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  • Lucas do Rio Verde cresce 1.152% em 31 anos e lidera ranking nacional de crescimento populacional

    Lucas do Rio Verde cresce 1.152% em 31 anos e lidera ranking nacional de crescimento populacional

    Lucas do Rio Verde é destaque como o município com o maior percentual de aumento populacional no Brasil nas últimas três décadas. Entre 1991 e 2022, a população saltou de 6.693 para 83.798 habitantes, um crescimento de 1.152%, com uma média de crescimento exponencial anual de 8,49%. A análise é da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Planejamento e Cidade, com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponíveis nas tabelas 4.714 e 136 do sistema Sidra.

    Esse desempenho supera Palmas (TO), Nova Mutum (MT) e outras cidades no ranking dos dez municípios que mais expandiram sua população no período.

    O crescimento acelerado de Lucas do Rio Verde foi acompanhado de investimentos estratégicos em infraestrutura e serviços públicos de qualidade. Sob a gestão do prefeito Miguel Vaz, o município consolidou pilares como geração de empregos, educação, saúde, segurança pública, habitação e inovação. Programas como o “Ser Luverdense Habitação” já possibilitaram mais de 4 mil oportunidades de moradia popular nos últimos 4 anos, fortalecendo o compromisso com a qualidade de vida para os luverdenses.

    Reconhecida como a “Capital da Agroindústria” e a “Cidade de Oportunidades”, Lucas do Rio Verde é referência na agregação de valor às commodities agrícolas, o que impulsiona a economia local e gera emprego e renda. O município se destaca também por seu sólido crescimento econômico e por ter um dos melhores índices educacionais do país. Além disso, os investimentos em saúde sempre ultrapassam o mínimo exigido por lei, refletindo o cuidado com a população.

    O Município tem como meta se tornar referência em Segurança Pública. Em 2023, a atual gestão implementou a primeira Guarda Civil Armada de Mato Grosso, autorizada pela Polícia Federal, que atua de forma integrada às forças de segurança após rigorosos treinamentos. Com cerca de 400 câmeras instaladas, número que deve chegar a mil até 2025, e um moderno centro de videomonitoramento, o município se destaca pelo impacto positivo na segurança pública, o que impulsiona a atração de investimentos.

    Outro marco é o programa “InPacto Lucas”, que posiciona o município como protagonista em inovação no estado. Com metas ambiciosas, Lucas do Rio Verde busca se tornar referência em economia verde nos próximos 10 anos, alinhando crescimento econômico com sustentabilidade.

    Conforme dados da Pesquisa de Satisfação 2023, realizada pela Prefeitura através de formulário online, os principais motivos que fizeram as pessoas se mudarem ou continuarem morando em Lucas do Rio Verde foram: trabalho, oportunidades de emprego e crescimento profissional, com 49,03% das respostas (acesse aqui transparencia.lucasdorioverde.mt.gov.br/arquivos/anexos/1714653239.pdf).

    Contudo, os desafios para o futuro são grandes. O crescimento populacional exige mais investimentos em escolas, creches, saúde e habitação popular. Obras como o contorno viário, a implantação de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) e a chegada das ferrovias são fundamentais para atender à demanda crescente e manter o desenvolvimento pujante e sustentável.

  • Febraban: para 72% da população, país está melhor ou igual a 2023

    Febraban: para 72% da população, país está melhor ou igual a 2023

    Pesquisa Radar Febraban, da Federação Brasileira de Bancos, mostrou que a percepção das pessoas sobre a situação do país, comparativamente ao ano passado, é  melhora ou estabilidade.

    O levantamento divulgado nesta quinta-feira (7), foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) de 15 a 23 de outubro, com entrevistas a 2 mil pessoas, nas cinco regiões do país.

    Segundo o estudo, 72% avaliaram que o país melhorou (40%) ou ficou igual (32%) em relação a 2023 – no levantamento de setembro essa soma era de 74% (melhorou: 42%; ficou igual: 32%). Em relação à opinião de que o país piorou, houve oscilação positiva de dois pontos, indo de 25% em setembro para 27% em outubro.

    De acordo com o Radar Febraban, a avaliação de que o país melhorou em relação a 2023 é relativamente homogênea entre os segmentos sociodemográficos, mas apresenta variações significativas por regiões, sendo mais acentuada no Nordeste (45%) e menos no Sul (34%). O mesmo ocorreu sobre a percepção de piora, com diferenças mais expressivas nas regiões, mais acentuada no Centro-Oeste (33%) e menos no Nordeste (21%).

    O levantamento mostrou ainda que cerca de metade dos brasileiros apresentou expectativa favorável sobre o país para o período até o fim do ano: 49% opinaram que o país estará melhor até o final de 2024 (oscilação de menos um ponto em relação a rodada de setembro); 28% disseram que ficará estável, enquanto 23% esperam uma piora.

