Tag: Pecuária

  • Cotações de boi gordo e carne no atacado renovam máximas em setembro

    Cotações de boi gordo e carne no atacado renovam máximas em setembro

    As cotações de boi gordo e de animais para reposição alcançaram níveis recordes em setembro, segundo levantamento do Cepea, refletindo a forte recuperação do setor. O Indicador do boi gordo CEPEA/B3 teve um expressivo aumento de 14,4% no acumulado do mês, encerrando o dia 30 a R$ 274,35. A média de setembro, de R$ 255,45, foi 8,7% superior à de agosto, evidenciando a tendência de alta.

    No mercado atacadista de carne com osso da Grande São Paulo, a valorização também foi significativa. A carcaça casada de vaca/novilha registrou alta de 15,2% em setembro, com o quilo chegando a R$ 17,73. Já a carcaça casada de boi subiu 12,2%, atingindo R$ 18,70 por quilo.

    Pesquisadores do Cepea explicam que, embora os reajustes nos preços tenham começado a surgir em julho e agosto, foi em setembro que as cotações recuperaram as perdas acumuladas durante o primeiro semestre. A estiagem severa, agravada pelas queimadas, reduziu a oferta de animais a pasto, enquanto a demanda aquecida pressionou os preços para cima. Este cenário resultou na renovação das máximas do ano para o boi gordo e a carne no atacado.

  • Mulheres compartilham experiências e conhecimentos na produção pecuária

    Mulheres compartilham experiências e conhecimentos na produção pecuária

    Segundo o último Censo Agropecuário (2017) quase 20% das propriedades com atividade pecuária são gerenciadas por mulheres. Pensando nesse público, a Embrapa Pecuária Sudeste desenvolveu um curso com foco só para o público feminino – pecuaristas de corte e de leite e extensionistas – atendendo às exigências de conteúdo e adequação de dias, horários e formato (on-line e presencial). A conclusão da capacitação ocorreu nesta quinta-feira, 26 de setembro, com um conteúdo específico para as técnicas. Os tópicos gerais foram finalizados na quarta-feira (25).

    Os encontros tiveram início ainda em agosto, na sede da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP). A continuidade dos assuntos foi trabalhada de forma virtual. Para fechar a capacitação, as alunas vivenciaram várias práticas no campo.

    A pesquisadora Claudia De Mori, da Embrapa, idealizadora do curso, conta que durante esses dois meses de aprendizagem e troca de experiências, especialistas de diversas áreas abordaram planejamento, manejos de pastejo e pastagem, estratégias de produção sustentáveis, bem-estar animal, melhoramento genético, entre outros assuntos.

    Para a pesquisadora, um efeito imediato da capacitação é a reflexão dessas 35 participantes sobre o processo de produção realizado nas propriedades gerenciadas pelas pecuaristas e o uso de novas tecnologias para o desenvolvimento do trabalho pelas extensionistas. Além disso, a partir de agora, estabeleceu-se uma rede para compartilhar conteúdos e vivências. “A ideia é ter um espaço de conhecimento para as mulheres, mas que elas participem em todos os outros eventos. Não queremos mais ver nos cursos técnicos duas ou três mulheres e 40 homens. A iniciativa visa também fortalecer a participação feminina e reduzir as desigualdades de gênero no meio rural”, destacou Claudia.

    A técnica da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), de Itapeva (SP), Francine Tomaz Nicoloff, afirmou que o curso agregou novos conhecimentos, não só como profissional, mas como mulher. “Eu vou conseguir levar soluções tecnológicas para o produtor com mais facilidade e segurança, com embasamento científico. Além do mais, foi muito interessante trazer um grupo só de mulheres, porque temos outra visão de produção e sensibilidade. Por ser mulher, quando estamos na propriedade nós conseguimos conversar não só sobre os problemas técnicos, mas até dos problemas familiares e que acabam impactando no dia a dia da fazenda. Temos mais empatia”, fala Francine.

