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  • Petrobras: produção de petróleo e gás natural aumenta 2,4% em um ano

    Petrobras: produção de petróleo e gás natural aumenta 2,4% em um ano

    A produção de petróleo e gás natural da Petrobras no segundo trimestre de 2024 cresceu 2,4% em relação ao mesmo período de 2023. O volume médio registrado foi de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed). Segundo a companhia, o aumento teve como destaques a evolução na produção (ramp-up) dos FPSOs Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, e a entrada em produção de 12 poços de projetos complementares novos, oito na Bacia de Campos e quatro na Bacia de Santos.

    Quando comparada com o primeiro trimestre de 2024, a produção média caiu 2,8%. A Petrobras indica como principal influência o volume de perdas por paradas para manutenções e o declínio natural de campos maduros.

    As vendas de derivados de petróleo no mercado interno aumentaram de 3,2% no trimestre, puxadas pela comercialização de diesel e de GLP. As vendas de diesel S-10 representaram 64% das vendas totais de óleo diesel pela companhia, o que representa um novo recorde trimestral.

    O relatório de produção e vendas agora traz dados de emissões atmosféricas. No primeiro semestre de 2024, as emissões de gases de efeito estufa das atividades de óleo e gás da Petrobras foram de 21,4 milhões de toneladas. No mesmo período de 2023, foram 20,7 milhões de toneladas.

    Refinarias

    No segundo trimestre de 2024, o fator de utilização total (FUT) do parque de refino foi de 91%, mesmo com paradas programadas nas refinarias REPLAN, REDUC, RECAP, REVAP e REGAP.

    No mesmo período, a participação de petróleo do pré-sal nas cargas das refinarias foi de 69%, índice trimestral recorde. Segundo a companhia, o resultado favorece a produção de derivados de valor agregado maior e a diminuição de emissões.

    A produção total de derivados caiu 0,5% na comparação com o trimestre anterior. Já a produção de QAV, gasolina e diesel aumentou, e representou 69% do total refinado.

    Gás natural

    Foram celebrados e aditados contratos de fornecimento de gás natural com volume aproximado de 940mil m³/d na modalidade de consumidor livre. O mesmo ocorreu em relação ao fornecimento: contratos com seis distribuidoras vão permitir a inclusão do mecanismo de prêmio por performance com redução de preços a partir de consumo a mais pelos clientes. A Petrobras criou o mecanismo para ser mais competitiva no mercado.

    A venda de gás natural caiu cerca de 3 milhões de m³/dia na comparação com o primeiro trimestre deste ano. O que a empresa atribuiu ao aumento da participação de outros agentes pela abertura de mercado. Em relação à oferta, houve queda de 2 milhões de m³/dia de importação de gás natural da Bolívia.

    Novas plataformas

    A Petrobras destaca como marcos do trimestre a chegada do FPSO Marechal Duque de Caxias ao Brasil e a conclusão da ancoragem da plataforma no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos. Ela será o terceiro sistema definitivo de produção do campo. O início das operações está previsto para o segundo semestre deste ano.

    O FPSO Maria Quitéria teve a entrada em produção adiantada para o último trimestre de 2024. A plataforma saiu do estaleiro da China em maio e está em navegação para o Brasil. A unidade operará no campo de Jubarte, no pré-sal da Bacia de Campos, no litoral do Espírito Santo, e possui tecnologias para descarbonização, como o ciclo combinado na geração de energia e Flare Gas Recovery Unit – FGRU (flare fechado).

    Edição: Carolina Pimentel

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  • Petrobras testa voo em aeronave sem piloto para transporte de cargas

    Petrobras testa voo em aeronave sem piloto para transporte de cargas

    O primeiro voo de longo alcance com uma aeronave civil remotamente pilotada percorreu cerca de 180 quilômetros entre a base da Petrobras no bairro Imbetiba, em Macaé (RJ) e a plataforma P-51, na Bacia de Campos, litoral fluminense. A expectativa é que os testes viabilizem voos de longo alcance entre o continente e plataformas, permitindo uma série de aplicações com essa tecnologia.