    Vida pessoal

    O Radar Febraban mostrou também que para 79% da população a vida pessoal e familiar está melhor do que estava em 2023, ante 20% que avaliam que a situação piorou. O resultado registra uma variação negativa de um ponto percentual em relação à pesquisa de setembro e segue próximo ao patamar de fevereiro, quando chegou a 83%.

    Mostraram-se mais satisfeitos quanto à evolução da sua vida pessoal e familiar os jovens de 18 a 24 anos (52% veem melhora) e aqueles com renda acima de cinco salários mínimos (46%). No recorte regional, destaca-se o Nordeste, onde 49% enxergam melhora. Já o descontentamento é mais expressivo no Centro-Oeste (23% veem piora) e no Sul (25%).

    A pesquisa apontou ainda que 62% das pessoas acreditam que a vida pessoal e familiar irá melhorar até dezembro de 2024. Cerca de um quarto crê em estabilidade (27%), e os menos esperançosos, que projetam piora, somam 8%.

    Em relação à expectativa dos próximos meses, os jovens de 18 a 24 anos mostram-se os mais confiantes na melhoria da vida pessoal e familiar até o término do ano (70% acreditam que terão melhora). Regionalmente, essa expectativa positiva é mais alta no Nordeste (68%). O desânimo quanto ao restante do ano chega a dois dígitos na região Centro-Oeste (10%).

    Preços

    O Radar Febraban ouviu as pessoas também em relação à percepção da inflação: 77% avaliaram que os preços aumentaram muito ou aumentaram, resultado quatro pontos percentuais superior ao registrado em setembro (74%). Os que observaram estabilidade dos preços oscilaram de 17% para 15%. Apenas 6% opinaram que os preços diminuíram (eram 8% em setembro).

    Segundo a pesquisa, a percepção de que os preços aumentaram muito ou aumentaram mostrou-se mais frequente entre as mulheres (79% delas tem essa percepção), jovens de 18 a 24 anos (80%), os que estudaram até o ensino médio (79%) e na faixa de dois a cinco salários mínimos (78%). No recorte regional, esse número é mais alto no Norte (80%), recuando para 74% no Nordeste.

    Prioridades

    A saúde consolidou-se no 1º lugar do ranking das áreas apontadas pelos entrevistados como prioridades para receber maior atenção do governo federal: foi citada por 33% dos brasileiros; emprego e renda foi mencionada por 21%; educação foi a terceira, com 13% de menções. Inflação e custo de vida apareceram com 10%; meio ambiente (7%), segurança (7%), fome e pobreza (4%), e corrupção (4%) completaram o ranking.

  • Mato Grosso: População cresce e consolida Estado como potência agrícola, com destaque para Lucas do Rio Verde

    Mato Grosso: População cresce e consolida Estado como potência agrícola, com destaque para Lucas do Rio Verde

    O Mato Grosso continua em expansão demográfica, atingindo a marca de 3.836.399 habitantes, conforme os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A informação foi divulgada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (29/08), revelando um crescimento de mais de 1,37% em relação ao ano anterior.

    Com esse resultado, o Estado se consolida como uma das principais economias do país e demonstra um forte dinamismo em diversos setores, especialmente no agronegócio.

    Destaque para Lucas do Rio Verde

    Lucas do Rio Verde está entre as cidades de MT que mais geraram empregos no primeiro semestre de 2024
    (Foto: Ascom Prefeitura/Anderson Lippi)

    Entre os municípios mato-grossenses, Lucas do Rio Verde se destaca com um crescimento expressivo. A cidade, conhecida por sua vocação agrícola, registrou uma população estimada em 92.256 habitantes, representando um aumento significativo em relação aos dados do Censo Demográfico de 2022, que indicavam 83.798 habitantes.

    Crescimento em outras cidades do médio norte

    Além de Lucas do Rio Verde, outras cidades do médio norte de Mato Grosso também apresentaram um crescimento populacional considerável. Sinop, a maior da região, atingiu 216.029 habitantes, seguida por Sorriso com 120.985 habitantes e Nova Mutum com 61.223 habitantes.

    Fatores que impulsionam o crescimento populacional

    Diversos fatores contribuem para o crescimento populacional em Mato Grosso, como:

    • Expansão do agronegócio: O setor agrícola é o principal motor da economia estadual, gerando empregos e atraindo novos moradores.
    • Urbanização: As cidades estão crescendo em ritmo acelerado, oferecendo mais oportunidades de trabalho e serviços.
    • Melhoria da infraestrutura: Investimentos em rodovias, energia e saneamento básico contribuem para o desenvolvimento das cidades e atraem novos habitantes.

    Desafios para o futuro

    O crescimento populacional traz consigo desafios como a necessidade de ampliar a oferta de serviços públicos, como educação, saúde e transporte, além de garantir a sustentabilidade ambiental. As autoridades estaduais e municipais precisam estar preparadas para enfrentar esses desafios e garantir o desenvolvimento sustentável do estado.

