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  • Diretor da Petrobras aponta volatilidade no mercado de combustíveis

    Diretor da Petrobras aponta volatilidade no mercado de combustíveis

    A Petrobras está acompanhando os desdobramentos do conflito entre Israel e o grupo Hamas. Enquanto o conflito permanecer como está hoje, os impactos serão menores para o mercado, afirmou, nesta sexta-feira (10), o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da empresa, Claudio Schlosser.

    Caso o conflito se agrave, entretanto, pode haver impacto, principalmente na oferta de petróleo na região. “Nós importamos petróleo da Arábia Saudita, que atende a uma demanda para produção de lubrificantes na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), mas nós, até o momento, não identificamos nenhum tipo de alteração no fluxo desse petróleo para suprimento”, disse Schlosser, em entrevista à imprensa.

    Sobre o diesel russo, Schlosser informou que a Petrobras está sempre monitorando, porque é uma das alternativas do mercado. Os indicadores têm apontado redução dos descontos do diesel russo que ocorreram no início do ano, porque o país anunciou que incluiria os derivados a serem exportados no pacote de cortes. “O pacote de cortes era restrito ao petróleo russo, e eles fizeram essa abrangência com relação aos derivados também, de forma a uma atuação da Opep+”. Ele disse que, por isso, a vinda do diesel russo depende de uma série de fatores, da liberação para exportação e do nível de preços que o produto vem apresentando no mercado.

    A Opep+ é um grupo de 23 países produtores e exportadores de petróleo que se reúne regularmente para decidir quanto óleo bruto vender no mercado mundial. No centro desse grupo, estão os 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que são, principalmente, países do Oriente Médio e da África.

    Diesel e gasolina

    Sobre o consumo do diesel e da gasolina, Schlosser destacou que a dinâmica do terceiro para o quarto trimestre deste ano é diferente nos dois casos. Em outubro, ocorre um pico no diesel em função da atividade agrícola muito forte, pela safra de grãos e plantio. Também conta a parte industrial para consumo no fim do ano. “Há um crescente do diesel. Passada essa fase, começa a haver decréscimo do consumo. Isso já é um ciclo que acontece a todo ano e bem é conhecido nosso.”

    Quanto à gasolina, Schlosser citou fatores como a entrada do 13º salário e o começo do período de férias e disse que a tendência é de aumento do consumo. “Acaba atingindo um pico sazonal em dezembro, que se mantém um pouco mais elevado em janeiro e fevereiro, impulsionado por férias. Esta é a dinâmica do final do ano.”

    Perguntado se a redução do preço do petróleo no exterior e a queda do dólar poderiam levar a novas quedas de preço dos combustíveis, o diretor da Petrobras reforçou que um dos valores centrais da atuação comercial da empresa é “mitigar a volatilidade no mercado internacional das cotações e da taxa de câmbio, e não transferir essa precificação para o mercado brasileiro”.

    Volatilidade

    Segundo Schlosser, há grande volatilidade no mercado atualmente. “Nós temos dados da economia chinesa com enfraquecimento, que tem atuação sobre a demanda de energia. Por outro lado, os conflitos que mencionamos também afetam a demanda por derivados e podem ter implicação na oferta desses produtos, além de cortes da Opep+ no fornecimento de petróleo”. Schlosser lembrou ainda a incorporação de restrições dos derivados da Rússia, com oferta menor desses produtos. “Então, o balanço entre oferta e demanda está muito volátil no momento.”

    Especificamente sobre a gasolina, Schlosser mencionou o fim de uma demanda global forte, principalmente no Hemisfério Norte, que tem tendência à redução. De acordo com ele, isso permitiu que, em outubro, fosse reduzido o preço da gasolina. “No momento, estamos em uma grande volatilidade, acompanhamos todos os movimentos.” Caso se consolide um novo patamar, seja da gasolina ou do diesel, serão feitos os ajustes necessários e suficientes para manter esse equilíbrio. “Mas, por questões concorrenciais, não podemos antecipar qualquer tipo de movimento na alteração desses produtos.”

    O diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras informou que a companhia procura capturar a otimização dos ativos de logística e de refino e avalia as oportunidades de importação de derivados, com o objetivo de obter o melhor resultado operacional e econômico com esses ativos.

