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  • No Dia Internacional do Café, conheça tipos únicos da bebida no Brasil

    No Dia Internacional do Café, conheça tipos únicos da bebida no Brasil

    Para iniciar um bom dia, o brasileiro inclui em sua rotina, pelo menos, uma xícara de café. A bebida pode vir pura (o clássico café preto), coado, pingado, expresso ou ainda como ingrediente para o cappuccino ou o macchiato. O consumo do produto na primeira refeição do dia é tão significativo que a batizou de “café da manhã”.

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    Como uma tradição, o café simboliza simpatia, alegria e hospitalidade do povo brasileiro, além de ser um elemento de sociabilidade para diferentes culturas. A popularidade da bebida é tamanha, que neste dia 1º de outubro, comemora-se o Dia Internacional do Café.

    No Brasil, o café também representa a excelência do agronegócio, colocando o país na liderança isolada como maior produtor e exportador do mundo e em segundo lugar como maior mercado consumidor da bebida.

    É o café brasileiro que reúne também o maior número de produtos com o registro de Indicações Geográficas (IGs), totalizando 13.  Além de indicar a sua qualidade, é pelo registro que se vincula o produto a uma forma única de produção, que leva em consideração características do território, da cultura e das pessoas que o cultivam.

    Das Matas de Rondônia, por exemplo, temos o café Robustas Amazônicas, resultado do cruzamento das variedades Conilon e Robusta, selecionadas ao longo dos anos pelos produtores locais, que representam a diversidade de sete etnias indígenas, agricultores familiares e quilombolas.

    Cultivada em 17 mil propriedades de pequena escala em 15 municípios, a produção representa mais de 90% de todo o café produzido na Amazônia. As condições climáticas e os solos da região criam condições favoráveis ​​para um ciclo de maturação do café intermediário a tardio, o que permite imprimir sensações gustativas que reúnem dulçor e aromas achocolatados, amadeirados, frutados, picantes, herbáceos a um café encorpado.

    Fatores que realmente fazem a diferença para o reconhecimento do café da região como IG, segundo o produtor do município de Cacoal e presidente da Associação dos Cafeicultores da Região das Matas de Rondônia (Caferon), Juan Travain. “O trabalho da Indicação Geográfica contribui para que os produtores aperfeiçoem seus métodos de produção não só ligados à produtividade, mas ao cuidado, ao respeito à planta e ao amor ao fruto para propiciar a qualidade e a doçura do café na xícara”.

    Produção sustentável

    Para representar a região de Matas de Rondônia, não basta que o café apresente essas características de qualidade. O cultivo de forma sustentável é outro ponto essencial.

    “Produzir café na Amazônia traz uma atenção muito grande em relação à preservação do bioma. Trabalhamos para desmistificar o crescimento da produção sem desmatar. Com o aumento das tecnologias, foi possível aproveitar áreas que já estavam abertas para incrementar a produção, mostrando ao mundo uma cafeicultura sustentável que permite uma vida digna e com renda às populações”, destacou Travain, ao citar a segurança do produto a partir da rastreabilidade e a atividade de sequestro de carbono, em processo de implementação, na produção local.

    O “currículo sustentável” é comprovado com dados da produção, que continuou crescente sem aumentar a área cultivada. Inclusive, diminuiu o espaço destinado ao cultivo. Em 2001, a produção de café Robustas Amazônicas ocupava cerca de 240 mil hectares na região. Atualmente, uma área de 50/60 mil hectares de cafés plantados rende uma produção que atinge 2,5 milhões de sacas do produto, exportado, em sua maioria.

    Importante ressaltar que a legislação brasileira exige que todas as propriedades rurais localizadas na região Amazônica conservem, no mínimo, 80% da vegetação nativa de sua superfície. O que torna o produtor brasileiro, responsável por grande parte da preservação do bioma, sem fornecer qualquer compensação.

    Ao preservar e estimular o modelo de cultivo tradicional de determinada região, o reconhecimento como IG se faz um importante aliado para a sustentabilidade, segundo a coordenadora de Indicação Geográfica de Produtos Agropecuários do Mapa, Débora Santiago.

    “No caso dos cafés, comprova-se que o Brasil apresenta potencial de desenvolver as regiões produtoras, promovendo o desenvolvimento territorial sustentável de suas regiões, diferenciando-se do mercado de commodities. Os produtores podem explorar não apenas o produto final, por sua qualidade e sabores diferenciados, mas também o turismo rural ”, reforça.

    Café especial

    Da lavoura à xícara, o roteiro de turismo rural no Norte Pioneiro do Paraná é um exemplo. Alguns produtores da região abrem as portas de suas fazendas para mostrar aos visitantes o processo de cultivo do café, desde o passeio pela lavoura, passando pela colheita, secagem dos grãos e degustação do café especial.

    As opções de roteiros são diversas e contam a história do Norte Pioneiro do Paraná como porta de entrada para a colonização de toda a região, tendo o café como a principal alavanca propulsora que abriu caminho para o progresso e o desenvolvimento econômico também do estado.

