Tag: pesquisa

  • Inflação oficial do país em 2024 é de 4,83%, acima do limite da meta

    Com o resultado de 0,52% em dezembro, a inflação oficial do país fechou 2024 em 4,83%, acima do limite máximo da meta estipulada pelo governo. Em 2023, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) havia ficado em 4,62%.

    Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (10), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    A meta de inflação do governo para 2024 foi de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para mais ou para menos. Ou seja, o IPCA do ano ficou 0,33 p.p. acima. O resultado de 2024 é o mais alto desde 2022 (5,79%).

    Ao longo de 2024, o grupo alimentos e bebidas foi o que mais pressionou o bolso dos brasileiros, com alta de 7,62%, impacto de 1,63 p.p. no IPCA.

    Influência do clima

    Segundo o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves, a subida no preço dos alimentos se explica por causa da “influência de condições climáticas adversas, em vários períodos do ano e em diferentes localidades do país”.

    Em seguida, as maiores pressões vieram dos grupos saúde e cuidados pessoais (6,09%, impacto de 0,81 p.p.) e transportes (3,3%, impacto de 0,69 p.p.). Juntos, esses três grupos responderam por cerca de 65% da inflação de 2024.

    O IBGE apura o comportamento de preços de 377 produtos e serviços. Individualmente, o que mais pressionou o custo de vida foi a gasolina, que subiu 9,71%, o que representa um impacto de 0,48 p.p. Em seguida, figuram plano de saúde (alta de 7,87% e impacto de 0,31 p.p.) e refeição fora de casa, que ficou 5,7% mais cara (impacto de 0,2 p.p.).

  • Parque das Araras, Parque das Emas e Bandeirantes são os bairros com maior participação na pesquisa de opinião pública da Prefeitura

    Parque das Araras, Parque das Emas e Bandeirantes são os bairros com maior participação na pesquisa de opinião pública da Prefeitura

    Parque das Araras, Parque das Emas e Bandeirantes são os bairros com maior participação na pesquisa de opinião pública até o momento. A população pode participar até o dia 10 de janeiro de 2025, de forma on-line, opinando sobre os serviços públicos da Prefeitura de Lucas do Rio Verde. A ação busca identificar as necessidades e anseios específicos de cada bairro, além de direcionar melhorias nos serviços oferecidos.

    De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico Planejamento e Cidade, até o momento, os bairros com maior taxa de respostas dos moradores são: Parque das Araras, Parque das Emas e Bandeirantes.

    Já entre os bairros com menor participação estão o Industrial I e II, Bom Jesus, Menino Deus e Centro.

    Responda aqui docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfeUDMa45fqUj5Wg5Pp7BXIA0p3Hvg-GhshztpBrgTZR_8Aiw/viewform.

    A ação integra o programa de Gerenciamento do Planejamento Estratégico (GPE), desenvolvido pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), que visa promover a cultura do planejamento dentro da administração pública municipal. Com base na Resolução Normativa nº 14/2022 do TCE/MT, o programa busca melhorar a qualidade dos serviços e os resultados das políticas públicas, com foco no bem-estar da população.

    Essa iniciativa reforça um dos principais compromissos da gestão municipal: oferecer serviços públicos de qualidade e com eficiência. Alinhada aos preceitos da Lei nº 14.129/2021, que promove inovação e participação cidadã, e da Lei nº 13.460/2017, que estabelece direitos dos usuários de serviços públicos, a pesquisa incentiva o envolvimento da comunidade no processo de gestão pública. A ação também está em conformidade com o artigo 27 da Emenda Constitucional nº 19/1998, que valoriza a transparência e a interação com os cidadãos.

    Como participar?

    Todos os moradores de Lucas do Rio Verde podem contribuir respondendo a pesquisa, disponível pelo link: docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfeUDMa45fqUj5Wg5Pp7BXIA0p3Hvg-GhshztpBrgTZR_8Aiw/viewform. O questionário abrange diversos setores da administração pública, possibilitando que a população avalie os serviços prestados e ofereça sugestões para melhorias.

    O resultado será utilizado para embasar o planejamento estratégico da Prefeitura, permitindo que as ações futuras reflitam as reais demandas da sociedade. Faça a sua voz ser ouvida e participe da construção de um município cada vez mais eficiente.

  • Uso de drones acelera melhoramento genético de plantas de milho em busca de tolerância à seca

    Uso de drones acelera melhoramento genético de plantas de milho em busca de tolerância à seca

    Pesquisadores brasileiros estão aplicando uma metodologia inovadora que acelera a seleção de plantas de milho geneticamente modificadas para resistir à seca e reduzir custos operacionais envolvidos na tarefa. A técnica utiliza drones fornecidos com câmeras RGB para capturar imagens dos experimentos de campo, convertendo-as em índices que avaliam a saúde das plantas. Com essas informações, é possível identificar mais rapidamente os exemplos mais promissores e simular seu desempenho em diferentes condições climáticas, tornando o processo de seleção mais eficiente e preciso.

    O estudo foi conduzido por pesquisadores do Centro de Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas (GCCRC), uma parceria entre a Embrapa e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Os resultados foram publicados em 5 de janeiro na revista The Plant Phenome Journal.