    Atuando na agropecuária há mais de 20 anos, a consultora e especialista em gestão Alessandra Decicino conta que o curso foi uma experiência ímpar. “As pesquisadoras trouxeram práticas que estão em constante evolução para melhorar a produtividade com sustentabilidade. Trouxeram resultados de pesquisas que podem ser levados para os produtores lá na ponta. Além disso, a mulher se sente mais à vontade para participar de uma maneira mais ativa. Em determinados eventos, ela pode se sentir insegura e suscetível a fazer questionamentos e tirar dúvidas. Ainda, acredito que fortalece a participação feminina, estimulando outras mulheres e levando respostas com suporte científico para serem aplicadas na propriedade”, disse Alessandra.

    Abadia Helena Gomes da Silva, que gerencia uma propriedade em Dourado (SP), trabalha com café, soja e pecuária. Apesar de pequena, a fazenda conta com várias atividades. “Estou buscando práticas comprovadas. Por exemplo, a desmama lado a lado eu vi na Internet e tentei implantá-la, mas os colaboradores ficaram desconfiados. Agora, eu aprendi aqui (no curso) e estou super segura em impor a desmama lado a lado e vai dar super certo. Os trabalhadores também usavam choque elétrico, mas eu aboli tal prática. O próximo passo é fazer integração de culturas, café com floresta”, enfatizou. Durante os 30 anos de gestão, a produtora conta que sempre sofreu com a desconfiança dos colaboradores. Mas seu marido a apoiou nos projetos empreendidos. Depois desse curso, segundo ela, plantaram mais uma sementinha, abrindo novos horizontes e mais conhecimentos para enfrentar os novos desafios.

    A capacitação também teve o objetivo de fortalecer a participação feminina no meio rural e de contribuir com o enfrentamento das desigualdades de gênero nesse setor, em sintonia com o papel da Ciência para alcançar a meta 5, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU.

  • Mato Grosso libera pecuária em área de preservação do Pantanal, gerando polêmica

    Mato Grosso libera pecuária em área de preservação do Pantanal, gerando polêmica

    O governo de Mato Grosso causou grande repercussão ao sancionar uma lei que autoriza atividades pecuárias e a limpeza de pastos em áreas de preservação permanente (APPs) da Bacia do Alto Paraguai, região que abrange parte do Pantanal. A medida, publicada no Diário Oficial nesta sexta-feira (20), permite o acesso de animais para pastagem extensiva e a roçada da vegetação, com o objetivo alegado de reduzir o risco de incêndios florestais.

    A nova legislação também autoriza a habitação de ribeirinhos e a construção de sedes de fazendas dentro dessas áreas protegidas, desde que não haja interferência no fluxo natural das águas. No entanto, atividades de médio e alto impacto ambiental, como a supressão de vegetação, só serão permitidas em casos excepcionais, como em projetos de ecoturismo e turismo rural.

    Ambientalistas e especialistas em meio ambiente criticam a medida, argumentando que a liberação da pecuária em áreas protegidas pode agravar a degradação do Pantanal, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do planeta. Eles temem que a prática da pecuária extensiva cause a compactação do solo, a erosão, a contaminação dos recursos hídricos e a perda de habitat para diversas espécies de animais.

    O governo do estado, por sua vez, defende que a medida é necessária para reduzir o risco de incêndios florestais e garantir a subsistência das comunidades tradicionais que vivem na região. As autoridades afirmam que a atividade pecuária será permitida de forma controlada e que medidas serão adotadas para minimizar os impactos ambientais.

    A nova lei gerou um intenso debate entre ambientalistas, produtores rurais e o governo, e promete movimentar a agenda ambiental nos próximos meses. Especialistas alertam para a necessidade de um monitoramento rigoroso para garantir que a atividade pecuária seja realizada de forma sustentável e que os impactos ambientais sejam mitigados.

