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  • Pesquisa registra resistência da planta daninha picão-preto ao glifosato

    Pesquisa registra resistência da planta daninha picão-preto ao glifosato

    Foi identificada a primeira ocorrência da planta daninha picão-preto (Bidens subalternans) resistente ao herbicida glifosato no Brasil, na safra 2022/2023. A dificuldade de controle foi relatada à Embrapa Soja por técnicos da Coamo Cooperativa Agroindustrial, que observaram a sobrevivência de uma população dessa espécie, no município de Juranda (PR). “Mesmo após aplicações sequenciais de glifosato, nas doses recomendadas nos rótulos e bulas, e realizadas corretamente, o produto não controlou as plantas de picão-preto em lavouras de soja”, relata o pesquisador da Embrapa, Fernando Adegas .

    Para avaliar o caso, um grupo composto por técnicos da Coamo e pesquisadores da Embrapa iniciou os estudos de comprovação da resistência em condições controladas. “Primeiramente, coletamos plantas sobreviventes na área para iniciar os estudos. Foram avaliadas, análises em adicionais, amostras de sementes e plantas de população de picão-preto, também com suspeita de resistência ao glifosato, provenientes de outras propriedades, assistidas pela cooperativa Lar”, conta Adegas.

    “Ao mesmo tempo a realização dos estudos de constatação da resistência, conduzimos trabalhos de manejo dessa população [de plantas específicas], tanto em casa de vegetação quanto no campo”, diz o pesquisador. O relato está disponível na publicação Novo caso de resistência de planta daninha ao glifosato no Brasil: picão-preto (Bidens subalternans).

    Em 2018, uma equipe de pesquisadores da Embrapa Soja e da Universidade Estadual de Maringá acordou no Paraguai, o primeiro, e até então o único, caso de resistência dessa espécie ao glifosato no mundo. Agora o Paraguai e o Brasil têm relatos de ocorrência de picão-preto resistente ao glifosato.

    A Embrapa e as cooperativas Coamo e Lar estão elaborando ações de monitoramento, manejo, mitigação e contenção da população de picão-preto resistente. “Também estamos planejando estudos para a determinação de qual é o mecanismo de resistência ao glifosato da população e se existe resistência múltipla a outros herbicidas”, afirma Adegas. Esses estudos estão sendo feitos em parceria com a Universidade Estadual de Maringá ( UEM ) e com a Pennsylvania State University ( PSU ), dos Estados Unidos.

    Histórico de resistência no Brasil

    No Brasil, observe-se dois momentos relacionados à resistência de plantas aparentes. Os primeiros casos de resistência a herbicidas no País foram relatados em 1993, relacionados às espécies Bidens pilosa (picão-preto) e Euphorbia heterophylla (leiteiro), resistentes a herbicidas inibidores da ALS.

    Atualmente, os produtores vivem uma segunda etapa das plantas resistentes ao herbicida glifosato. “Esse processo de resistência está relacionado ao uso constante do mesmo princípio ativo, na mesma área, e por longo período de tempo”, explica Adegas. O uso intensivo do glifosato acarretou grande pressão de seleção sobre as plantas específicas, resultando na seleção de 12 espécies resistentes: azevém (Lolium perene spp multiflorum), três espécies de buva (Conyza bonariensis , C. canadensis , C sumatrensis) capim-amargoso (Digitaria insularis), caruru-palmeri (Amaranthus palmeri), caruru-gigante (Amaranthus hybridus), capim-branco (Chloris elata), capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), leiteiro (Euphorbia heterophylla), o capim-arroz (Echinochloa crusgalli) e agora o picão-preto (Bidens subalternans).

    Estudo realizado pela Embrapa avaliou que os custos de produção em lavouras de soja com plantas comprovadamente resistentes ao glifosato podem subir, em média, de 42% a 222%, principalmente pelo aumento de gastos com herbicidas e pela perda de produtividade da soja. Segundo Adegas, os valores sobem, em média, entre 42% e 48%, para as infestações isoladas de buva e de azevém, respectivamente, e até 165%, se houver capim-amargoso resistente. Em casos de infestações mistas de buva e capim-amargoso, por exemplo, o aumento médio é de 222%.

    231010 PicaoPretoResistencia Fernando Adegas area infestada com picao preto resistente ao glifosato

    Processo de resistência

    Adegas definem a resistência como a habilidade herdada de uma planta daninha em sobreviver e reproduzir-se após a exposição a uma dose de herbicida normalmente letal (dose de bula) para a população natural. “É uma ocorrência natural, devido às plantas evoluíram e se adaptarem às mudanças do ambiente e ao uso das tecnologias agrícolas”, explica. “Na prática, o surgimento da resistência ocorre pelo processo de seleção de indivíduos resistentes, já existentes na população presente nas áreas de produção, em função de aplicações repetidas e continuadas de um mesmo herbicida ou de herbicidas com o mesmo mecanismo de ação, durante determinado período. período de tempo”, aponta.

    O estudo foi realizado seguindo o protocolo para relato de casos de resistência de plantas aparentemente a herbicidas, proposto pelo Comitê de Resistência da Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD) e aprovado pelo Comitê de Ação de Resistência aos Herbicidas do Brasil (HRAC- B R) e Internacional (I RAC).