    Planejamento

    O diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Sergio Caetano Leite, informou que o Plano Estratégico 2024-2028 da Petrobras ainda está sendo elaborado. O plano, que começou a ser revisado no início do ano, no momento, está em fase de discussão pela diretoria. “É um trabalho coletivo.” O planejamento inclui o período 2023/2027 e só será apresentado quando o processo for finalizado, o que pode ocorrer até o fim deste ano. Leite disse que ainda que não há informação nova sobre o plano 2024/2028 sendo compartilhada com o governo.

    De acordo com Leite, a Petrobras está estudando oportunidades de negócios no Brasil e no exterior, embora ainda não haja nada fechado no momento. “Qualquer decisão sobre investimentos, capex (despesas de capital ou investimentos em bens de capitais) só será definida quando o plano estratégico estiver concluído”, acrescentou.

    Edição: Nádia Franco
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  • Petrobras fecha 3º trimestre de 2023 com lucro de R$ 26,6 bi

    Petrobras fecha 3º trimestre de 2023 com lucro de R$ 26,6 bi

    A Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 26,6 bilhões no terceiro trimestre de 2023. Segundo relatório com o resultado financeiro divulgado nesta quinta-feira (9), o desempenho foi 42% inferior ao mesmo período do ano passado. Também houve redução de 7,5% na comparação com o segundo trimestre desse ano.

    Em nota, a Petrobras observou que o resultado foi impactado pela desvalorização do real diante do dólar. Ainda assim, a estatal avaliou que os números indicam manutenção dos bons desempenhos e destaca os R$ 66,2 bilhões registrados para o Ebitda, que é o lucro operacional excluindo-se os juros, impostos, depreciação e amortização.

    “Cresceu 17% no período em comparação com o segundo trimestre de 2023, alcançando a sexta melhor marca trimestral da história da Petrobras”, registra o texto. Conforme a nota divulgada, os resultados de Ebitda foram impulsionados pela valorização de 11% do preço do petróleo no mercado internacional, pelo crescimento de exportações e pelo aumento das vendas de derivados no mercado interno e por uma diminuição nas importações de Gás Natural Liquefeito (GNL).

    A divulgação dos resultados financeiros do terceiro trimestre foi acompanhada do anúncio de uma distribuição de R$ 17,5 bilhões aos acionistas. Os valores dizem respeito a dividendos e juros sobre capital próprio.

    Dívida bruta

    O relatório também aponta que a dívida bruta da Petrobras é de US$ 61 bilhões. Trata-se de um montante 5% superior ao registrado no trimestre anterior. De acordo com a Petrobras, a variação se deve à entrada em operação da plataforma Anita Garibaldi na Bacia de Campos, o que provoca elevação simultânea dos ativos e das dívidas. “O aumento do endividamento, portanto, não está associado a captações de dívida financeira da companhia, que continua a financiar suas obrigações com seu fluxo de caixa operacional, em linha com seu Plano Estratégico”, acrescenta a estatal.

    Ainda conforme o relatório, foram pagos no terceiro trimestre um total de R$ 56,5 bilhões em tributos para União e entes estaduais e municipais. Também houve repasses que somam R$ 9 bilhões para a União, referentes a dividendos aprovados anteriormente.

    Produção

    Além do relatório financeiro, a Petrobras disponibilizou o relatório de produção do terceiro trimestre de 2023 indicando um crescimento de 9% em relação ao segundo trimestre. Foram produzidos no período 2,88 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed).

    “A produção própria no pré-sal bateu novo recorde trimestral de 2,25 milhões de boed, equivalente a 78% da produção total da Petrobras”, enfatizou a estatal.

    Edição: Marcelo Brandão
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  • Petrobras atinge novo recorde na produção de diesel S-10

    Petrobras atinge novo recorde na produção de diesel S-10

    A Petrobras informou que atingiu um novo recorde na produção de diesel S-10, em outubro deste ano. No mês, a estatal produziu 2,38 bilhões de litros. O recorde anterior foi em julho deste ano (também cerca de 2,38 bilhões de litros).

    Duas refinarias também atingiram valores recordes no mês: Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo, com 645 milhões de litros, e Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), com 163 milhões de litros.

    Segundo a Petrobras, suas refinarias estão operando com seu Fator de Utilização (FUT) em alto patamar e o desempenho deve-se à “elevada confiabilidade e à operação otimizada dos ativos do refino, suportado por soluções robustas de tecnologia”, informa nota divulgada pela empresa.

    “A Petrobras está empenhada em investir no refino para atender aos compromissos comerciais com confiabilidade, disponibilidade operacional, valorização das pessoas e rentabilidade das unidades, sempre garantindo a segurança das operações”, afirma o diretor de Processos Industriais e Produtos da empresa, William França, de acordo com a nota.

