Tag: população indígena

  • Mato Grosso lidera ranking nacional de indígenas em áreas rurais, revela Censo 2022

    Mato Grosso lidera ranking nacional de indígenas em áreas rurais, revela Censo 2022

    Um novo levantamento trouxe à tona um dado sobre a distribuição da população indígena no Brasil: Mato Grosso se destaca como o estado com a maior proporção de indígenas residentes em áreas rurais.

    Com 82,66% de sua população indígena vivendo no campo, o estado supera Maranhão e Tocantins nesse indicador.

    Os números do Censo Demográfico 2022, divulgados recentemente, revelam que Mato Grosso abriga 58.356 indígenas, o que corresponde a 1,60% da população total do estado.

    Essa marca posiciona Mato Grosso como o sétimo estado brasileiro com o maior número absoluto de indígenas.

    Presença indígena em áreas rurais e urbanas de Mato Grosso

    A pesquisa do IBGE evidencia uma característica marcante da presença indígena em Mato Grosso: a forte concentração em áreas rurais. O estado possui 924 localidades indígenas, sendo que 143 delas estão localizadas em Campinápolis, a 504 km de Cuiabá.

    No entanto, o Censo 2022 também aponta para uma tendência crescente de urbanização entre os povos indígenas em todo o Brasil. Mais da metade da população indígena brasileira (53,97%) vive em áreas urbanas. Em Mato Grosso, embora a maioria ainda resida em áreas rurais, essa tendência de urbanização também é observada.

    Desafios e perspectivas

    A concentração de indígenas em áreas rurais em Mato Grosso, por um lado, destaca a importância do estado na preservação das culturas e tradições dos povos originários. Por outro lado, evidencia a necessidade de políticas públicas específicas para garantir o acesso a serviços básicos, como saúde, educação e saneamento, em áreas remotas.

    Com uma população indígena significativa e distribuída em diversas localidades, Mato Grosso possui o desafio de conciliar o desenvolvimento econômico com a proteção dos direitos e a valorização das culturas indígenas. A formulação de políticas públicas que promovam a inclusão social e o desenvolvimento sustentável nessas comunidades é fundamental para garantir o futuro dos povos originários no estado.

    O Censo 2022 e o futuro dos povos indígenas

    Os dados do Censo Demográfico 2022 fornecem um retrato detalhado da realidade dos povos indígenas no Brasil e em Mato Grosso. As informações obtidas são essenciais para a elaboração de políticas públicas mais eficazes e para o acompanhamento das mudanças nas comunidades indígenas ao longo do tempo.

  • População indígena em Mato Grosso cresce e apresenta avanços na educação

    População indígena em Mato Grosso cresce e apresenta avanços na educação

    Um novo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (4), revela um aumento significativo na população indígena de Mato Grosso nos últimos 12 anos. O número de indígenas no estado passou de 51.696 em 2010 para 58.356 em 2022, representando 1,5% do total da população mato-grossense.

    O estudo detalha que a maioria dos indígenas, cerca de 42.525 pessoas, vive em terras indígenas, enquanto outros 9.171 residem em áreas urbanas ou outras regiões do estado. A pesquisa também analisou as condições de moradia, revelando que 74% dos indígenas vivem em casas, 22% em malocas e uma pequena parcela em apartamentos ou casas de vila.

    Em relação à educação, os dados são promissores. Embora a taxa de analfabetismo entre os indígenas de Mato Grosso seja de 16%, ligeiramente superior à média nacional, o estado apresenta um índice de alfabetização de 83%, ocupando a 18ª posição no ranking nacional. A pesquisa destaca o alto índice de alfabetização entre os jovens de 20 a 24 anos, que chega a 93,73%.

    O crescimento da população indígena em Mato Grosso e os avanços na educação são indicadores importantes, mas ainda há desafios a serem superados, como a desigualdade de acesso a serviços básicos e a garantia dos direitos territoriais.

  • Guajajara: aumento da população indígena se deve a diferentes fatores

    Guajajara: aumento da população indígena se deve a diferentes fatores

    A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, disse nesta segunda-feira (7) que o crescimento da população indígena de 88,82% em 12 anos, de  896.917 em 2010, para 1.693.535 em 2022, se deve a diferentes fatores. A ministra participou do lançamento oficial do Censo 2022 Indígenas: Primeiros resultados em Belém, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    “O item do pertencimento favoreceu que povos indígenas que estão em contexto urbano também pudessem se apresentar como indígena. Há também estimativas das lideranças indígenas de aumento considerável nas aldeias de crianças e jovens. Então, são vários fatores que precisam ser considerados para além das condições suficientes para que as equipes do IBGE pudessem chegar nas aldeias mais distantes”, disse Sonia Guajajara.

    Dos 1.693.535 de pessoas que se autodeclararam indígenas, 689,2 mil moravam em terras indígenas, segundo o Censo.

    Para a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que também participou do lançamento do Censo 2002 Indígenas, muitos dos indígenas eram invisíveis em censos anteriores porque o Estado não chegava até eles. “Como fazer política pública eficiente se você não sabe onde eles estão, o que pensam, o que estão precisando? Isso foi alcançado graças a parcerias de cinco ministérios”, afirmou.

    Edição: Maria Claudia

  • Coordenador da Apib aponta subdimensionamento da população indígena

    Coordenador da Apib aponta subdimensionamento da população indígena

    Depois de 13 anos do último Censo indígena, realizado em 2010, o coordenador da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Kleber Karipuna, considerou positivos os dados divulgados nesta segunda-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informando que houve crescimento de quase 89% desta parcela da população em relação ao levantamento anterior.

    No entanto, Kleber Karipuna disse à Agência Brasil que a população indígena ainda está subdimensionada por causa de problemas de logística para acesso a algumas áreas. “O número pode ser maior, mas já é um crescimento significativo nesses 13 anos, em relação ao último censo da população indígena”. Ele ressaltou a importância de ter dados, não só da população em geral, mas também em nível dos estados e do número de domicílios que foram visitados.

    O coordenador da Apib informou que a própria Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), cujos dados censitários eram muito usados, por estar localmente no dia a dia de cada comunidade, está trabalhando agora na reformulação de seu sistema de informação. Esse trabalho poderá trazer dados atualizados, muito próximos dos números do IBGE.

    “Talvez uma estimativa da população indígena na casa de 1,8 milhão a 1,9 milhão de indígenas, se incluirmos aí populações em regiões de difícil acesso, povos isolados que não entram na contabilidade”. Kleber Karipuna destacou a importância das informações do censo, principalmente para subsidiar as políticas do governo para as populações indígenas. “A avaliação é muito positiva.”

    Ele ressaltou também o esforço do IBGE, que conseguiu contemplar recenseadores indígenas para fazer o trabalho próximo das próprias comunidades. Em função das dificuldades de logística, de material e de transporte para ir até áreas de difícil acesso, aonde só se chega de helicóptero ou avião, Kleber propôs que, nos próximos anos, seja feito um esforço para solucionar esses problemas operacionais e de logística, visando a obter um mapa ainda maior da comunidade indígena brasileira.

    “Mas este já é um número significativo. A ideia é tentar avançar cada vez mais, para retomar a população indígena que, em tese, em estimativa, totalizaria no Brasil, na chegada dos colonizadores, em torno de 5 milhões de pessoas”. Apesar da diferença populacional histórica, Kleber Karipuna disse que o resultado divulgado do censo “já é algo bastante expressivo”.

    Edição: Nádia Franco