  • Brasil registra 212,6 milhões de habitantes em julho de 2024, diz IBGE

    Brasil registra 212,6 milhões de habitantes em julho de 2024, diz IBGE

    A população estimada do Brasil chegou a 212,6 milhões de habitantes, na data de referência de 1º de julho de 2024. O dado, divulgado nesta quinta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), faz parte do estudo Estimativas da População 2024, um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios, além de referência para indicadores sociais, econômicos e demográficos.

    Dos 15 municípios com mais de 1 milhão de pessoas, 13 são capitais. “Ao todo, 42,7 milhões de habitantes estão nessas cidades, representando 20,1% do total do país”, informou o IBGE.

    Com 11,9 milhões de habitantes, São Paulo permanece como a cidade mais populosa do país. Na sequência vêm o Rio de Janeiro, com 6,7 milhões, Brasília, com 3 milhões, Fortaleza com 2,6 milhões e Salvador, com 2, 6 milhões de habitantes.

    Os únicos municípios não capitais que aparecem na lista são Guarulhos (1,3 milhão) e Campinas (1,2 milhão), os dois em São Paulo. “Eles também são os municípios mais populosos entre os 26 municípios com mais de 500 mil habitantes que não são capitais. São Gonçalo (RJ) é o terceiro, com 961 mil”, informou o IBGE.

    O censo mostra que 26 municípios têm menos de 1.500 habitantes. O menos populoso é Serra da Saudade (MG), com 854 habitantes. Anhanguera (GO) com 921 e Borá (SP), com 928, também são municípios que têm menos de 1 mil habitantes.

    Nos estados com mais habitantes, 21,6% da população está em São Paulo, com 46 milhões, seguido de Minas Gerais, com 10% (21,3 milhões) e Rio de Janeiro, com 8,1% (17,2 milhões). As cinco unidades da federação com menos de 1% da população do país são Rondônia (0,8%), Tocantins (0,7%), Acre (0,4%), Amapá (0,4%) e Roraima (0,3%).

    Na análise da população das regiões metropolitanas e regiões integradas de Desenvolvimento e Aglomerações Urbanas, o estudo mostrou que há 30 municípios com mais de 1 milhão de habitantes, concentrando mais de 100 milhões de pessoas. Mais uma vez a liderança é de São Paulo com 21,5 milhões. Na sequência ficaram Rio de Janeiro (12,9 milhões), Belo Horizonte (6 milhões), Distrito Federal e Entorno (GO/MG – 4,7 milhões), Fortaleza (4,2 milhões) e Porto Alegre (4,1 milhões).

    A distribuição da população brasileira e dos municípios, conforme as classes de tamanho da população apontou que 65,7 milhões de pessoas, ou 30,9% do total, estão em 48 municípios com população maior que 500 mil habitantes, ou 0,9% dos municípios brasileiros. Cerca de 58 milhões (27,3%), estão nos 339 municípios com população entre 100 mil e 500 mil habitantes. O número representa 6,1% do total de municípios.

    Para o gerente de Projeções e Estimativas Populacionais do IBGE, Marcio Minamiguchi, esse fenômeno reflete o processo de distribuição da população no território. “Embora atualmente os maiores centros urbanos já não apresentem o grande crescimento do passado, eles ainda possuem o peso demográfico que vem de um processo de concentração de algumas décadas. E ao longo dos anos, vários municípios acabaram superando a marca dos 500 mil habitantes”, explicou.

    Já os municípios menos populosos, com até 5 mil habitantes, equivalem a 23,1% (1.288) das 5.570 cidades e concentram somente 2% da população (4,3 milhões).

    Estudo

    De acordo com o IBGE, o estudo Estimativas da População foi calculado com base nas Projeções da População do Brasil e Unidades da Federação, Revisão 2024, e nos totais populacionais dos municípios enumerados pelos censos demográficos 2010 e 2022.

    Segundo Minamiguchi, houve um ajuste nas populações que passaram pelos dois últimos censos realizados pelo IBGE, e a cada ano as alterações de limites geográficos que ocorram entre os municípios são incorporadas nas estimativas municipais de população.

    “As populações recenseadas nos municípios nos dois últimos censos foram ajustadas e serviram de base para o estabelecimento da tendência de crescimento da população para as Estimativas da População até a data de referência, em 1º de julho de 2024”, explicou.

    Edição: Fernando Fraga

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  • Crescimento populacional em Mato Grosso deve ir contra encolhimento nos demais estados brasileiros

    Crescimento populacional em Mato Grosso deve ir contra encolhimento nos demais estados brasileiros

    Mato Grosso se destaca como o único estado brasileiro que não verá sua população encolher nas próximas décadas, de acordo com as projeções divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (22). Enquanto o Brasil como um todo deve começar a enfrentar uma redução populacional a partir de 2042, Mato Grosso se mantém em rota de crescimento até, pelo menos, 2070, quando a população do estado deve atingir 5.265.603 habitantes, um aumento de 43,91% em relação ao Censo de 2022, que registrou 3.658.813 habitantes.