    O diesel S-10 tem teor máximo de enxofre de 10 partes por milhão, o que, segundo a empresa, causa menor impacto ao meio ambiente.

     
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  • Reajuste da Petrobras: gasolina cai, mas diesel sobe

    Reajuste da Petrobras: gasolina cai, mas diesel sobe

    A partir deste sábado (21), o preço médio dos combustíveis vendidos para as distribuidoras passa a ser de R$ 2,81 por litro, uma redução de R$ 0,12 por litro. Como existe uma mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro na composição da gasolina comercializada aos postos, a parcela da Petrobras vai ser, em média, de R$ 2,05 a cada litro vendido na bomba.

    O preço médio de venda do diesel para as distribuidoras vai ser de R$ 4,05 por litro, um aumento de R$ 0,25 por litro. Como é obrigatória a mistura de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel vendido aos postos, a parcela da Petrobras vai ser, em média, de R$ 3,56 a cada litro vendido na bomba.

    Na variação acumulada no ano dos preços de venda da gasolina A e do diesel A para as distribuidoras, há uma redução de R$ 0,27 por litro de gasolina e de R$ 0,44 por litro de diesel.

    “A estratégia comercial que adotamos na Petrobras nesta gestão tem se mostrado bem-sucedida, sobretudo no sentido de tornar a empresa competitiva no mercado e evitar o repasse de volatilidade para o consumidor. Prova disto é que ao longo deste ano, mesmo com o valor do brent mais alto que no ano passado, os preços dos nossos produtos acumulam quedas, muito diferente do que aconteceu ao longo de 2022”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

    A Petrobras informa que os reajustes na gasolina e no diesel podem ser explicados por movimentos distintos no mercado e na estratégia comercial da estatal. No caso da gasolina, há o fim do período de maior demanda global, com maior disponibilidade e desvalorização do produto frente ao petróleo. No caso do diesel, a demanda global se mantém, com expectativa de alta sazonal, o que faz o produto ter maior valorização frente ao petróleo. A companhia também reforçou que procura evitar o repasse da volatilidade do mercado internacional e da taxa de câmbio para a sociedade brasileira, mas que também preserva um ambiente competitivo nos termos da legislação vigente.

     
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  • Petrobras tem produção operada de óleo e gás recorde no 3º trimestre

    Petrobras tem produção operada de óleo e gás recorde no 3º trimestre

    A Petrobras divulgou na tarde desta segunda-feira (16) que bateu o recorde trimestral de produção operada de óleo e gás no terceiro trimestre deste ano. As plataformas operadas pela estatal atingiram a marca de 3,98 milhões de barris de óleo equivalente (boe), 7,8% acima do segundo trimestre. A medida de óleo equivalente é a que permite somar em um mesmo montante o petróleo e o gás natural.

    A companhia informou ainda que está revisando a projeção de produção de óleo e gás, que será divulgada em 9 de novembro, em conjunto com os resultados do terceiro trimestre da Petrobras.

    Além do resultado trimestral ter sido o melhor da história da Petrobras, também houve recorde mensal de produção operada em setembro, com 4,1 milhões de barris de óleo equivalente (boe), 6,8% superior a agosto. Nesse mesmo mês, o montante de óleo equivalente operado somente no pré-sal foi de 3,43 milhões de barris, quantidade que também foi recorde.

    A Petrobras explica que conseguiu atingir esse resultado principalmente por causa do crescimento da produção de duas plataformas no pré-sal da Bacia de Santos. São elas a Almirante Barroso, que opera no campo de Búzios, e P-71, no campo de Itapu. Além disso, as unidades Anna Nery e Anita Garibaldi, nos campos de Marlim e Voador, na Bacia de Campos, também figuram entre os destaques.

    Desde dezembro do ano passado, quatro novas plataformas da Petrobras entraram em operação no pré-sal, e mais uma está prevista para começar a produzir até o final do ano. Com a entrada em produção do FPSO Sepetiba, no campo de Mero, a empresa vai ampliar a capacidade de produção em 630 mil barris por dia.

    Edição: Aline Leal
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  • Utilização de refinarias da Petrobras tem o melhor resultado trimestral em nove anos

    Utilização de refinarias da Petrobras tem o melhor resultado trimestral em nove anos

    As unidades de Refino da Petrobras atingiram em setembro o patamar de 97% de utilização pelo segundo mês consecutivo. Com isso, o Fator de Utilização Total (FUT) das refinarias no terceiro trimestre de 2023 alcançou o valor de 95,8%, melhor resultado desde 2014.