    Como prevenir a seleção de plantas resistentes

    Entre os métodos preventivos recomendados, Adegas destaca a aquisição de sementes livres de infestantes; a limpeza de máquinas e equipamentos, especialmente as colheitadeiras e a manutenção de beiras de estrada, carreadores e terraços livres de infestantes.

    No controle mecânico, a indicação é pelas capinas e roçadas. No caso de controle químico, a ação principal é a utilização de herbicidas de diferentes mecanismos de ação, em diferentes sistemas de controle.

    Entre os métodos culturais, são recomendados a redução dos períodos de pousio, o investimento na produção de palhada para cobertura do solo e a utilização de cultivares adaptadas no espaçamento entre linhas, além da rotação de culturas.

  • MEIs respondiam por 19% das ocupações formais no Brasil em 2021

    MEIs respondiam por 19% das ocupações formais no Brasil em 2021

    Cerca de 13,2 milhões de brasileiros eram microempreendedores individuais (MEIs) em 2021. O dado é das Estatísticas dos Cadastros de Microempreendedores Individuais 2021, divulgada nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Segundo a pesquisa, os microempreendedores individuais representam 69,7% das empresas e organizações e 19,2% das ocupações formais no país.

    Em relação a 2019, ou seja, o período pré-pandemia de covid-19, o número de MEIs cresceu 37,5% (3,6 milhões). Também cresceu sua participação no total de empresas e organizações (de 64,7% para os 69,7%) e de ocupações formais (de 15,2% para os 19,2%).

    Por outro lado, o número de MEIs com empregados caiu de 146,3 mil em 2019 para 104,9 mil em 2021 (depois de recuar para 97,2 mil em 2020). Do total de MEIs registrados em 2021, 53,1% se filiaram entre 2019 e 2021.

    Em 2021, houve a entrada de 2,9 milhões e a saída de 857 mil MEIs, o que resultou num crescimento de 2,1 milhões.

    O estudo mostrou ainda que 50,2% dos MEIs atuavam no setor de serviços. As principais atividades dos microempreendedores eram cabeleireiros e tratamento de beleza (9,1% dos MEIs), comércio varejista de artigos de vestuário e acessório (7,1%) e restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas (6,3%).

    No segmento de cabeleireiros e tratamento de beleza, aliás, os MEIs representavam 90,4% do total do pessoal ocupado.

    Dos 13,2 milhões de MEIs, 38% exerciam a atividade na própria moradia, 14,3% tiveram experiência prévia na mesma atividade econômica, 53,3% eram homens, 47,6% eram brancos, 30,3% tinham entre 30 e 39 anos e 86,7% não tinham ensino superior completo. A média de idade é de 40,7 anos.

    Desse total, também se observou que 70% deles estiveram no mercado formal de trabalho entre 2009 e 2021 e que mais de um terço (37,7%) tinham mais de três anos de tempo de serviço. Daqueles que foram desligados antes da filiação do MEI, 62,2% foram demitidos pelo empregador ou por justa causa.

    Os estados que concentravam mais MEIs eram São Paulo (3,6 milhões), Rio de Janeiro (1,5 milhão), Minas Gerais (1,5 milhão), Paraná (825,8 mil) e Rio Grande do Sul (799,1 mil).

    Edição: Graça Adjuto
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  • Psoríase: tratamento natural desenvolvido por pesquisadores

    Psoríase: tratamento natural desenvolvido por pesquisadores

    Com o objetivo de combater o preconceito e melhorar a qualidade de vida das pessoas portadoras da psoríase, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove neste mês de outubro a Campanha Nacional de Conscientização da Psoríase. Nesta sexta-feira (29) é celebrado o Dia Nacional e Mundial da Psoríase, doença da pele comum, autoimune e sem cura, cujos sintomas desaparecem e reaparecem periodicamente, que atinge cerca de 3% da população mundial, ou seja, 125 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 5 milhões apenas no Brasil.

    Tratamento da Psoríase

    Os tratamentos disponíveis são o tópico, com cremes e pomadas aplicados diretamente na pele; os sistêmicos, a base de comprimidos ou injeções; os biológicos, injetáveis, e a fototerapia, que é a exposição da pele à luz ultravioleta de forma consistente e com supervisão médica.

    Pesquisadores em bioenergia e biomateriais da Universidade Estadual Paulista de Araraquara (Unesp) desenvolveram um tratamento sustentável, natural e barato, para aliviar os sintomas, utilizando uma membrana fina à base de látex e Aloe vera (babosa). A planta já é utilizada nas versões em gel e pomada, mas pode incomodar porque pode causar ressecamento da pele e entupimento dos poros na pele.

    Segundo Rondinelli Herculano, um dos pesquisadores, o grande problema dos medicamentos sintéticos disponíveis são os efeitos colaterais, e os produtos naturais já vêm sendo utilizados para minimizar esses efeitos e melhorar a qualidade de vida das pessoas. A Aloe vera é um dos produtos naturais utilizados para aliviar os sintomas da psoríase, que vai tratar só a pele, só externamente.

