Tag: poluição

  • Governador de Mato Grosso cobra coerência de países ricos sobre crise climática

    Governador de Mato Grosso cobra coerência de países ricos sobre crise climática

    O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, fez duras críticas à postura dos países desenvolvidos diante das mudanças climáticas, em entrevista exibida nesta semana. Segundo ele, há uma contradição entre o discurso ambiental dessas nações e o aumento da emissão de carbono.

    Mendes afirmou que os países do primeiro mundo continuam ampliando o uso de carvão e combustíveis fósseis, contribuindo diretamente para o agravamento da crise climática. Ainda assim, insistem em cobrar metas rígidas de países como o Brasil, com exigências como “desmatamento zero”, mesmo quando a atividade é legal.

    O governador demonstrou baixa expectativa em relação à próxima Conferência Internacional do Clima (COP), marcada para ocorrer em Belém (PA). Ele lembrou que, desde a Rio 92, foram prometidos bilhões de dólares em apoio ambiental, mas os compromissos, segundo ele, não saíram do papel.

    Mendes também criticou a ineficácia do mercado de crédito de carbono, afirmando que o mecanismo é mais citado do que efetivamente aplicado. Disse que o Brasil não pode continuar sendo visto como vilão ambiental nem aceitar “migalhas” enquanto arca sozinho com o custo da preservação.

    Para o governador, a proteção dos biomas brasileiros deve ser feita por consciência própria, reconhecendo a importância da floresta amazônica e dos demais ecossistemas para o clima global, mas sem depender de “esmolas” ou imposições externas.

  • Situação dos rios na Mata Atlântica é preocupante, aponta pesquisa

    Situação dos rios na Mata Atlântica é preocupante, aponta pesquisa

    Pesquisa da Fundação SOS Mata Atlântica coletou dados em 112 rios durante o ano de 2024, em 14 estados com incidência de Mata Atlântica, e percebeu ligeira piora e estagnação em alguns pontos, e poucos registros de melhora, restritos a projetos pioneiros, além de um aumento pequeno mas sensível de pontos em que a qualidade das águas foi considerada ruim.

    O estudo recebeu apoio de uma rede de voluntários e cobriu 145 pontos de coleta em 67 municípios do Nordeste ao Sul do país, 18 pontos a mais do que o estudo anterior, com dados coletados em 2023.

    Em 7,6% dos pontos (11), as amostras apresentaram qualidade boa, enquanto 13,8% (20) foram classificados como ruins e 3,4% (5) atingiram a pior classificação, péssima.

    A predominância da qualidade regular, em 75,2% dos pontos (109), reforça o alerta sobre a vulnerabilidade dos recursos hídricos na Mata Atlântica, segundo o relatório.

    A melhor classificação, ótima, não foi encontrada em nenhum ponto de medição. São 16 parâmetros analisados, que remetem à Resolução 357/05 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

    O levantamento produziu uma métrica batizada de Índice de Qualidade da Água (IQA), que atesta que os rios com qualidade ótima ou boa contam com condições adequadas para abastecimento, produção de alimentos e vida aquática equilibrada, enquanto aqueles classificados como regulares já apresentam impactos ambientais que podem comprometer seu uso para consumo ou lazer.

    Nos rios com qualidade ruim ou péssima, a poluição atinge níveis críticos, prejudicando tanto a biodiversidade quanto a população que depende desses recursos hídricos, e a saúde pública. É o caso do Rio Pinheiros, em São Paulo, há pelo menos 5 décadas com ocupação intensiva e despejo de esgoto direto.

    No começo dos anos 1960 ainda era possível navegar e pescar nele, assim como em centenas de rios menores, que foram canalizados na cidade, história que a TV Brasil contou em reportagem.

    Soluções

    “Por enquanto, o que a gente tem observado avançando a partir do marco legal do saneamento, de 2020, é o processo de privatização das empresas de saneamento, mas não necessariamente os investimentos estão aparecendo. O rio nos conta tudo, e ele está nos contando que ainda faltam esses investimentos”, explica Gustavo Veronesi, coordenador do programa Observando os Rios na SOS Mata Atlântica.