    O fator de utilização total do refino considera o volume de carga de petróleo processado e a carga de referência das refinarias, ou seja, sua capacidade operacional, respeitando os limites de projeto dos equipamentos, os requisitos de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, e a qualidade dos derivados produzidos.

    Para o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a companhia tem história na superação de desafios: “Não é de hoje que a Petrobras mostra total capacidade para o desenvolvimento de tecnologias para a otimização dos seus processos de refino. Ao contribuir tão significativamente para a produção nacional de derivados, demonstramos o quanto, de fato, o Brasil é a nossa energia”.

    Maior refinaria do país bate recorde

    A unidade de refino com maior capacidade de processamento do sistema Petrobras, a Refinaria de Paulínia (Replan), no estado de São Paulo, processou, em setembro, a média de 427 mil barris/dia (FUT de 98,4%), totalizando 12,8 milhões de barris de petróleo refinados, maior marca desde fevereiro de 2015.

    Desempenho operacional e produção confirmam estratégia da Petrobras no refino

    As marcas expressivas de produção de derivados no terceiro trimestre deste ano foram obtidas levando em conta a elevada confiabilidade e disponibilidade operacional das unidades de refino da companhia, conjugadas com a eficiência das operações de logística e de atendimento ao mercado, e suportadas por soluções robustas de tecnologia e digitalização de processos.

    A produção de diesel S-10 (com menor teor de enxofre) foi recorde no terceiro trimestre. Foi produzida a média de 464 mil barris/dia (mbpd), ante 419 mbpd produzidos no segundo trimestre de 2023. Somando todos os tipos de diesel, foram 749 mbpd produzidos, sendo a maior produção trimestral desde o terceiro trimestre de 2015.

    Já a produção de gasolina foi de 423 mbpd no trimestre, melhor resultado desde o quarto trimestre de 2013. Outro destaque foi a produção de 741 mil toneladas de cimento asfáltico de petróleo (CAP), matéria-prima para a pavimentação de rodovias, sendo a maior produção deste derivado desde o quarto trimestre de 2014.

    Produzindo com segurança, rentabilidade e integração

    Os resultados dos aumentos na utilização das refinarias e da produção demonstram o compromisso da Petrobras com a eficiência e a rentabilidade de suas operações, sempre alinhados com os valores de segurança, meio ambiente e saúde da companhia.

    De acordo com diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, as equipes e indivíduos, engajados em cada atividade, trabalharam arduamente para produzir de forma segura em cada uma das unidades operacionais e administrativas. “Esses resultados só foram alcançados devido ao trabalho integrado de toda a Petrobras, com destaque para as equipes do Refino, Logística e Comercialização. A Petrobras está contribuindo, mais uma vez, para o suprimento adequado do mercado de derivados no Brasil, suportando o crescimento do país”.

    Por: Petrobras, com edição da Agência Gov
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  • Ato pela Petrobras e pelas estatais reúne diversas categorias no Rio

    Ato pela Petrobras e pelas estatais reúne diversas categorias no Rio

    Uma manifestação em defesa da Petrobras e das demais estatais do país reuniu, nesta terça-feira (3), no centro do Rio de Janeiro, centenas de trabalhadores e ativistas. A mobilização contou com a presença de petroleiros, eletricitários, bancários, metroviários, professores, estudantes, produtores rurais, entre outros trabalhadores.

    O ato, liderado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), foi convocado para lembrar os 70 anos da Petrobras, fundada em 3 de outubro de 1953. Não por acaso, os manifestantes se dirigiram para a sede da empresa, onde ocorreram os últimos discursos. Antes, no entanto, se concentraram em frente à sede da Eletrobras, de onde saíram em caminhada pelas ruas do centro da capital fluminense.

    “Não se trata apenas dos 70 anos da Petrobras. É um ato em defesa da soberania nacional, em defesa das empresas públicas e estatais, em defesa dos serviços públicos de qualidade para a população brasileira”, disse o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.

    Estiveram presentes representantes de diferentes centrais sindicais e sindicatos, bem como de movimentos sociais como a União Nacional dos Estudantes (UNE), o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Representantes das entidades que se revezaram nos microfones destacaram a união e a mobilização coletiva.