    “Por isso nossa proposta foi incorporar a Aloe vera em curativos de látex natural como um tratamento complementar. Porque quando a pessoa passa muitos cremes hidrogéis de Aloe vera, geralmente tem um ressecamento. Além do desconforto fica a gordura. Nos testes que fizemos em laboratório, observamos que o material ficou bem flexível e preservou as propriedades da Aloe vera, além de ser de fácil manuseio e seguro”, explicou.

    De acordo com Herculano, a próxima etapa da pesquisa é encontrar parceiros para fazer os testes em humanos e para inserir o produto no mercado. A ideia é fazer o curativo de diversos tamanhos e personalizados, dependendo do tamanho da lesão.

    A psoríase é uma doença autoinflamatória, na qual por predisposição genética, junto com fatores ambientais ou de comportamento, causa o aparecimento de lesões avermelhadas e que descamam na pele. A psoríase não é uma doença contagiosa e o contato com pacientes não precisa ser evitado.

    Em até 30% dos pacientes, inflamação similar pode acontecer nas articulações, levando à artrite psoriásica, outra manifestação da doença. Também existe associação de psoríase com doenças cardiometabólicas, doenças gastrointestinais, diversos tipos de cânceres e distúrbios do humor, o que diminui a qualidade de vida do paciente e pode também, dependendo da gravidade, diminuir a expectativa de vida, se não tratada.

    Entre os fatores que podem aumentar as chances de desenvolver a doença ou piorar o quadro clínico estão o histórico familiar, o estresse, a obesidade, o tempo frio, as infecções diversas, medicamentos e o consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo.

    De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é importante que o portador da doença tenha acompanhamento psicológico, devido ao impacto na autoestima. Alimentação balanceada, o controle do peso e a prática de atividade física também auxiliam no controle a doença.

    Edição: Fernando Fraga
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  • Quase metade das empresas industriais adotou o teletrabalho em 2022

    Quase metade das empresas industriais adotou o teletrabalho em 2022

    Quase metade (47,8%) das empresas industriais com 100 ou mais pessoas ocupadas implementou o teletrabalho em pelo menos algum grau, mostra a Pesquisa de Inovação Semestral 2022: Tecnologias Digitais Avançadas, Teletrabalho e Cibersegurança (Pintec), divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

    “O teletrabalho vem ganhando cada vez mais espaço nas empresas de diversos setores em todo o mundo. Ainda que a natureza de sua atividade seja fora do ambiente físico das organizações, com a intensa utilização de tecnologias de informação e comunicação, o teletrabalho não é sinônimo de trabalho externo e sim a realização do trabalho realizado fora das dependências do empregador, caracterizados os pressupostos da relação de emprego e sujeitas às regras da legislação trabalhista”, esclarece o IBGE.

    Na área de administração, o teletrabalho foi, em algum grau, adotado por 94,5% das empresas que operaram de forma digitalizada em 2022. Desse conjunto, quase metade (49,7%) eram empresas com 100 a 249 pessoas ocupadas. As empresas de maior porte, com 500 ou mais pessoas ocupadas, representaram 27,9% desse total.

    As áreas de comercialização e desenvolvimento de projetos de produtos, processos e serviços aparecem na sequência com, respectivamente, 85,7% e 71,4% das empresas utilizando teletrabalho em 2022. Em ambos os casos, as empresas com 100 a 249 pessoas ocupadas ainda aparecem em maiores proporções (48,7% e 44,4%, respectivamente).

    A área com menor frequência de empresas adotando teletrabalho foi a de produção, onde apenas 38,7% das empresas utilizaram essa modalidade em 2022. As empresas com 100 a 249 pessoas ocupadas representaram 44,6% desse conjunto, ao passo que as empresas com 500 ou mais pessoas ocupadas representaram 30,5% do total.

    Segundo o IBGE, dentre os setores que mais adotaram o teletrabalho em 2022, destacam-se fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (83,6%), fabricação de bebidas (83,2%) e fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (72,6%). Por outro lado, os setores onde o teletrabalho foi menos frequente foram confecção de artigos do vestuário e acessórios (28,3%), preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados (25,9%) e fabricação de produtos do fumo (21,2%).

    Tecnologia avançada

    Em 2022, 84,9% (8.134) das 9.586 empresas industriais do Brasil com 100 ou mais pessoas ocupadas utilizaram pelo menos uma tecnologia digital avançada.

    A computação em nuvem foi a mais declarada (73,6%), seguida por internet das coisas (48,6%), robótica (27,7%), análise de big data (23,4%), manufatura aditiva (19,2%) e inteligência artificial (16,9%).

    Os destaques setoriais que usaram pelo menos uma das tecnologias digitais avançadas foram fabricação de máquinas e equipamentos (94,5%), indústrias extrativas (92,2%), fabricação de produtos diversos (92%), fabricação de produtos de metal (91,9%) e fabricação de bebidas (91,6%).

    Por outro lado, os setores que menos utilizaram tecnologias digitais avançadas nas suas áreas/funções de negócios foram fabricação de outros equipamentos de transporte (68,2%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (71,6%) e fabricação de produtos de madeira (72,2%).

    Segundo o IBGE, 31,5% das empresas fizeram uso de duas tecnologias e 27,7% 28% utilizaram apenas uma. Somente 3,7% das empresas fizeram uso de todas as tecnologias investigadas.