    Esse salto populacional colocará Mato Grosso como o 13º estado mais populoso do país, uma ascensão de três posições em relação ao ranking atual. Segundo o sociólogo e professor de economia da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Mauricio Munhoz, essa tendência é resultado direto da forte dinâmica econômica do estado, impulsionada pela oferta crescente de empregos. “Mato Grosso tem muita perspectiva de crescimento, não só no agronegócio, mas também com a industrialização e o setor de serviços, que está muito dinâmico e em crescimento. Os municípios apontam uma tendência de aumento populacional muito grande e, por isso, o estado tem característica de aumentar a população em ritmo maior do que o de hoje”, explicou Munhoz ao G1.

    A recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada no último sábado (17), reforça essa análise ao apontar Mato Grosso como o estado com a segunda menor taxa de desocupação do país no segundo trimestre de 2024, registrando um índice de apenas 3,3%. Apenas Santa Catarina, com 3,2%, apresenta um desemprego ligeiramente menor. “Quando se tem a agricultura é uma coisa, quando você agrega serviços e indústrias, você agrega muito mais contingente populacional para atender essas demandas. Hoje, o estado tem uma das menores taxas de desemprego do país, e isso mostra que, para ocupar emprego, precisa de gente”, pontua Munhoz.

    O Futuro Demográfico de Mato Grosso

    Enquanto o Brasil se prepara para enfrentar um declínio populacional antecipado, em grande parte devido à queda na fecundidade e ao envelhecimento da população, Mato Grosso segue um caminho distinto. O IBGE projeta que, em 2070, a idade média da população do estado aumentará de 32 para 44,8 anos. Mesmo com o envelhecimento da população, Mato Grosso deverá manter-se como o estado com a população mais jovem do país, uma característica atribuída ao contínuo fluxo migratório de jovens em busca de oportunidades.

    Esse crescimento demográfico apresenta desafios e oportunidades para o estado. Com a previsão de um aumento populacional expressivo, Mato Grosso precisará investir em infraestrutura, educação, saúde e habitação para garantir que o desenvolvimento econômico seja acompanhado por uma qualidade de vida adequada para seus habitantes. A chegada de novos residentes, especialmente jovens, reforça a necessidade de políticas públicas que promovam o desenvolvimento sustentável e a inclusão social.

    À medida que Mato Grosso continua a se consolidar como um polo de crescimento no Brasil, o estado se prepara para um futuro onde a integração entre agronegócio, industrialização e serviços será essencial para sustentar seu desenvolvimento populacional e econômico.

  • Governo de Mato Grosso pede apoio da população para evitar queimadas no Pantanal

    Governo de Mato Grosso pede apoio da população para evitar queimadas no Pantanal

    O Governo de Mato Grosso está intensificando as ações de prevenção e combate aos incêndios florestais no Estado. No entanto, diante do cenário de alerta com previsão de altas temperaturas e seca severa para o Pantanal, as autoridades pedem a colaboração da população para evitar queimadas.

    “Precisamos do apoio de todos para evitarmos grandes incêndios. Já estamos com uma declaração de escassez hídrica por parte da Agência Nacional de Águas para a Bacia do Alto Paraguai e emitimos alertas para os municípios afetados pela seca severa. Esse cenário, além de contribuir para os incêndios, pode dificultar o combate aos mesmos. Por isso, é fundamental que a população se conscientize e tome os cuidados necessários”, ressalta a secretária de Estado de Meio Ambiente (Sema), Mauren Lazzaretti.

    Queimadas proibidas no Pantanal até 31 de dezembro

    A secretária alerta que, neste período de calor intenso, qualquer atividade que possa gerar fagulhas tem o potencial de provocar um incêndio acidental. Por isso, a queima de vegetação deve ser evitada, principalmente nos horários mais quentes do dia.

    “É fundamental que as pessoas acionem as equipes responsáveis imediatamente se identificarem qualquer indício de fogo em qualquer local. Isso permitirá que as medidas iniciais sejam tomadas rapidamente, evitando que o incidente se transforme em um incêndio de grandes proporções”, acrescenta Lazzaretti.

    Vale ressaltar que, desde o dia 17 de junho, o uso do fogo no Pantanal mato-grossense está proibido. A medida, que visa proteger o bioma durante o período mais seco do ano, segue em vigor até 31 de dezembro. Já em áreas urbanas, as queimadas são proibidas durante todo o ano.