    Rio de Janeiro (RJ), 03/10/2023 - Trabalhadores, centrais sindicais e movimentos sociais fazem ato pelos 70 anos da Petrobras, em frente ao edifício sede da empresa, no Centro. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
    Rio de Janeiro (RJ), 03/10/2023 – Trabalhadores, centrais sindicais e movimentos sociais fazem ato pelos 70 anos da Petrobras, em frente ao edifício sede da empresa, no Centro. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

    A vice-presidenta da UNE, Daiane Araújo, lembrou a campanha que levou à fundação da Petrobras. “A UNE estava junto quando o povo foi às ruas gritar que ‘o petróleo é nosso’ e defender a construção dessa empresa que está fazendo 70 anos. Nós reafirmamos o nosso compromisso com a construção de um projeto de soberania energética e soberania nacional, em defesa das nossas estatais e do serviço público”, disse ela.

    Eletrobras

    Houve críticas a medidas tomadas pelo governo de Jair Bolsonaro, que se encerrou em dezembro do ano passado, sobretudo com relação à privatização da Eletrobras. “É o momento do povo brasileiro retomar as ruas para defender o patrimônio público nacional. Estamos aqui com os companheiros da Eletrobras, que foi privatizada, que foi entregue. E agora estamos lutando pela reestatização”, disse Sandro Alex de Oliveira Cezar, presidente da Central Única dos Trabalhadores do Rio de Janeiro (CUT/RJ).

    Para Emanuel Mendes, diretor do Sindicato dos Eletricitários do Rio de Janeiro, caso a privatização da Eletrobras não seja revertida, haverá encarecimento das contas de luz. “Estamos passando por um momento difícil. Mas nossas esperanças se mantiveram com a eleição do presidente Lula, que no processo eleitoral dizia que ia reestatizar a Eletrobras. E ele assumiu o primeiro passo no STF [Supremo Tribunal Federal]”.

    Mendes se refere à ação movida pela Advocacia-Geral da União (AGU) em maio, questionando a constitucionalidade de dispositivos da Lei Federal 14.182/2021, que autorizou a privatização da Eletrobras. Foi contestado o trecho que trata da redução da participação da União nas votações do conselho da empresa. Segundo a AGU, a lei proibiu que acionista ou grupo de acionistas exerça poder de voto maior que 10% da quantidade de ações. Dessa forma, o governo federal teria sido prejudicado já que a União tem cerca de 43% das ações ordinárias.

    O ato organizado no Rio de Janeiro foi engrossado com caravanas que chegaram de outros estados. Mas manifestações em defesa das estatais também foram realizadas em outras cidades do país. Em São Paulo, a mobilização se deu em apoio à paralisação de 24 horas dos funcionários da Companhia do Metropolitana de São Paulo (Metrô), da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Eles se opõem ao projeto de privatização do governo paulista.

    Edição: Marcelo Brandão
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  • Aos 70 anos, Petrobras mira transição energética e margem equatorial

    Aos 70 anos, Petrobras mira transição energética e margem equatorial

    A maior empresa do Brasil completa 70 anos nesta terça-feira (3) buscando ampliar a exploração de petróleo e gás na chamada margem equatorial brasileira ao mesmo tempo que pretende liderar a transição energética no país. A Petrobras é 58ª maior companhia do mundo segundo a revistaForbes, liderando a lista das empresas brasileira, a frente do banco Itaú, da mineradora Vale e do Banco do Brasil.

    Em sessão solene em homenagem aos 70 anos da companhia,nesta segunda-feira (2), na Câmara dos Deputados, o diretor-executivo de processos industriais da petroleira, William França, defendeu que a transição energética deve estar associada àexploração de petróleo na margem equatorial, faixa do território que vai do litoral do Rio Grande do Norte ao do Amapá.

    Para o executivo, “o combustível fóssil é, e ainda será por muitos anos, o motor da economia mundial, inclusive no Brasil”. Por isso, França argumentou que é preciso associar a produção de combustível fóssil à transição energética.

    “A companhia está investindo forte na descarbonização das suas atividades. A Petrobras tem condições de liderar a transição energética”, destacou o diretor no Plenário da Câmara. França acrescentou que a empresa “não vai se esquecer que nossa galinha dos ovos de ouro é a produção de óleo e gás”.

    Como exemplo de medida para transição energética, o diretor da petroleira citou projeto que pretende transformar a Refinaria de Petróleo Riograndense (RPR) na primeira refinaria totalmente verde no Brasil. “Utilizando somente matéria-prima vegetal e produzindo nafta verde, petroquímica verde, diesel verde e biocombustíveis”, destacou.