  • Valor de produção da pecuária tem recorde, com marca de R$ 122,5 bi

    Valor de produção da pecuária tem recorde, com marca de R$ 122,5 bi

    O valor de produção na Pesquisa da Pecuária Municipal – PPM 2023 atingiu novo recorde ao chegar à marca de R$ 122,5 bilhões, alta de 5,4% em relação ao ano anterior. Os produtos de origem animal da pesquisa atingiram R$ 112,3 bilhões, alta de 4,5% em relação a 2022, e os itens da aquicultura foram responsáveis por R$ 10,2 bilhões, aumento de 16,7%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Apesar do crescimento no valor de produção total ser positivo, a marca de 5,4% a mais que o ano anterior é o menor acréscimo percentual dos últimos cinco anos. O principal item a elevar o valor de produção em 2023 foi “ovos de galinha”, com alta de 17,3% e total de R$ 30,4 bilhões (R$ 4,5 bilhões a mais que no ano anterior). A aquicultura também teve significativo acréscimo, totalizando R$ 1,5 bilhão a mais em relação ao ano de 2022.

    O ano de 2023 foi marcado por exportações recordes de carnes in natura bovina, de frango e suína, segundo resultados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O principal destino da carne bovina foi a China, que adquiriu 59,6% de toda carne in natura exportada. Entretanto, o volume foi 3,4% menor quando comparado com 2022. Já no mercado leiteiro, houve alta na importação do produto que, aliado à demanda interna mais baixa, causou uma redução no preço médio pago ao produtor. Foram importadas 199,2 mil toneladas de leite, alta de 87% em relação ao ano de 2022. Essa entrada maciça do produto, aliada à fraca demanda interna, forçou a redução do preço interno do leite que passou de R$ 2,31/litro, em 2022, para R$ 2,27/litro, em 2023.

    A pecuária bovina brasileira entrou em um novo ciclo de seu processo produtivo. A tendência dos últimos anos de retenção de fêmeas para reprodução e consequente venda de bezerros e/ou aumento de rebanho tem mostrado arrefecimento. No ano de 2023 foi possível observar aumento de abate de fêmeas após o preço da arroba do boi ter caído. Porém, mesmo com este cenário, o rebanho bovino atingiu novo recorde e chegou a 238,6 milhões de cabeças, alta de 1,6%.

    Estados

    Mato Grosso se manteve detentor do maior rebanho estadual, com 14,2% do efetivo nacional – o equivalente a 34 milhões de animais, queda de 0,7% em relação ao ano de 2022. Pará segue com a segunda colocação, com 25 milhões de cabeças, alta de 1% em relação ao ano anterior. Em terceiro lugar está Goiás com 23,7 milhões de animais, seguido por Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Juntos, os cinco principais estados produtores de bovinos concentraram 52% do rebanho nacional.

    São Félix do Xingu (Pará), apesar da retração de 2,8% em relação a 2022, mais uma vez liderou o ranking municipal de efetivo de bovinos, com rebanho de 2,5 milhões de cabeças – equivalente a 9,8% do efetivo paraense, 3,9% da Região Norte e 1% do total brasileiro. Corumbá (Mato Grosso do Sul) continuou com o segundo maior rebanho, 2,2 milhões de animais, alta de 8,5% em relação ao ano anterior. Porto Velho (Rondônia) manteve a terceira posição em 2023, com 1,8 milhão de bovinos

    Tecnologia

    A produção de leite foi recorde em 2023 ao atingir 35,4 bilhões de litros. Enquanto a produção de leite subiu, o número de vacas ordenhadas decresceu. Foram contabilizadas 15,7 milhões de vacas ordenhadas, 0,1% a menos que em 2022, sendo esse total de vacas ordenhadas o menor já registrado desde 1979. A maior produção de leite com um menor número de vacas ordenhadas é resultado de incremento na tecnologia do setor leiteiro, que tem investido cada vez mais em genética e manejo do rebanho.

