Em uma operação realizada nesta segunda-feira (17), a Polícia Federal apreendeu uma carga de 1,2 tonelada de cocaína avaliada em R$ 100 milhões. O entorpecente, encontrado em Mato Grosso, chamou a atenção das autoridades por estar embalado com pacotes que estampavam o rosto do lendário ex-jogador de futebol Pelé.
A droga estava escondida em um caminhão que transitava pela região de Cáceres, cidade próxima à fronteira com a Bolívia. As investigações indicam que a cocaína seria enviada para o exterior, utilizando portos brasileiros como ponto de saída.
A utilização da imagem de Pelé nas embalagens sugere uma tentativa dos traficantes de criar uma “marca” para o produto, facilitando sua identificação no mercado internacional de drogas. As autoridades continuam as investigações para identificar os responsáveis pelo carregamento e desarticular a rede criminosa envolvida.
Esta apreensão representa um duro golpe no tráfico internacional de drogas e destaca a importância das operações conjuntas entre as forças de segurança para combater o crime organizado na região.
Se estivesse vivo, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, completaria 84 anos nesta quarta-feira (23). Apesar de ter se despedido dos gramados em 1977, o legado que o Atleta do Século deixou impacta, inclusive, gerações que não o viram em campo. É o que mostra um levantamento realizado pelo Museu do Futebol em parceria com a Agência Galo que identificou mais de 300 termos utilizados pelo público, em diferentes faixas etárias, para se referirem ao camisa 10. As menções foram captadas entre os dias 23 de julho e 22 de agosto deste ano.
O apelido “Rei do Futebol”, pelo qual Pelé é mundialmente conhecido, reflete-se no levantamento. A palavra “Rei” aparece em 59% das menções, sendo a mais utilizada entre todas as gerações, seguida, justamente, pelo termo “futebol”. Já a terceira lembrança mais citada pelos brasileiros, de acordo com a pesquisa, é “craque”.
No recorte específico das pessoas de até 25 anos, o destaque são os termos “Brasil” e “Santos”. Pela camisa da seleção canarinho, Pelé foi tricampeão mundial, enquanto vestindo a camisa do Peixe o camisa 10 conquistou 24 títulos, entre eles dois Mundiais Interclubes e duas Libertadores, além de marcar 1.091 de seus 1.283 gols. Já entre aqueles com mais de 60 anos, portanto que puderam ver o Rei do Futebol jogar, os termos em evidência são “gol” e “melhor”.
O levantamento também foi estratificado pelas cinco regiões do país. No Sudeste há menções como “gênio”, “lenda” e “melhor do mundo” No Nordeste, “campeão” e “fenômeno”. No Sul, “gol” e “craque”. No Norte as palavras mais lembradas são “ídolo” e “único”. Por fim, no Centro-Oeste, “seleção” e “sucesso” foram os termos associados a Pelé, que faleceu em dezembro de 2022 em decorrência de um câncer de cólon.
Há algumas referências curiosas a momentos da vida de Pelé. Casos de “Xuxa”, alusivo ao relacionamento do Atleta do Século com a artista, “ministro”, recordando a passagem do Rei do Futebol pela pasta de Esportes no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso entre 1995 e 1998, e até “Maradona”, por conta da rivalidade com o ídolo argentino pelo posto de maior jogador de futebol da história.
Sala Pelé
Inaugurado em setembro de 2008, o Museu do Futebol passou por sua primeira grande reformulação no final do ano passado, sendo reaberto em julho. Uma das novidades foi a criação de uma sala dedicada a Pelé. Recentemente o espaço recebeu a camisa do New York Cosmos utilizada pelo Rei do Futebol no último jogo da carreira, um amistoso entre a equipe dos Estados Unidos e o Santos (o Cosmos ganhou por 2 a 1, sendo um dos gols marcados pelo próprio Atleta do Século, que atuou meio tempo por cada time).