    A exploração na margem equatorial é alvo de críticas de ambientalistas contrários a qualquer nova exploração de petróleo. Já a Petrobras defende que é preciso investir em combustível fóssil até mesmo para financiar a transição energética. Na última semana, a estatal conseguiu autorização para perfuração na Bacia Potiguar da margem equatorial.

    Lira manda mensagem

    O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), apesar de não comparecer à sessão solene, enviou mensagem, que foi lida no Plenário,destacando que a Petrobras é fundamental para transição energética.

    “Além de ser essencial no processo para que o país alcance a autonomia da produção de combustíveis, a Petrobras surge como peça indispensável no avanço da transição energética”, destacou. Para Lira, os planos e metas da empresa “se alinham com as demandas que chegam a essa casa e já estão postas como prioridade nas nossas próximas deliberações”.

    Privatizações

    Representando os trabalhadores da Petrobras na sessão solene da Câmara, o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP) Deyvid Bacelar defendeu que as privatizações de refinarias nos últimos anos sejam revertidas pela atual gestão. Recentemente, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu a recompra da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, vendida em 2021 para um fundo de investimentos dos Emirados Árabes Unidos.

    Para o sindicalista, são positivas a mudança na política de preços da Petrobrás, a suspensão de privatizações e a retomada de investimentos em grandes construções, como da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

    “Mas é óbvio que a gente entende que há possibilidade de avançar mais. A gente alcançou autossuficiência na produção de petróleo e a gente precisa alcançar autossuficiência também no refino”, destacou Deyvid.

    Sobre a transição energética, Deyvid defendeu que é preciso aumentar o investimento no centro de pesquisa da empresa. “Essa tecnologia (ligada à transição energética), obviamente, precisa ficar aqui no Brasil. Para que isso aconteça a gente precisa de mudanças profundas no centro de pesquisas da Petrobras. O centro de pesquisas da empresa vinha sendo sucateado durante esses últimos sete anos”,pontuou.

    Outro patamar

    A parceria firmada entre a Petrobras e a empresa brasileira WEB para produção de geradores de energia eólica no mar, chamada de eólicaoffshore, foi apontada pelo economista do Observatório Social do Petróleo, Eric Gil Dantas, como principal exemplo de projeto de transição energética liderado pela estatal.

    “A Petrobras está fazendo uma parceria com uma empresa brasileira para desenvolvimento tecnológico e de produção de equipamentos no Brasil. É algo que coloca a transição energética no Brasil em outro patamar. O problema é quando o país só exporta energia limpa. Mas se você produz todos os equipamentos no Brasil, inclusive possibilitando a exportação de equipamentos para outros países, você coloca o Brasil em outra posição na economia da transição energética”, ressaltou.

    Sobre a exploração de óleo e gás na margem equatorial brasileira, o economista do Observatório Social do Petróleo argumentou que ela é necessária porque as previsões estimam a manutenção da atual demanda de petróleo ao menos até 2050.

    “Tem que aumentar a participação das energias renováveis, mas eu acho que é importante continuar havendo exploração de novas reservas de petróleo porque se não a gente pode chegar a uma situação de ter que importar petróleo porque deixamos de produzir no Brasil.”

    Edição: Maria Claudia
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  • Destaque do pré-sal, Plataforma P-71 se aproxima do pico de produção

    Destaque do pré-sal, Plataforma P-71 se aproxima do pico de produção

    A plataforma de exploração de petróleo P-71, da Petrobras, se aproxima do topo da capacidade de produção: 150 mil barris por dia. Isso significa 104 unidades a cada minuto. A marca deve ser alcançada em outubro, mês em que a Petrobras comemora 70 anos de criação. A P-71 fica no Campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, a 200 quilômetros da costa do Rio de Janeiro.

    A estrutura é do tipo FPSO (sistema flutuante, de produção, armazenamento e transferência) e tem capacidade para processar 6 milhões de metros cúbicos de gás, além de armazenar até 1,6 milhão de barris de óleo. A convite da Petrobras, uma equipe da Agência Brasil conheceu a plataforma. Leia aqui reportagem sobre curiosidades da P-71.

    Números do pré-sal

    Apesar de se aproximar do recorde de produção, a P-71 não é a estrutura com maior capacidade de processamento de óleo. O FPSO Guanabara, no Campo de Mero, também no pré-sal da Bacia de Santos, atingiu o patamar de 180 mil barris por dia.