    O efetivo de galináceos estimado foi de 1,6 bilhão de cabeças no Brasil, um aumento de 0,6% em relação ao ano anterior. Desse total, 263,5 milhões, 16,7%, são de galinhas, alta de 2,4% em relação a 2022. Desde 1999, o valor estimado de produção de ovos de galinha não para de crescer ano após ano. Em 2023, foi contabilizada a produção recorde de 5 bilhões de dúzias de ovos.

    O efetivo de suínos teve redução de 3,1% em relação ao ano anterior, totalizando 43 milhões de animais.

    A produção de mel bateu novo recorde de produção e alcançou 64,2 mil toneladas.

    Na produção de peixes, foram produzidos 655,3 mil toneladas, 5,8% a mais do que em 2022. A Região Sul se manteve como a principal produtora de peixes e foi responsável por 34,7 % do total nacional. O Nordeste e o Sudeste ultrapassaram a Região Norte, e agora estão na segunda e terceira posições, respectivamente.

    Em 2023, o efetivo de caprinos aumentou 4%, chegando a 12,9 milhões de animais, e o efetivo de ovinos apresentou aumento de 1,3%, resultando em 21,8 milhões de animais. Foram os maiores valores já alcançados na pesquisa, para essas duas criações. Com 96% do total de caprinos e 71,2% de ovinos, a Região Nordeste foi a principal responsável pelo aumento nacional.

    Edição: Aline Leal

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  • Quando começam as chuvas em Mato Grosso?

    Quando começam as chuvas em Mato Grosso?

    Mato Grosso enfrenta uma das piores secas dos últimos anos. A ausência de chuvas significativas por mais de 114 dias tem causado grande preocupação em todo o estado, afetando diretamente a agricultura, a pecuária e os recursos hídricos.

    Perspectivas para Setembro:

    Embora a seca tenha se prolongado por um período incomum, as previsões meteorológicas indicam uma possível mudança no cenário climático para a segunda quinzena de setembro. A expectativa é que as chuvas retornem ao estado, aliviando a situação de estiagem e trazendo esperança para os produtores rurais.

    Um alívio tímido:

    No entanto, é importante ressaltar que o acumulado de chuvas até o final de setembro deve ser pouco quando comparado aos índices históricos para o período. Essa situação pode não ser suficiente para recuperar completamente os prejuízos causados pela seca prolongada e garantir um abastecimento hídrico seguro para os próximos meses.

    A previsão indica que chuvas significativas para a região Centro-Oeste só devem retornar nas últimas semanas de setembro, atrasando consideravelmente o início da temporada de plantio.

    Impactos da estiagem:

    A falta de chuvas tem gerado diversos impactos negativos em Mato Grosso, como:

    • Redução da produção agrícola: A seca compromete o desenvolvimento das culturas, resultando em perdas significativas para os agricultores.
    • Escassez de água: Os reservatórios estão com níveis baixos, afetando o abastecimento de água para as cidades e o uso na irrigação.
    • Aumento dos incêndios florestais: A seca aumenta o risco de incêndios, causando danos ambientais e prejuízos econômicos.
    • Elevação das temperaturas: A ausência de chuvas contribui para o aumento das temperaturas, intensificando os efeitos da seca.

    O que esperar para os próximos meses:

    A previsão para os próximos meses ainda é incerta, e os meteorologistas acompanham de perto a evolução do fenômeno El Niño, que pode influenciar o regime de chuvas na região. É fundamental que as autoridades e a sociedade civil se preparem para um cenário de incertezas e adotem medidas para minimizar os impactos da seca.

    Medidas de adaptação e mitigação:

    Para enfrentar os desafios impostos pela seca, é necessário implementar medidas de adaptação e mitigação, como:

    • Gerenciamento eficiente dos recursos hídricos: Otimizar o uso da água em todos os setores da economia.
    • Incentivo a práticas agrícolas sustentáveis: Promover o uso de tecnologias que reduzam o consumo de água na agricultura.
    • Conscientização da população: Informar a população sobre a importância da economia de água e os impactos da seca.
    • Monitoramento constante das condições climáticas: Acompanhar as previsões meteorológicas e tomar decisões baseadas em dados científicos.