“Pelé parou de jogar há 50 anos e segue na memória brasileira do futebol, pois ele nos habita, representa o desejo, o instinto, possibilidades”, afirmou Leonel Kaz, um dos curadores do projeto de renovação do Museu, com Marcelo Duarte e Marília Bonas.
O Museu do Futebol fica no Estádio do Pacaembu, na Praça Charles Miller, em São Paulo. O local funciona de terça-feira a domingo, das 9h (horário de Brasília) às 18h, com acesso permitido até 17h. Os ingressos custam R$ 24 (inteira) e R$ 12 (meia), sendo que a entrada é gratuita para crianças de até sete anos e para todos às terças.
O futebol brasileiro tem, a partir desta terça-feira (2), uma data oficial para celebrar aquele que é considerado o maior jogador de futebol de todos os tempos, Edson Arantes do Nascimento, Pelé. A Lei nº 14.909, de 1º de julho de 2024 que institui o Dia do Rei Pelé, está publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União.
A lei sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, determina o 19 de novembro como a data que marca a homenagem ao mais famoso camisa 10 da história do futebol mundial, falecido em dezembro de 2022. Nesse dia, em 1969, Pelé marcou o seu milésimo gol, na partida entre o Santos e o Vasco da Gama no Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã.
Expectativa pelo milésimo
Naquele 19 de novembro de 1969, a expectativa pelos mil gols de Pelé era enorme. Torcedores de clubes de futebol do Brasil e também internacionais tinham suas atenções voltadas para o Maracanã. Toda a imprensa brasileira e jornalistas estrangeiros já haviam reservado os espaços no estádio para acompanhar de perto o feito inédito de um jogador de futebol atingir a marca dos mil gols. E esse jogador era Pelé, o Atleta do Século.
Pelé, Fotografia de um dos gols marcados pelo Brasil na vitória sobre a Argentina em jogo válido pela Copa Roca de 1957. – Arquivo Nacional/ Correio da Manhã
A marca dos 999 gols foi atingida dias antes, no jogo amistoso contra o Botafogo da Paraíba, quando o Santos venceu por 3 a 0, no Estádio José Américo de Almeida, em João Pessoa. Mas a expectativa da torcida pelo segundo gol de Pelé no jogo, e milésimo na carreira, acontecer em solo paraibano foi frustrada quando ele assumiu a função de goleiro após a lesão do titular da posição.
No dia 16 de novembro, um domingo, a equipe santista voltava a jogar fora de São Paulo. Desta vez, em Salvador, contra o Bahia, pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa. O jogo terminou empatado em 1 a 1, e Pelé não marcou.
Três dias depois, noite de quarta-feira, no Rio de Janeiro, mais de 65 mil pessoas estavam no Maracanã. Para o momento histórico, todo um esquema foi montado pelas emissoras de televisão, visando a cobertura do milésimo gol do Rei do Futebol. Um plano de segurança, inclusive, foi colocado em ação a fim de evitar a invasão do gramado.
Enfim, o gol histórico
O Santos entrou em campo com o seu uniforme tradicional, todo de branco. O time tinha como treinador Antoninho, que escalou a equipe com jogadores como Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Clodoaldo, Lima, Edu e o camisa 10, Pelé. O Vasco, do técnico Célio de Souza, tinha no gol o argentino Andrada, a zaga formada por Fidélis, Moacir, Renê e Eberval; o meio de campo formado por Fernando, Buglê, Benetti; e o ataque com Acelino, Adilson e Danilo Menezes. O árbitro da partida foi Manoel Amaro de Lima.
O Santos começou o jogo dominando o time de São Januário, mas foi o Vasco que abriu o placar do Maracanã, com Benetti, aos 16 minutos do primeiro tempo. O primeiro tempo terminou com 1 a 0 para a equipe carioca. Na segunda etapa, o Santos conseguiu o empate logo aos 10 minutos, com um gol contra de Renê. Após o gol, o time santista continuou pressionando o Vasco.