    “Também [o rio] nos conta que com as soluções tradicionais talvez a gente não chegue em 2033, que o marco preconiza como a data em que a gente tem que ter 99% das pessoas com acesso à água e 90% das pessoas com acesso à coleta e tratamento de esgoto”, alerta.

    Para Veronesi, as soluções convencionais não vão dar conta, em um cenário de emergências climáticas, sendo necessário aplicar soluções alternativas para atingir a universalização do saneamento, viáveis em áreas rurais ou em cenários isolados dentro de grandes cidades.

    “São comunidades isoladas, pequenas comunidades, em que o investimento para se levar a tubulações, quilômetros de tubulações para se coletar esse esgoto, não são viáveis”, diz o pesquisador.

    São Paulo (SP), 20/03/2025 - Parque Municipal da Fonte com nascente na Travessa da Fonte, Vila Pirajussara. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

    Parque Municipal da Fonte com nascente na Travessa da Fonte, Vila Pirajussara, instalou um Tanque de Evapotranspiração – Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

    Uma dessas iniciativas para melhorar a qualidade de rios acontece no coração da maior cidade do país, São Paulo, no Butantã. O bairro na zona oeste é cortado por diversos riachos e córregos. Alguns deles correm próximos e afloram  em uma fonte, com construções que nos remetem a antes da ocupação portuguesa.

    O Parque da Fonte Peabiru, em um terreno tombado, tornado de utilidade pública e municipalizado após décadas de luta da comunidade do Morro do Querosene, enfrentou por muitos anos poluição de esgoto doméstico, uma vez que a rede de saneamento da Sabesp não atendia a todas as casas do bairro.

    Em um projeto apoiado pela SOS Mata Atlântica e organizado por moradores, foi construído um sistema para descontaminação do Córrego da Fonte constituído por uma pequena rede coletora desse esgoto que o despeja em um Tanque de Evapotranspiração (Tevap), isolado do lençol freático. É um projeto de permacultura com conceitos de Soluções Baseadas na Natureza, que impede que os efluentes de cerca de 30 pessoas sejam lançados no parque, que ainda não foi oficialmente aberto à população.

    Parte dos moradores se junta todo domingo de manhã para limpeza e melhorias no espaço. Moradora da região há algumas décadas, Cecília Pellegrini considera que esse tipo de esforço, de soluções no micro, são necessárias.

    “Nós do bairro convivíamos com o mau-cheiro e a poluição, mas desde dezembro, quando terminamos o sistema Tevap, o problema acabou. A água está limpa. É o tipo de solução que representa o futuro, que trata aqui, no local, ao invés de jogar esse esgoto para ser tratado longe, com perda e contaminação no caminho”, comemora Cecília Pellegrini.

    Para Cecília, é uma solução que ainda beneficia o bairro com bananeiras, girassóis e uma dezena de plantas que fazem a filtragem e devolvem a umidade ao entorno, que conta com árvores centenárias e o carinho da comunidade.

    São Paulo (SP), 20/03/2025 - Cecília Pellegrini no Parque Municipal da Fonte com nascente na Travessa da Fonte, Vila Pirajussara. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

    Cecília Pellegrini participou do projeto de descontaminação do Córrego da Fonte, no Parque Municipal da Fonte – Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

    O estudo reforça que a insuficiência das estruturas de saneamento básico ainda é o principal elemento a determinar a ausência de melhorias. Cerca de 35 milhões de brasileiros seguem sem acesso à água potável e metade da população do país não têm tratamento de esgoto.

    Foram identificados casos pontuais de melhoria, que “demonstram o potencial de recuperação quando há mobilização e políticas adequadas, mas exige um esforço coordenado entre sociedade, governos e empresas”, segundo a pesquisa.

