem mais um mês de queda: 6,4%

    Pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o preço do leite captado em novembro fechou a R$ 2,6374/litro (“Média Brasil”), recuo de 6,4% em relação ao mês anterior, mas com alta de 25,9% frente a novembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de novembro). A progressão da safra e o consequente aumento sazonal da oferta no campo influenciam o movimento de desvalorização do leite cru, que pode continuar sendo observado em dezembro.

    Por ora, o Cepea estima que a média de preços de 2024 fique próxima do patamar de R$ 2,60/litro, ou seja, em torno de 1% acima da verificada em 2023, em termos reais. Apesar de a média anual de 2024 não se distanciar da de 2023, o comportamento dos preços ao longo destes anos foi bem distinto. Em 2024, o que mais marcou foi a sustentação do movimento de valorização do leite cru até o final do terceiro trimestre. Esse prolongamento da tendência altista ocorreu devido ao crescimento lento da oferta no campo.

    Mesmo diante da certa estabilidade nos custos de produção e do aumento da margem do produtor em 2024, o estímulo à atividade foi menor do que o previsto no primeiro semestre, e o clima extremo foi um fator crucial que influenciou negativamente a atividade, sobretudo entre o segundo e o terceiro trimestres. Ao mesmo tempo, o consumo se manteve firme na maior parte do ano e, no final da entressafra, houve diminuição considerável dos estoques de lácteos, o que ajudou a prolongar o movimento altista. A inversão da tendência ocorreu apenas a partir de outubro, com as chuvas da primavera elevando a quantidade e a qualidade das pastagens e favorecendo o incremento da produção.

    A queda nos preços do leite no campo também refletiu em diminuição nas cotações dos lácteos. Em novembro, a pesquisa do Cepea realizada com o apoio da OCB mostrou forte desvalorização do UHT no atacado paulista, e os preços da muçarela e do leite em pó registraram baixas menos intensas. Com estoques de derivados elevados, as importações de lácteos se estabilizaram em novembro (209,5 milhões de litros em equivalente leite), enquanto as exportações cresceram 5,8% (4,8 milhões de litros em equivalente leite).

    Apesar da alta pontual na captação do leite cru, é possível que, no balanço de 2024, o crescimento da oferta continue próximo de 2%. Isso porque os custos com nutrição animal seguem avançando e o poder de compra do pecuarista continua caindo. Esse é, inclusive, o maior ponto de atenção para 2025. Nesse sentido, a projeção é de que a produção em 2025 possa manter o ritmo de crescimento entre 2% e 2,5%. Um avanço acima disso exigiria uma recuperação muito forte da oferta no primeiro trimestre de 2025, mas isso vai depender majoritariamente do clima.

  • Mercado de etanol hidratado registra leve alta em São Paulo com demanda aquecida

    Mercado de etanol hidratado registra leve alta em São Paulo com demanda aquecida

    Na primeira semana de dezembro, o mercado de etanol hidratado no estado de São Paulo manteve-se estável, mesmo diante de uma demanda mais ativa, segundo levantamento do Cepea. Compradores demonstraram interesse em adquirir novos lotes, antecipando-se às dificuldades logísticas esperadas para a segunda quinzena do mês e ao aumento na procura com a chegada das festas de final de ano.

    Do lado dos vendedores, a postura foi firme, reforçada pela maior demanda. Entre 2 e 6 de dezembro, o Indicador CEPEA/ESALQ para o etanol hidratado registrou média de R$ 2,6295 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), representando um leve aumento de 0,31% em relação à semana anterior.

    Já para o etanol anidro, o cenário foi de maior valorização. O Indicador teve alta de 3,93% no mesmo período, alcançando R$ 2,9291 por litro (valor líquido de impostos). Pesquisadores do Cepea destacam que a tendência é de manutenção da demanda firme nas próximas semanas, especialmente com o aquecimento do consumo devido às festividades.

  • Demanda aquecida e safra em reta final impulsionam preços do etanol em novembro

    Demanda aquecida e safra em reta final impulsionam preços do etanol em novembro

    Os preços do etanol apresentaram avanços significativos em novembro, sustentados pela alta demanda e pela proximidade do encerramento da safra 2024/25 no Centro-Sul. De acordo com dados do Cepea, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado alcançou uma média de R$ 2,6201/litro, aumento de 3,91% em relação a outubro. O anidro também registrou valorização, com média de R$ 2,8828/litro, um avanço de 2,41% no mesmo período.

    Os pesquisadores do Cepea apontam que a expectativa de maior consumo em dezembro, devido às festividades de fim de ano, foi um dos principais fatores por trás das altas. Além disso, o volume de etanol hidratado captado pelo Cepea no segmento produtor ao longo do mês foi o mais elevado para novembro desde 2020 e o quarto maior da atual safra, refletindo a forte procura pelo biocombustível.

    No acumulado parcial da safra 2024/25, de abril a novembro, as médias dos Indicadores CEPEA/ESALQ mostram um desempenho superior ao do mesmo período na temporada 2023/24. O etanol hidratado teve uma alta acumulada de 2,03%, enquanto o anidro subiu 0,26%.

    Com o fim da safra se aproximando e a oferta se ajustando, espera-se que os preços continuem firmes no curto prazo, especialmente com o aquecimento da demanda característico do final do ano e início do período de férias no Brasil.

  • Demanda firme da indústria sustenta negociações de soja no Brasil, mas alta é contida por fatores externos

    Demanda firme da indústria sustenta negociações de soja no Brasil, mas alta é contida por fatores externos

    As negociações envolvendo soja no Brasil seguem aquecidas, impulsionadas pela forte demanda das indústrias esmagadoras domésticas. Segundo pesquisadores do Cepea, esse movimento contribuiu para a elevação dos prêmios de exportação da oleaginosa na última semana, refletindo o interesse constante dos compradores por essa commodity.

    No entanto, o avanço nos preços domésticos tem encontrado limitações. O rápido progresso na semeadura da safra 2024/25 na América do Sul, a proximidade do término da colheita no Hemisfério Norte, e a recente desvalorização do dólar frente ao Real têm exercido pressão contrária. Esses fatores combinados têm dificultado um aumento mais expressivo nas cotações internas.

    De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até o dia 3 de novembro, 53,3% da área prevista para o plantio de soja no Brasil já havia sido semeada, superando os 48,4% registrados no mesmo período do ano passado. Esse ritmo acelerado na semeadura indica boas perspectivas para a nova safra, o que pode trazer alívio à oferta nos próximos meses.

    A expectativa é que, com o avanço do plantio e a possibilidade de uma colheita robusta no início de 2025, o mercado possa apresentar maior equilíbrio entre oferta e demanda, o que poderá impactar a trajetória dos preços no mercado interno. Contudo, a indústria doméstica continua atuando de forma agressiva na aquisição de novos lotes, especialmente diante da instabilidade cambial que afeta a competitividade das exportações brasileiras.