O pênalti aconteceu aos 33 minutos, quando Pelé foi derrubado na área, após receber um passe de Clodoaldo. Manoel Amaro não teve dúvida e apontou para a marca de cobrança da penalidade. Na hora da cobrança, apenas Pelé, a bola e o goleiro Andrada estavam na área, os demais jogadores das duas equipes ficaram reunidos no meio de campo. Ninguém parecia admitir a possibilidade de desperdício daquela penalidade.
O camisa 10 precisou de três passos, deu a paradinha e com o pé direito colocou a bola com um chute rasteiro no canto esquerdo do goleiro. Andrada ainda conseguiu tocar na bola, mas não evitou o gol mil de Pelé, exatamente aos 34 minutos e 12 segundos.
Diferentemente, das comemorações anteriores, o Rei do Futebol não deu o soco no ar. Foi até o fundo do gol e pegou a bola. Neste momento, os jornalistas que estavam atrás do gol invadiram o gramado e levantaram Pelé, colocando-o nos ombros. O nome do craque santista era ouvido em todo o Maracanã, no grito dos torcedores.
Naquele instante, vestiram uma camisa com o número 1000, com a qual Pelé deu a volta olímpica no Maracanã. Seguido pela imprensa e em um dos maiores momentos de sua carreira, o maior camisa 10 de todos os tempos não aproveitou os microfones para exaltar seus feitos ou agradecer a quem o ajudou na carreira, como seria esperado. Em vez disso, pediu às autoridades para não esquecerem das crianças, das pessoas pobres e dos idosos.
“Pelo amor de Deus, olha o Natal das crianças, olha Natal das pessoas pobres, dos velhinhos cegos. Tem tantas instituições de caridade por aí. Pelo amor de Deus, vamos pensar nessas pessoas. Não vamos pensar só em festa. Ouça o que eu estou falando. É um apelo, pelo amor de Deus. Muito obrigado”, disse o Rei, encerrando um dos mais gloriosos capítulos do Maracanã, dele próprio e do futebol brasileiro.
Nesta sexta-feira (29) faz um ano do dia em que o mundo do futebol se despediu de sua realeza. A morte de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, aos 82 anos, após complicações de um câncer de cólon, foi manchete no planeta inteiro. Os dribles, os gols e o sorriso do Atleta do Século, que ficam na lembrança, mexem ainda mais com quem teve a oportunidade de conviver com o Rei.
“Trabalhei com ele por 16 anos. [Fizemos] Toda a catalogação do acervo dele, perto de 2,5 mil peças. Fizemos excursões por América do Sul, África, Brasil. [Pelé] Era um patrão excelente, um grande coração, um cara que prezava muito por quem estava por perto, que ajudava muito as pessoas. Tem o lado que poucos conhecem, o de Edson”, destacou Rogério Zilli, curador do Memorial das Conquistas do Santos Futebol Clube.
Inaugurado há 20 anos, o Memorial reúne itens alusivos aos momentos mais importantes da centenária história do Peixe. Não à toa, tem um espaço dedicado exclusivamente a Pelé, que defendeu o clube por 18 anos e conquistou inúmeros títulos, como dois Mundiais Interclubes, duas Libertadores e seis Campeonatos Brasileiros. Entre os artigos, estão camisas antigas e os contratos do Atleta do Século, com destaque ao último, vigente entre 1972 e 1974. A visita simples ao museu – que fica na própria Vila Belmiro, estádio alvinegro, em Santos (SP) – custa R$ 25.
Torcedor santista e xará do Rei do Futebol – inclusive, também apelidado de Pelé -, Edson Fernando Dias veio de Campo Limpo Paulista (SP) para visitar o Memorial do Peixe. Metalúrgico aposentado, trouxe o filho, Danilo, para celebrar o aniversário e conhecer mais à fundo a história do clube e, naturalmente, do eterno camisa 10.