    O aumento da frequência e severidade das secas devido às mudanças climáticas torna essencial o desenvolvimento de cultivares mais resilientes. No entanto, os métodos tradicionais de avaliação em campo são demorados e caros, dificultando avanços rápidos. “Nos métodos convencionais, é necessário esperar o ciclo completo da planta e realizar instruções manuais, muitas vezes com equipamentos caros e processos lentos”, explica Juliana Yassitepe, pesquisadora da Embrapa Agricultura Digital e autora do estudo.

    Com uma nova metodologia, a coleta de dados em campo foi significativamente otimizada. “Antes, levaríamos vários dias para medir a produção de grãos, tempo até a variação e altura das plantas. Agora, fazemos isso em poucas horas, com voos de drones e processamento de imagens”, destaca Yassitepe.

    Experimentos no campo

    Durante a estação seca de 2023, dois experimentos foram realizados em Campinas (SP), ao longo de cinco meses. Foram cultivadas 21 variedades de milho, sendo 18 com genes que foram testados para tolerância à seca e 3 sem alterações genéticas, para comparação. As plantas foram submetidas a condições controladas de manejo, com a diferença em uma única variável: específica. “Um grupo recebeu água durante todo o ciclo, enquanto o outro foi entregue à seca”, detalha Yassitepe.

    Os drones realizaram voos semanais no campo experimental, capturando imagens com câmeras RGB (convencionais) e multiespectrais (que capturam espectros não visíveis, como infravermelho). Uma análise revelou que as câmeras RGB, significativamente mais baratas que as multiespectrais, produzem resultados confiáveis, tornando a tecnologia acessível para programas de melhoramento genético em larga escala.

    Redução de custos e maior eficiência

    Além de reduzir os custos operacionais, a metodologia permite a realização de estudos em áreas menores, o que é especialmente útil em projetos com recursos limitados. “Essa questão da área plantada às vezes é um gargalo nos estudos de melhoramento genético de plantas, pois nem sempre o grupo de pesquisa apresenta de muitas sementes viáveis ​​para plantar em áreas muito grandes”, explica Yassitepe. “Com voos mais baixos, é possível obter imagens de alta resolução, permitindo testar mais variedades de milho em uma mesma área”, complementa Helcio Pereira, pesquisador de pós-doutorado no GCCRC e coautor do estudo.

    Essa abordagem também permite acompanhar o desenvolvimento das plantas ao longo de todo o ciclo de crescimento. “A análise temporal contínua foi essencial para entender como as plantas respondem ao estresse hídrico”, explica Pereira.

    Os dados detalhados encontrados pelos drones foram usados ​​para desenvolver modelos preditivos que ajudem a selecionar variedades de milho adaptadas a diferentes condições ambientais. “Com esses modelos, podemos prever o comportamento das variedades de plantas sem a necessidade de complexidade manual frequente, tornando o processo mais rápido e acessível”, afirma Pereira.

  • Sanção da Lei de Bioinsumos é importante estímulo para pesquisas na área

    Sanção da Lei de Bioinsumos é importante estímulo para pesquisas na área

    A Lei nº 15.070, que dispõe sobre os procedimentos para produção de bioinsumos para uso agrícola, pecuário, aquicola e florestal, foi sancionada no último dia 24 de dezembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um marco regulatório inédito e importante no País, posicionando o Brasil entre as lideranças na produção e uso de bioinsumos.

    A contribuição da ciência foi fundamental para a construção do Projeto de Lei 658/21 que deu origem à orientação. A Embrapa Agroenergia, como centro de pesquisa de referência na área, está entre as instituições que se desenvolvem tecnicamente com o PL. A Unidade tem, atualmente, cerca de 40% de sua carteira de projetos focados no desenvolvimento de bioinsumos, dentro do portfólio de “Economia Verde” da Embrapa.

    “Realizamos pesquisas que abrangem desde o isolamento, a caracterização e seleção de microrganismos até o desenvolvimento de biofertilizantes, bioestimulantes e biopesticidas que melhoram a produtividade agrícola, a saúde das plantas e do solo. Além do uso de microrganismos, também desenvolvemos bioinsumos à base de extratos vegetais e de algas, que também são importantes para reduzir o uso de insumos sintéticos e seu impacto ambiental”, explica Bruno Laviola, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agroenergia. Para o pesquisador, a sanção desta Lei vislumbra um estímulo ainda maior à pesquisa e ao desenvolvimento de bioinsumos, contando, agora, com um marco regulatório que garante a segurança jurídica e incentiva a inovação, ampliando as possibilidades de transferência de tecnologias ao setor produtivo.

    Além do desenvolvimento de novos produtos biológicos, nas pesquisas da Embrapa Agroenergia, os bioprocessos foram otimizados para incorporar resíduos agroindustriais como matéria-prima, promovendo maior circularidade nos sistemas produtivos. Essa abordagem está em consonância com o conceito de biorrefinarias, que visa maximizar o aproveitamento dos recursos, minimizando resíduos e aumentando a eficiência de produção em toda a cadeia de valor agrícola. “Dessa forma, a adoção e o desenvolvimento de bioinsumos não só impulsionam a sustentabilidade, mas também fomentam a inovação em diversos setores, como o da bioenergia”, destaca Bruno.

