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  • Incêndio de grandes proporções é controlado em fábrica na capital de Mato Grosso

    Incêndio de grandes proporções é controlado em fábrica na capital de Mato Grosso

    O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) extinguiu completamente, na noite desta sexta-feira (25.10), o incêndio de grandes proporções que atingiu uma indústria fabricante de plásticos localizada no Distrito Industrial de Cuiabá. O combate ao incêndio durou 22 horas de trabalho ininterruptas.

    Foram utilizados cerca de 120 mil litros de água, além de Líquido Gerador de Espuma (LGE) e areia para a extinção completa das chamas.

    Assim que acionados, na noite de quinta-feira (24.10), 28 bombeiros foram empenhados para o combate durante toda a madrugada, sendo substituídos por novas equipes pela manhã. No total, seis viaturas deram o apoio à operação.

    Como o incêndio envolveu uma carga de polietileno de alta densidade, um plástico rígido, resistente e altamente inflamável, houve a rápida propagação das chamas. Por isso, a atuação ágil das equipes foi fundamental para conter o fogo e impedir que ele se espalhasse para as edificações vizinhas, prevenindo danos mais graves.

    O tenente-coronel BM Heitor Fernandes Luz, comandante do 1° Comando Regional Bombeiro Militar (1° CRBM), destacou que a estratégia adotada para um combate eficiente, diante da alta inflamabilidade do material, foi o uso de técnicas de abafamento das chamas.

    Por se tratar de um material que pode continuar queimando por longos períodos, mesmo após o uso de água e a extinção das chamas aparentes, os bombeiros precisaram utilizar o LGE e areia para abafar as brasas remanescentes em alguns pontos.

    “A empresa cedeu caminhões de terra e um trator para que pudéssemos revirar o material queimado e cobrir com terra as áreas onde ainda havia brasas. Também utilizamos mais de 200 litros de LGE para realizar a mistura na viatura e aplicar a espuma nas áreas afetadas para concluir o abafamento. Esses recursos foram essenciais para controlar os focos remanescentes e garantir a segurança da área”, explicou o tenente-coronel.

    Após a realização do rescaldo e a confirmação de que não havia risco de reignição do fogo, os bombeiros deixaram a área. No entanto, como medida preventiva, equipes permanecem monitorando a situação. Apesar da gravidade do incêndio, não houve feridos na ocorrência.

  • Brasil prepara sugestão de ações para diminuir efeitos do plástico

    Brasil prepara sugestão de ações para diminuir efeitos do plástico

    O Brasil se prepara para contribuir com o Acordo Global de Plásticos da Organização das Nações Unidas com indicações de formas de minimizar o impacto deste material no mundo. O Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano (IMA), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e a Sociedade Brasileira de Química (SBQ) são responsáveis por fornecer todos os subsídios técnicos ao Ministério das Relações Exteriores, para que ele possa indicar ações a serem adotadas pelos países signatários do Acordo Global de Plásticos das Nações Unidas..

    “[Vamos apontar] O que temos que fazer para minimizar o efeito do plástico pelo descarte indiscriminado de pessoas e empresas, efeitos que não são benéficos para a saúde humana, marinha e para o meio ambiente”, explicou nesta sexta-feira (8) à Agência Brasil a professora Maria Inês Bruno Tavares, diretora do Instituto.

    Identificação

    De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas por ano. Dados do Perfil 2022 da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) revelam que o Brasil responde por 2% da produção mundial de plástico, com total de 6,7 milhões de toneladas por ano de material cujo destaque traz impactos negativos para o meio ambiente. O setor engloba mais de 11 mil empresas, que empregam mais de 340 mil brasileiros e faturam 117,5 bilhões de reais.

    Maria Inês Bruno Tavares disse que a ideia é definir os critérios técnicos para caracterizar os tipos de plástico, identificando o que é plástico de uso único, plástico desnecessário ou problemático, uma vez que na primeira versão do documento com a posição brasileira não há destaque para a educação ambiental, nem para a reciclagem e o reúso.

    Sugestões

    O grupo do IMA já fez algumas sugestões. Entre elas, que os polímeros sintéticos que compõem o plástico sejam substituídos por biodegradáveis na cadeia produtiva. È preciso também aumentar o uso de materiais recicláveis na composição de novos produtos e identificar, nos rótulos, todos os tipos de materiais que compõem as embalagens. A partir dessa identificação, é mais fácil saber o que pode ser reutilizado ou reciclado. A diretora lembrou que os plásticos de uso único não precisam ser descartados porque podem gerar energia. “Reciclagem é a palavra-chave para minimizar os problemas”. Já os produtos em estado de degradação grande devem ser descartados em aterros sanitários de forma controlada, apontou.

    Para incentivar a reciclagem entre indústria e população, uma das propostas é que a embalagem seja devolvida na empresa pelo consumidor e trocada por um desconto para a próxima compra, indicou Maria Inês. A especialista diz acreditar que as empresas brasileiras que lidam com polímeros têm participado do esforço para a redução dos plásticos.

    O IMA vai iniciar processo de ensino aos profissionais que fazem reciclagem no Hangar, na Cidade Universitária, para que reconheçam as diferenças entre os materiais plásticos e o seu potencial financeiro, porque pode haver um valor agregado naquele produto, que não deve ser jogado fora. Em paralelo, o instituto continua realizando ações nas escolas, iniciadas em 2009. Nas semanas de Nanotecnologia e de Polímeros, o IMA recebe anualmente estudantes de escolas públicas e particulares para conhecerem o que são polímeros e suas características. A média é de 700 pessoas recebidas por dia nesses eventos.

    Edição: Aline Leal
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