    Ações do Governo de Mato Grosso para prevenir e combater incêndios florestais

    As secretarias estaduais de Mato Grosso estão trabalhando de forma integrada desde o início do ano na prevenção e preparação para os incêndios florestais, com o objetivo de garantir uma resposta mais eficiente em caso de necessidade. Entre as ações já realizadas estão:

    Decretos: Emissão de decretos antecipando e estendendo o período proibitivo do uso do fogo no Pantanal;

    Orientação: Elaboração de nota técnica orientativa para os produtores rurais, com as estruturas mínimas que devem ser mantidas para evitar o alastramento do fogo na região;

    Reuniões: Reuniões para orientar sobre ações de prevenção e preparação com proprietários de hotéis e pousadas, além da comunidade em geral;

    Combate: Contratação de quatro aviões agrícolas para auxiliar no combate direto às chamas;

    Capacitação: Capacitação de 1.400 brigadistas para reforçar o efetivo de combate aos incêndios;

    Treinamento: Treinamento de bombeiros militares para a realização da queima prescrita (técnica para criar uma barreira natural e evitar o espalhamento do fogo);

    Logística: Mapeamento de pistas de pouso e pontos de captação de água para auxiliar nas ações de combate aos incêndios;

    Infraestrutura: Melhoria das condições de tráfego nas rodovias do Pantanal, com patrolamento e encascalhamento, para facilitar o apoio logístico às equipes de combate ao fogo;

    Prevenção: Construção de aceiros em pontos estratégicos;

    Animais: Construção de açudes que servem como bebedouros e abrigos para animais silvestres afetados pelos incêndios;

    Água: Perfuração de poços artesianos para garantir o abastecimento de água nas áreas afetadas;

    Infraestrutura: Substituição de pontes de madeira por aduelas e concreto para melhorar a trafegabilidade nas regiões atingidas;

    Monitoramento: Monitoramento em tempo real da situação dos incêndios em todo o Estado, via satélites, na Sala de Situação do Batalhão de Emergências Ambientais, em Cuiabá, para auxiliar as equipes em campo.

  • Governo de MT lança operação de combate aos incêndios no Pantanal

    Governo de MT lança operação de combate aos incêndios no Pantanal

    Na manhã desta segunda-feira (17), o Governo de Mato Grosso deu início à Operação de Combate aos Incêndios Florestais no Pantanal. A ação conjunta das Secretarias de Estado de Meio Ambiente e Segurança Pública tem como objetivo principal a prevenção de incêndios através da distribuição estratégica de bombeiros em áreas de risco.

    Prevenção como foco principal

    “Nos últimos anos, o Governo do Estado tem intensificado seus esforços contra os incêndios, investindo cada vez mais em ações preventivas como esta operação”, afirmou a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti. “O objetivo é trabalhar preventivamente, com todas as nossas forças, desde o início dos focos de incêndio, para evitarmos desastres no futuro.”

    Mais de 50 brigadistas em ação

    Mais de 50 bombeiros e brigadistas serão distribuídos em pontos estratégicos do Pantanal, como Poconé, Barão de Melgaço, Santo Antônio do Leverger, Nossa Senhora do Livramento e Cáceres. A prioridade será a proteção de unidades de conservação, como os Parques Estaduais Encontro das Águas e do Guiará, e a Reserva de Patrimônio Nacional do Sesc Pantanal.

    Combate aéreo reforçado

    Durante o período proibitivo de queimadas, que teve início hoje, o Governo de Mato Grosso disponibilizará um avião exclusivo para o combate aos incêndios no Pantanal. No total, seis aeronaves estarão à disposição para ações de combate direto, sendo quatro da Defesa Civil Estadual e duas do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso.

    Bombeiros combatem dois incêndios

    No momento, 29 bombeiros militares já combatem dois incêndios no Pantanal, um na região de Porto Conceição, na divisa entre Cáceres e Poconé, e outro na Fazenda Cambarazinho, em Poconé. Nas duas frentes de fogo, a principal estratégia é a construção de aceiros para conter o avanço das chamas.

    Alerta para a população

    O comandante-geral dos Bombeiros, coronel Alessandro Borges, reforça o alerta para a população: “É importante lembrar que o uso do fogo é proibido no Pantanal, mesmo com autorização. Apenas fogos preventivos, com acompanhamento do Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Meio Ambiente, serão permitidos.”

    Medidas adicionais

    Além da operação e do período proibitivo de queimadas, o Governo de Mato Grosso está realizando outras ações para prevenir e combater incêndios no Pantanal, como:

    Orientação da população pantaneira sobre o uso do fogo;

    Capacitação de brigadistas;

    Mapeamento de pistas de pouso e pontos de captação de água;

    Vistorias técnicas na Transpantaneira;

    Reuniões com proprietários de hotéis e pousadas na região.