    Entendimento do tema

    Os bioinsumos são produtos ou processos agroindustriais desenvolvidos a partir de enzimas, extratos (de plantas ou de microrganismos), microrganismos, macrorganismos (invertebrados) e outros componentes utilizados para o controle biológico de insetos, bactérias e fungos, por exemplo. São tecnologias renováveis, não poluentes e que favorecem a regeneração da biodiversidade no meio ambiente, principalmente do solo.

    A nova Lei dispõe sobre a produção, a importação, a exportação, o registro, a comercialização, o uso, a inspeção, a fiscalização, a pesquisa, a experimentação, a embalagem, a rotulagem, a propaganda, o transporte, o armazenamento, como taxas, a prestação de serviços, a destinação de resíduos e embalagens e os incentivos à produção de bioinsumos para uso agrícola, pecuário, aquicola e florestal. E se aplica a todos os sistemas de cultivo, incluindo o convencional, o orgânico e o de base agroecológica, como também a todos os bioinsumos utilizados na atividade agropecuária.

    Uma regulamentação que segue na linha de promoção de uma economia mais verde no Brasil e no mundo. O que também vai ao encontro do que se busca quando se fala em transição energética. Nesse contexto, a regulamentação dos procedimentos de produção de bioinsumos impacta diretamente nas pesquisas com biocombustíveis, fora da frente de atuação da Embrapa Agroenergia.

    Laviola lembra que, em outubro passado, foi sancionada a Lei nº 14.993, conhecida como Lei do Combustível do Futuro, que institui programas nacionais voltados para a promoção de combustíveis sustentáveis, como o diesel verde, o biometano, o combustível sustentável de aviação (SAF) , além do biodiesel e etanol. A sinergia entre a Lei dos Bioinsumos e a Lei do Combustível do Futuro é um exemplo claro de como a regulamentação pode potencializar setores complementares.

    “A sinergia entre essas duas leis é evidente. Aos regulamentos e ao incentivo ao uso de bioinsumos, a agricultura brasileira torna-se mais sustentável e menos emissora de gases de efeito estufa. Culturas gerenciadas com bioinsumos tendem a apresentar menor pegada de carbono, fornecendo materiais-primas mais limpos para a produção de biocombustíveis. Consequentemente, os biocombustíveis produzidos a partir dessas matérias-primas possuem menor intensidade de carbono, alinhando-se aos objetivos da Lei do Combustível do Futuro de promover uma matriz energética mais limpa e sustentável”, explica Laviola.

    “Na Embrapa Agroenergia, trabalhamos intensivamente para integrar essas frentes de pesquisa, promovendo soluções tecnológicas que atendam às demandas da transição energética e da bioeconomia”, conclui.

  • Pesquisa diminui tempo de eliminação de poluentes na água

    Pesquisa diminui tempo de eliminação de poluentes na água

    Em 2024 a a Comissão do Plano de Logística Sustentável (PLS) premiou durante o IV Seminário de Sustentabilidade na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Teses e dissertações desenvolvidas na UFMT foram premiadas através do  Competição 3MT® Teses e Dissertações UFMT – Versão Temas ODS 2024 e receberam o reconhecimento dos estudos que estão em desenvolvimento em diferentes áreas. Este ano o evento abordou experiências voltadas para a construção de soluções sustentáveis para as cidades.

    Douglas Lisboa Ramalho, do Programa de Pós-Graduação em Química, com a pesquisa “Avaliação neurotoxicológica do Paraquat e seus produtos de degradação em Drosophila Melanogaster” ficou em terceiro lugar na Competição 3MT® Teses e Dissertações UFMT – Versão Temas ODS 2024. De acordo com o pesquisador, o projeto acionou a técnica da fotocatálise para tratar poluentes. “Então o meu projeto, em certa ação, baseou-se em pegar uma técnica bastante inovadora, promissora no caso, uma técnica que é considerada verde, a técnica de fotocatalização, que vai conseguir eliminar esses resíduos”, conta o pesquisador acrescentando que a técnica consiste em fazer uma espécie de mineração dos produtos poluentes em um processo químico que demora horas.

    A inovação está justamente na ferramenta utilizada para a mineração para a eliminação dos resíduos. “Então, utilizando um modelo animal que é o Drosophus melanogaster, que é um tipo de mosca, conhecido como mosca das frutas, esses animais tem uma, a gente fala, uma ortologia genética, ou seja, uma semelhança genética dos seres humanos. Essa semelhança faz esses animais muito especiais para os nossos tipos de pesquisa, porque a gente procura, primeiramente, olhar o efeito tóxico dos produtos”, pontua Douglas Lisboa Ramalho.