“Tem muita coisa que a gente já viu, mas em internet e na televisão. Estar aqui, ver ao vivo, não tem palavras para explicar. É uma coisa que dá muito orgulho, de cada vez mais alimentar a paixão pelo clube”, disse Edson.
Ele foi uma das 230 mil pessoas que saíram de vários cantos do Brasil e do mundo para estar presente na Vila Belmiro, entre 2 e 3 de janeiro, para o velório de Pelé. O sepultamento ocorreu no Memorial Necrópole Ecumênica, maior cemitério vertical do mundo, após cortejo fúnebre por ruas de Santos.
Inicialmente, o corpo ficaria no nono andar do cemitério, em homenagem ao pai de Pelé, Dondinho, que usava a camisa 9 quando jogador. Um acordo com a família do Rei, porém, resultou na criação de um mausoléu no primeiro andar do cemitério, para facilitar a visitação dos fãs.
O espaço tem 200 metros quadrados, decorado com grama sintética e camisas que o ex-jogador utilizou no Santos, na seleção brasileira e no Cosmos (time dos Estados Unidos). O caixão com o corpo de Pelé é dourado. Na entrada, há duas estátuas do Atleta do Século em tamanho real. O local, inaugurado em maio, recebeu mais de sete mil visitantes em 2023, de acordo com o Memorial. A entrada é gratuita, sendo necessário cadastro prévio no site do cemitério.
No Centro de Santos, outra referência ao eterno camisa 10 ganhou mais visibilidade ao longo do primeiro ano da morte do Rei. Fundado em 2014, o Museu Pelé, com mais de 600 itens do acervo pessoal do Atleta do Século, também tem entrada gratuita e se tornou ponto de visitação obrigatório na cidade.
“O número de turistas [ao Museu Pelé] aumentou demais, aumentou cinco vezes. Vêm pessoas do interior de São Paulo e outros estados, até mesmo de fora do país. Quem viu Pelé jogando fica mais emocionado e se identifica muito mais. A gente percebe que principalmente os estrangeiros têm uma adoração absurda pelo Pelé”, afirmou Kuka Herrador, chefe de Equipamentos e Atrações Turísticas da Prefeitura de Santos.
Homenagens
As homenagens a Pelé não se limitaram aos dias seguintes à morte. Durante o ano, vários jogos de futebol no país respeitaram um minuto de silêncio antes de a bola rolar. Na Supercopa do Brasil, entre Palmeiras e Flamengo, duas filhas do Rei, Flávia e Kely Nascimento, subiram no gramado do Estádio Mané Garrincha com as Taças Jules Rimet das Copas do Mundo que o pai ajudou a seleção brasileira a conquistar em 1958, 1962 e 1970.
Em São Paulo, as competições organizadas pela Federação Paulista de Futebol (FPF), da base ao profissional, ganharam uma coroa no troféu, em homenagem a Pelé. Um deles, o do Campeonato Paulista sub-12, ficou com o Santos. A maior parte das taças foram para o Palmeiras, que além de vencer o Paulistão, ganhou a Copa São Paulo e os Estaduais sub-11, sub-13, sub-15 e sub-20, todos no masculino.
A Série A do Campeonato Brasileiro, por sua vez, recebeu o nome de Brasileirão Rei. Ironicamente, porém, foi justamente na edição que prestou reverência ao maior ídolo que o Santos foi rebaixado à segunda divisão pela primeira vez.
Fora do futebol, mas ainda no esporte, Pelé deu nome aos troféus oferecidos aos melhores atletas do ano, masculino e feminino, no Prêmio Brasil Olímpico, realizado no último dia 15 de dezembro. Entre os homens, o ganhador, de maneira inédita, foi o arqueiro Marcus D’Almeida, enquanto a ginasta Rebeca Andrade venceu a disputa das mulheres pela terceira vez.