    Um desses exemplos é o Córrego Trapicheiros, na cidade do Rio de Janeiro, que apresentou uma melhora de qualidade regular para boa, assim como os rios Sergipe e do Sal, em Sergipe. Em São Paulo, o Córrego São José, na capital, saiu da classificação ruim para regular. O relatório apontou a piora no Rio Capibaribe, em Pernambuco, e no Rio Capivari, em Florianópolis, onde houve impacto significativo de despejo irregular de esgoto.

    “A ausência de fiscalização adequada e a expansão urbana desordenada contribuem para esse cenário de degradação progressiva”, denunciam os pesquisadores.

    Para Malu Ribeiro, diretora de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, o Brasil ainda enfrenta dificuldades para integrar políticas de água, clima, meio ambiente e saneamento, “um desafio essencial para a gestão sustentável dos recursos hídricos”.

    “A sociedade civil precisa estar cada vez mais ativa nos comitês de bacias hidrográficas e na defesa da água limpa, porque o cenário não melhora sozinho. Enquanto a ONU reforça a urgência de políticas integradas até 2030, o Brasil ainda precisa avançar para transformar compromissos em ações concretas. O retrato da qualidade da água dos rios da Mata Atlântica, construído por meio da ciência cidadã, reforça essa necessidade e evidencia o papel crucial da mobilização social para garantir um futuro sustentável para todos”, destaca a diretora.

    Para Veronesi, essa participação também passa pela pressão direta com o poder público municipal, que é o titular do saneamento e responsável pelas políticas públicas e obras, assim como pelas concessões, quando ocorrem.

    “Também as pessoas podem cobrar das empresas das quais elas consomem produtos, porque muitas vezes a gente esquece das empresas nesse processo”, defende Veronesi.

    De acordo com o pesquisador, “se a gente pensar o saneamento como quatro pilares, água potável para as pessoas, coleta e tratamento de esgoto, disposição adequada dos resíduos sólidos urbanos e o manejo das águas da chuva, nesse quesito dos resíduos, as empresas são fundamentais”.

    Veronesi avalia que a disposição dos resíduos sólidos, como embalagens, é importante na poluição dos rios do bioma, e seu manejo fica muitas vezes sem um responsável definitivo, entre empresas e prefeituras.

    Outro fator importante e pouco considerado na região de Mata Atlântica, segundo Veronesi, é o controle de agrotóxicos e outros agentes químicos, que chama atenção geralmente em situações limite, como acidentes com grande mortandade de peixes, mas normalmente não é feito com a constância necessária.

    Veronesi acredita que além de medidas mais urgentes, há medidas de longo prazo que são importantes para melhorar esse cenário.

    “A gente precisa de nascentes de rios protegidas, a gente precisa das margens dos nossos rios protegidos, com mata ciliar, com parques lineares, parando o desmatamento e restaurando florestas, inclusive em áreas urbanas”, defende Veronesi.

  • São Paulo começa o verão com 18 praias impróprias para banho

    São Paulo começa o verão com 18 praias impróprias para banho

    O mapa de qualidade da água da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) mostra que, neste domingo (22), segundo dia do Verão, 18 praias do litoral paulista estão impróprias para banho.

    O litoral norte tem o maior número de praias impróprias, 13: Rio Itamambuca, Itaguá 1, Itaguá 2 e Lázaro, no município de Ubatuba; Centro e Indaiá, em Caraguatatuba; Prainha, Cigarras, Arrastão, Pontal da Cruz, Porto Grande e Preta do Norte, em São Sebastião; e Itaquanduba, em Ilhabela.

    A Baixada Santista tem cinco praias impróprias para banho: Perequê, em Guarujá; Aviação, Vila Mirim e Maracanã, em Praia Grande, e Vera Cruz, em Mongaguá. Nenhuma praia do litoral sul está classificada como imprópria.

    A próxima medição do mapa de qualidade da Cetesb está prevista para o próximo dia 26.

    A classificação é baseada nas quantidades de bactérias presentes na água do mar como coliformes termotolerantes (anteriormente conhecidos como coliformes fecais), Escherichia coli e enterococos.