    É a semelhança que faz com que o modelo tenha elevada eficiência. “Essa ortologia genética, principalmente a parte neural dessas moscas, de aproximadamente 80%, faz esse modelo ser bastante eficiente. Então a gente forneceu águas fortificadas com águas químicas, ou seja, contaminantes. Uma água com uma herbicida que já é constatado na literatura, que ele causa Alzheimer, Parkinson e a gente viu qual o momento de tratamento, o mínimo de tratamento, que esse risco não acontece mais. Então a gente constatou que ele, a partir de 30 minutos, não apresentaria mais toxicidade ao animal, isso indicando que esse tratamento, que poderia demorar de 8 horas, pode ser resumido a 30 minutos, e é um tratamento deixando mais verde, tendo uma maior eficiência energética”, ressalta o pesquisador.

    Ele agradeceu pela oportunidade e explicou que o projeto foi baseado em procurar entender como o agronegócio tem impactos sobre a saúde pública. “Então, existe uma linha muito tênue entre esses dois, entre a economia, no caso a parte lucrativa, e a saúde pública. Então, existem vários projetos hoje na literatura que estão descritos que os resíduos gerados pelos agronegócios vêm atrapalhando ou proporcionando doenças crônicas, doenças em seres humanos, devido à contaminação crônica das águas residuais. A problemática do trabalho está em que o tratamento de água potável hoje nos territórios na América não é o suficiente para eliminar esses resíduos”, relata o pesquisador.

  • Pesquisa: 49% dos brasileiros acreditam que país vai melhorar em 2025

    Pesquisa: 49% dos brasileiros acreditam que país vai melhorar em 2025

    Pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra que 49% dos entrevistados disseram acreditar que, em 2025, o Brasil irá melhorar. O resultado é o mesmo em relação ao levantamento de outubro, mas dez pontos abaixo do registrado na pesquisa de dezembro do ano passado, que somou 59%.

    Já a percentagem dos entrevistados que disseram que o país irá piorar passou de 23% em outubro para 28% em dezembro, ficando 11 pontos acima do registrado no mesmo período do ano anterior, de 17%.

    O levantamento da Febraban, divulgado nesta quinta-feira (26), foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entre os dias 5 e 9 de dezembro, com 2 mil pessoas, nas cinco regiões do país.

    A pesquisa mostrou ainda que, para a maioria (66%), o país melhorou em 2024 (40%) ou ficou igual (26%) em relação a 2023. Essa soma era de 79% em dezembro de 2023 (melhorou: 49%; ficou igual: 30%), o que representa um recuo de 13 pontos no acumulado do ano.

    Já a percepção de piora do ano corrente em relação ao ano anterior, que era 20% em dezembro do ano passado, cresceu de forma contínua em 2024, alcançando, em dezembro de 2024, para 32%, um aumento de 12 pontos em relação a dezembro de 2023.

    “Os sentimentos para 2024 e as perspectivas para 2025 carregam sentimentos de otimismo e cautela, que refletem o que ocorreu ao longo de todo ano. De um lado, o período que se encerra teve um viés positivo para as pessoas e as famílias, com a alta do emprego, mas também foi influenciado negativamente pela seca, queimadas e pelo noticiário de alta da Selic, dos juros e da inflação”, destacou o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe.

  • Pesquisa revela o estágio de maturidade digital do agronegócio brasileiro

    Pesquisa revela o estágio de maturidade digital do agronegócio brasileiro

    A transformação digital é vista como um dos pilares para o crescimento e a competitividade no agronegócio brasileiro, um setor que, historicamente, tem se caracterizado pela inovação, mas também por desafios estruturais e culturais. Em um momento em que o mercado global se torna cada vez mais exigente, a adoção de novas tecnologias se torna um fator decisivo para o futuro das empresas do setor. No entanto, a grande questão é: o agronegócio está preparado para aproveitar plenamente essas inovações e se manter competitivo?

    Com o objetivo de avaliar o estágio de maturidade digital do agronegócio e os caminhos para sua adaptação à revolução tecnológica, a PwC Brasil e a Fundação Dom Cabral (FDC) lançaram a primeira edição do Índice de Transformação Digital Brasil (ITDBr) dedicada exclusivamente ao setor agropecuário. O estudo revela insights cruciais sobre os pontos fortes e as lacunas na jornada digital das empresas do agronegócio, além de apontar direções estratégicas para acelerar sua transformação.

    A transformação digital no agronegócio envolve a integração de tecnologias digitais para otimizar processos, melhorar a eficiência operacional, explorar novas oportunidades de mercado e enfrentar desafios complexos. Para os especialistas envolvidos na pesquisa, como Mauricio Moraes, sócio da PwC Brasil e CEO do PwC Agtech Innovation, a adoção de tecnologias como inteligência artificial (IA), Internet das Coisas (IoT) e análise de dados é fundamental. Ele destaca, no entanto, que a verdadeira transformação vai além da implementação dessas tecnologias; envolve também uma mudança cultural nas empresas, promovendo uma visão de longo prazo e uma adaptação estratégica à digitalização.

    Índice de maturidade digital

    De acordo com o estudo, o agronegócio brasileiro apresenta o menor índice de maturidade digital entre todos os setores avaliados, com uma pontuação de 3,1, abaixo da média geral de 3,7. As áreas mais críticas identificadas incluem processos digitais e decisões orientadas por dados, que estão muito aquém da média de outros setores. A dimensão mais preocupante é a de pessoas e cultura, que obteve a pontuação mais baixa de todas, sugerindo que as empresas do agronegócio ainda não estão focadas o suficiente no treinamento digital e no desenvolvimento de uma cultura organizacional que favoreça a transformação.