Trecho da Avenida Presidente Castelo Branco, mais conhecida como Radial Oeste, é batizado Avenida Rei Pelé nas imediações do Estádio do Maracanã. – Fernando Frazão/Agência Brasil
Pelé virou nome de estádio em Três Corações (MG), sua cidade natal. Também batizou avenidas Brasil afora, como a Radial Oeste, no entorno do Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. E foi eternizado na língua portuguesa, ao se tornar verbete no dicionário Michaelis, depois de uma campanha da Pelé Foundation e do Santos.
“Que ou aquele que é fora do comum, que ou quem em virtude de sua qualidade, valor ou superioridade não pode ser igualado a nada ou a ninguém”. Ou simplesmente, Pelé.
De contos fascinantes de triunfo às histórias não contadas por trás de momentos icônicos, a Netflix trouxe documentários esportivos que oferecem uma jornada emocionante pelos altos e baixos da arena esportiva.Se você é um fã fervoroso ou um praticante de esportes, esta coleção mostra o poder de contar histórias para capturar o espírito, a paixão e a pura determinação que definem o mundo dos esportes.
‘F1: Drive to Survive’ (2019-)
F1: Drive to Survive levará você aos bastidores das corridas do Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA.O show fornece um olhar íntimo sobre as intensas rivalidades, triunfos e desafios enfrentados pelas equipes e pilotos de F1 durante cada temporada de corrida.Com acesso sem precedentes, Drive to Survive captura o drama, a paixão e a competição de alto risco que definem o mundo da Fórmula 1.
‘Cheer’ (2020-2022)
O emocionante documentário esportivo Cheer mergulha no mundo competitivo das líderes de torcida universitárias.Ganhou três Primetime Emmy Awards. O show segue a equipe de torcida do Navarro College enquanto eles se esforçam pela perfeição em suas rotinas de alto risco.Através de histórias pessoais e treinamento intenso, explora a dedicação, o sacrifício e a camaradagem que definem esse esporte exigente e muitas vezes incompreendido.
‘Pelé’ (2021)
Pelé revela a extraordinária vida e carreira da lenda do futebol Pelé, que é o único homem a ganhar três Copas do Mundo de futebol.De um jovem prodígio no Brasil a se tornar um ícone global do futebol, o documentário dirigido por Ben Nicholas e David Tryhorn oferece um olhar íntimo sobre os triunfos e desafios enfrentados por um dos maiores atletas da história do esporte.
‘Ponto de ração’ (2023- )
A mais recente série documental Break Point centra-se em torno de alguns dos “jogadores de tênis mais emocionantes e talentosos do mundo, ao longo de sua competição em todos os quatro Grand Slams”, de acordo com a sinopse da gigante do streaming.Dos criadores de F1: Drive to Survive, o documentário oferece “uma perspectiva emocional e pessoal da vida e das jornadas dos jogadores – vitórias, derrotas e cada saque no meio”.
‘Beckham’ (2023)
A minissérie documental Beckham de Fisher Stevens se tornou uma das mais populares da gigante do streaming em menos de um mês após seu lançamento.Ele se aprofunda na ascensão meteórica e no impacto global do icônico jogador de futebol, David Beckham.Ele mostra o lado negro da fama, o escrutínio da mídia e o incidente de ele ter recebido um cartão vermelho na Copa do Mundo de 1998.
Nesta sexta-feira (8), o Brasil abre sua participação nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 diante da Bolívia, no estádio Mangueirão, em Belém, às 21h45 (horário de Brasília).
O começo da caminhada é também o primeiro compromisso de Fernando Diniz como técnico interino da seleção desde que foi anunciado para o cargo, em julho.
A estreia do Brasil terá transmissão ao vivo da Rádio Nacional. A jornada será aberta às 21h30, com narração deAndré Luiz Mendes,comentários de Waldir Luiz e reportagem de Bruno Mendes.