    A seca em Mato Grosso é um desafio que exige uma resposta rápida e eficaz de todos os setores da sociedade. A expectativa é que as chuvas retornem em setembro, mas é fundamental estar preparado para um cenário de incertezas e adotar medidas para minimizar os impactos da estiagem.

    Veja também:

  • Dia de Campo da Liga do Araguaia comemora 10 anos de contribuições ao desenvolvimento sustentável

    Dia de Campo da Liga do Araguaia comemora 10 anos de contribuições ao desenvolvimento sustentável

    O tradicional Dia de Campo da Liga do Araguaia comemora este ano sua 15ª edição, marcada para o dia 17 de agosto , na Fazenda Água Viva, em Mato Grosso. Este evento especial comemora os 10 anos da fundação do movimento, que vem desempenhando um papel crucial no desenvolvimento sustentável da pecuária de corte na região do Médio Vale do Araguaia.

    A programação deste ano inclui uma série de palestras, homenagens e um almoço que promove muita integração entre os participantes, promovendo a troca de ideias sobre práticas sustentáveis ​​e inovações no setor. As inscrições são gratuitas, mas as vagas são limitadas, reforçando a exclusividade do evento para aqueles que buscam estar na vanguarda da pecuária sustentável.

    A Liga do Araguaia: um movimento pioneiro

    Desde sua fundação em 2014, a Liga do Araguaia se destaca como um movimento pioneiro no Vale do Araguaia, com um enfoque claro no desenvolvimento rural sustentável. A iniciativa surgiu como uma resposta às demandas crescentes por práticas agrícolas mais responsáveis ​​e ecologicamente corretas, defendendo uma intensificação sustentável da pecuária de corte.

    A Liga do Araguaia não se constitui como uma entidade formal, mas sim como um movimento que reúne produtores rurais e parceiros para promover o desenvolvimento econômico e social da região, respeitando a legislação ambiental e o Código Florestal. Seus pilares são a produtividade, conservação, redução de emissões e turismo, que se concretizam em projetos realizados em colaboração com diversas organizações públicas e privadas, tanto nacionais quanto internacionais.

    Impactos e conquistas

    Atualmente, o movimento abrange 62 fazendas distribuídas por 11 municípios do estado do Mato Grosso , incluindo Querência, Ribeirão Cascalheira, Canarana, Água Boa, Nova Nazaré, e outros. Com um rebanho de 130 mil cabeças de gado e 150 mil hectares de pastagens em processo de intensificação, a Liga do Araguaia já desenvolveu seis projetos voltados para o avanço sustentável da região.

    A abordagem “bottom-up” da Liga, que significa uma construção de baixo para cima, envolvida diretamente nos produtores locais, tem gerado resultados significativos no aumento da produtividade e da renda, sempre com um olhar atento aos limites dos sistemas naturais e à preservação ambientais.

    Participantes e destaques do evento

    O evento contará com a presença de nomes influentes no agronegócio brasileiro, tais como:

    • Arlindo Vilela , pecuarista renomado.
    • Braz Peres Neto , Presidente da Liga do Araguaia.
    • Caio Penido , Presidente do IMAC, idealizador e fundador da Liga do Araguaia.
    • Eduardo Cruzetta , Presidente da ABPO.
    • Frederico Simioni , Fundador e membro do Conselho Diretor da Liga do Araguaia.
    • Jacqueline Lubaski , Especialista em Gestão de Pessoas no Agronegócio.
    • Lisandro Inakake , Gerente de Projetos – IMAFLORA.
    • Nathalia Rocha , Diretora Executiva – Morada Comum.
    • Lauriston Bertelli Fernandes , Diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação – PREMIX.
    • Roberto Grecellé , moderador do evento.

    Esses participantes compartilharão suas experiências e insights sobre a implementação de práticas sustentáveis ​​no agronegócio, abordando temas como a segurança dos alimentos, a redução do desmatamento e as mudanças climáticas, que são de grande relevância para a sociedade global.