    Além disso, o setor adota uma abordagem mais cautelosa quando se trata de investimentos em transformação digital. A pesquisa revela que 75,8% das empresas adotam uma estratégia seletiva, priorizando investimentos pontuais e focados, em vez de uma abordagem mais ampla e disruptiva. Apenas 21,2% se classificam como “otimizadoras”, ou seja, aquelas que veem a digitalização como parte essencial de seus negócios. Esse número está bem abaixo da média de outros setores, o que indica que o agronegócio ainda precisa avançar para aproveitar as tecnologias de forma mais estratégica.

    O estudo também revela que a falta de uma estrutura organizacional bem definida e a resistência interna às mudanças tecnológicas são grandes obstáculos. Para 73% das empresas, a estrutura e cultura organizacional são as principais barreiras para a implementação da transformação digital. Além disso, a falta de uma visão clara de como os negócios digitais podem ser integrados à operação diária também é um desafio. Esse cenário sugere que muitas empresas ainda não enxergam a digitalização como uma estratégia de longo prazo, mas sim como uma solução pontual para problemas imediatos.

    Relacionamento com clientes digitais

    A pesquisa apontou ainda que o agronegócio tem demonstrado um avanço significativo em áreas como o relacionamento com clientes digitais, com uma pontuação de 3,4, mais próxima da média do mercado. A adoção de tecnologias como IoT e inteligência artificial também está crescendo, com 45% das empresas utilizando IoT, um número muito superior à média de outros setores. A inteligência artificial, por sua vez, está sendo adotada por 36% das empresas, refletindo a busca por otimizar processos e aumentar a eficiência.

    Contudo, o uso dessas tecnologias ainda está aquém do potencial que o agronegócio poderia alcançar, especialmente em relação à integração de sistemas e processos mais amplos. A transformação digital, para muitos, ainda é vista como um esforço fragmentado, focado em melhorias localizadas, em vez de uma reestruturação mais abrangente.

    Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da FDC, destaca que o grande desafio do agronegócio está na governança da transformação digital. Ele observa que, sem uma estratégia robusta de governança digital que envolva a estrutura organizacional como um todo, a maturidade digital do setor continuará em níveis baixos. Para avançar, as empresas precisam investir em planejamento estratégico, capacitação digital e inovação contínua.

    A pesquisa também revelou que o agronegócio ainda está distante de integrar plenamente as práticas de responsabilidade ambiental, social e de governança (ESG) com a transformação digital. Embora mais da metade das empresas reconheça a importância de alinhar a transformação digital com suas estratégias ESG, apenas 43% já utilizam tecnologias digitais para mitigar os impactos ambientais e sociais, um índice inferior à média de outros setores.

    Superar obstáculos culturais e organizacionais

    Por fim, o estudo aponta que, para o agronegócio se tornar mais competitivo, é crucial que as empresas superem os obstáculos culturais e organizacionais e adotem uma abordagem mais estratégica e integrada à digitalização. O planejamento estratégico e a gestão de longo prazo devem ser as principais áreas de melhoria. Ao melhorar processos, capacitar equipes e integrar novas tecnologias de forma mais abrangente, as empresas do agronegócio terão a oportunidade de não apenas melhorar sua eficiência operacional, mas também fortalecer sua posição no mercado global.

    Com a implementação de um modelo mais robusto de transformação digital, o agronegócio brasileiro poderá expandir seu protagonismo digital, garantindo uma base sólida para enfrentar os desafios de um mercado global em constante evolução.

  • Estudantes de Mato Grosso desenvolvem tijolo sustentável à base de resíduos de algodão

    Estudantes de Mato Grosso desenvolvem tijolo sustentável à base de resíduos de algodão

    Alunos da Escola Técnica Estadual (ETEC) de Campo Verde, em Mato Grosso, criaram um tijolo sustentável feito com resíduos de algodão, batizado de “EcoTijolo”. A inovação tem o potencial de reduzir custos de construção, melhorar a eficiência energética das edificações e contribuir significativamente para a preservação ambiental.

    O projeto foi desenvolvido por estudantes do curso Técnico em Têxtil, sob a orientação da professora Manoela Lara Dias, vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci).

    A iniciativa começou com a coleta de caroços, fibras residuais e partículas geradas no beneficiamento do algodão, uma das principais atividades agrícolas de Campo Verde.

    Esses resíduos foram secos ao sol para remoção de umidade, triturados e misturados com proporções específicas de areia e cimento. Após a moldagem, os tijolos passaram por testes laboratoriais que comprovaram sua resistência similar à dos materiais convencionais.

    Benefícios econômicos e ambientais em Mato Grosso

    O uso de resíduos de algodão reduz o custo de produção, tornando o EcoTijolo mais acessível economicamente. Além disso, o material oferece benefícios ambientais ao diminuir o desperdício agrícola, reduzir a extração de recursos naturais e minimizar emissões de carbono. Outro destaque é sua capacidade de deixar os ambientes construídos mais frescos, o que reforça sua eficiência energética.

