Tag: portos

  • Governo prepara leilão para concessão das ferrovias FICO e FIOL

    Governo prepara leilão para concessão das ferrovias FICO e FIOL

    O governo federal pretende realizar um leilão para concessão de ferrovias ainda este ano, com foco na Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) e na Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL). Juntas, essas malhas ferroviárias somam 1.708 quilômetros e deverão atrair investimentos estimados em R$ 99,7 bilhões. A concessão tem o objetivo de impulsionar a infraestrutura logística do país, especialmente no transporte de grãos, celulose e minérios, reduzindo a dependência do modal rodoviário e tornando o escoamento mais eficiente e sustentável.

    A FICO é um projeto estratégico para conectar o Mato Grosso ao restante do país, facilitando a exportação da produção agrícola por meio de corredores logísticos eficientes. Já a FIOL busca consolidar a ligação entre o Centro-Oeste e os portos da Bahia, promovendo maior competitividade ao agronegócio e à mineração. A concessão dessas ferrovias deverá melhorar a fluidez do transporte de cargas e reduzir os custos logísticos, beneficiando produtores e exportadores.

    Portos e rodovias

    Além da concessão ferroviária, o governo federal planeja realizar nove leilões para a iniciativa privada administrar trechos rodoviários que somam 5,5 mil quilômetros, com investimentos previstos de R$ 91,4 bilhões. No setor portuário, estão previstos R$ 20 bilhões em concessões e arrendamentos para modernização de canais de navegação, terminais marítimos e hidroviários em todas as regiões do Brasil.

    Esses investimentos são fundamentais para atender à crescente demanda do setor agropecuário. Apenas para o escoamento da safra de grãos 2024/2025, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima um recorde de 322,47 milhões de toneladas a serem transportadas. Quando somados produtos como cana-de-açúcar, celulose, frutas e carnes, o volume logístico necessário ultrapassa 1,250 bilhão de toneladas.

    A concessão da FICO e da FIOL representa um avanço na modernização da infraestrutura ferroviária do país, garantindo mais eficiência no transporte de cargas e impulsionando o desenvolvimento econômico.

  • Maior leilão portuário da história ocorre nesta quarta-feira (18), em SP

    Maior leilão portuário da história ocorre nesta quarta-feira (18), em SP

    O leilão do 2º bloco de arrendamentos portuários, o último do ano, será realizado nesta quarta-feira (18/12) na sede da B3 (Bolsa de Valores), em São Paulo, com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. O certame vai abranger os terminais ITG02, em Itaguaí (RJ), MCP03, em Santana (AP), e MAC16, em Maceió (AL). O valor total previsto para investimento nas três áreas é de R$ 3,62 bilhões.

    O Porto de Itaguaí vai receber um investimento histórico de R$ 3,5 bilhões para a construção do novo terminal ITG02, dedicado à exportação de minério de ferro. Com área de 249 mil m², o terminal terá capacidade para movimentar 21,4 milhões de toneladas por ano, consolidando o Porto como um dos principais polos de exportação do país e gerando 333 empregos diretos, além de muitos outros indiretos.

    A área do MCP03, no Porto de Santana (AP), é um ativo estratégico para o desenvolvimento do Arco Norte. Com um contrato de 25 anos, o projeto prevê investimentos de R$ 89,9 milhões na construção de silos, sistemas de descarregamento e expedição de grãos, e ampliação do Píer 1 para receber navios de grande porte.

    Já para o Porto de Maceió, o MAC16, que opera por meio de uso público, movimentando concentrado de cobre, um mineral essencial para indústrias do mundo todo, serão R$ 6,2 milhões em investimentos com o novo arrendamento, ao longo de cinco anos de contrato.

    Entre 2024 e 2026, a previsão é que sejam leiloados 50 empreendimentos no setor portuário que vão garantir investimentos na ordem de R$ 18,2 bilhões. A expectativa é que, além dos oito projetos de 2024, sejam realizados 20 arrendamentos e uma concessão em 2025, com investimentos na ordem de R$ 8,54 bilhões, e 17 arrendamentos e quatro concessões em 2026, com estimativa de R$ 5,91 bilhões.

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  • PF, Receita e Marinha reforçam segurança de portos antes do carnaval

    PF, Receita e Marinha reforçam segurança de portos antes do carnaval

    A Polícia Federal, Receita Federal e Marinha reforçam suas ações de segurança nos portos de Santos (em São Paulo), do Rio de Janeiro e de Itaguaí (no Rio), a partir desta quarta-feira (31). A Operação Tridente é parte das ações do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) 11.765, de novembro do ano passado.

    Segundo nota divulgada pela Marinha, o objetivo é combater o tráfico de drogas e de armas e outros crimes no período pré-carnaval.

