Tag: polícia civil

  • Policiais civis deflagram operação de combate a crime contra idosos

    Policiais civis deflagram operação de combate a crime contra idosos

    Policiais civis de todas as unidades federativas participam hoje (22) da 3ª edição da Operação Vetus, de prevenção e repressão à violência praticada contra idosos. A operação é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança pública (MJ) e conta com a ajuda de delegacias especializadas de proteção ao idoso, das secretarias de Segurança Pública; da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH) e da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa.

    Entre as ações, que serão implementadas até amanhã (23), estão as de apuração de denúncias, diligências, atendimento às vítimas, ações educativas e fiscalização em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs); procedimentos policiais e levantamentos de inteligência, como instauração e conclusão de inquéritos, representações judiciais, levantamento de alvos e de mandados, entre outros.

    Segundo o ministério, estão sendo cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão. Também há atendimentos a solicitações de medidas protetivas de urgência.

    O Ministério da Justiça lembra que denúncias contra esse tipo de prática podem ser feitas por meio do Disque 100 ou pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil.

    “Qualquer pessoa pode procurar delegacias especializadas na proteção ao idoso. Caso a cidade não tenha delegacia especializada, é possível procurar qualquer delegacia. Também é possível procurar os conselhos estaduais ou municipais dos Direitos da Pessoa Idosa, ou ainda, o Ministério Público mais próximo da sua residência”, informa o ministério.

    Segundo a pasta, 31,2 mil idosos vítimas de violência foram atendidas nas duas edições anteriores da Operação Vetus. Também foram registradas 29,2 mil denúncias, o que resultou em 985 pessoas presas. Cerca de 9 mil policiais participaram das operações em 2020 e 2021.

    Cartilha

    De acordo com a Cartilha de combate à violência contra a pessoa idosa, de 2020, publicada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), a violência contra os idosos pode ocorrer de “forma visível”, resultando em mortes ou lesões; ou “invisível”, quando, apesar de não machucar o corpo, “provoca sofrimento, desesperança, depressão e medo”.

    A violência pode ser classificada como física, psicológica, negligência, institucional, abuso financeiro, patrimonial, sexual e discriminação:

    Violência física – na maioria das vezes ocorre dentro da casa do idoso (a) e é provocada por pessoas próximas, como filhos, cônjuge, netos, cuidadores, dentre outras. Em geral, são agressões, tapas, pontapés, beliscões e empurrões.

    Violência psicológica – se constitui de agressões verbais, menosprezo, desprezo ou qualquer ação que traga sofrimento emocional, como humilhação, afastamento do convívio familiar ou restrição à liberdade de expressão.

    Negligência – recusa ou omissão de cuidados. Se manifesta com frequência tanto no seio familiar como em instituições que prestam serviços de cuidados e acolhimento a pessoas idosas.

    Violência institucional – qualquer tipo de violência exercida dentro do ambiente institucional (público ou privado). As instituições podem cometer esse tipo de negligência por meio de ações desatenciosas ou omissivas por parte de funcionários.

    Abuso financeiro – exploração ilegal ou uso não consentido pela pessoa idosa de seus recursos financeiros. Normalmente, o violador se apropria indevidamente do dinheiro, cartões bancários e utiliza os valores com finalidades que não sejam a promoção do cuidado.

    Violência patrimonial – qualquer prática ilícita que comprometa o patrimônio do idoso, como forçá-lo a assinar um documento sem lhe ser explicado para que fins é destinado, alterações em seu testamento, fazer uma procuração ou ultrapassar os poderes de mandato, antecipação de herança ou venda de bens móveis e imóveis sem o consentimento espontâneo do idoso, falsificação de assinatura, etc.

    Violência sexual – ato sexual utilizando pessoas idosas, que visa obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas, através de coação com violência física ou ameaças.

    Discriminação – comportamentos discriminatórios, ofensivos, desrespeitosos em relação à condição física característica de uma pessoa idosa, desvalorizando e inferiorizando-a simplesmente por sua condição.

  • Polícia prende 36 homens por violência psicológica contra mulheres

    Polícia prende 36 homens por violência psicológica contra mulheres

    A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpriu hoje (8) 36 mandados de prisão preventiva contra homens acusados de perseguição e violência psicológica contra mulheres no estado. A ação marca o Dia D da Operação Stalking, que chama atenção para formas de violência contra a mulher que vão além da agressão física.