  • Estabilidade pecuária marca fim de julho com otimismo moderado

    Estabilidade pecuária marca fim de julho com otimismo moderado

    As negociações pecuárias determinaram o mês de julho em um cenário de estabilidade, refletindo um equilíbrio eficaz entre as forças de oferta e demanda no mercado local. De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a indústria está agitada com cautela na busca por novos lotes no mercado spot, já que parte das escalas de abate já foi preenchida com animais oriundos de confinamentos.

    Essa abordagem permite que a indústria evite realizar novos ajustes nos preços da arroba, mesmo em um momento em que a oferta de gado é reduzida, enquanto aguardamos por definições mais claras nas vendas domésticas de carne.

    No curto prazo, há uma certa expectativa de aumento no consumo, impulsionada pela proximidade do Dia dos Pais. Agentes ligados à indústria estão alimentados com essa expectativa, esperando que o data festiva possa estimular um crescimento nas vendas. No entanto, até ao momento, não foram observadas mudanças significativas nos segmentos varejistas que confirmam esse otimismo.

    No acumulado de julho, até dia 30, o Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3 registrou uma alta de 3,3%, encerrando terça-feira, dia 30, com o valor da arroba a R$ 232,60. Isso demonstra que, embora o mercado esteja estável, houve um movimento positivo nos preços ao longo do mês, refletindo talvez uma ligeira melhoria na demanda ou ajustes nos níveis de oferta.

    Esse cenário de estabilidade e cautela é uma característica importante para o setor, que busca constantemente alinhar suas operações às dinâmicas de mercado, evitando flutuações bruscas e garantindo um equilíbrio entre produção e consumo. No entanto, a atenção ainda está voltada para os próximos passos no mercado varejista, que podem ditar o ritmo das negociações nas próximas semanas.

  • Churrascada: Qualidade e potencial da carne de Mato Grosso serão demonstrados em importante evento de gastronomia na capital paulista

    Churrascada: Qualidade e potencial da carne de Mato Grosso serão demonstrados em importante evento de gastronomia na capital paulista

    A Associação dos Criadores de Nelore de Mato Grosso (Nelore MT) e o Instituto Mato-Grossense da Carne (IMAC), participarão da edição deste ano da Churrascada (International Barbecue Festival), com o objetivo de apresentar raça Nelore e a qualidade da carne de Mato Grosso, em um dos mais importantes eventos de gastronomia e entretenimento do Brasil, que ocorre no dia 03 de agosto, em São Paulo (SP).

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    Segundo o diretor da Nelore MT, Juliano Ponce, a Churrascada é um evento referência dentro do cenário gastronômico do churrasco no Brasil e internacionalmente. Para a Nelore MT, não teria palco melhor para divulgar a raça Nelore e seu potencial de produção de carne de qualidade. “A Nelore MT não poderia ficar de fora e marcando presença na Churrascada, que é o maior evento de carne do Brasil, e internacional com chefs e cozinheiros com selo Michelin de todo continente americano. Então é um evento que para a raça Nelore, e nós `neloristas´ e para os criadores é de extrema e fundamental importância esta participação e levando a experiência dos consumidores de conhecer esta carne, que é tão consumida no Brasil, mas nós queremos apresentar o que a raça tem de melhor em entrega de sabor e de qualidade”, disse.

    O dirigente da Nelore MT explica também, que a ação reforçará o posicionamento da instituição, dos associados e da raça, em um evento da magnitude que a Churrascada apresenta a cada ano. Além da degustação de um boi inteiro Nelore, os visitantes da estação da Nelore MT poderão participar de sorteios de brindes.

    Os churrasqueiros escalados para as estações do IMAC/ Nelore MT, já foram divulgados sendo Paulo Ioler, ficará responsável pelo corte criado no estado, o MT Steak e na estação do Boi Inteiro da raça Nelore, Mário Portella, respectivamente.