    Inovação e impacto social

    A professora Manoela Lara Dias ressalta que o EcoTijolo é mais do que uma inovação tecnológica:

    “É uma solução prática que conecta o setor agrícola, educacional e social em prol de um futuro sustentável e inclusivo. Ideias como essa colocam a Escola Técnica de Campo Verde como referência em sustentabilidade, transformando resíduos em possibilidades.”

    O projeto também promoveu uma conexão mais forte entre a escola e a comunidade, com potencial para aplicação local em obras como escolas, centros comunitários e residências.

    Formação de profissionais sustentáveis

    O estudante Evandro Carlos Almeida destacou o papel da escola e da professora orientadora no desenvolvimento do projeto, apontando a iniciativa como fundamental para seu aprendizado prático e visão empreendedora.

    Seciteci em expansão

    Atualmente, Mato Grosso conta com 15 escolas técnicas estaduais, e até 2025 esse número será ampliado para 17 unidades. Os cursos são voltados para demandas regionais, como Agronegócio, Agricultura e Meio Ambiente, reforçando o papel da educação técnica na formação de profissionais alinhados aos desafios do mercado e da sustentabilidade.

    O EcoTijolo representa um marco para a região, unindo tecnologia, responsabilidade ambiental e inovação no uso de recursos agrícolas em prol de um futuro mais verde.

  • Maioria dos jovens brasileiros quer ter o próprio negócio

    Maioria dos jovens brasileiros quer ter o próprio negócio

    Três em cada dez jovens brasileiros entre 18 e 27 anos têm como maior desejo profissional ter o seu próprio negócio ou a sua própria empresa. Isso é o que mostrou uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (19) e realizada pelo Centro Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (Sou_Ciência) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o Instituto de Pesquisa IDEIA.

    De acordo com a pesquisa, o nível de escolaridade influencia no interesse em empreender. Quanto maior a escolaridade, maior o interesse em ter a própria empresa. Jovens pretos (31%) e pardos (32%) também são os mais interessados em ter o próprio negócio.

    “A pesquisa nos surpreende pelo fato de que temos um número expressivo de jovens empregados com CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] – cerca de 42% de jovens nessa condição – mas que não querem permanecer como empregados celetistas. Há um movimento em direção a outras formas de trabalho”, explicou Pedro Arantes, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pesquisador do Centro de Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (Sou_Ciência).

    Outros jovens entrevistados também revelaram o desejo de trabalhar como funcionário público (18%), viver de renda ou de investimentos (18%), exercer sua profissão como autônomo (12%) e trabalhar como empregado com carteira assinada (11%). E cerca de 8% deles ainda revelou o desejo de não trabalhar.

    Em entrevista à Agência Brasil, o pesquisador revelou que o levantamento revela que a “juventude não quer ser classe trabalhadora”. “A carteira de trabalho não é objeto de desejo. E entre autônomos e empresários, há uma vontade clara de que eles toquem seu próprio negócio ou sua própria vida sejam como indivíduos-pessoas jurídicas ou pessoas jurídicas-empresariais”, afirmou.

    Ainda de acordo com esse estudo, a posição política desses jovens revelou contrastes: aqueles que se identificaram como de esquerda têm maior interesse em ser funcionário público (28%). Diferentemente dos jovens de direita, que são os mais interessados em ter seu negócio (38%).

    Chamada de O que Pensam os Jovens brasileiros, a pesquisa ouviu 1.034 jovens de todas as regiões do país, que responderam a 55 perguntas, feitas por telefone celular, entre os dias 16 e 23 de setembro de 2024. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

    Corrupção

    A pesquisa ouviu os jovens também sobre diversos outros assuntos. Quando questionados, por exemplo, sobre 13 temas presentes no cotidiano dos brasileiros, a maioria deles respondeu que a corrupção é o principal problema do país, com índice de 34% das respostas. Na pesquisa feita em 2021, a corrupção ocupava a sexta posição nesse critério, com 26%. Naquele ano, a fome e a pobreza ocupava o topo, com 66% das respostas.

    Tanto no levantamento atual quanto no anterior, a violência e a falta de segurança aparecem em segundo lugar. Neste ano, 30% das respostas apontavam a violência como o principal problema do Brasil.

    “Os jovens são o grupo social que mais está na rua, que mais está exposto e que mais facilmente é vítima de violência, vigilância e repressão. Por isso, ele tem uma percepção mais aguda da violência e reconhece isso como o segundo principal problema [do país]”, falou o pesquisador.

    A corrupção é uma preocupação maior para homens, de classe alta, evangélicos ou que se declaram de direita ou centro-direita. Já a violência e a falta de segurança preocupam mais as mulheres, pessoas de classes mais baixas, nordestinos, católicos e pessoas que se declaram mais à esquerda ou centro-esquerda.

    Em seguida aparecem a saúde (26%), a crise ambiental e climática (24%), a educação (23%), o desemprego (23%), a inflação e o custo de vida (22%), a fome e a miséria (18%), o racismo e a discriminação (14%), as fake news e a desinformação (13%), o saneamento básico e a moradia (11%), os ataques à democracia (6%) e as disputas por terra (3%).