    A operação Stalking começou no dia 1º de agosto e comemora os 16 anos da Lei Maria da Penha, envolvendo as 14 Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam) do estado. Ao todo, foram expedidos 38 mandados de prisão.

    A diretora do Departamento-Geral de Polícia de Atendimento à Mulher, Gabriela Von Beauvais, disse que a operação busca destacar os crimes de violência psicológica e perseguição, que foram incluídos no código penal no ano passado. Ela afirma que o registro de ocorrência por esses tipos de violência pode gerar medidas protetivas e prisões, que ajudam a prevenir casos de agressão física e feminicídios.

    “A gente quer destacar para essas mulheres que elas podem ser vítimas de vários tipos de violência, e não só da violência física”, disse a delegada.

    “Sabemos que a grande maioria dos feminicídios não se inicia em um crime de feminicídio. É uma escalada de violência que começa em uma violência moral, psicológica, em uma perseguição, e vai aumentando essa gradação de violência”.

    Segundo a diretora das delegacias especializadas, entre as 55 mulheres vítimas de feminicídio no primeiro semestre de 2022, somente 18% já tinham registrado boletins de ocorrência contra seus agressores nas delegacias.

    “A violência psicológica pode ser registrada. A perseguição pode ser registrada, e dá cadeia. Há prisão para esse tipo de violência. As mulheres precisam, sim, fazer seus registros de ocorrência”, destaca Gabriela.

    Os resultados da operação foram apresentados por delegadas de diversas delegacias especializadas de atendimento à mulher em uma entrevista coletiva de imprensa realizada nesta manhã, na Cidade da Polícia, na zona norte do Rio de Janeiro.

    Entre os relatos apresentados pelas delegadas, sem identificar as vítimas, há mulheres de diferentes classes sociais, profissões e idades, que sofreram violências como perseguição no ambiente de trabalho e em casa, mensagens e ligações insistentes, e cerceamento de suas liberdades de ir e vir.

    Como resultado, as vítimas deixaram de trabalhar, de ir à igreja e até de sair de casa. Em alguns casos, os homens já ameaçavam as mulheres de morte e houve agressores flagrados em posse ilegal de armas que poderiam ser usadas em um feminicídio.

    Titular da Deam de São João de Meriti, a delegada Bárbara Lomba alerta que há formas menos óbvias de violência contra as mulheres, que muitas vezes envolvem manipulações psicológicas.

    “A violência psicológica aprisiona a vítima em um ciclo de violência. Muitas vezes ela é levada a acreditar que ela tem culpa pelos próprios atos. Muitas vezes os fatos não chegam à polícia porque a vítima acredita que ela causar um mal ao agressor”, pondera a delegada.

    “É muito importante que a gente esclareça que as vítimas não são culpadas, elas são vítimas. Elas devem acreditar nas instituições e procurar a polícia para interromper esse ciclo de violência”.

    Edição: Denise Griesinger

  • Confronto entre criminosos e policiais termina com seis mortes

    Confronto entre criminosos e policiais termina com seis mortes

    Um confronto entre policiais e criminosos em Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã de ontem, terça-feira (12), provocou seis mortes. A Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro (Sepol) informou que uma equipe do Esquadrão Antibombas foi atacada quando passava pela Avenida Dom Hélder Câmara a caminho da Cidade da Polícia, no bairro vizinho do Jacaré. Com o ataque houve reação dos policiais, que pediram reforço. Policiais da Coordenadoria de Operações Especiais (Core) foram para o local.

    Segundo a Sepol, cinco suspeitos foram feridos e dois presos. Os feridos foram levados para unidades hospitalares. Os agentes apreenderam seis pistolas, uma granada, diversos carregadores, munições, rádios transmissores, roupas camufladas e grande quantidade de drogas como crack, cocaína e maconha.

    Por causa do confronto a concessionária SuperVia interrompeu a circulação de trens no ramal Saracuruna, nas proximidades da estação Manguinhos, e operava no trecho Bonsucesso/Gramacho.