  • Brasil lança por ano 1,3 milhão de toneladas de plástico no oceano

    Brasil lança por ano 1,3 milhão de toneladas de plástico no oceano

    O Brasil é o oitavo país do globo e o maior poluidor da América Latina quando o assunto é o descarte de plástico no oceano. São 1,3 milhão de toneladas lançadas anualmente revela o relatório Fragmentos da Destruição: impacto do plástico à biodiversidade marinha brasileira lançado nesta quinta-feira (17) pela Organização não Governamental (ONG) Oceana. Esse volume representa 8% desse tipo de poluição em todo o planeta.

    De acordo com o oceanólogo e diretor-geral da Oceana, Ademilson Zamboni, o estudo foi pensado como uma ferramenta para dimensionar o problema da poluição plástica no país e deve impulsionar uma transição que supere o desafio ambiental, econômico e social causado pelo modelo atual. “O plástico que polui nossos mares chega lá por conta de um modelo de produção e descarte que precisa ser urgentemente substituído”.

    O impacto dessa poluição sobre os ecossistemas e até sobre a alimentação humana são algumas das evidências observadas pelos pesquisadores, que constataram a ingestão de plástico em 200 espécies marinhas, das quais 85% estão em risco de extinção. Desses animais, um em cada 10 morreu em decorrência de problemas como desnutrição e diminuição da imunidade após a exposição a compostos químicos nocivos às espécies, descreve o relatório.

    A partir das bases de dados dos Projetos de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos e da Bacia de Campos, que reúne a análise de conteúdo estomacal de 12.280 aves, répteis e mamíferos marinhos, os pesquisadores encontraram, plástico em 49 das 99 espécies estudadas. As espécies mais contaminadas foram as tartarugas, com a presença de resíduos sólidos em 82,2% das amostras.

    Na costa brasileira, a ingestão de plástico já foi registrada em todas as espécies de tartarugas marinhas, mas no caso específico das tartarugas-verdes, os pesquisadores constataram que o índice de ingestão entre os 250 indivíduos da espécie estudados é 70%, podendo chegar a 100% em algumas regiões.

    Entre as espécies estudadas, também chama a atenção o índice de peixes amazônicos que continham plástico ou microplástico no sistema digestivo e nas brânquias: 98% das 14 espécies analisadas em riachos do bioma.

    Assim como nos peixes, foi constatada contaminação nos moluscos como ostra e mexilhões, indicando, segundo os pesquisadores, o consumo alimentar dessas espécies como uma das vias contaminantes de seres humanos.

    “A devastação do plástico na vida marinha segue em grandes proporções e não resta outra saída a não ser a diminuição do alto volume de resíduos despejado continuamente no mar”, destaca o relatório.

    Legislação

    Entre as recomendações ao Poder Público apontadas pelo grupo de pesquisadores, estão o investimento em pesquisa e desenvolvimento, a promoção de alternativas ao plástico com preços acessíveis e especialmente a construção de uma legislação específica que regule a produção da substância, em especial os plásticos descartáveis.

  • Qualidade do ar em cidades do oeste de Mato Grosso atinge níveis críticos e ameaça saúde da população

    Qualidade do ar em cidades do oeste de Mato Grosso atinge níveis críticos e ameaça saúde da população

    Um alerta vermelho acende para a população do oeste de Mato Grosso. A qualidade do ar em diversas cidades da região atingiu níveis insalubres, colocando em risco a saúde de milhares de pessoas. Os dados da plataforma AccuWeather apontam que a baixa umidade do ar, aliada à poluição, tem contribuído para essa grave situação.

    De acordo com a plataforma, a qualidade do ar é avaliada em uma escala que varia de 0 a 250, sendo classificada em seis categorias, que vão de excelente a perigoso. Atualmente, grande parte do território mato-grossense se encontra na categoria “insalubre”, com índices que variam entre 100 e 149, o que significa que a poluição do ar pode ser prejudicial à saúde, especialmente para grupos vulneráveis como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias.