    Investimento em prevenção

    As ações de combate aos incêndios no Pantanal contam com um investimento de R$ 74,5 milhões do Governo de Mato Grosso. Os recursos estão sendo utilizados para a locação de aviões, contratação de brigadistas e outras medidas.

  • Censo 2022: população quilombola tem perfil jovem e maioria masculina

    Censo 2022: população quilombola tem perfil jovem e maioria masculina

    As populações quilombolas possuem perfil mais jovem do que o observado na população total do Brasil. Além disso, nos territórios quilombolas, a presença dos homens ocorre em proporção bem mais elevada do que a média geral do país. Informações relacionadas com a idade e o sexo dos quilombolas mapeados no Censo 2022 foram divulgadas nesta sexta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    É a primeira vez que um Censo Demográfico trouxe dados específicos sobre essas populações. Os resultados gerais divulgados pelo IBGE no ano passado revelaram a existência de 1.330.186 quilombolas, o que representa 0,66% de todos os residentes no país. Os dados também mostraram que essas populações estão distribuídas por 1,7 mil municípios. A Região Nordeste concentra 68,1% de todos os quilombolas do país.

    As estatísticas sobre idade e sexo foram apresentadas pelo IBGE como mais uma etapa do detalhamento de dados do Censo 2022. Elas trazem informações sobre o total das populações quilombolas em geral e também há um recorte envolvendo apenas os residentes nos 495 territórios quilombolas oficialmente delimitados, o que inclui todos os que já possuem delimitação formal no acervo fundiário do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ou dos órgãos com competências fundiárias nos estados e municípios. Os dados mostram que eles abrigam 12% do total de quilombolas.

    Idade

    Os dados etários mostram que 48,44% dos quilombolas tem 29 anos ou menos e 38,53% situam-se na faixa etária entre 30 e 59 anos. Os idosos com 60 anos ou mais representam 13,03%.

    Um dos principais dados que revelam o perfil mais jovem das populações quilombolas é a idade mediana. Ela divide ao meio a população: quanto mais baixa, significa que há uma maior proporção do jovens.

    No caso da população geral do país, o Censo 2022 mostrou uma mediana de 35 anos. Já entre os quilombolas, ela foi de 31 anos. Quando se considera apenas os residentes em territórios quilombolas delimitados, a mediana cai para 28, o que indica um perfil populacional ainda mais jovem.

    Pesquisadores do IBGE citam elementos culturais e condições favoráveis para que essas populações sigam abrigando famílias mais numerosas dentro dos territórios. Um dos fatores seria a vida comunitária, que permitira, por exemplo, um maior apoio no cuidado com os filhos.

    Outro dado que contribui para a comparação é o índice de envelhecimento, que indica quantos idosos com 60 anos ou mais existem para cada grupo de 100 pessoas de 0 a 14 anos. Considerando toda a população do Brasil, essa taxa é de 80. Já entre os quilombolas, ela é de 54,98.

    “Em áreas de grande concentração da população quilombola, encontramos índices de envelhecimento mais baixos. Podemos destacar toda a calha do Rio Amazonas e toda a região do semiárido entre Bahia, Alagoas e Pernambuco”, observa Fernando Damasco, pesquisador do IBGE.

    Ele destaca, porém, que nas regiões Sul e Sudeste nota-se uma realidade diferente. “Essa tendência de certa forma acompanha também a estrutura etária dessas regiões, que apresentam um envelhecimento mais presente também na população não quilombola. Mas também podem denotar as dinâmicas de deslocamento e de migrações que podem afetar a população quilombola”, avalia Damasco, acrescentando que serão necessários mais estudos para compreender os fenômenos demográficos.

    Apesar do perfil mais jovem, os pesquisadores do IBGE observam que a base da pirâmide etária vem se encurtando. Abaixo dos 15 anos, as faixas etárias registram populações decrescentes. Isso indica uma possível queda gradual da fecundidade nos últimos 15 anos.

    Sexo

    De acordo com o Censo 2022, o Brasil possui 94,25 homens para cada 100 mulheres. Mas quando se observa o recorte apenas da população quilombola, há 100,08 homens para cada 100 mulheres. Considerando apenas os residentes em territórios quilombolas delimitados, esse proporção aumenta ainda mais: 105,89 homens para cada 100 mulheres.

    Os pesquisadores levantam algumas hipóteses que explicariam esses dados, destacando porém a necessidade de estudos complementares. Entre eles cita-se uma menor mortalidade masculina, o que poderia estar relacionado a uma maior segurança nos territórios delimitados. Além disso, sugerem a realização de pesquisas sobre a mortalidade materna nos territórios e sobre uma possível maior migração de mulheres para outras localidades.

    “Talvez nós tenhamos que aprofundar estudos para compreender a diferenciação entre os quilombolas que se encontram em áreas reconhecidas formalmente e aqueles que estão em outras situações territoriais, inclusive em áreas urbanas”, acrescenta Damasco.