    O evento é na modalidade open bar e open food, onde são esperadas mais de 3.500 pessoas e contará com 35 chefes em suas estações tendo como tema “Clássicos Redefumados”.

  • Indea alerta produtores sobre prazo da vacinação contra a brucelose em MT

    Indea alerta produtores sobre prazo da vacinação contra a brucelose em MT

    Termina no próximo dia 31 a campanha de vacinação contra a brucelose em Mato Grosso. O prazo original, dia 30 de junho, precisou ser prorrogado devido à baixa adesão dos produtores e à escassez temporária de vacinas nos laboratórios.

    Apesar do período estendido, a médica veterinária e fiscal do Indea-MT em Lucas do Rio Verde, Andreia Lodi, observa que ainda há muitos produtores que não realizaram a imunização e nem comunicaram suas vacinas ao órgão responsável.

    Lodi explicou que a prorrogação do prazo foi necessária devido a problemas de distribuição da vacina nos laboratórios, o que gerou um desabastecimento temporário nas revendas. “Houve a prorrogação por conta da falta da vacina. Os laboratórios enfrentaram dificuldades para liberar o produto, mas a situação já foi regularizada. As revendas agora estão abastecidas,” destacou.

    A prorrogação buscou dar tempo suficiente para que todos os produtores adquiram as vacinas e imunizem seus rebanhos de forma adequada. A médica veterinária reforçou que os produtores têm até o dia 30 de julho para vacinar as bezerras de 3 a 8 meses de idade e até o dia 2 de agosto para comunicar a vacinação ao INDEA-MT. “Após esse período, a ficha sanitária do produtor será bloqueada e ele estará sujeito a autuações caso não tenha cumprido com a obrigação de vacinar as fêmeas dentro da faixa etária estabelecida,” alertou.

    Importância da vacinação

    A brucelose é uma doença altamente contagiosa que afeta bovinos e pode ser transmitida aos humanos, caracterizando-se como uma zoonose. Nos animais, a doença pode causar redução da fertilidade e abortos, impactando a produção e saúde dos rebanhos. “É crucial que os produtores imunizem seus rebanhos para proteger tanto os animais quanto os seres humanos, já que a doença pode ser transmitida através do contato com animais infectados,” enfatizou a médica veterinária.

    A vacinação contra a brucelose deve ser realizada por um técnico capacitado e acompanhada por um médico veterinário, pois a vacina utiliza um agente vivo atenuado, que pode representar um risco de contaminação se não manuseada adequadamente. “Não é qualquer produtor que pode aplicar a vacina. O procedimento precisa ser feito por um profissional qualificado para garantir a segurança do manejo,” acrescentou Andreia.

    Controle rigoroso e monitoramento das vacinas

    O Indea-MT mantém um controle rigoroso sobre o recebimento e armazenamento das vacinas nas revendas agropecuárias. Andreia Lodi explicou que as vacinas são acompanhadas pelo órgão desde o momento de sua chegada nas revendas até o monitoramento das condições de armazenamento. “Fazemos visitas mensais às revendas para verificar a validade, temperatura e estoque das vacinas. Esse controle é essencial para assegurar que o produto esteja em condições adequadas para uso,” afirmou.

    O órgão também trabalha em parceria com as casas agropecuárias para garantir que os estoques sejam monitorados de perto e que qualquer problema seja identificado rapidamente. “Através de nosso acompanhamento contínuo, conseguimos garantir que a vacina esteja sempre disponível para os produtores e que as condições de armazenamento sejam mantidas conforme as normas estabelecidas,” destacou a fiscal do Indea.

    Alerta final aos produtores

    Com o prazo estendido, Andreia Lodi faz um apelo aos produtores que ainda não realizaram a vacinação para que se apressem em imunizar seus rebanhos e façam a comunicação ao INDEA-MT. “Ainda dá tempo de vacinar. É fundamental que os produtores procurem uma revenda com técnicos qualificados e realizem o procedimento o quanto antes para evitar qualquer tipo de transtorno ou sanção,” enfatizou.

