A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (4/4), em Campo Verde, Mato Grosso, a primeira fase de uma operação com o objetivo de reprimir a disseminação de material de exploração sexual infantil através da internet. A ação, denominada Dirty Money, cumpriu um mandado de busca e apreensão na cidade, expedido pela Justiça Federal em Cuiabá.
As investigações preliminares apontaram para a atuação de um indivíduo na venda e no compartilhamento de conteúdo de abuso sexual de crianças e adolescentes em grupos de redes sociais. Durante o cumprimento do mandado, a PF localizou diversos arquivos com cenas de exploração infantil no aparelho celular do investigado, resultando em sua prisão em flagrante.
Caso se confirme o armazenamento, compartilhamento e/ou comercialização dos arquivos, o detido poderá ser responsabilizado pelos crimes relacionados à exploração sexual de crianças e adolescentes. A operação visa desmantelar a rede de distribuição desse tipo de material criminoso no estado.
Uma operação integrada entre a Polícia Federal, Grupo Especial de Fronteira (Gefron), Polícia Militar de Mato Grosso (PM/MT) e o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) resultou na apreensão de aproximadamente 465 quilos de cocaína, na última quarta-feira (2), em uma área rural de Juína, região noroeste de Mato Grosso.
A ação foi desencadeada após as forças de segurança receberem informações sobre uma caminhonete que estaria transportando entorpecentes na região. A partir da checagem e cruzamento de dados, foi montada uma operação que culminou na abordagem do veículo suspeito.
Durante a fiscalização, os agentes localizaram seis fardos grandes com substância análoga à cocaína. As buscas continuaram e outras unidades da droga foram encontradas na Terra Indígena Cinta Larga, totalizando 12 fardos apreendidos.
Dois homens que transportavam a droga foram presos em flagrante e encaminhados à sede da Polícia Federal em Cuiabá, onde foi lavrado o auto de prisão. Os suspeitos permanecem à disposição da Justiça.
A operação reforça a atuação conjunta das forças de segurança no combate ao tráfico de drogas em regiões estratégicas de Mato Grosso, especialmente em áreas próximas a fronteiras e territórios indígenas.
A Polícia Federal, em parceria com o Ibama e a Funai, realizou entre os dias 1º e 2 de abril a Operação Kuri, com o objetivo de combater a mineração ilegal na Terra Indígena Kayabi, em Mato Grosso. As investigações iniciadas em 2023 apontaram uma vasta degradação ambiental na região, com prejuízo estimado de R$ 15 milhões à atividade criminosa.
A operação ocorreu nas proximidades dos rios Teles Pires e São Benedito e resultou na destruição de 17 balsas utilizadas para o garimpo ilegal, na apreensão de ouro extraído irregularmente e na inutilização de 2 mil litros de combustível.
O impacto ambiental da atividade clandestina é significativo, com o assoreamento dos rios e a contaminação da água devido ao uso de mercúrio e outras substâncias nocivas. A Polícia Federal segue com as investigações para identificar os responsáveis pelo crime ambiental.
A Polícia Federal deflagrou em Mato Grosso nesta quarta-feira (26/3) a Operação Rex Salis, com o objetivo de apurar uma associação criminosa voltada ao tráfico transnacional de drogas.
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em Tangará da Serra, Rondonópolis e Cáceres e Itapipoca.
A investigação teve início a partir de um flagrante de tráfico de drogas em Confresa, município distante 1,1 mil km de Cuiabá. Na ocasião, uma pessoa foi presa conduzindo um caminhão-trator com mais de 800 kg de cloridrato de cocaína. O material seguiria para o nordeste brasileiro.
A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira, (26/3), em Alta Floresta/Mato Grosso, um mandado de busca e apreensão, com o objetivo de reprimir a prática de crimes relacionados ao abuso sexual infantil.
Foi apreendido um aparelho celular para análise quanto à existência de vídeos e imagens de exploração sexual infantil.
As investigações, que decorrem do desmembramento da operação Dark Storage, apontam que o usuário teria recebido e armazenado arquivos de natureza pedopornográfica.
O responsável poderá responder por abuso sexual infantil.
A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta quinta-feira (20), 14 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de tráfico internacional de armas, no Rio de Janeiro. A ação conta com 80 agentes da PF e dez policiais civis.
A Operação Cash Courier é um desdobramento da Operação Senhor das Armas, desencadeada em 2017, que apreendeu 60 fuzis no Aeroporto Internacional do Rio (Tom Jobim/Galeão).
Investigações da PF identificaram o suspeito de chefiar a organização criminosa, que teria sido responsável por trazer 2 mil fuzis de Miami, nos Estados Unidos, para o Rio de Janeiro.
As armas eram contrabandeadas para o Brasil e, depois, distribuídas a uma facção criminosa fluminense, que controla diversas comunidades no estado.
O homem apontado como líder do esquema criminoso usava outras pessoas e empresas para adquirir imóveis e outros bens, com o objetivo de lavar o dinheiro obtido com o tráfico internacional de armas.
Além dos mandados de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos em endereços residenciais e comerciais nos bairros da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da capital fluminense, a Justiça determinou o sequestro e bloqueio de bens e ativos no valor total de R$ 50 milhões.
Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de armas, organização criminosa, lavagem de capital, evasão de divisas, corrupção ativa e corrupção passiva.
A operação conta com apoio do Ministério Público Federal (MPF), da Polícia Civil e da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (19), a primeira fase da Operação Anjo Protetor, em Várzea Grande (MT), visando combater o compartilhamento e armazenamento de imagens e vídeos de exploração sexual infantil.
Durante a ação, os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão contra um investigado que compartilhava esse tipo de material em grupos de redes sociais na internet.