    Os objetivos do voo, realizado em julho, foram testar a implantação do transporte para conduzir cargas de até 50 kg, agregar valor à logística do transporte aéreo offshore, reduzir custos e coletar dados para o compartilhamento do espaço com outras aeronaves. Esse tipo de tecnologia também pode reduzir emissões de gases de efeito estufa no transporte de cargas leves.

    A Petrobras já utiliza a tecnologia de drones para pintura de plataformas e embarcações, além de outros trabalhos em altura, reduzindo a exposição humana a riscos.

    A análise dos dados gerados deve ser finalizada ainda no segundo semestre deste ano. Segundo a Petrobras, serão simulados outros voos com aeronaves no mesmo espaço aéreo e, dependendo dos resultados, o procedimento será implantado na empresa.

    A operação, ainda em fase de testes, foi feita em colaboração com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a NAV Brasil e a OMNI Táxi Aéreo, contratada pela Petrobras para operar veículos aéreos não tripulados em missões offshore.

    Edição: Sabrina Craide

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  • Petrobras quer aumentar o volume de importação do gás da Bolívia

    Petrobras quer aumentar o volume de importação do gás da Bolívia

    A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, manifestou nesta terça-feira (9) o interesse da companhia no incremento da produção de gás na Bolívia e no aumento do volume de importação do insumo para o Brasil.

    “Hoje o mercado consumidor brasileiro demanda 50 milhões de metros cúbicos (m³) de gás natural por dia. Acreditamos que esse mercado pode ser triplicado, alcançando 150 milhões de m³ diários. Esse gás servirá como insumo para a indústria petroquímica e para a produção de fertilizantes. A condição é que sejamos capazes de fazê-lo chegar ao Brasil a preços acessíveis”, esclareceu.

    De acordo com Magda, o gás natural tem um papel essencial na integração energética da América do Sul. “Apostamos muito nessa sinergia entre Brasil, Bolívia e também a Argentina, países interligados pelo gasoduto”, disse.

    A presidente da estatal falou das perspectivas para o incremento da produção no país vizinho. A Petrobras, que já foi responsável por 60% da produção de gás natural boliviano, opera hoje 25% do total produzido no país. “Nós olhamos para frente e vemos oportunidades para serem desenvolvidas pela Petrobras ou em parcerias que merecem nosso investimento”, explicou.

    Magda Chambriard discursou no Foro Empresarial Bolívia – Brasil, em Santa Cruz de La Sierra, com a presença dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Bolívia, Alberto Arce.

    Edição: Fernando Fraga

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  • Em posse, Magda diz que petróleo vai financiar transição energética

    Em posse, Magda diz que petróleo vai financiar transição energética

    Em cerimônia de posse realizada nesta quarta-feira (19), a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, deu grande destaque ao tema de transição energética em seu discurso. No evento, com a presença do presidente Lula, representantes do governo federal e por lideranças dos trabalhadores, ela manifestou compromisso com a redução progressiva das emissões de carbono e com a meta de zerá-las até 2050.

    Magda, que na prática exerce o cargo desde o fim do mês passado, reiterou posições que já havia anunciado em sua primeira coletiva de imprensa dias após assumir a função. Ela disse que a gestão da Petrobras estará em consonância com a busca por rentabilidade, ao mesmo tempo em que a empresa irá contribuir com os desafios do país e liderar uma transição energética justa e inclusiva.

    Segundo a nova presidente da Petrobras, o gás natural deve ser considerado como um “combustível de transição”. Ela disse ainda que a empresa irá fortalecer frentes em energias renováveis e 11% dos investimentos serão em projetos de baixo carbono. “Vamos tirar proveito da nossa expertise e focar nos combustíveis verdes do futuro. Também avançaremos em energia eólica, solar e hidrogênio”, acrescentou.

    Ao mesmo tempo em que lembrou da disponibilidade finita de petróleo, Magda afirmou que uma transição deve ocorrer sem prejudicar a segurança energética do país. Ela destacou que esse processo tem um custo que, para liderá-lo, a Petrobras precisa ampliar as fronteiras exploratórias, respeitando a legislação ambiental e com processos de licenciamento.