    Cidades como Vila Bela da Santíssima Trindade, Brasnorte e Juína estão entre as mais afetadas por essa onda de poluição. A persistência da baixa umidade do ar, prevista até o final da semana, agrava ainda mais a situação, aumentando o risco de problemas respiratórios e outras complicações de saúde.

    A exposição prolongada a um ar poluído pode causar uma série de problemas de saúde, como:

    • Dificuldades respiratórias
    • Irritação nos olhos, nariz e garganta
    • Doenças cardiovasculares
    • Doenças respiratórias crônicas
    • Câncer de pulmão

    Quais os principais causadores da poluição do ar em Mato Grosso?

    Atualmente, grande parte do território mato-grossense se encontra na categoria "insalubre"
     

    As causas da poluição do ar são diversas, mas os principais fatores que contribuem para a piora da qualidade do ar no oeste de Mato Grosso são:

    • Queimadas: A prática de queimadas, comum na região, libera grande quantidade de partículas poluentes na atmosfera.
    • Poluição industrial: As atividades industriais também contribuem para a emissão de gases poluentes.
    • Poluição veicular: O aumento do número de veículos nas cidades também agrava o problema.
    • Poeira: A baixa umidade do ar favorece a suspensão de partículas de poeira na atmosfera.

    O que fazer para se proteger?

    Diante desse cenário, é fundamental que a população adote algumas medidas para se proteger dos efeitos da poluição do ar:

    • Evitar atividades ao ar livre: Principalmente durante os períodos em que a concentração de poluentes é maior.
    • Utilizar máscaras: As máscaras de proteção podem ajudar a filtrar as partículas poluentes.
    • Manter as janelas e portas fechadas: Isso ajuda a reduzir a entrada de ar poluído em ambientes internos.
    • Beber bastante água: A hidratação é importante para ajudar a limpar as vias respiratórias.
  • Toyota revoluciona motores a combustão: Alta performance e zero gases poluentes

    Toyota revoluciona motores a combustão: Alta performance e zero gases poluentes

    A indústria automobilística acaba de ser surpreendida por uma inovação vinda do Japão. A Toyota apresentou um novo motor a combustão, mas que emite apenas vapor de água e oferece desempenho媲ável (pícara igual a) aos melhores carros elétricos. Veja detalhes do protótipo e como essa tecnologia pode mudar o futuro dos transportes.

    Adeus poluição, bem-vindo hidrogênio!

    Toyota revoluciona motores a combustão: Alta performance e zero gases poluentes

    Enquanto muitas fabricantes apostam em carros elétricos, a Toyota segue investindo em diferentes alternativas. A grande novidade são os motores a combustão de hidrogênio, que substituem a gasolina por esse elemento químico, eliminando a emissão de gases poluentes.

    Esses motores prometem alta performance aliada à eficiência. Estima-se que alcancem até 400 cavalos de potência, similar a motores a gasolina de ciclo Atkinson. Além disso, a eficiência térmica pode chegar a 45%, equiparando-se aos melhores motores a diesel.

    Combustão limpa: o futuro sustentável da Toyota

    Toyota revoluciona motores a combustão: Alta performance e zero gases poluentes
    Reprodução / Toyota

    Além da potência, um grande diferencial está no impacto ambiental. Diferente dos motores tradicionais que liberam gases do efeito estufa, os motores a hidrogênio liberam apenas vapor de água, contribuindo para a redução do aquecimento global.

    Há anos a Toyota vem desenvolvendo essa tecnologia, baseada em seu conhecimento em células de combustível. A previsão é lançar esses motores no mercado em breve, equipando desde carros de passeio até caminhões.

    Hidrogênio: o fim da era dos combustíveis fósseis?

    O avanço dos motores a hidrogênio representa uma grande mudança para a indústria automobilística e para o meio ambiente. Essa tecnologia pode se tornar uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis como gasolina e diesel.

    A ampla adoção do hidrogênio como fonte de energia para veículos dependerá do progresso tecnológico. Mas o protótipo da Toyota demonstra um futuro promissor, oferecendo uma nova forma de combustão limpa e eficiente.