    A exploração de petróleo no pré-sal é feita por meio de poços perfurados a 7 mil metros de profundidade, sendo 2 mil de profundidade marítima e 5 mil de escavação terrestre. O primeiro óleo dessa camada foi produzido há 15 anos, em setembro de 2008, no Campo de Jubarte, na porção capixaba da Bacia de Campos.

    Rio de Janeiro (RJ), 28/09/2023 - Navio-plataforma P-71, instalado no campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, a 200 km da costa do Rio de Janeiro. Foto:Tânia Rêgo/Agência BrasilRio de Janeiro (RJ), 28/09/2023 – Navio-plataforma P-71, instalado no campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, a 200 km da costa do Rio de Janeiro. Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil

    P-71 começou a operar em dezembro de 2022- Tânia Rêgo/Agência Brasil

    Desde então e até julho deste ano, a produção acumulada foi de 5,5 bilhões de barris. Para se ter uma ideia da capacidade dos reservatórios do pré-sal, a exploração no pós-sal (em águas profundas e ultraprofundas) levou 26 anos para atingir o patamar de 5,5 bilhões.

    Atualmente o pré-sal responde por 78% da produção da Petrobras. Das 57 plataformas operadas pela companhia, 31 estão no pré-sal. Até 2027, a estatal prevê instalar mais 11 plataformas na camada.

    Além do valor que a Petrobras agrega para si com a extração do óleo dessa camada, o Estado brasileiro também tem ganhos financeiros. Nos 15 anos de atividades, a estatal pagou US$ 126 bilhões – o equivalente a quase R$ 618 bilhões – entre royalties, participações especiais e pelo direito de exploração.

    P-71

    A P-71 entrou em operação em dezembro de 2022 e, atualmente, está no patamar de 142 mil barris diários, ligada a três poços de petróleo. A capacidade máxima de 150 mil barris deve ser alcançada em outubro, quando o quarto poço for conectado. O projeto da Petrobras é ligar sete poços à plataforma, no total, para manter o nível máximo da capacidade de produção pelo maior tempo possível.

    Além da capacidade expressiva de extração, a P-71 e o Campo de Itapu se destacam pela qualidade do óleo, considerada alta, e por ter menos contribuição na emissão de gases deefeito estufa.

    Rio de Janeiro (RJ), 28/09/2023 -O gerente de plataforma, Antonio Jorge Farias Sabá, caminha no navio-plataforma P-71, instalado no campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, a 200 km da costa do Rio de Janeiro. Foto:Tânia Rêgo/Agência

    GerenteAntonio Jorge Farias Sabácaminha no navio-plataforma P-71 – Tânia Rêgo/Agência Brasil

    “O reservatório de Itapu tem um óleo que tem poucos contaminantes, ou seja, baixo teor de dióxido de carbono (CO²) e sulfeto de hidrogênio (H²S). A retração dessas emissões ajuda na redução do efeito estufa”, explica o gerente da plataforma, Antonio Jorge Farias Sabá.

    Com a alta complexidade que é a atividade de extrair e armazenas petróleo, o gerente ressalta que o cuidado com a segurança é prioridade na instalação.

    “O patrimônio mais importante da Petrobras são as pessoas. A empresa valoriza muito a segurança. Obviamente, nosso objetivo é produzir petróleo, mas sem jamais desalienar o valor segurança para as pessoas, meio ambiente e instalações”, diz.

    Equipe confinada

    Por vez, 166 pessoas ficam na P-71 para manter a operação. Os trabalhadores cumprem turnos de 14 dias seguidos, com 21 dias de folgapara funcionários da Petrobras. Algumas empresas terceirizadas adotam 14 dias de descanso. Os turnos de trabalho são de 12 horas. Na área de acomodações, os funcionários têm espaços para esporte e lazer,como academia e sala de jogos.

    O coordenador de Produção Wilson Trindade dos Santos conta que o contingente que atua na plataforma é uma espécie de microcosmo da população brasileira. “Pessoas de diferentes religiões, idades, estado civil, orientação sexual”, lista.

    Ele acrescenta que é preciso exercer um papel motivacional e psicológico para extrair o melhor de cada um e proporcionar um bom ambiente de trabalho. “Trabalhando aqui, aprende-se a conviver e respeitar a diversidade. Isso nos torna seres humanos melhores”, observa.