Fernando Diniz.Treino da Seleção Brasileira no Estádio Mangueirão, Belém do ParáAnunciado pela CBF em julho, o técnico interino comandará pela primeira vez a seleção brasileira masculina à beira do campo na noite desta sexta (8), na estreia contra a Bolívia, pelas Eliminatórias Sul-Americanas.- Vitor Silva/CBF/Direitos Reservados
Os 23 convocados pelo comandante do Fluminense começaram a se apresentar para os treinos em Belém na última segunda-feira (4). O último a chegar foi o atacante Gabriel Jesus, do Arsenal, chamado após a desconvocação de Antony, do Manchester United, investigado por agressões à ex-namoradaGabriela Cavallin.
A expectativa é que Diniz leve a campo a seguinte formação: Ederson, Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Renan Lodi; Casemiro, Bruno Guimarães, Neymar e Rodrygo; Raphinha e Richarlison.
Fora das primeiras listas depois da Copa de 2022, feitas por Ramon Menezes, Neymar, agora atuando no Al-Hilal, da Arábia Saudita, tem a chance de fazer história no Mangueirão. Se marcar, chega a 78 gols pelo Brasil, ultrapassa Pelé e se torna de forma isolada o maior artilheiro da história da seleção, de acordo com as contas da FIFA. Vale lembrar que, para a CBF, que contabiliza outros gols em amistosos, Pelé marcou 95 gols com a camisa verde e amarela.
Já se sabe que Neymar, assim como Pelé, usará a 10 nesta sexta-feira (8). A CBF divulgou a numeração para os dois próximos jogos da seleção pelas Eliminatórias.
Outro ponto de interesse é ver como o estilo de Diniz será colocado em prática na seleção. Contratado para fazer a ponte para o próximo técnico que deve assumir a partir de 2024 – especula-se o nome do italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid – Diniz, que tem um ano de contrato, é conhecido por ser adepto da manutenção da posse de bola desde o campo de defesa e pela preocupação com o lado estético do jogo, pensando em praticar um futebol vistoso. Nove atletas do grupo atual já foram treinados por ele em algum momento da carreira. Outros ainda estão sendo apresentados aos conceitos do treinador, como o volante Casemiro, que foi o capitão da seleção nos últimos jogos.
“Nós sabemos que cada treinador tem sua filosofia, suas qualidades, sua forma de jogar. O Fernando Diniz está nos mostrando vídeos, está nos dizendo como gosta de ver o time jogar. Já temos uma base que veio da Copa do Mundo. Não vai ser problema essa adaptação”, acredita Casemiro.
Depois da Bolívia, o Brasil enfrentará o Peru, em Lima, na próxima terça-feira (12), às 23h de Brasília. Com o aumento do número de participantes para 48 seleções na próxima Copa, agora as Eliminatórias Sul-Americanas fornecem seis vagas diretas e a possibilidade de mais uma na repescagem.
Como de costume, são dez países na disputa (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela) que se enfrentam em turno e returno, totalizando 18 partidas para cada equipe. A última rodada está prevista para acontecer em 9 de setembro de 2025. As seis primeiras rodadas serão disputadas ainda em 2023.
A morte do maior atleta de todos os tempos entristece todo o esporte. No mundo do futsal, os treinadores das Seleções Principais masculina e feminina repercutiram a partida de Pelé. Marquinhos Xavier destacou a alegria por ter descoberto uma ligação do craque com a modalidade.
“Tive a oportunidade de me aprofundar um pouco mais sobre a carreira do Pelé durante um estudo que fiz relacionando futebol com futsal e descobri uma grande paixão dele pelo nosso futsal. Encontrei fotos e arquivos dele praticando o nosso futsal. Isso me deixou muito feliz, passei uma vida inteira reverenciando o maior jogador daquela modalidade e ver a proximidade dele com a nossa me deixou super contente. O Pelé encorajou todos os brasileiros a buscarem um espaço no esporte mundial. Se chegamos até aqui, é porque ele e a geração dele fizeram com que a gente acreditasse que era possível”, declarou o treinador da Seleção Brasileira Masculina de Futsal.