    A luta contra a poluição não se restringe aos carros elétricos. A Toyota mostra que a combustão ainda tem futuro, desde que reinventada. Acompanhe nossa sessão Mobilidade para saber mais sobre outras inovações, como metanol, amônia e até mesmo nitrogênio e ar comprimido!

  • Vazamento de poluente suspende água para cidades do estado do Rio

    Vazamento de poluente suspende água para cidades do estado do Rio

    Órgãos ambientais do estado do Rio identificaram, nesta quinta-feira (4), o ponto exato do vazamento de tolueno, poluente que causou a paralisação da produção de água captada do Sistema Imunana-Laranjal pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), que abastece as cidades de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá, além da Ilha de Paquetá, no estado do Rio. O produto é usado em diferentes segmentos da indústria e requer atenção em seu manejo pelos riscos provocados à saúde. A paralisação do sistema pode afetar mais de dois milhões de pessoas. Moradores de diversos bairros de Niterói estão reclamando de falta d’água.

    A previsão é de que o restabelecimento do sistema comece a ser normalizado ainda hoje. Técnicos da Cedae e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), além de agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), rastrearam as margens do manancial e localizaram o foco do problema em um ponto do Rio Guapiaçu, em Guapimirim, na Baixada Fluminense.

    A contaminação foi constatada nessa quarta-feira (3) pela Cedae, às 5h59, em razão de alteração da qualidade da água bruta (ainda não tratada). Imediatamente, foram realizados testes no Laboratório Biológico de Rastreamento Ambiental (Libra), operado pela Cedae, que interrompeu as operações de captação de água. A partir daí, criou-se uma força-tarefa e foi aberta a investigação policial pelo crime ambiental, que vai prosseguir até que sejam identificados os responsáveis.

    O presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon, disse que, “por determinação do governador Cláudio Castro, formamos o grupo de resposta ao problema e ativamos um plano de contingência, com ampla divulgação para a população, garantindo a segurança da água que está chegando aos imóveis, além de acionar as concessionárias para apoiarem com carros-pipa os serviços essenciais, como hospitais e escolas”, explicou.

    Coleta de amostras

    Segundo a Cedae, os rios Guapiaçu e Macacu foram mapeados a partir de diversos pontos de coleta de amostras, o que levou os técnicos a localizar o trecho por onde passa um oleoduto. Para impedir que a água contaminada do Rio Guapiaçu chegue ao ponto de coleta da Cedae, uma barreira foi montada em conjunto com o Inea. O instituto ainda vai realizar uma prospecção de solo (perfuração para coleta de material de análise) para aprofundar os testes.

    “Eu assumo um compromisso pessoal de que esse caso não ficará sem solução. Essa força-tarefa em prol da sociedade e do ambiente vai trazer resultados. A multa para quem cometeu essa atrocidade pode chegar a R$ 50 milhões e será aplicada exemplarmente’, disse o secretário do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.

    A agilidade na identificação do vazamento foi determinante para evitar que a contaminação química chegasse às casas de cerca de dois milhões de pessoas, que recebem a água tratada a partir do sistema Imunana-Laranjal.

    Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da Cedae e da Polícia Civil seguem mapeando e percorrendo as margens dos rios com apoio de helicóptero, drones e uma embarcação. A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) também enviou peritos para acompanhar os exames e instaurou inquérito.

    As amostras de água dos rios também vão continuar passando por análises do laboratório Libra, que conta com equipamentos japoneses modernos e capazes de analisar, em 30 minutos, as composições físico-químicas e microbiológicas dos materiais, podendo identificar cianotoxinas, carbono orgânico volátil, mib e geosmina, além de pesticidas.

    Niterói

    A concessionária Águas de Niterói informou que o abastecimento de toda a cidade continua suspenso, devido à paralisação do Sistema Imunana-Laranjal, operado pela Cedae. Não há previsão de retorno.
    A concessionária segue monitorando a situação e solicita que os clientes economizem água até que o abastecimento seja normalizado. A empresa está abastecendo com carros-pipa locais que prestam serviços essenciais.