    “Alguém tem que financiar essa transição. São fundamentais os investimentos em exploração e produção. Não existe falar em transição sem mencionar quem vai pagar essa conta. E é o petróleo que vai pagar essa conta”.

    O evento ocorreu no Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou presença acompanhado da primeira-dama Janja da Silva. É a primeira vez em 12 anos que um presidente da República prestigia a cerimônia de posse de um presidente da Petrobras nas instalações da empresa. Isso ocorreu pela última vez quando Dilma Rousseff escolheu Graça Foster para comandar a empresa.

    Participaram os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Margareth Menezes (Cultura), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência) e Laércio Portela (Secretaria de Comunicação). Vários parlamentares também acompanharam a cerimônia, além da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra; o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes; e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.

    Ao falar sobre o orgulho em assumir o cargo, Magda voltou a lembrar o início da carreira quando prestou concurso e ingressou na Petrobras, aos 22 anos. Houve também menções à sua passagem pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), onde chegou inclusive a exercer o cargo de diretora-geral entre 2012 e 2016.

    “A Petrobras nasceu do desejo dos brasileiros e brasileiras por um país soberano na produção de energia”, disse. Ela também mencionou a conversa que teve com Lula quando recebeu o convite para assumir o cargo. “A missão que me foi dada pelo presidente foi a de movimentar a Petrobras, porque ela impulsiona o PIB [Produto Interno Bruto] do país. Foi a de gerir a Petrobras com respeito”.

    Magda manifestou novamente apoio aos investimentos para fomentar a produção nacional de fertilizantes, a indústria naval e o ramo petroquímico. Segundo ela, a Petrobras deve atuar como indutora da indústria nacional, sem perder de vista a busca pelo lucro. “Os fertilizantes são uma boa oportunidade para ampliar significativamente o mercado de gás. O gás natural é o insumo com maior impacto no mercado de fertilizantes”, avaliou.

    Compromisso social

    A nova presidente da empresa destacou que as atividades da Petrobras não se restringem ao segmento energética, citando investimentos em projetos sociais, ambientais e culturais. “Para cada real investido pela Petrobras, estimam-se que sejam gerados R$ 5 em benefícios para a sociedade”, afirmou. Ela anunciou a doação de R$ 30 milhões para os afetados pela tragédia climática no Rio Grande do Sul.

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, elogiou a “visão abrangente” da nova presidente. Segundo ele, não se deve deixar de lado a questão dos dividendos e dos royalties, bem como um olhar de longo prazo. “O discurso de Magda fala fundo aos nossos anseios de fazer o Brasil crescer, de descobrir novos potenciais, de induzir o setor industrial, de promover a transformação ecológica do nosso planeta”.

    O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, considerou que Magda possui um perfil técnico e está dedicada ao avanço do Brasil. Ele defendeu uma Petrobras que tenha compromisso nacional e preocupação ambiental. “No governo anterior, a Petrobras não investia no Brasil. Ela não se preocupava com o país”.

    Trabalhadores

    Durante o discurso, Magda Chambriard fez menções a lideranças dos trabalhadores – como Rosangela Buzanelli, representante dos empregados no Conselho de Administração da Petrobras, e Deyvid Bacelar, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), arrancando aplausos dos presentes.

    Davyd Bacelar manifestou expectativas positivas em torno da gestão de Magda. “A Petrobras precisa investir mais no Brasil. Ela não deve ser essa fábrica de dividendos vultuosos que é hoje. Concordamos com os desafios que a presidenta aqui nos trouxe, de ampliar a capacidade de refino, de retomada de obras que foram paralisadas durante a Operação Lava Jato, de termos uma transição energética justa e dialogada com as comunidades que são impactadas e com os trabalhadores e trabalhadoras”, destacou. Ele também manifestou apoio ao papel da Petrobras como indutora do desenvolvimento da indústria naval nacional.