    Censo quilombola Censo quilombola

    Edição: Denise Griesinger

    — news —

  • Quase 70% dos residentes em terras indígenas tem menos de 30 anos

    Quase 70% dos residentes em terras indígenas tem menos de 30 anos

    Dados do Censo 2022 indicam que 56,1% dos indígenas do país tem menos de 30 anos. Quando considerados apenas os residentes em Terras Indígenas, esse percentual sobe para 68,9%.

    Informações relacionadas à idade e ao sexo dessas populações foram divulgadas nesta sexta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Elas indicam um perfil populacional bem mais jovem do que o registrado pela população total do Brasil.

    De acordo com os resultados gerais do Censo 2022, publicados no ano passado, 1.694.836 indígenas vivem dentro das fronteiras brasileiras, o que representa 0,83% de todos os residentes no país. Desse total, 36,73% vivem dentro de Terras Indígenas.

    Os dados também mostraram que essas populações estão distribuídas por 4.833 municípios em todas as regiões do país. Duas delas, no entanto, registram maior concentração de indígenas: a Região Norte, com 44% deles, e a Região Nordeste, com 31%.

    O órgão responsável pela demarcação das Terras Indígenas é a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Em sua coleta de dados, o Censo 2022 considerou todos os territórios com situação fundiária declarada, homologada, regularizada e encaminhada como reserva indígena até a data de julho de 2022, data de referência da pesquisa, quando havia 573 terras nesta situação.

    Idade

    As estatísticas sobre idade e sexo foram apresentadas pelo IBGE como mais uma etapa do detalhamento de dados do Censo 2022. Um dos dados que revelam o perfil mais jovem das populações indígenas é a idade mediana. Ela divide ao meio a população: quanto mais baixa, significa que há uma maior proporção de jovens.

    No caso da população geral do país, o Censo 2022 mostrou uma mediana de 35 anos. Já entre os indígenas, ela foi de 25 anos. Quando se considera apenas os residentes em terras certificadas, a mediana cai para 19, o que indica um perfil populacional ainda mais jovem.

    A comparação também é possível pelo índice de envelhecimento, que indica quantos idosos com 60 anos ou mais existem para cada grupo de 100 pessoas de 0 a 14 anos. Considerando toda a população do Brasil, essa taxa é de 80. Já entre os indígenas, ela é de 35,55. Especificamente nas terras indígenas, ela cai para 14,52.

    Entre fatores que contribuiriam para esse cenário, segundo pesquisadores do IBGE, está a vida comunitária, que permitiria, por exemplo, um maior apoio no cuidado com os filhos.

    Apesar do perfil mais jovem, quando a comparação é realizada com o Censo 2010, nota-se uma redução da base da pirâmide ao longo da última década. De acordo com os pesquisadores, isso sugere uma ligeira redução da fecundidade dessas populações.

    De acordo com Fernando Damasco, pesquisador do IBGE, é preciso considerar também que há especificidades envolvendo as dinâmicas territoriais de diferentes etnias e também nas variadas regiões.

    “As terras indígenas da Região Nordeste têm índices de envelhecimento bastante superiores às das terras indígenas da Amazônia Legal. Isso indica dinâmicas muito próprias dos indígenas do Nordeste. Há maior proximidade com centros urbanos, fluxos mais intensos de saída e circulação para diferentes finalidades da vida cotidiana”, pontua.

    Sexo

    As estatísticas indicam que a população indígena é mais masculina na comparação com a população geral do país. Isso ocorre sobretudo dentro das terras indígenas, onde todas as faixas etárias até os 69 anos registram predomínio de homens.

    O Brasil possui 94,25 homens para cada 100 mulheres. Mas quando se observa o recorte apenas da população indígena, há 97,07 homens para cada 100 mulheres. Considerando apenas os residentes em Terras Indígenas, esse proporção aumenta ainda mais: 104,9 homens para cada 100 mulheres.

    Chama atenção que, ao fazer o recorte apenas com indígenas que vivem fora de áreas demarcadas, a situação se inverte. Entre eles, há 92,79 homens para cada 100 mulheres. Além disso, nesta população, há predomínio masculino apenas nas faixas etárias até os 14 anos.

    Os pesquisadores levantam algumas hipóteses, mas destacam a necessidade de se realizar estudos complementares. Entre uma das possíveis explicações está a menor mortalidade masculina, devido a uma maior segurança dentro de terras indígenas demarcadas.

    Outra hipótese envolve uma maior migração de mulheres. “Vão em busca de trabalho em centros urbanos próximos às terras indígenas como complementação ao trabalho feito pelos homens em termos de produção e articulação dentro dos territórios. As mulheres migram muito também por conta do acompanhamento dos filhos na etapa de escolarização”, indica Damasco.