O comandante da equipe feminina do Brasil de futsal, Wilson Saboia, também destacou o grande valor de Pelé para o esporte. Para ele, os feitos de Pelé são eternos.
“Rei do futebol, atleta do século. O maior de todos, o incomparável. Esse é o Rei Pelé! Conquistou uma Copa do Mundo aos 17 anos, Pelé é o atleta mais completo do mundo. Um beijo no coração de todos. Aliás, um beijo nos Três Corações”, acrescentou o comandante da Seleção Feminina, fazendo referência ao local de nascimento do craque.
O coordenador de futsal da CBF, Lavoisier Freire, também expressou pesar pela morte do Rei Pelé. O ex-goleiro destaca que o craque foi uma inspiração para todos os desportistas.
“É o ídolo de todos os tempos. São gerações que o acompanharam, desde o meu avô, veio passando de pai pra filho. Foi um ídolo para todos, temos apreço, respeito e creio que, na vida do futebol, não vai ter outro igual ao Pelé. Ele é único”, finalizou.
Reconhecida mundialmente como a Rainha do Futebol, Marta lamentou nesta quinta-feira (29) a morte do Eterno Rei. Ao lado de Edson Arantes do Nascimento, a também camisa 10 da Seleção Brasileira representa a realeza do esporte. Em um vídeo enviado ao Sportv, a atacante exaltou os ensinamentos de Pelé para o mundo do futebol.
“Meu Rei, nosso Rei, muito obrigada! Você mostrou o melhor, ensinou ao mundo com arte e maestria o poder único e de escala global de fomento, mobilização e engajamento do nosso tão amado esporte. Pelos seus pés, fomos e continuaremos abençoados pela sua arte. Te amo, Rei. Descanse em paz”, lamentou Marta.
A admiração entre Pelé e Marta sempre uma relação mútua. Em julho de 2021, o Rei reverenciou a atuação da Rainha na estreia dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Na ocasião, a atacante marcou dois gols na estreia brasileira diante da China.
“Quantos sonhos você acha que inspirou hoje? A sua conquista significa muito mais que um recorde pessoal. Ela simboliza a esperança de um mundo melhor, em que as mulheres conquistam muito mais espaço. Esse momento inspira milhões de atletas de tantas outras modalidades esportivas, de todos os lugares do mundo, que lutam por reconhecimento. Parabéns pela sua trajetória. Parabéns, pois você é muito mais que uma jogadora de futebol. Você ajuda a construir um mundo melhor com os seus pés”, celebrou Pelé em um post no Instagram.
O Rei e a Rainha estão eternizados no Museu Seleção Brasileira. Eternos camisas 10 do Brasil, Pelé e Marta estão homenageados em uma estátua de cera no principal centro de memória da Amarelinha. Recentemente, a “Realeza” ganhou a companhia de Mario Jorge Lobo Zagallo, o único a conquistar Copas do Mundo como jogador (1958 e 1962), técnico (1970) e também coordenador (1994).
O mundo está de luto. O Rei Pelé faleceu na tarde desta quinta-feira (29), após uma longa batalha contra o câncer no cólon. A notícia entristeceu a todos os súditos da areia e o Beach Soccer brasileiro rende homenagens ao eterno craque.
“Esse é um momento triste pro mundo, não só para o futebol. É uma notícia que nos abala muito, pelo amor que nós sentimos pela figura humana do Pelé e por ser o maior de todos os tempos, inigualável. Uma perda que nos vai deixar tristes por um longo período. Nossa gratidão a tudo o que o nosso Rei fez pelo futebol. A inspiração é o que ele deixa como legado para as futuras gerações”, afirmou Marco Otávio, técnico da Seleção Masculina da modalidade.