    Um dia após a posse, a presidente da Petrobras já precisará lidar com a mobilização dos trabalhadores. A FUP convocou para a manhã desta quinta-feira (20) um ato nacional em frente à sede da empresa, no centro do Rio de Janeiro. Será iniciada uma vigília por tempo indeterminado, na qual os trabalhadores irão reivindicar soluções para o equacionamento da Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros) e para problemas envolvendo plano de saúde e acesso à aposentadoria.

    Edição: Carolina Pimentel

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  • Petrobras doa mais R$ 20 milhões em ajuda ao Rio Grande do Sul

    Petrobras doa mais R$ 20 milhões em ajuda ao Rio Grande do Sul

    A Petrobras e suas subsidiárias continuam atuantes no socorro às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Nesta semana, a Diretoria Executiva aprovou um novo aporte, de R$ 20 milhões, para atendimento humanitário nos municípios de Canoas e Esteio, que estão na área de abrangência da Refinaria Alberto Pasqualini, a Refap. Com isso, o valor total doado pela companhia em recursos financeiros e equipamentos já ultrapassa R$ 30 milhões.

    Alojamento aos desabrigados e socorro à população

    Desde o início da tragédia, a Petrobras tem atuado em diversas frentes. No primeiro momento da crise, o Clube dos Empregados da Petrobras – Cepe – de Canoas chegou a abrigar 600 pessoas. Hoje, 260 permanecem alojadas no clube e a companhia tem contribuído com o fornecimento de colchões, cobertores, roupas, materiais de higiene e alimentação. Também nesta semana a Petrobras assinou um termo de doação de R$ 400 mil reais ao Cepe, valor que é o necessário para um mês de continuidade operacional do clube como alojamento. Esse valor se soma aos R$ 350 mil que já haviam sido doados para mobilização inicial e contratação de serviços para o abrigo.

    Outros R$ 2 milhões estão sendo utilizados para aquisição de itens de alimentação e higiene para as famílias abrigadas no clube e as comunidades de Esteio e Canoas. Cerca de 1,9 milhão de litros de água potável já foram distribuídos, o que atendeu cerca de 100 mil pessoas por 20 dias.

    Doação de combustíveis e cessão de equipamentos

    Até agora, já foram doados 75 mil litros de Jet A, combustível para aeronaves da FAB; 8,8 mil litros de gasolina e 1,2 mil litros de diesel que abastecem barcos, viaturas e geradores de energia dos bombeiros, o que permitiu que resgates fossem feitos também durante a noite. Somente no que tange aos combustíveis, a diretoria da Petrobras autorizou a doação do equivalente a R$ 2 milhões.

    Também foram cedidos equipamentos, como as três bombas disponíveis nas bases dos centros de defesa ambiental da companhia em Imbé (RS) e Itajaí (SC). Atendendo a um pedido do Ministério de Minas e Energia, esses equipamentos, que têm capacidade de sucção de 270 metros cúbicos por hora, estão ajudando a desalagar áreas menores, espaços confinados ou interiores de edificações públicas. Um dos equipamentos foi utilizado para retirar a água de áreas alagadas no bairro Sarandi, em Porto Alegre, e as outras duas estão atendendo à região metropolitana. Foram cedidos, ainda, um helicóptero para transporte de gêneros essenciais, além de embarcações para a Defesa Civil atuar nos resgates e freezers para a conservação de medicamentos.

    Por meio da Usina Termelétrica de Canoas (UTE), foram doados 9 mil litros de água para abastecer os caminhões do Corpo de Bombeiros do município.

    Saúde física e mental

    Em um momento tão crítico, equipes especializadas da Petrobras se mobilizam para contribuir em preservar a saúde física e mental de empregados, prestadores de serviço e da população atingida, em especial a que está abrigada no Cepe, por meio de ações de combate a doenças infecciosas e leptospirose, além de atendimento psicológico e assistência social.

    No dia 29/5, cerca de 50 crianças e adolescentes alojados no clube foram recebidos na Refap. O grupo teve o acompanhamento da equipe do Centro de Formação Tereza Verzeri (CFTV), responsável pelo projeto Criança Cidadã, patrocinado pela Petrobras, que também atua na ajuda às vítimas das cheias. As crianças e jovens puderam conhecer o laboratório e até fazer alguns experimentos, em uma abordagem lúdica sobre produção e refino de petróleo.