    De acordo com a pesquisa, o tema da crise ambiental, climática e hídrica foi o que mais cresceu na comparação com o estudo de 2021. Há quatro anos, esse tema ocupava o décimo lugar, com a marca de 7% das respostas. Agora subiu para a quarta posição, um crescimento de 243%.

    Posição política

    A maioria dos entrevistados (67% do total) declara não ser de direita e nem de esquerda, o que aponta que o jovem brasileiro está afastado da polarização brasileira. Cerca de 17% dos entrevistados se declarou de direita ou centro-direita, 16% como de esquerda ou centro-esquerda, 9% do centro. Mas um grande número de jovens (31%) informou que nunca teve posição política. Outros 7% dizem que já tiveram posição política e que atualmente não têm mais. O restante (20%) preferiu não responder.

    “Dois terços dos jovens, que chamamos de nem-nem – nem de esquerda e nem de direita – são uma massa numerosa e não colocam a questão ideológica como prioridade para se posicionar”, disse Arantes. “Essa aparente despolitização ou desinteresse por uma posição ideológica clara talvez indique que os jovens estão interessados em pensar o mundo fora dessa zona de conflito aberto que se tornou a política no Brasil”.

    Os entrevistados foram indagados também sobre suas afinidades político-partidárias considerando o cenário com os dois maiores adversários na vida política nacional atualmente. Com isso, 23% dos entrevistados se declararam bolsonaristas ou mais próximo do pensamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto 28% se declaram petistas ou próximos aos ideais do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    O segmento mais expressivo, contudo, foi dos que não se posicionam em nenhuma dessas correntes: 33%. Os que não souberam ou preferiram não responder somam 16%.

    Por outro lado, disse Arantes, a pesquisa demonstrou que há uma forte polarização entre os jovens que se reconhecem como sendo de direita ou de esquerda em relação principalmente a temas comportamentais ou sociais. O reconhecimento do direito ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, por exemplo, tem o apoio de 80% dos esquerdistas ouvidos na pesquisa, enquanto que, entre os direitistas, esse índice cai para 27%.

    Já a ampliação das escolas cívico-militares conta com a simpatia de 68,6% dos jovens de direita, enquanto entre os de esquerda a aprovação é de 26%. Em relação às cotas nas universidades públicas, o apoio dos esquerdistas em se manter ou ampliar essa política representa o dobro dos direitistas: 66% a 33%.

    Ansiedade e depressão

    Problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, são, disparados, os que mais afetam os jovens brasileiros, apontado por 38% dos entrevistados. Esse problema é um consenso entre os diferentes grupos ouvidos pela pesquisa, seja por jovens de esquerda ou de direita, homens ou mulheres, de maior ou menor renda, católicos, ateus ou evangélicos, brancos, negros ou pardos, universitários ou não universitários, ou de quaisquer regiões do país.

    “O que mais afeta os jovens no Brasil de hoje são os problemas de ansiedade e depressão e outros problemas de saúde mental associados que podem ter relação com a pandemia, com os discursos de ódio, perseguição a minorias, intolerância e fundamentalismo religioso, além da tecnologia e hiper-exposição. Mas também tem a ver com o mundo do trabalho desregulado, em que as pessoas não tem jornadas e metas claramente estabelecidas e sofrem mais tipos de pressão”, disse Arantes.

    “E percebemos que os jovens com maior instrução, os universitários, são os que apontam esse como sendo o maior problema. Isso também está associado com a pressão na vida acadêmica e com as expectativas profissionais que podem ser frustradas pela crise no mundo do trabalho”, acrescentou.

    Em seguida, aparece o consumo de drogas (28%), violência e criminalidade (25%), vício em celular, redes sociais ou games (24%), desemprego e trabalho precário (23%) e a falta de perspectiva do futuro (22%), entre outros.

    No levantamento anterior, os jovens apontavam como seus maiores problemas o desemprego e trabalho precário (44%) e a falta de perspectiva de futuro (33%). A depressão e a ansiedade ocupavam a terceira posição, com 32%.

  • Mais da metade dos consumidores admitem que fazem compras por impulso na internet, aponta estudo CNDL/SPC Brasil

    Mais da metade dos consumidores admitem que fazem compras por impulso na internet, aponta estudo CNDL/SPC Brasil

    As notificações de lojas e produtos em promoções podem ser grandes aliados dos consumidores na hora de fazer uma pesquisa de preço ou até mesmo se organizar para fazer uma compra quando estiver com desconto. Por outro lado, resistir aos anúncios que surgem a todo instante em cada clique na internet é uma tarefa que exige controle emocional. Este cenário fica ainda mais desafiador no final do ano, com as compras de Natal e as comemorações de final de ano.

    De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise, 51% dos entrevistados admitem que às vezes fazem compras por impulso na internet e 9% sempre. Segundo os consumidores, as ações que mais estimulam as compras por impulso na internet são as notificações de ofertas de aplicativos de lojas (48%), seguido de e-mail com ofertas e promoções (42%), Instagram (37%) e WhatsApp recebido diretamente das lojas (35%).