    Entre as atividades que serão executadas estão a inspeção de bagagens e passageiros de navios com o emprego de cães de faro, além do reforço de patrulhas e inspeções em embarcações suspeitas nos acessos aos três portos.

    Serão empregados 1.250 servidores dos três órgãos, que desde novembro de 2023 atuam com o objetivo de impedir o uso dos portos como pontos estratégicos de organizações criminosas para escoamento de produtos ilegais.

  • Aprosoja-MT conhece a realidade dos portos do Arco Norte

    Aprosoja-MT conhece a realidade dos portos do Arco Norte

    O presidente eleito da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, visitou os portos do Arco Norte para conhecer a realidade da exportação de grãos através dos portos no Norte do Brasil. Lucas foi acompanhado de uma comitiva da Aprosoja-MT, incluindo diretores e delegados da entidade.

    A comitiva visitou as estações de transbordo, onde os grãos produzidos pelos produtores mato-grossenses saem em barcaças para serem embarcadas nos navios em portos maiores. A comitiva visitou as estações de transbordo de Porto Velho (RO) e Miritituba (PA), além dos portos de exportação de Itacoatiara (AM), Santarém (PA), Vila do Conde (PA) e Macapá (AP).

    “Precisávamos conhecer para ter mais informações, ter mais noção também daquilo que eles precisam para que as exportações de Mato Grosso possam avançar ainda mais, seja diminuindo custos, como também aumentando o fluxo, porque a produção tem crescido cada vez mais”, disse Lucas, que enfatizou a necessidade de mais barcaças e navios no Arco Norte.

    De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os portos do Arco Norte foram responsáveis por exportar mais de 31% da soja brasileira, o que equivale a quase 30 milhões de toneladas das 92,78 milhões de toneladas da oleaginosa exportadas pelo Brasil em 2023 para 61 países.

    Por outro lado, Lucas também ressaltou que há algumas preocupações, como a atuação de piratas em algumas regiões, que impacta o custo do frete, além da concessão da navegação do Rio Madeira, que chega até as estações de transbordo de Porto Velho, para a inciativa privada, o que pode impactar o custo do frete e o bolso do produtor mato-grossense.

    “Como produtores, precisamos saber todos os critérios, principalmente na questão de concorrência, para que não haja um monopólio que prejudique as empresas menores que usam esse corredor também. Então, tudo isso a Aprosoja está de olho, pensando no futuro da nossa produção e também no avanço do nosso comércio internacional de grãos”, destaca.

    Os produtores mato-grossenses também viram como é o processo de fabricação reformas de barcaças, a formação de comboios, além da fabricação de rebocadores e empurradores das barcaças.

    Ainda de acordo com informações do Imea, o custo do frete hidroviário é mais vantajoso que todas as outras alternativas. O frete rodoviário, de acordo com o Imea, para um percurso entre 500 km e mil quilômetros fica em torno de 27 centavos por tonelada. Já o ferroviário é em torno de 16 centavos, enquanto o hidroviário é de 7 centavos.

  • Governo anuncia mais de R$ 10 bi em investimentos nos setores de portos, aeroportos e hidrovias em seis meses

    Governo anuncia mais de R$ 10 bi em investimentos nos setores de portos, aeroportos e hidrovias em seis meses

    Nos seis primeiros meses da atual gestão, o volume aproximado de novos investimentos anunciados nas áreas de portos, aeroportos e hidrovias superou os R$10 bilhões. As ações englobam as cinco regiões. Confira:

    SETOR AÉREO – A movimentação de passageiros nos aeroportos brasileiros registrou o melhor primeiro semestre dos últimos oito anos. Mais de 43,8 milhões de pessoas passaram pelos terminais, alta de 15% em relação ao mesmo período de 2022. Um dos novos projetos para o setor, o “Voa Brasil” busca ampliar o universo de brasileiros com acesso ao transporte aéreo. O programa vai oferecer bilhetes de até R$ 200, na baixa temporada, para um público inicial formado por aposentados e pensionistas do INSS. Tudo isso sem qualquer tipo de subsídio por parte do governo, utilizando somente assentos ociosos nos voos domésticos.

    Na aviação regional, a meta é que 100 aeroportos em todo o país sejam qualificados para operar voos regulares até 2026. Já foram autorizados mais de R$ 100 milhões em repasses para a revitalização de aeroportos públicos, a maior parte com foco na aviação regional: estão na lista Linhares (ES), Guarujá (SP), Cáceres (MT), Serra Talhada (PE) e Conselheiro Lafaiete (MG).

    Também foram inauguradas salas multissensoriais nos aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ). Os espaços são planejados com o objetivo de ampliar a inclusão e trazer mais tranquilidade às pessoas autistas que utilizam os terminais.

    SETOR PORTUÁRIO – A movimentação do setor portuário cresceu 4,4% nos primeiros cinco meses do ano em comparação ao mesmo período de 2022. O volume total de cargas transportadas através dos portos brasileiros foi de 495,8 milhões de toneladas, de acordo com Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).