    Olho no futuro

    Além das respostas imediatas à emergência, a Diretoria da Petrobras criou um grupo executivo para aprofundar na análise e definir ações da companhia para contribuir com o cuidado com as pessoas, trabalhadores próprios e de empresas contratadas, fornecedores e retomada da economia do Rio Grande do Sul. A expectativa é que esse grupo apresente uma proposta de ações estruturantes para o estado e em resposta a eventos climáticos extremos.

    Entre as temáticas em discussão, estão a criação de um fundo de prevenção e mitigação de desastres ambientais; infraestrutura e emprego das comunidades; apoio a educação, saúde e cultura; ações ambientais e emissões. “A Petrobras está comprometida com o país e com a retomada econômica e social do Rio Grande do Sul. O objetivo do grupo é que a Petrobras seja uma catalisadora da cadeia produtiva, mobilizando empresas e fornecedores, em articulação com a Secretaria Extraordinária da Presidência da República de Apoio à Reconstrução do RS”, explica a Diretora de Assuntos Corporativos, Clarice Copetti.

    A Petrobras tem, no estado do Rio Grande do Sul, a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), a Usina Termelétrica de Canoas (UTE-Canoas), os Terminais Aquaviários de Osório, Rio Grande e Niterói, e mais de 140 km de dutos da Transpetro.

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  • Petrobras decide reativar fábrica de fertilizantes no Paraná

    Petrobras decide reativar fábrica de fertilizantes no Paraná

    A Petrobras aprovou em reunião realizada nesta quinta-feira (6) o retorno das atividades operacionais da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa), subsidiária integral da companhia. A fábrica, localizada no Paraná, está hibernada desde 2020.

    Os procedimentos necessários à retomada da fábrica serão iniciados imediatamente. Com a decisão, a companhia autoriza também que a Ansa celebre acordo e efetue a contratação dos antigos empregados, condicionada à homologação do acordo pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). A previsão é que a operação seja reiniciada no segundo semestre de 2025.

    Diante da revisão das diretrizes estratégicas da companhia aprovadas no ano passado, o investimento na produção de fertilizantes voltou a fazer parte do portfólio da Petrobras, conforme plano Estratégico 2024 – 2028.

    Situada ao lado da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), a Ansa possui capacidade de produção de 720 mil toneladas/ano de ureia e 475 mil toneladas/ano de amônia, além de 450 mil m³/ano do agente redutor líquido automotivo (ARLA 32). A planta, localizada no Paraná, está hibernada desde 2020.

    Tanto os acordos trabalhistas quanto a realização das licitações e contratações ficaram condicionados a uma nova deliberação da Diretoria Executiva, quando os procedimentos estiverem definidos.

    Paralisação

    A Petrobras aprovou a hibernação da fábrica de fertilizantes de sua subsidiária Araucária Nitrogenados em janeiro de 2020, gerando a demissão de 396 empregados.

    Segundo a empresa, a unidade vinha apresentando recorrentes prejuízos desde que foi adquirida, em 2013, com perdas de cerca de R$ 250 milhões entre janeiro e setembro de 2019, enquanto previsões para 2020 indicavam que o resultado negativo poderia superar R$ 400 milhões.

    Na época, a Petrobras explicou que a matéria-prima utilizada na fábrica (resíduo asfáltico) estava mais cara do que seus produtos finais (amônia e ureia). A empresa informou que não conseguiu vender a fábrica e decidiu que a unidade permaneceria hibernada “em condições que garantam total segurança operacional e ambiental, além da integridade dos equipamentos”.