    “Devido à ocorrência de segurança pública nas proximidades da estação Manguinhos (ramal Saracuruna), os trens precisaram aguardar ordem de circulação para seguir viagem entre 10h09 e 11h29 de hoje (12/07). Depois desse horário, os trens circularam normalmente. Os passageiros foram informados sobre a situação por meio do sistema de áudio dos trens e das estações”, informou a SuperVia em nota.

    A concessionária disse que em 2022 já registrou oito casos de tiroteios nas imediações do sistema, impactando a circulação dos trens por quase 14 horas. “A concessionária adota o procedimento de paralisar parcialmente a circulação de forma a garantir, em primeiro lugar, a segurança de seus passageiros”, disse a concessionária em nota.

    O conflito impactou também o trânsito na Avenida Leopoldo Bulhões, que foi interditado na área próxima à comunidade. O Centro de Operações Rio (COR) recomendou, pelo Twiter, aos motoristas evitarem as vias de Manguinhos.

    A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar (SEPM) informou que equipes do 22º BPM (Bonsucesso) e das UPPs da região reforçaram o policiamento nas imediações de Manguinhos e nas principais vias da região, como as avenidas Leopoldo Bulhões e dos Democráticos. Os policiais retiraram barricadas que tinham sido colocadas pelos criminosos nas vias ao redor da comunidade e garantindo a circulação do trânsito.

    A Sepol destacou que nos últimos meses “há um histórico de diversos ataques de traficantes de Manguinhos a viaturas das Polícias Civil e Militar naquela região. Em um dos ataques, o policial militar Jamilton Machado de Assis foi morto ao ser atingido na cabeça durante um patrulhamento. Ele estava em deslocamento pela Avenida Dom Hélder Câmara e foi atingido quando a viatura passava pelo viaduto de Benfica”.

  • Exploração ilegal de imóveis leva polícia do Rio a combater milícia

    Exploração ilegal de imóveis leva polícia do Rio a combater milícia

    Agentes do Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, estão hoje (28) nas ruas da Barra da Tijuca,  Jacarepaguá, Itanhangá, Copacabana, Tijuca, Penha, Freguesia e no município de Nova Friburgo para cumprir 16 mandados de busca e apreensão contra integrantes de uma milícia e empresas que atuam na exploração ilegal de imóveis da região da Muzema, zona oeste do Rio de Janeiro.

    A Operação Caixa de Areia 2, realizada pelos policiais, é parte do Programa Cidade Integrada do governo estadual para a retomada de territórios. A ação tem o apoio do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE).

    Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), as investigações indicam que as empresas alvo da operação são utilizadas por supostos empresários do ramo imobiliário para lavagem de dinheiro do esquema criminoso.

    As apurações apontaram ainda que, durante as investigações, “os suspeitos movimentaram recursos incompatíveis com a capacidade financeira declarada, com ingresso de grande quantidade de dinheiro em espécie em contas bancárias, totalizando cerca de R$ 100 milhões”.

    Laranjas

    O foco da ação é obter novas provas, a partir de apreensão de documentos, escrituras de imóveis, telefones celulares e outros aparelhos eletrônicos. A intenção é investigar o uso de pessoas interpostas, os chamados laranjas, e empresas de fachada, como imobiliárias, construtoras, lojas de material de construção e açougues.

    Segundo a Secretaria de Polícia Civil, os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada, com atuação da 1ª Promotoria Especializada de Investigação Penal. Acrescentou que os alvos já foram denunciados.

    A primeira fase da operação ocorreu em maio do ano passado, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de mais de R$ 10 milhões de contas bancárias dos envolvidos.

  • Polícia prende suspeitos por desaparecimento de crianças no Rio

    Polícia prende suspeitos por desaparecimento de crianças no Rio

    Policiais civis cumprem hoje (21) mandados de prisão e de busca e apreensão contra suspeitos de participar do desaparecimento de três meninos, na Baixada Fluminense. Os alvos da operação  também são suspeitos de torturar e expulsar um morador e sua família de sua casa.

    O grupo integra a quadrilha que controla a venda de drogas no complexo do Castelar, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e que participa de roubos de cargas na região.

    Até as 7h de hoje, dez pessoas já tinham sido presas.