    O benefício mais apontado no uso de tecnologia digital avançada foi a maior flexibilidade em processos administrativos, produtivos e organizacionais (89,8%), seguido pelo aumento da eficiência (87,6%).

    Entre os fatores para adotar as tecnologias nas empresas, as maiores proporções ficaram com a estratégia autônoma da empresa (87,0%) e a influência de fornecedores e/ou clientes (63,0%).

    Os principais fatores que dificultaram o uso de tecnologias foram os altos custos (80,8%), a falta de pessoal qualificado na empresa (54,6%) e riscos econômicos excessivos (49,5%).

    Segurança da informação

    “A segurança da informação é uma preocupação cada vez mais presente tanto na vida dos cidadãos quanto das corporações. O elevando aumento da digitalização nas empresas requer que elas tomem múltiplas medidas de segurança da informação”, diz o IBGE.

    A Pintec Semestral mostra que 82,5% das empresas com 100 ou mais pessoas ocupadas, pertencentes às indústrias extrativas e de transformação, adotaram alguma medida para segurança da informação digital em 2022

    O uso de antivírus (98,1%) para combater softwares maliciosos (malware) e e-mails fraudulentos (phishing) foi a medida de segurança da informação mais adotada pelas empresas.

    O método de controle de acesso à rede com o objetivo de reforçar a segurança de uma rede proprietária, restringindo a disponibilidade de recursos de rede para dispositivos terminais, foi o segundo mais utilizado, por 96,8% das empresas, em 2022.

    A atualização de software (incluindo o sistema operacional) e o backup de dados em dispositivo separado (incluindo backup em nuvem) também foram mecanismos de segurança bastante utilizados em 2022, por 95% e 93,5%, respectivamente, das empresas industriais com 100 ou mais pessoas ocupadas.

    Edição: Fernando Fraga
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  • Dia Mundial Sem Carro tem manifestações por modais mais sustentáveis

    Dia Mundial Sem Carro tem manifestações por modais mais sustentáveis

    Ciclistas de diversas partes do país pedalaram nesta sexta-feira (22) pelo Dia Mundial sem Carro, como forma de repensar os hábitos de mobilidade urbana, com foco nos benefícios para o meio ambiente, para economia e para a saúde física e mental daqueles quem optam por deixar o veículo motorizado na garagem e, no lugar, adotar meios mais sustentáveis, como a caminhada, bicicleta, monociclo elétrico, patins, skate ou patinete, os chamados modais de mobilidade ativa.

    A data integra a Semana Nacional do Trânsito, que começou na segunda-feira (18) e vai até a segunda-feira (25). Neste período, também é comemorada a Semana Nacional da Mobilidade.

    Em Brasília, a organização não governamental (ONG) Rodas da Paz, criada em 2003, promoveu um passeio ciclístico de 5 quilômetros, da Rodoviária do Plano Piloto à Câmara Legislativa do Distrito Federal. Mesmo com o calor e a baixa umidade, o grupo de ciclistas usou itens de segurança e apoiou a mobilidade sustentável e o fim da “carrodependência”, como foi apelidada a relação com os veículos motorizados.

    O bonde de ciclistas levou banner em defesa de um trânsito mais consciente e ecológico, com menos carros e motocicletas em circulação; e ainda pregaram a convivência pacífica entre motoristas, ciclistas e pedestre no Distrito Federal.

    Brasília, DF 22/09/2023 Cicloativistas e servidores públicos pedalaram em um bonde de bicicleta saindo da Rodoviária do Plano Piloto com destino à Câmara Legislativa do Distrito Federal pelo Dia Mundial sem Carro (CLDF). Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
    Cicloativistas e servidores públicos pedalaram em um bonde de bicicleta em Brasília – Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

    Frota de veículos

    Para marcar o Dia Mundial sem Carro, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou um levantamento LINK 1 que mostra o crescimento da frota de veículos no Brasil e o impacto negativo às cidades, com perdas econômicas de aproximadamente R$ 247,2 bilhões por problemas na mobilidade urbana, que igualmente afetam a qualidade de vida das pessoas com os congestionamentos, poluição, atrasos e acidentes no trânsito.

    O estudo técnico foi produzido com base em dados coletados até julho deste ano, pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), do Ministério dos Transportes.

    De acordo com as informações do Senatran, agrupadas pela CNM, atualmente existem 61,2 milhões de carros registrados no país. O número, se comparado com o Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), resultará na proporção de um carro para cada 3,32 habitantes. Se consideradas somente as motocicletas, atualmente existem 32.474.102 unidades em circulação nos municípios, o que representa aproximadamente uma moto para cada seis pessoas, no Brasil. Já a quantidade de caminhões, chega a 17.466.728.

    De acordo com o estudo, são aproximadamente 120 milhões de veículos, número 35% maior que a frota de 10 anos atrás, quando havia cerca de 80 milhões de veículos em circulação pelo país.