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  • Petrobras registra aumento de 9% no pagamento de tributos em 2024

    Petrobras registra aumento de 9% no pagamento de tributos em 2024

    A Petrobras recolheu R$ 68,2 bilhões em tributos à União, estados e municípios no primeiro trimestre de 2024, um crescimento de 9 % em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse valor também é 5% superior ao resultado do quarto trimestre de 2023. O montante é composto por tributos próprios, decorrentes das operações da Petrobras; participações governamentais (PGOV); e tributos retidos de terceiros, uma vez que a companhia possui a incumbência legal de realizar recolhimento por toda a cadeia produtiva, na figura de substituta tributária.

    Petrobras registra aumento de 9% no pagamento de tributos no primeiro trimestre de 2024

    Esses valores atestam a importância da Petrobras para a economia brasileira, a qual é responsável por cerca de 6,6% de toda a arrecadação federal. Somente nos três primeiros meses de 2024, a Cia. destinou R$ 43,1 bilhões à União, dos quais R$ 16,1 bilhões apenas a título de participações governamentais. Do total arrecadado, parte é repassado aos estados e municípios conforme a legislação vigente.

    Outro destaque do primeiro trimestre são os recolhimentos estaduais. A companhia registrou um aumento de 31% em comparação ao mesmo período de 2023, totalizando R$ 24,6 bilhões. Esse valor representa cerca de 13% do total arrecadado pelos estados no período. Esse crescimento é explicado, principalmente, pela majoração das alíquotas do ICMS incidente nas vendas de combustíveis derivados do petróleo.

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  • Magda aposta em fertilizante: “Petrobras não rasgará dinheiro”

    Magda aposta em fertilizante: “Petrobras não rasgará dinheiro”

    A nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, defendeu nessa segunda-feira (27) que o desenvolvimento da indústria nacional de fertilizantes é de interesse da empresa. Ela comentou também o imbróglio envolvendo o contrato com o Grupo Unigel, que vem sendo questionado no Tribunal de Contas da União (TCU).

    “O Brasil importa cerca de 80% dos fertilizantes que utiliza. Uma grande parte deles é de nitrogenados, feitos com gás natural. A Petrobras vende gás. Se ela tem um produto que faz sentido ser vendido para fazer fertilizante, nós queremos ajudar a desenvolver o mercado”, afirmou Chambriard em sua primeira entrevista após tomar posse.

    Segundo ela, as movimentações da Petrobras nessa direção se alinham ao planejamento estratégico da empresa e serão bastante estudadas. “Não é só desenvolver por desenvolver. A gente quer um mercado estruturado para colocar o nosso produto. Não vou fazer isso a qualquer preço. Vou fazer desde que dê lucro. Mas se eu precisar eventualmente abaixar um pouquinho o preço do gás para conquistar o mercado e garantir que possa se expandir, está valendo. Desde que dê lucro, desde que a empresa e seus técnicos entendam que isso é um negócio vantajoso“, acrescentou.

    O contrato com a Unigel foi firmado em dezembro de 2019. A Petrobras arrendou ao grupo duas fábricas de fertilizantes, localizadas em Camaçari (BA) e em Laranjeiras (SE), que estavam paralisadas porque tinham operações deficitárias. A Unigel reiniciou a produção nas unidades, mas interrompeu no ano passado por falta de sustentabilidade econômica.

    No mês passado, a área técnica do TCU chegou a pedir a suspensão do contrato por entender que havia indícios de irregularidades. Um parecer indicou que Petrobras assumiu os riscos do negócio em um cenário desfavorável, calculando um prejuízo de R$ 487,1 milhões no prazo de oito meses. A estatal busca um acordo para evitar a suspensão do contrato. Há duas semanas, o TCU rejeitou pedido para mediar uma solução consensual entre as partes.

    Magda Chambriard disse que a Petrobras não irá passar por cima de uma instituição respeitada como o TCU e que caberá à empresa mostrar que fertilizantes são um bom negócio. “Ninguém aqui vai rasgar dinheiro”, afirmou. Segundo ela, a contrato com a Unigel faz sentido. “Se eu tenho que desbravar mercados, começar por alguma coisa que já existe é sempre mais fácil. Mas tem que dar lucro. E se o TCU tem dúvida, nós vamos responder às dúvidas do TCU”.