    Os produtos mais comprados por impulso pela internet são moda e vestuário (42%), itens para a casa (28%), cosméticos, perfumes, produtos de beleza (27%), comidas e bebidas por delivery (26%) e eletrônicos / informática (19%).

    Entre as razões declaradas para as compras impulsivas, 46% disseram que acabam comprando após ver o produto em promoção, com preço mais baixo, 33% porque ficam navegando na loja e acabam gostando de produtos, 21% recebem ofertas de novos produtos / lançamentos e 16% ficam navegando no Instagram, Tik Tok e/ou Facebook, veem algo que gostam e acabam comprando.

    Quando estão fazendo uma compra na internet e recebem ofertas para compra de produtos adicionais, 10% admitem que normalmente acabam comprando e 52% às vezes compram.

    “O consumidor deve ficar atento para não cair em tentação a cada clique. Sabemos que no período do Natal as pessoas fazem suas compras, mas é preciso cautela e saber utilizar a seu favor os mecanismos de busca para conseguir um bom preço e planejar as compras. O que não pode é ceder aos impulsos. Toda compra deve ser antes bem avaliada para não ultrapassar o orçamento”, alerta o presidente da CNDL, José César da Costa.

    52% pesquisam informações de produtos e serviços antes de ir as compras

    De acordo com os internautas, os canais mais utilizados para compras de produtos e serviços são os sites de lojas (82%), aplicativos de lojas (82%), supermercados (70%), shopping center (53%) e lojas de rua (53%).

    A pesquisa mostra que os canais online são os mais considerados para busca de informação de produtos e serviços para compras (93%), com destaque para sites e aplicativos de lojas varejistas (31%), buscadores (29%) e os sites e aplicativos de comparação de preços e produtos (20%). Por sua vez, 32% utilizam os canais físicos, principalmente amigos e família (15%) e lojas de rua ou shopping (10%).

    Mais da metade dos entrevistados (52%) pesquisam informações de produtos e serviços antes de ir as compras, para 36% não há uma rotina, depende do produto e situação e 12% quando estão na loja.

    Os consumidores (96%) também costumam fazer pesquisa de preço antes de definir uma compra pela internet, sendo que 47% utilizam os buscadores de informação, 44% sites e aplicativos de lojas varejistas, 39% sites e aplicativos de comparação de preço e funcionalidades dos produtos e 35% site/aplicativo do fabricante.

    Quando o preço da loja física é diferente das lojas online, 68% dos entrevistados propõem ao vendedor da loja física cobrir oferta, mas 33% não conseguem cobrir. Por outro lado, 35% cobrem a oferta, seja comprando pelo site e mandando entregar em casa sem custo de frete (16%), cobrindo a oferta com o mesmo desconto (13%) ou cobrindo a oferta com desconto ainda maior (7%).

    Sites e lojas físicas empatam em relação à melhor experiência de compra

    De forma geral, as lojas físicas e os sites ou aplicativos empataram no que diz respeito à melhor experiência de compra. Sites e aplicativos são considerados nos melhores preços (76%), variedade de produtos (68%), horários de atendimento de vendas (64%), mais opções de formas de pagamento (55%) e maior facilidade para escolher produtos (53%).

    Já as lojas físicas se destacaram nos quesitos ligados a presença humana: facilidade da troca (65%), melhor atendimento (60%), melhor demonstração do produto (57%), facilidade na negociação de preço (56%) e pós-vendas (39%). As redes sociais continuam praticamente estáveis quando comparado ao ano passado, ainda não tendo relevância comparado aos outros canais.

    Seis em cada dez entrevistados (59%) preferem o WhatsApp como canal de comunicação preferido para contato comercial com lojas e prestadores de serviços, seguido do “Fale Conosco” ou Chat da empresa (36%) e equipe de vendas presencial (28%).

    Já a maioria (90%) gosta de receber comunicação online das empresas – seja por email, whatsapp ou mensagens, sendo que 66% gostam de receber informações sobre ofertas e promoções, 45% lançamentos de novos produtos ou serviços e 33% contato pós-venda.

    No que diz respeito a experiência da compra multicanal, 73% se sentem frustrados quando não encontram as informações que precisam sobre as lojas físicas na internet, 65% costumam abrir emails que recebem de empresas com ofertas e promoções e 43% deixam salvo seus dados bancários e de cartões em lojas online para agilizar os pagamentos em compras futuras.

    Metodologia

    Público-alvo: homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas, e que realizaram compras pela internet nos últimos 12 meses.

    Método de coleta: pesquisa quantitativa realizada pela web e pós-ponderada por sexo, idade, estado e renda.

    Tamanho amostral da Pesquisa: foram realizados 1.117 contatos em um primeiro levantamento para identificar o percentual de pessoas que compraram pela internet nos últimos 12 meses. Em seguida, continuaram a responder o questionário 821 casos, que fizeram alguma compra ao longo deste período. Resultando, respectivamente, uma margem de erro no geral de 2,93 p.p e 3,42 p.p para um nível de confiança de 95% para mais ou para menos.