    No Dia Mundial Sem Carro, o Movimento Nossa Brasília e a Rodas da Paz promovem vaga viva no Setor Comercial Sul. (Antonio Cruz/Agência Brasil)
    No Dia Mundial Sem Carro, Rodas da Paz promovem vaga viva no Setor Comercial Sul- Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

    O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, considera preocupante o aumento de veículos nas ruas. “[Os veículos] são responsáveis pela poluição, prejudicam a saúde da população, trazem outros transtornos no trânsito, além do impacto financeiro nos municípios, que, na maioria das vezes, não têm estrutura para receber esse fluxo intenso”, destacou.

    Os dados do levantamento também apontam que, apesar de pouca capacidade de transportar pessoas, 52% dos condutores preferem usar o veículo de passeio particular. A escolha de motocicletas figura na segunda posição, com a preferência de 28% dos condutores. E o transporte coletivo representa apenas 1% da frota.

    A confederação destaca que, apesar do pouco interesse pelos ônibus, essa opção abarca nas viagens entre 24% e 26% dos passageiros transportados no sistema por dia.

    De acordo com a Secretaria Nacional de Trânsito, de 2018 a 2023, o Brasil registrou cerca de 1.048.575 de sinistros de trânsito, que são as ocorrências que resultaram em dano material, lesão corporal ou morte no trânsito. A Organização Mundial da Saúde (OMS) avalia que os sinistros de trânsito configuram a oitava principal causa de óbitos do Brasil, sendo que o país é o terceiro com o maior número de mortes no trânsito no planeta, atrás apenas da China e da Índia.

    O estudo da CNM propõe a promoção de alternativas de transporte público de qualidade, o estímulo ao compartilhamento de veículos e o investimento em infraestrutura viária inteligente, com o objetivo de proporcionar maior segurança ao cidadão.

    Edição: Fernando Fraga
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  • Ações policiais em favelas causam prejuízo de R$ 14 milhões por ano

    Ações policiais em favelas causam prejuízo de R$ 14 milhões por ano

    As ações policiais nas favelas do Rio de Janeiro causam um prejuízo de pelo menos R$ 14 milhões por ano aos moradores dessas comunidades. Eles relatam que, com as ações, ficam muitas vezes impedidos de ir ao trabalho ou precisam fechar os comércios locais, além de terem os estabelecimentos e produtos danificados em trocas de tiros e interrupções de fornecimento de serviços essenciais como eletricidade e água.

    As informações são da pesquisa, inédita, Favelas na Mira do Tiro: Impacto da Guerra às Drogas na Economia dos Territórios, lançada nesta segunda-feira (18) pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC).

    “É muito dinheiro e é um dinheiro que faz falta. É o custo que essas pessoas estão pagando por uma guerra que elas não pediram para estar. É o custo causado por ações violentas e desordenadas do próprio Estado”, disse a socióloga Rachel Machado, coordenadora de pesquisa do CESeC.

    Rio de Janeiro (RJ) 15/09/2023 – As ações policiais nas favelas do Rio de Janeiro causam um prejuízo de pelo menos R$ 14 milhões por ano aos moradores dessas comunidades Foto: Tânia Regô/Agência Brasil
    Rio de Janeiro (RJ) 15/09/2023 – As ações policiais nas favelas do Rio de Janeiro causam um prejuízo de pelo menos R$ 14 milhões por ano aos moradores dessas comunidades Foto: Tânia Regô/Agência Brasil
    Ações policiais nas favelas do Rio de Janeiro causam um prejuízo de pelo menos R$ 14 milhões por ano aos moradores dessas comunidades – Foto Tânia Rêgo/Agência Brasil

    A pesquisa foi feita com 400 moradores do Complexo da Penha e com 400 do Complexo de Manguinhos, ambos na zona norte da cidade. Os dois territórios foram os com maior incidência de tiroteios decorrentes de ações policiais entre junho de 2021 e maio de 2022, de acordo com dados do Instituto Fogo Cruzado, que reúne informações sobre violência armada no Rio de Janeiro e em outras localidades.

    Foram entrevistados também 303 comerciantes das favelas Vila Cruzeiro, na Penha, e Mandela de Pedra, em Manguinhos, as mais afetadas pelas trocas de tiros dentro desses complexos.

    Os dados mostram que 60,4% dos moradores dos complexos da Penha e de Manguinhos, que exerciam atividades remuneradas, ficaram impedidos de trabalhar por causa de operações policiais que ocorreram ao longo do ano que antecedeu a pesquisa. Eles relatam que perderam, em média, 7,5 dias de trabalho, o equivalente a uma semana e meia ou 2,8% de um ano com 264 dias úteis.

    Considerando que renda média da população acima de 18 anos de idade nesses territórios é R$ 1.652 por mês, o trabalho que deixa de ser realizado por causa das ações policiais gera uma perda anual de R$ 9,4 milhões. Esse valor é somado aos prejuízos decorrentes da reposição ou reparo de bens danificados pelas ações violentas, que chegam a R$ 4,7 milhões por ano nos dois complexos.

    O estudo estima, então, um prejuízo anual de aproximadamente R$ 14 milhões em consequência das ações policiais.

    “As operações acontecem de manhã, na hora que as crianças estão indo para as escolas, que as crianças estão fazendo suas atividades e pessoas estão indo trabalhar. Muitos moradores ficaram sem trabalhar, impedidos de sair de casa e também relataram prejuízos com bens que foram avariados, destruídos e precisaram ou consertar ou repor esses bens por conta de tiroteios, por conta de ações da polícia”, disse Rachel Machado.