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  • Exploração de petróleo na costa brasileira é essencial, diz Magda

    Exploração de petróleo na costa brasileira é essencial, diz Magda

    A nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, defendeu, nessa segunda-feira (27), que o avanço das atividades exploratórias na costa brasileira, incluindo a Margem Equatorial, é essencial para garantir a segurança energética do país e o abastecimento interno de combustíveis. Em sua primeira entrevista depois de tomar posse, ela comentou a situação envolvendo o plano de exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, que enfrenta resistência no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

    Magda mencionou o compromisso assumido pela empresa de zerar as emissões de carbono em 2050, alcançando assim o net zero, expressão que vem sendo adotada mundialmente. “O MMA precisa ser mais esclarecido sobre a necessidade do país e da Petrobras de explorar petróleo e gás até para liderar a transição energética. Tem muito investimento sendo feito na direção do net zero: projetos grandiosos de captura de CO2, produção de energia renovável e derivados e petróleo verdes, esforços na direção do hidrogênio. Vamos investir nessa diversidade de geração de energia”, afirmou.

    A Margem Equatorial se estende pelo litoral brasileiro do Rio Grande do Norte ao Amapá, englobando as bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. É uma região geográfica considerada de grande potencial pelo setor de óleo e gás. No seu Plano Estratégico 2024-2028, a Petrobras previu investimentos de US$ 3,1 bilhões para pesquisas na Margem Equatorial. A expectativa é perfurar 16 poços ao longo desses quatro anos.

    A exploração de petróleo na foz do Amazonas, no entanto, desperta preocupações de grupos ambientalistas, que veem risco de impactos à biodiversidade. Em maio do ano passado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), autarquia vinculada ao MMA, negou o pedido da Petrobras para realizar atividade de perfuração marítima do bloco FZA-M-59.

    A Petrobras apresentou pedido de reconsideração. No mês passado, o Ibama considerou que a nova solicitação não pode ser analisada sem os estudos relativos ao impacto para os povos indígenas. A estatal, no entanto, sustenta que essa exigência é ilegal neste momento e que ela deve ser apresentada futuramente, em outra fase do processo de licenciamento.

    Magda defendeu a preocupação da Petrobras com questões relacionadas à sustentabilidade. “Estamos ofertando, em termos de cuidados com o meio ambiente, muito mais do que a lei demanda”, afirmou a presidente da Petrobras. De acordo com ela, a trajetória da empresa é prova de sua preocupação com a questão ambiental. Como exemplo, lembrou o surgimento do Programa Nacional do Álcool (Proálcool) na década de 1970.

    “As críticas eram enormes. Diziam que a Petrobras ia perder dinheiro. E a Petrobras liderou isso e fez acontecer. No início desse ano, o etanol era mais econômico que a gasolina em 21 estados brasileiros. Então, a questão dos renováveis vem numa lógica negocial associada a um custo de oportunidade em um mundo que está olhando para o net zero. Isso tem um valor intangível, tem valor empresarial, atrai financiamentos mais baratos. Nós temos tradição nesse ramo e eu refuto um pouco a ideia de que a energia renovável dá prejuízo”.

    No cenário atual, ela mencionou o investimento em biorrefino. Na semana passada, a Petrobras cancelou oficialmente o processo de venda de cinco refinarias que haviam sido incluídas no projeto de desestatização iniciado durante o governo anterior. O direcionamento do parque de refino para atender demandas de produção de biocombustíveis foi uma das justificativas apresentadas.

    “Todas as majors (grandes empresas) de petróleo são verticalizadas. Entre as grandes empresas internacionais, desconheço a que abre mão de seus mercados. No passado, não sei por que, tendemos a abrir mão de participação no mercado de refino voluntariamente. Para mim, isso é estranho. O refino agrega valor e enquanto agregador de valor nos interessa. Cada caso é um caso. Mas se não fosse interessante, a Esso não estava investindo em expansão do refino”, acrescentou Magda.