    Rotina a bordo

    Rio de Janeiro (RJ), 28/09/2023 - Navio-plataforma P-71, instalado no campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, a 200 km da costa do Rio de Janeiro. Foto:Tânia Rêgo/Agência BrasilRio de Janeiro (RJ), 28/09/2023 – Navio-plataforma P-71, instalado no campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos, a 200 km da costa do Rio de Janeiro. Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil

    As mulheres, como Josy Araújo, representam cerca de 10% da força de trabalho na P-71- Tânia Rêgo/Agência Brasil

    A força de trabalho na P-71 é majoritariamente masculina. As mulheres, geralmente, são 10% dos funcionários, no máximo.A técnica de operações Josy Araújo é uma das seis funcionárias que estavam na plataforma durante a visita da reportagem daAgência Brasil. Ela contou que sempre quis trabalhar na Petrobras, no ambiente de produção de petróleo no pré-sal. “É muita satisfação estar aqui nesse projeto.”

    Para Josy, a ausência prolongada de casa não é um problema. “Eu lido muito bem com isso, a gente consegue se comunicar com a família por meio de mensagens. A gente pode fazer e receber ligações. Então não é um ponto crítico para mim”, relata.

    No tempo livre, ela aproveita as amenidades da P-71. “Além de descansar, a gente tem academia, sala de jogos, música. Se quiser atividades de lazer, tem algumas opções a bordo”, descreve.

    Inspiração para mulheres

    A P-71 é liderada por uma mulher, a gerente de Operações, Giselle Tinoco, que quer ampliar a presença feminina na instalação. “A diversidade melhora, e muito, o nosso desempenho”, defende.

    Enquanto esse incremento não acontece, Josy Araújo se vê como uma inspiração profissional para outras mulheres. “Eu acho interessante estar em um ambiente onde a maioria é homem, eu acho inspirador, inclusive, para outras mulheres que têm afinidade com carreiras onde os homens são os atores principais. É inspirador para as mulheres entenderem que lugar de mulher é onde ela quiser”, afirma.

    Cadeia de produção

    Entre os profissionais que fazem a P-71 manter a atividade e tirar barris e mais barris da camada pré-sal, há uma sensação de reconhecimento ao ver, por exemplo, a gasolina abastecendo a frota brasileira.

    “Brinco com os meus dois filhos quando a gente para em um posto: ‘o papai ajudou essa gasolina chegar no nosso carro, de alguma forma’, quando fico 14 dias empenhando o meu trabalho aqui para que a Petrobras extraia esse óleo do fundo. É bem gratificante pensar que a gente participa dessa cadeia até o petróleo virar derivados, não só a gasolina, mas toda a contribuição que essa energia traz para o país”, conta o gerente Sabá.

    *O repórter viajou a convite da Petrobras.

    Edição: Juliana Andrade
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  • Petrobras bate recorde de fator de utilização de suas refinarias

    Petrobras bate recorde de fator de utilização de suas refinarias

    As unidades de Refino da Petrobras atingiram em agosto o patamar de 97,3% de Fator de Utilização Total (FUT), melhor resultado desde dezembro de 2014. A produção de diesel total no mês foi de 3,78 bilhões de litros, a maior em 2023. A produção de diesel S10, produto mais moderno, sustentável e com baixo teor de enxofre, atingiu 2,37 bilhões de litros no mesmo período. Destaque para a produção recorde mensal de S10 alcançado na Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), com 258 milhões de litros; na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), que alcançou 329 milhões de litros; e na Refinaria Paulínia (REPLAN), onde foi atingida a marca de 609 milhões de litros.

    Os resultados são importantes para o amortecimento da volatilidade de preços do mercado externo. Segundo o diretor de Comercialização, Logística e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, “a ampliação da produção de diesel S10 em nossas refinarias contribui para a nossa estratégia comercial, que prevê a prática de preços competitivos de maneira rentável e sustentável”, comemora.

    Segundo o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, a marca alcançada é resultado da confiabilidade e da qualidade das operações da Petrobras. “A otimização dos nossos processos está permitindo ampliar a produção em nossas unidades e a oferta de derivados no mercado nacional com rentabilidade”, afirma.

    As refinarias da Petrobras vêm atingindo recordes sucessivos no FUT desde maio de 2023. O cálculo do fator de utilização do refino leva em consideração o volume de carga de petróleo processado e a capacidade de referência das refinarias, dentro dos limites de projeto dos ativos, dos requisitos de segurança, de meio ambiente e de qualidade dos derivados produzidos.

    Por: Petrobras
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