    A pesquisa mostra ainda que 56,6% dos moradores relataram ficar impedidos de utilizar os meios de transporte; 42,8% de realizar atividades de lazer; 33,3% de receber encomendas; 32,3% não conseguiram comparecer a consultas médicas, e 26% não puderam estudar.

    Comércio fechado

    Com a participação dos moradores, a pesquisa mapeou todos os 367 estabelecimentos da Vila Cruzeiro e da Mandela de Pedra. Desses, 303 seguiam em funcionamento no momento da aplicação dos questionários. Apenas para o comércio local, somadas as perdas com a diminuição das vendas e atendimentos e os custos de reparo e reposição, o prejuízo total com as operações policiais foi estimado em R$ 2,5 milhões por ano, o que representa 34,2% do faturamento desses empreendimentos.

    Os tiroteios com agentes de segurança causaram o fechamento temporário de 51,3% dos estabelecimentos da Vila Cruzeiro e de 46,3% de Mandela de Pedra nos 12 meses anteriores à pesquisa. Em ambas as favelas, 51,2% dos empreendimentos tiveram diminuição em suas vendas e/ou atendimentos.

    Na Vila Cruzeiro, 18,7% dos comerciantes tiveram bens danificados ou destruídos em decorrência de ações policiais nos 12 meses anteriores à pesquisa. Em Mandela de Pedra, esse percentual foi de 9%.

    “Esse impacto que os comerciantes relataram é um impacto muito grande e não é apenas no dia da operação que eles fecham e perdem o faturamento do dia, no dia seguinte à operação a favela não se porta normalmente. Pessoas morrem, fica um clima de ansiedade, de violência e insegurança. Então, tem perda não apenas no momento específico da operação, mas também alguns dias depois”, disse Rachel Machado.

    Perdas incalculáveis

    Rio de Janeiro (RJ) 15/09/2023 – As ações policiais nas favelas do Rio de Janeiro causam um prejuízo de pelo menos R$ 14 milhões por ano aos moradores dessas comunidades Foto: Tânia Regô/Agência Brasil
    Ações policiais nas favelas do Rio de Janeiro causam um prejuízo de pelo menos R$ 14 milhões por ano aos moradores – Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

    A pesquisa é a quarta etapa do projeto Drogas: Quanto Custa Proibir. As pesquisas anteriores focaram nos impactos no orçamento público, na educação, com o fechamento de escolas, e na saúde, tanto com o fechamento de postos como na saúde mental e física das populações das áreas de conflito.

    Rachel Machado explicou que essa etapa da pesquisa calcula as perdas que podem ser valoradas. Mas, segundo ela, é importante lembrar que as operações e a violência constantes nas favelas deixam marcas que não podem ser estimadas. “Existem os custos que essas pessoas têm que muitas vezes pagam com a vida, que a gente não calcula, que não são prejuízos reparáveis. Essas pessoas perdem suas vidas e essas operações causam muita dor, muito sofrimento”, disse.

    De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), do governo estadual, 1.327 pessoas morreram em ações das forças de segurança do estado do Rio de Janeiro em 2022, o equivalente a 29,7% de todas as mortes violentas (homicídios dolosos, mortes decorrentes de ação policial, roubo seguido de morte e lesão corporal seguida de morte) registradas no ano, que totalizaram 4.473.

    Segundo o Instituto Fogo Cruzado, nos últimos 7 anos, entre julho de 2016 e julho de 2023, as ações e operações policiais foram o principal motivo para vitimar crianças e adolescentes. Nesse período, 112 crianças e adolescentes foram mortas e 174 ficaram feridas.

    Ainda segundo o instituto, desde o início deste ano, 100 agentes de segurança pública foram baleados na região metropolitana do Rio de Janeiro. Desse total, 44 morreram e 56 ficaram feridos.

    “Sabemos que esses territórios são majoritariamente negros e são essas mães que choram a morte de seus filhos nessas ações. Frequentemente temos crianças que são mortas nessas ações policiais. A conta não bate, não vale a pena por uma dita guerra às drogas que, na verdade, causa sofrimento e dor para os territórios das favelas e para as pessoas negras majoritariamente que estão lá. É uma guerra que é territorializada e que não cumpre com seu objetivo específico, que é diminuir a circulação, o tráfico e a venda de drogas, mas que, por outro lado, causa dor, sofrimento e morte, além dos impactos econômicos que a gente menciona na pesquisa”, avalia Rachel Machado.

    Outro lado

    A Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro (SEPM), disse, em nota, que as ações da corporação são planejadas “com base em informações de inteligência, sendo pautadas por critérios técnicos e pelo previsto na legislação vigente, tendo como preocupação central a preservação de vidas”.

    A SEPM disse que, junto ao governo do estado, vem investindo em treinamento, nas melhorias das condições de trabalho dos policiais e em equipamentos “para que as ações da corporação sejam cada vez mais técnicas e seguras para seus integrantes e a sociedade”.