    A presidente da Petrobras também mencionou as estimativas de produção de estatal, considerando as reservas atuais. “Vamos chegar a um pico em 2030. Não vamos deixar de ser autossuficientes em 2030, porém vamos começar a ter dificuldade de repor reservas. considerando o que já está descoberto. Mas não quer dizer que a gente não possa descobrir mais coisas no pré-sal”, disse ela, acrescentando que dificilmente ocorrerão grandes descobertas. “Os esforços exploratórios precisam ser mantidos, enfrentados, acelerados. É um assunto de segurança do país”, afirmou.

    Edição: Graça Adjuto

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  • Acionistas estrangeiros ficam com 67% dos lucros da Petrobras em cima de altos preços aos brasileiros, aponta engenheiro

    Acionistas estrangeiros ficam com 67% dos lucros da Petrobras em cima de altos preços aos brasileiros, aponta engenheiro

    O vice-presidente e diretor administrativo da Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET), Fernando Siqueira, traçou um panorama preocupante da situação do setor petrolífero no Brasil, no último painel do Seminário da Energia, realizado de 21 a 22 de maio, na Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt). Siqueira criticou a entrega da riqueza nacional à iniciativa privada, a falta de benefícios para a população e o alto preço dos combustíveis.

    “A Petrobrás foi criada para favorecer o povo brasileiro, mas hoje ela está cobrando combustível alto e transferindo o lucro para 67% de acionistas privados, primordialmente estrangeiros. O povo brasileiro perde com o preço, perde com a inflação e não ganha nada com o pré-sal que é um campo maravilhoso, um dos maiores do mundo”, disse no painel “Perspectivas sobre o futuro da energia: Visão dos especialistas para Mato Grosso”.

    Além do presidente da AEPET, também participaram das discussões o reitor da UFMT, Evandro Soares, a advogada Alessandra Panizi, e o deputado estadual Carlos Avalone.

    Fernando Siqueira também denunciou a exploração predatória do pré-sal, uma das maiores reservas de petróleo descobertas nas últimas três décadas. Diferente de outros países produtores de petróleo, a riqueza brasileira está sendo escoada sem benefício para o povo brasileiro.

    “A Petrobrás paga mais ou menos 1% do lucro para o Governo Federal e mais 26% de dividendos. As empresas estrangeiras pagam só 1% pro governo exportam tudo sem pagar nada. Para se ter uma ideia, na Noruega a exportação é taxada pesadamente. Na Rússia também, nos Estados Unidos o petróleo convencional não pode ser exportado. No Brasil, nós estamos exportando 1,6 milhão de barris por dia e o povo brasileiro não ganha nada com isso”.

    Essa disparidade, segundo ele, contribui para o aumento da inflação, especialmente nos alimentos básicos, já que o diesel, principal insumo no transporte, está com preços exorbitantes.

    “No governo anterior os preços dos combustíveis subiram em demasia. Por exemplo, o óleo diesel que é o principal combustível responsável por transporte de pessoas e produtos. Estava sendo vendido pela Petrobrás por R$ 4,5 por litro. E esse litro custa R$ 1 para ser produzido, o povo brasileiro estava sendo lesado duas vezes. O diesel é o principal combustível do transporte, com o preço elevado, sobe a inflação, impacta no preço dos alimentos básicos, que subiram 30% ao ano”, argumentou.

    Bionergia como caminho

    O reitor da UFMT, Evandro Soares destacou que as forças de Mato Grosso residem no agronegócio, e que a bioenergia, proveniente de culturas como o milho e a cana-de-açúcar, se torna crucial para o desenvolvimento sustentável do estado. Essa energia renovável pode gerar não apenas eletricidade, mas também ração e massa para confinamentos, agregando valor à cadeia produtiva.

    Ele também apontou o potencial da bioenergia nos transportes, especialmente na navegação fluvial e na aviação. O reitor ressaltou que, embora a mobilidade elétrica ainda não esteja consolidada nesses setores, os biocombustíveis, como o hidrogênio, o etanol de milho e cana, podem ser alternativas viáveis e sustentáveis.

    “Ao investir em bioenergia, Mato Grosso pode impulsionar seu desenvolvimento de forma sustentável, aproveitando seus recursos naturais e gerando valor para a economia local”.