    Marta Antunes, pesquisadora do IBGE, destaca uma possível maior mortalidade materna. “Temos alguns estudos no campo da demografia da saúde, levando em consideração a localização das terras indígenas às vezes mais afastadas do atendimento de saúde mais completo. A gente pode ter esse efeito atuando sobre a mortalidade materna. E também pelo fato das mulheres indígenas terem filhos até mais tarde. A partir das últimas gestações, começar a ter uma sobremortalidade materna principalmente devido a hemorragias durante os partos”.

    Edição: Denise Griesinger

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  • Mais da metade da população brasileira vive no litoral

    Mais da metade da população brasileira vive no litoral

    Dados do Censo 2022, divulgados nesta quinta-feira (21), mostram que 111,28 milhões de pessoas vivem próximo ao litoral brasileiro, em uma faixa de território que inclui domicílios localizados a uma distância máxima de 150 quilômetros da costa. Isso representa 54,8% do total da população em 2022 (203,08 milhões), de acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Em relação a 2010, houve aumento de quase 5 milhões de pessoas, em números absolutos (eram 106,37 milhões). No entanto, a parcela da população vivendo no litoral em relação ao total da população recuou, já que eram 55,8% na ocasião.

    A mesma pesquisa mostra que 9,42 milhões de pessoas moram na faixa de fronteira, ou seja, a uma distância máxima de 150 quilômetros dos limites do território brasileiro. São 4,6% da população brasileira vivendo nessa faixa. Parte do litoral sul do Rio Grande do Sul e do noroeste do Amapá estão tanto na faixa litorânea quanto na faixa de fronteira.

    Em termos absolutos, houve aumento de 603 mil pessoas vivendo na faixa de fronteira. Em termos relativos, no entanto, a proporção em relação à população total se manteve em 4,6%.

    Os dados são possíveis a partir da análise dos dados de população e de domicílios de cada um dos 452.388 setores do Censo 2022.

    São informações sobre totais da população e domicílios, além do tipo de domicílio (se é particular, coletivo, permanente, improvisado, ocupado ou vago).

    Setores censitários

    Os setores censitários são territórios delimitados pelo IBGE que podem ser pequenas áreas de um bairro ou grandes áreas rurais. É a menor divisão geográfica do Censo 2022, que é importante não apenas para o planejamento do próprio instituto mas também para pesquisadores e gestores públicos.

    Nesta quinta-feira, foram divulgados apenas alguns dados preliminares dos setores censitários. Isso porque alguns ainda estão sofrendo adequações que podem resultar em mudanças em seus limites. Os dados consolidados só serão divulgados no segundo semestre.

    Os mais de 452 mil setores censitários permitem um olhar mais detalhado sobre a população e os indicadores sociais dos 10.670 distritos e 643 subdistritos dos 5.568 municípios brasileiros, além do Distrito Federal e de Fernando de Noronha.

    Os dados mostram que o setor censitário mais populoso é o presídio da Papuda, no Distrito Federal, com 10.163 habitantes. Brasília também abriga o setor com maior número de domicílios: Condomínio Itapoã Parque, com 6.322 domicílios. A área com maior média de moradores por domicílio é Toricueije, em Barra do Garça (MT).

    A partir desses setores censitários, é possível ter informações sobre áreas específicas dentro de bairros urbanos ou zonas rurais, como, por exemplo, quantas pessoas vivem próximo a hospitais, escolas, centros comerciais ou mesmo em áreas sujeitas a desastres naturais.

    “Durante a realização do Censo, em 2023, houve um desastre natural na comunidade Vila Sahy, em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. Na ocasião, o IBGE contribuiu com informações de população e domicílios daquela região, como forma de auxiliar o Poder Público a identificar vítimas no local”, disse o pesquisador do IBGE Raphael Moraes.

    Segundo outro pesquisador do IBGE, Fernando Damasco, desde o Censo de 1940 o instituto vem ampliando o número de setores censitários. Naquele ano, por exemplo, eram apenas 32 mil setores.

    “Entre o Censo de 2000 [quando havia 215.860 setores] e o Censo de 2022, nós efetivamente dobramos o número de setores. De 2010 para 2022, criamos 135.764 novos setores censitários. Isso é representativo da intensificação da produção domiciliar do país, mas também demonstra uma trajetória de refinamento e aperfeiçoamento conceitual do nosso trabalho de mapeamento. E isso proporciona uma diferenciação geográfica muito maior da informação”.

    Ele destaca que o Censo de 2022 apresentou uma série de melhorias e aperfeiçoamentos na delimitação dos setores censitários. “Em primeiro lugar, passamos a usar intensivamente serviços de imagens orbitais de alta resolução, implementamos o uso de registros administrativos georreferenciados de diversas fontes. Isso nos permitiu chegar à operação de coleta com conhecimento muito refinado do território. O que tem ganhos em termos de cobertura e de qualidade das informações”.

    Edição: Valéria Aguiar e Graça Adjuto

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