    O túnel submerso Santos-Guarujá, anunciado como prioridade pelo Governo Federal e pelo ministro do setor, Márcio França, deve ter início em 2024. O túnel, que terá cerca de 1,7 quilômetro de extensão, vai beneficiar cerca de 70 mil pessoas. Outro anúncio importantes no período foi o desconto nas tarifas cobradas nos Portos de Santos, da PortosRio (RJ), de Ilhéus (BA) e do Rio Grande (RS).

    O destaque dos investimentos no setor foi a assinatura de seis contratos de adesão no valor total de R$ 8,2 bilhões, referentes à autorização de novas instalações portuárias nos estados do Rio Grande do Norte, Pará, São Paulo, Rio de Janeiro, Rondônia e Mato Grosso do Sul. Oito termos aditivos foram assinados com portos dos estados de Maranhão, Espírito Santo, Bahia, Rio de Janeiro e Amazonas, com valor total de R$ 628,4 milhões.

    HIDROVIAS – O montante de recursos liberados pela União para o modal hidroviário chegou a R$177 milhões no primeiro semestre de 2023, de acordo com levantamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). De janeiro a maio, o fluxo de cargas em embarcações que navegam pelos rios cresceu 6,5% e chegou a 51,2 milhões de toneladas, na comparação com os cinco primeiros meses de 2022. Os dados são da ANTAQ.

    Desde o início do ano, o Governo Federal anunciou quase R$ 50 milhões para obras de dragagem em rios considerados estratégicos para o transporte de cargas, em diferentes regiões. O destaque é a conclusão da dragagem da hidrovia do Rio Madeira (R$ 45,6 milhões), considerada uma das mais estratégicas do eixo logístico da região Amazônica.

    No quadro de obras em andamento, o destaque é a retomada da derrocagem de um trecho do canal de Nova Avanhandava, no rio Tietê, em São Paulo. O trabalho consiste na extração de rochas para garantir o aprofundamento do canal e viabilizar a navegação e o transporte de cargas ao longo do rio. O repasse do governo no período foi de R$ 98,7 milhões.

  • Assinado o contrato de concessão da BR 163-230-MT-PA

    Assinado o contrato de concessão da BR 163-230-MT-PA

    Foi assinado ontem, sexta-feira (01/04) o contrato de concessão da BR 163/230/MT/PA, sistema rodoviário que integra as regiões Centro-Oeste e Norte. O consórcio vencedor do leilão, ocorrido em julho de 2021, foi o Via Brasil BR163, e a expectativa é de que o empreendimento receba R$ 1,87 bilhão em investimentos apenas nas obras durante os 10 anos de contrato, além de R$ 1,2 bilhão em custos de operação e manutenção, segundo a Empresa de Planejamento e Logística (EPL).

    Na avaliação do ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, trata-se de “um dos principais projetos” tocados pela pasta desde 2019. Segundo ele, a recente pavimentação dos últimos 50 quilômetros da rodovia tornou os produtores do Centro-Oeste brasileiro “mais competitivos do que os produtores do meio oeste norte-americano, no que tange à logística”.

    Uma viagem ali levava mais de dez dias de Sinop (MT) a Miritituba (PA). Com a pavimentação completa, passou para três ou quatro dias. Isso é logística de ponta. Rodovia saiu do atoleiro para o leilão”, acrescentou o ministro.

    assinado o contrato de concessao da br 163 230 mt pa scaled

    Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o sistema rodoviário da BR-163/230/MT/PA tem uma extensão de 1.009,52 km, que formam um “eixo fundamental para escoamento da produção da parte paraense da Região Norte e norte da Região Centro-Oeste, além da ligação a terminais portuários do Arco Norte (Rio Tapajós)”.

    De acordo com a EPL, empresa responsável pelos estudos que possibilitaram o leilão da rodovia, a concessão possibilitará a construção de acessos definitivos aos terminais portuários de Santarenzinho, Itapacurá e Miritituba, no Pará, bem como de faixas adicionais, acostamentos, vias marginais. A expectativa é de que, em meio a tudo isso, 29 mil empregos sejam gerados.

    Os estudos desenvolvidos pela EPL visando a formatação do leilão consideram o trecho como fundamental para o desenvolvimento da região, viabilizando o escoamento de áreas produtoras e fomentando a economia de 13 municípios em duas unidades federativas.

    Ao final do evento de assinatura do contrato, o ministro Marcelo Sampaio lembrou que, em muitos trechos, a região atravessada pela rodovia é “inóspita” e com pouco acesso a serviços. “Sabemos que a concessionária será, por muitas vezes, o primeiro socorro para caminhoneiros, passageiros e demais pessoas que a utilizam”.