    MPRJ pede informações

    O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) cobrou informações da Cedae sobre as medidas adotadas diante da presença de possível poluente químico/industrial no manancial de captação de água do Sistema Imunana-Laranjal, provocando a interrupção das operações.

    A partir de uma atuação conjunta e integrada, busca-se entender as causas, os riscos envolvidos e o que está sendo feito pelos órgãos e entidades responsáveis pela preservação e monitoramento do manancial para apurar as responsabilidades.

    O MPRJ apura também os impactos no abastecimento potável de água nos municípios afetados pela paralisação da operação da Estação de Tratamento de Água Laranjal. Também pediu ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) o recebimento de informações sobre a realização de fiscalização e investigação em curso pelo órgão para identificar as possíveis fontes de contaminação e os prováveis responsáveis. A promotoria requer as informações até a tarde de sexta-feira (5).

    Tolueno

    O tolueno é um hidrocarboneto aromático, inflamável, incolor, volátil e de odor característico. É altamente danoso à saúde se ingerido ou inalado. A substância é produzida na fabricação de gasolina. Ela é utilizada como matéria-prima de solventes orgânicos em colas e tintas, além de estar presente na borracha; colas e adesivos para ajudar a secar, dissolver e diluir outras substâncias; diluentes de tinta; limpadores de pincéis, esmaltes e removedores de manchas.

    Edição: Kleber Sampaio

    — news —

  • Fragmentos de óleo ainda poluem praias brasileiras, diz Marinha

    Fragmentos de óleo ainda poluem praias brasileiras, diz Marinha

     

    A Marinha informou que continua monitorando o aparecimento de pequenos fragmentos de óleo no litoral do Nordeste. Desde o último dia 19, porções do produto de origem desconhecida voltaram a atingir praias e costões dos estados de Alagoas e Pernambuco.ebc

    Em nota divulgada na noite de ontem (29), a Marinha informou que todo o óleo está sendo recolhido à medida que chega à costa, e amostras são enviadas para análise no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira. No instituto, mantido pela Marinha em Arraial do Cabo, litoral do Rio de Janeiro, especialistas analisam elementos que possam contribuir para identificar a origem do produto.

    Há quase um ano, toneladas da substância surgiram em alto-mar e atingiram praias, costões, manguezais e outros habitats de todo o litoral do Nordeste, além de alguns locais do Espírito Santo e da costa norte do Rio de Janeiro.

    Após meses sem registro de novas ocorrências, fragmentos de óleo voltaram a ser encontrados no último dia 19. Para especialistas, após permancer por meses em repouso no fundo do mar, a substância voltou a se soltar devido à ação das correntes marítimas combinada a fatores meteorológicos que, juntos, revolveram o fundo do oceano, carregando o óleo.

    Ontem, vestígios do produto foram recolhidos no litoral capixaba, em São Mateus. Equipes da Capitania dos Portos dos Espírito Santo estiveram no local. Segundo a Marinha, análises preliminares “indicam ser o mesmo tipo de óleo que chegou à costa brasileira em 2019”. Em nota, a prefeitura de São Mateus confirma que “uma quantidade bem pequena” de pequenos fragmentos de óleo foi encontrada e recolhida na areia da Praia do Bosque, na Ilha de Guriri, em São Mateus

    Conforme a Agência Brasil noticiou, até o início da semana passada, novas ocorrências foram registradas em três praias de duas cidades do litoral sul pernambucano (Cupe e Muro Alto, em Ipojuca, e Tamandaré, no município de mesmo nome) e em duas localidades do litoral de Alagoas (Praia da Lagoa do Pau, em Coruripe, e Praia da Lagoa Azeda, em Jequiá da Praia).

    “Desde então, ações da Marinha, em coordenação com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), bem como com autoridades ambientais dos estados e municípios, vêm sendo realizadas para mitigar os efeitos e avaliar as circunstâncias desse evento”, acrescentou a Marinha, que, até o momento, não sabe a origem do óleo. “Avaliações permanecem sendo realizadas com a participação da comunidade científica.”