No decorrer das buscas, foram encontrados inúmeros arquivos contendo abuso sexual infantil no celular do suspeito, levando à sua prisão em flagrante.
O investigado poderá responder por crimes relacionados ao armazenamento, compartilhamento e/ou comercialização de material de exploração sexual infantil, conforme prevê a legislação vigente.
A Polícia Federal deflagrou em Mato Grosso, nesta terça-feira (18), uma nova fase de operação com o objetivo de investigar crimes de obstrução de justiça, violação de sigilo funcional e corrupção ativa e passiva. Segundo as investigações, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A rede clandestina atuava frustrando a efetividade de operações policiais, prejudicando investigações importantes. Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a PF cumpriu um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão em Tocantins.
Outras medidas cautelares foram aplicadas, como afastamento de funções públicas, proibição de contato, proibição de saída do país e recolhimento de passaportes. A operação teve origem na apreensão do celular de um advogado, morto em Cuiabá em dezembro de 2023.
A primeira fase da operação, em 26 de novembro de 2024, cumpriu um mandado de prisão preventiva contra um lobista e 23 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso, Pernambuco e no Distrito Federal. Alvos da primeira fase passaram a usar tornozeleiras eletrônicas por decisão do STF.
As investigações revelaram um esquema de venda de decisões judiciais, envolvendo advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados. Os investigados solicitavam valores para beneficiar partes em processos judiciais, através de decisões favoráveis. Também são apuradas negociações para vazamento de informações sigilosas, incluindo detalhes de operações policiais. A operação continua em andamento, com o objetivo de identificar e responsabilizar todos os envolvidos no esquema criminoso.
Durante a “Operação Protetor das Fronteiras e Divisas”, que contou com a participação do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Polícia Civil, duas escavadeiras que haviam sido furtadas foram apreendidas na Terra Indígena Sararé. As máquinas estavam sendo utilizadas para a extração ilegal de ouro na região. A ação resultou em um prejuízo estimado de R$ 1 milhão ao crime organizado. Até o momento, ninguém foi preso em relação a esse caso.
Destruição de maquinário e devastação ambiental
Paralelamente, a Polícia Federal deflagrou a “Operação Rondon” entre os dias 12 e 13 de março, com o objetivo de combater a extração ilegal de ouro e desintrusar áreas afetadas por garimpeiros na Terra Indígena Sararé. Imagens aéreas registradas durante a operação revelaram a transformação do território em um pântano de lama devido às atividades de garimpo ilegal. Durante a ação, foram inutilizadas escavadeiras hidráulicas, motores estacionários e outros equipamentos utilizados na extração ilegal de ouro. Além disso, munições de vários calibres, celulares e anotações foram apreendidos.
Histórico de operações na região
A Terra Indígena Sararé, que abriga o povo Nambikwara e abrange os municípios de Conquista D’Oeste, Nova Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade, tem sido alvo de intensas atividades de garimpo ilegal nos últimos anos. Desde 2020, diversas operações foram realizadas para desativar garimpos ilegais na região. Em julho de 2023, o Ibama destruiu pelo menos 19 escavadeiras hidráulicas utilizadas em garimpos ilegais na Terra Indígena Sararé. Em agosto de 2024, durante a “Operação Xapiri III”, um esconderijo para três escavadeiras foi encontrado e destruído na região.
Imagem aérea mostra degradação causada por garimpeiros — Foto: PF
Impacto ambiental e social
A exploração ilegal de ouro na Terra Indígena Sararé tem causado não apenas a degradação ambiental significativa, transformando áreas de floresta em pântanos de lama, mas também ameaçado a saúde e os modos de vida das comunidades indígenas locais. As operações recentes buscam frear a exploração ilegal de recursos naturais e combater crimes como usurpação de bens da União, crimes ambientais, porte ilegal de armas e homicídios motivados por disputas territoriais.
A Polícia Federal realizou, na manhã desta sexta-feira (14), a cerimônia de posse do delegado Fabrício Fernando Diogo Braga como novo Superintendente Regional da PF no Estado de Mato Grosso. O evento ocorreu no auditório da Casa da Democracia – TRE/MT, em Cuiabá, e reuniu autoridades, servidores e convidados.
Em seu discurso, Fabrício Braga ressaltou a importância da cooperação entre instituições públicas para o enfrentamento à criminalidade. O novo superintendente reafirmou seu compromisso com o combate à corrupção, ao desvio de recursos, ao tráfico de drogas e aos crimes ambientais, destacando os desafios de sua gestão.
O Diretor-Geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, elogiou a trajetória e a capacidade de Fabrício Braga para exercer a função, enfatizando os desafios que a nova administração enfrentará no estado.
Trajetória e experiência
Graduado em Direito pela PUC-Campinas, Fabrício Braga iniciou sua carreira no serviço público em 2006 como analista processual do Ministério Público da União. Em 2009, assumiu o cargo de Delegado da Polícia Federal em Rondônia, onde atuou como Representante Regional da Interpol e liderou a Operação Termópilas, que desarticulou uma organização criminosa infiltrada na Assembleia Legislativa e secretarias estaduais.
De 2013 a 2014, Braga ocupou o cargo de Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado no Amapá. Posteriormente, foi transferido para a Delegacia da PF em Varginha (MG), onde atuou até 2023, quando assumiu a chefia do Setor de Inteligência da Superintendência da PF em Minas Gerais. No ano seguinte, tornou-se Delegado Regional de Polícia Judiciária na mesma unidade.
Agora à frente da Superintendência Regional da PF em Mato Grosso, Fabrício Braga terá como missão fortalecer o enfrentamento à criminalidade organizada e intensificar ações de combate a crimes que afetam a segurança pública no estado.