O técnico da Seleção Feminina, Fabrício Santos, exaltou a genialidade de Pelé. O profissional exaltou o legado do Rei levando a cultura brasileira para todo o mundo.
“Querido Pelé, a despedidasempre é dolorosa, obrigada por sempre levar através da bola a nossa cultura e o nosso povo ao ponto mais alto desse planeta. Sabemos que agora a missão é nossa transformando vidas e levando a nossa nação ao mais alto. Pelé, nós do Beach Soccer Feminino, estamos em luto e eternamente agradecidos. Vai com Deus, Rei! Obrigada por tudo!”, lamentou Fabrício Santos.
O coordenador de Beach Soccer da CBF, Eurico Pacífico, destacou os títulos de Pelé. Para ele, o legado do exemplo de carreira do craque pode ser aplicado em todas as modalidades.
“É um dia muito triste para o esporte. Perdemos o grande ídolo e atleta do século. Conquistou três Copas e deixa um legado fantástico para o esporte. Não só para o futebol, mas para todas as modalidades. O legado do Rei sempre será lembrado. No Brasil e em todo o mundo”, finalizou.
Nesta quinta-feira (29), o esporte se despediu do maior expoente da história do futebol. O Rei Pelé faleceu nesta tarde, após uma longa batalha contra o câncer no cólon. Fã incondicional do Eterno Camisa 10, a treinadora da Seleção Feminina, Pia Sundhage, lamentou a partida do ídolo aos 82 anos de idade.
“É uma grande perda. Pelé foi e será um dos meus maiores ídolos. Como sueca, li sobre a Copa do Mundo de 1958, quando estávamos tão perto de vencer, mas seu talento fez história. O melhor de todos os tempos. Obrigado por tudo, o mundo sentirá sua falta!”, lamentou Pia.
Desde criança, Pia tem uma grande admiração por Pelé. Quando o Rei conquistou a primeira Copa do Mundo pelo Brasil, em 1958, diante da seleção sueca, na Suécia, a treinadora ainda não havia nascido, mas ouviu as histórias de um jovem de 17 anos que brilhou naquele histórico Mundial. Foi o suficiente para tamanha admiração e, desde então, o nome “Pelé” passou a ser uma espécie de amuleto.
“A primeira vez que ouvi sobre o Pelé foi quando era criança e soube sobre a Copa do Mundo de 1958 na Suécia. Vi aquelas fotos e percebei o quão grande eram aqueles jogadores. Nesse meio tempo, eu ganhei um cachorro e coloquei o nome dele de Cruyff Pelé Beckenbauer. Para mim, Pelé significa muito, e uma das razões me remete o momento quando recebi a proposta para ser técnica da Seleção Brasileira, eu apenas disse ‘sim’, porque Pelé significa o Brasil”, relembra Pia.
“Quando eu tinha 6 anos de idade, não permitiam que eu jogasse bola, então tentamos mascarar isso de alguma forma. Ao invés de me chamarem de Pia, o meu técnico sugeriu que mudassem o meu nome para Pelle, que sugeriria o nome de um menino. Naquela época, só entendia que me chamavam de ‘Pelé’. Então, essa é a minha história quando comecei a jogar futebol”, contou.
Em novembro deste ano, a Seleção Brasileira Feminina enfrentou o Canadá, em Santos (SP). O clube santista surpreendeu a treinadora com a camisa do Rei Pelé. A sueca não escondeu a emoção de receber a eterna camisa 10 no palco emblemático da na Vila Belmiro. Na ocasião, Pia confessou:
“Estar aqui nesse lugar histórico (Vila Belmiro) e ganhar essa camisa, foi algo que fez meu dia melhor, isso é muito especial! Consegue imaginar agora ganhando essa camisa não com o meu nome, mas com o nome do Melhor Jogador do Mundo e ainda neste estádio histórico, isso significa muito! Eu nunca vou me esquecer desse dia!”, finalizou.