    Outra medida que vem sendo tomada pela secretaria é a utilização de câmeras operacionais individuais são usadas pelos policiais em serviço. No Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), segundo a secretaria, há um sistema que permite o monitoramento em tempo real dos policiais que estão usando as câmeras, sendo possível saber sua localização exata e a ter contato com ele, caso seja necessário.

    Rio de Janeiro (RJ) 15/09/2023 – As ações policiais nas favelas do Rio de Janeiro causam um prejuízo de pelo menos R$ 14 milhões por ano aos moradores dessas comunidades Foto: Tânia Regô/Agência Brasil
    Rio de Janeiro (RJ) 15/09/2023 – As ações policiais nas favelas do Rio de Janeiro causam um prejuízo de pelo menos R$ 14 milhões por ano aos moradores dessas comunidades Foto: Tânia Regô/Agência Brasil

    A SEPM informou que todos os 39 batalhões de área em todo o estado já receberam as câmeras corporais, assim como algumas unidades especializadas.

    Já a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) disse, em nota, que realiza planejamentos prévios detalhados, com base em informações de inteligência, incluindo mapeamento de local, em todas as operações. “As ações da instituição sempre priorizam a preservação de vidas, tanto dos agentes quanto dos cidadãos”, disse.

    A Sepol informou que conta ainda com a Agência Central de Inteligência, a maior do ramo da segurança pública estadual do país, que assessora a tomada de decisões estratégicas e operacionais no combate ao crime.

    “A atuação em comunidades é parte das ações de combate à criminalidade e se trata de um trabalho fundamental, uma vez que as organizações criminosas utilizam os recursos advindos com as práticas delituosas para financiar seus domínios territoriais, com a restrição de liberdade dos moradores das regiões ocupadas por elas”, disse a Sepol.

    Edição: Fernando Fraga
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  • Serviços crescem 0,5% no país em julho

    Serviços crescem 0,5% no país em julho

    O volume de serviços no Brasil cresceu 0,5% em julho deste ano, na comparação com o mês anterior. Essa foi a terceira alta consecutiva do indicador, que acumula ganhos de 2,2% nesse período de três meses.

    Os serviços também apresentaram altas de 3,5% na comparação com julho do ano passado, 4,5% no acumulado do ano e 6% no acumulado de 12 meses, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados nesta quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Com o resultado, o setor de serviços está 12,8% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas ainda 0,9% abaixo do patamar de dezembro do ano passado, quando atingiu volume recorde da série histórica iniciada em 2012.

    A receita nominal do setor de serviços apresentou taxas de crescimento de 0,2% na comparação com junho, 4,6% em relação a julho do ano passado, 8,5% no acumulado do ano e 11% no acumulado de 12 meses.

    Três das cinco atividades investigadas pelo IBGE apresentaram alta no volume na passagem de junho para julho, com destaque para os transportes (0,6%).

    Segundo o pesquisador do IBGERodrigo Lobo, o setor épuxado pelo transporte de cargas rodoviário, que vem registrando crescimento desde o pós-pandemia, devido ao comércio eletrônico.

    Mais recentemente também há demanda do transporte rodoviário de cargas pelo setor agrícola. “O LSPA [Levantamento Sistemático da Produção Agrícola] vem prevendo uma série de recordes de safra para o milho e a soja. Isso aumenta muito a demanda do transporte de cargas, tanto pelo fluxo de insumos, como os fertilizantes, quanto pelo próprio escoamento da produção agrícola”, afirma o pesquisador.

    Além dos transportes, também apresentaram alta os setores de serviços prestados às famílias (1%) e de outros serviços (0,3%).

    Por outro lado, apresentaram quedaos serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%) e informação e comunicação (-0,2%).

    As atividades turísticas, analisadas separadamente pela PMS, apresentaram crescimento 0,7% de junho para julho.Com isso, o segmento se encontra 6,2% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 1,4% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

    Edição: Graça Adjuto
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  • Empresas brasileiras internacionais aumentam investimentos no exterior

    Empresas brasileiras internacionais aumentam investimentos no exterior

    Pesquisa da Fundação Dom Cabral (FDC) mostra que a maioria das empresas brasileiras que atuam no exterior aumentou os investimentos no mercado externo nos últimos dois anos. O estudo teve o apoiodaAgência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, do governo federal.

    Segundo o levantamento “Trajetórias FDC de Internacionalização das Empresas Brasileiras”, divulgado nessa terça-feira(12), 45,1% das empresas brasileiras internacionais aumentaram os investimentos no exterior; 38,2%mantiveram no mesmo patamar;e 16,8%reduziram.

    A maior parte das empresas ouvidas (56,9%) disse que aumentou os investimentos no Brasil; 38,2%, que mantiveram no mesmo patamar; e 12,1%, que reduziram.

    A pesquisa ouviu 237 empresas brasileiras internacionais, principalmente as que atuam com exportação ou que têm subsidiárias no exterior. Entre as pesquisadas, a maior parte é do ramo do comércio (16,5%), seguido de fabricação de máquinas e equipamentos (10,2%), e fabricação de produtos químicos (7,1%).

    Segundo o levantamento, 54,6% das empresas ouvidas disseram que os resultados financeiros no exterior melhoraram nos últimos dois anos; 27%, que se mantiveram estáveis, e 18,3%, que reduziram.