    A adesão à campanha de vacinação contra a brucelose é essencial não apenas para garantir a saúde dos rebanhos, mas também para proteger a saúde pública. A médica veterinária reforça a importância do comprometimento dos produtores nesse processo e agradece a colaboração de todos para o sucesso da campanha.

  • Em Mato Grosso, Mapa realiza oficina para definir ações de recuperação e conversão de pastagens degradadas

    Em Mato Grosso, Mapa realiza oficina para definir ações de recuperação e conversão de pastagens degradadas

    Com os objetivos de compartilhar conhecimentos e identificar as ações e áreas improdutivas prioritárias em Mato Grosso, passiveis de recuperação, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou, nesta quarta-feira (10), em Cuiabá (MT) oficina sobre as ações de recuperação e conversão de áreas degradadas.

    A atividade reuniu gestores públicos e representantes de instituições ligadas ao setor agropecuário mato-grossense para validar os dados territoriais e socioeconômicos, de maneira a traçar diretrizes e estratégias para a implementação do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD) em convergência com o Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária 2020-2030 (Plano ABC+), em MT.

    As ações contribuirão com a ampliação das áreas produtivas de estabelecimentos rurais, de diferentes tamanhos e que estão fora de áreas restritas, proporcionando o crescimento econômico, social e ambiental do setor, no estado.

    A secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo, Renata Miranda, destacou a importância do evento para a integração, qualificação e validação de dados e informações, que venham subsidiar propostas de investimentos para a implementação do PNCPD no estado.

    “Mato Grosso é uma potência produtiva do setor agropecuário, mas é também o estado com maior área de pastagem com baixo vigor produtivo, cerca de 7 milhões de hectares. Nosso trabalho aqui é discutir, junto com os atores públicos e privados, estratégias e soluções para tornar essas áreas produtivas e rentáveis novamente, criando mais oportunidades de negócio para o produtor rural”, afirmou.

    O superintendente Federal de Agricultura de MT, Leny Rosa Filho, destacou a importância da iniciativa. “Estamos formando multiplicadores por meio de oficinas e treinamentos, proporcionando aos agricultores a oportunidade de incorporar novas tecnologias em suas práticas diárias e, assim, aumentar sua renda. A expectativa é que possamos aumentar ainda mais a produção, mantendo a segurança e o respeito ao meio ambiente como prioridades”.

    De acordo com a superintendente de Agronegócios e Crédito da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso e coordenadora do Grupo Gestor Estadual (GGE) do Plano do ABC+/MT, Linacis Silva Lisboa, a convergência de ações (PNCPD e ABC+) e a maior participação dos atores envolvidos vão possibilitar que Mato Grosso possa atingir a meta de 3,8 milhões de hectares de conversão de áreas degradadas até 2030. “A sinergia de esforços é de suma importância para que, de fato, as metas se tornem realidade, ampliando a produção de alimentos de forma sustentável e rentável para o produtor”, completou.

    O evento contou com a parceria do Instituto Cidadania e Sociedade (ICS), Centro de Inteligência e Governança de Terras e Desenvolvimento Sustentável (CITE), Consultoria Agroícone, Esalq/Gpp, Olab e Colab.

    Conversão de pastagens degradadas

    O PNCPD foi criado em dezembro de 2023, por meio do Decreto 11.815/2023, e tem como finalidade promover e coordenar políticas públicas destinadas à conversão de pastagens degradadas em sistemas de produção agropecuários e florestais sustentáveis.

    Entre as atividades previstas estão: a adoção e manutenção das tecnologias sustentáveis; o mapeamento das áreas prioritárias para o desenvolvimento de cadeias produtivas condizentes com a sociobioeconomia local e regional; o financiamento a produtores rurais; o desenvolvimento de planos de negócios de acordo com os mapas de aptidão (áreas e culturas/práticas agropecuárias prioritárias), entre outros.