    O resultado é muito parecido com o que as empresas afirmaram sobre seus resultados no mercado doméstico: 57,9% disseramque os resultados melhoraram; 22,4%, que se mantiveram estáveis; e 19,7%, que reduziram.

    Planos para o futuro

    Apenas 10,5% das empresas ouvidas disseram que planejamdiminuir as operações nos mercados externos em que elas já atuam, nos próximos dois anos. Segundo a pesquisa, os motivos são atribuídos, em geral, a fatores como os impactos da pandemia da covid-19, a guerra na Ucrânia, o aumento de fretes, os altos juros e inflação.

    Já 64,4% das empresas afirmaram que planejam, nos próximos dois anos, a expansão nos mercados em que já atuam. “Os principais motivos para essa expansão são: novas possibilidadesno exterior, crescimento do e-commerce, consolidação de alianças e parcerias, oferta de produtos inovadores, investimento em qualificações técnicas e operacionais e maior reconhecimento da marca”, diz o texto da pesquisa.

    Edição: Graça Adjuto
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  • Empresas brasileiras internacionais aumentam investimentos no exterior

    Empresas brasileiras internacionais aumentam investimentos no exterior

    Pesquisa da Fundação Dom Cabral (FDC) mostra que a maioria das empresas brasileiras que atuam no exterior aumentou os investimentos no mercado externo nos últimos dois anos. O estudo teve o apoiodaAgência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, do governo federal.

    Segundo o levantamento “Trajetórias FDC de Internacionalização das Empresas Brasileiras”, divulgado nessa terça-feira(12), 45,1% das empresas brasileiras internacionais aumentaram os investimentos no exterior; 38,2%mantiveram no mesmo patamar;e 16,8%reduziram.

    A maior parte das empresas ouvidas (56,9%) disse que aumentou os investimentos no Brasil; 38,2%, que mantiveram no mesmo patamar; e 12,1%, que reduziram.

    A pesquisa ouviu 237 empresas brasileiras internacionais, principalmente as que atuam com exportação ou que têm subsidiárias no exterior. Entre as pesquisadas, a maior parte é do ramo do comércio (16,5%), seguido de fabricação de máquinas e equipamentos (10,2%), e fabricação de produtos químicos (7,1%).

    Segundo o levantamento, 54,6% das empresas ouvidas disseram que os resultados financeiros no exterior melhoraram nos últimos dois anos; 27%, que se mantiveram estáveis, e 18,3%, que reduziram.

    O resultado é muito parecido com o que as empresas afirmaram sobre seus resultados no mercado doméstico: 57,9% disseramque os resultados melhoraram; 22,4%, que se mantiveram estáveis; e 19,7%, que reduziram.

    Planos para o futuro

    Apenas 10,5% das empresas ouvidas disseram que planejamdiminuir as operações nos mercados externos em que elas já atuam, nos próximos dois anos. Segundo a pesquisa, os motivos são atribuídos, em geral, a fatores como os impactos da pandemia da covid-19, a guerra na Ucrânia, o aumento de fretes, os altos juros e inflação.

    Já 64,4% das empresas afirmaram que planejam, nos próximos dois anos, a expansão nos mercados em que já atuam. “Os principais motivos para essa expansão são: novas possibilidadesno exterior, crescimento do e-commerce, consolidação de alianças e parcerias, oferta de produtos inovadores, investimento em qualificações técnicas e operacionais e maior reconhecimento da marca”, diz o texto da pesquisa.

    Edição: Graça Adjuto
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  • CDL recebe dados da pesquisa que indicou vencedores do Oscar do Varejo 2023

    CDL recebe dados da pesquisa que indicou vencedores do Oscar do Varejo 2023

    Foi entregue nesta segunda-feira (04) para a CDL de Lucas do Rio Verde, o relatório final da pesquisa que indicou os vencedores no Oscar do Varejo 2023. O evento é realizado anualmente pela Câmara de Dirigentes Lojistas e tem como objetivo premiar as empresas associadas à entidade.

    A entrega do documento foi feita pelo reitor do UniLaSalle de Lucas do Rio Verde, Irmão Marcos Corbelini. Ele destacou a preocupação da CDL em tornar o processo o mais transparente possível. Corbelini lembrou que, além da votação que indicou os vencedores em mais de 140 areas de atuação, a pesquisa também é uma importante ferramenta para os comerciantes. Os consumidores que responderam ao questionário também colaboraram com informações sobre consumo para o período de fim de ano.

    O presidente da CDL, Petronilio de Souza, enalteceu a parceria com o UniLaSalle, responsável pela elaboração da pesquisa e tabulação dos resultados. Petronilio  agradeceu por mais uma edição da pesquisa e adiantou que, a partir de agora, a entidade começa a planejar o evento que marcará a entrega dos troféus aos comércios e empresas destaque em Lucas do Rio Verde.

    Segundo a CDL, 4.471 pessoas iniciaram o processo de cadastraram no site da campanha. Porém, 3.945 confirmaram o cadastro. Destes, 3.741 iniciaram a votação, mas ‘apenas’ 2.575 concluíram a votação. Esse último grupo concorreu a três prêmios de R$ 500 em dinheiro, com transferência via Pix.