    O cafeicultor Marco Antônio Cravo, da Cooperativa de Cafés Certificados e Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (COCENPP), explica que o estado foi um dos maiores produtores de café do mundo no século passado, mas sua qualidade era questionada, tanto que a totalidade da produção era vendida como café commodity.

    A região do Norte Pioneiro do Paraná é reconhecida como IG e tem parcela de seus cafés classificados como especiais, com resultados de destaque em diversos concursos, inclusive, internacionais.

     “A IG do Norte Pioneiro do Paraná foi uma grande conquista, trazendo ânimo e impulso para a região. Nas últimas décadas, houve uma quebra de paradigmas na qual a produção em larga escala deu preferência a um mercado menor, apostando na qualidade do produto. Assim, buscamos trazer os produtores para um pensamento único para que se aproveite ao máximo o potencial de utilização das IGs”

    O empresário ainda acrescenta que a maior parte do café especial é vendida na Europa, nos Estados Unidos e no Japão e só uma pequena porcentagem fica no Paraná e no Brasil. “Ainda não temos um mercado nacional para absorver toda a nossa produção, só uma pequena parte é vendida nas nossas cafeterias e mercados”.

    A formação social, econômica e cultural da região do Norte Pioneiro do Paraná é intimamente ligada à expansão do café. Localizada em área favorável ao cultivo do café, possui condições edafoclimáticas ideais para a produção de cafés finos, cuja bebida é caracterizada por atributos como doçura, corpo cremoso, acidez cítrica agradável, um aroma variando entre chocolate, caramelo, frutas cítricas florais e frutadas, além de um surpreendente gosto residual.

    Os grãos de café da região norte do Paraná são produzidos a partir de diferentes variedades do café espécie arábica, sendo classificada como café especial e superior.

    IGs de café

    Das 88 indicações geográficas registradas no Brasil,13 são referentes a cafés, somando uma região produtora de 419 municípios nos estados de São Paulo, Minas Gerais, do Espírito Santo, de Rondônia, do Paraná e da Bahia. As 13 IGs representam 12 regiões do país, já que o Cerrado Mineiro está registrado nas duas modalidades: IP e DO.

    A Indicação Geográfica (IG) é um instrumento de propriedade industrial que busca distinguir a origem geográfica de um determinado produto ou serviço, sendo dividida em Indicação de Procedência (IP) ou a Denominação de Origem (DO)

    A Indicação de Procedência se refere ao nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que se tenha tornado conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço.

    Já a Denominação de Origem, além de levar em consideração o nome geográfico também considera qualidades ou características que se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos, tipificando o produto.

    no dia internacional do cafe conheca tipos unicos da bebida no brasil

    Com informações do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento

     

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  • Ministério determina recolhimento de petiscos para cães

    Ministério determina recolhimento de petiscos para cães

    O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento determinou na sexta-feira (16) que outras três empresas de fabricação de petiscos para cães recolham lotes de produtos para alimentação animal em todo país.

    Segundo a pasta, a medida é cautelar e faz parte dos desdobramentos das investigações que detectaram que os lotes de propilenoglicol adulterados foram usados para fabricar esses outros produtos.

    Lotes

    Da FVO Alimentos Ltda deverão ser recolhidos os produtos Bifinho Bomguytos nos sabores frango 65g (lote 103-01) e churrasco (lotes 221-01, 228-01, 234-01 e 248-01); Bifinho Qualitá sabor churrasco (lote 237-01) e Dudogs (lotes 237-01 e 242-01).

    Já da Peppy Pet Indústria e Comércio de Alimentos para Animais deverão ser recolhidos os produtos Bifinho 60g Peppy Dog frango grelhado (lotes 5026 e 5738); Palitinho 50g Peppy Dog carne com batata doce (lotes 5280, 5283, 5758 e 5759); Palitinho 50g Peppy Dog frango com ervilha (lotes 5282 e 5746); Bifinho 500g Peppy Dog carne assada (lotes 5274 e 5734); Bifinho 60g Peppy Dog filhotes – leite e aveia (lote 5736); Palitinho 50g Peppy Dog carne com cenoura (lote 5760).

    Da empresa Upper Dog comercial Ltda são os produtos Dogfy injetado tamanho PP (lotes 0003/202204, 0004/202206, 0006/202206, 0008/202206, 0009/202201, 0010/202206, 0012/202201, 0012/202206, 0013/202203, 0014/202206, 0015/202205, 0016/202205, 0017/202205, 0018/202206, 0023/202201, 0023/202207, 0024/202206, 0024/202207, 0027/202205, 0025/202207, 0026/202206); Dogfy injetado tamanho P (lotes 0001/202201 a 0008/202201, 0013/202201 a 0017/202201, 0024/202201, 0007/202202, 0010/202202 a 0018/202202, 0001/202203 a 0009/202203, 0001/202204 a 0009/202204, 001/202205 a 0028/202205, 0001/202206 a 0009/202206, 0011/202206, 0013/202206, 0015/202206, 0017/202206, 0019/202206 a 0025/202206, 0030/202206 a 0033/202206, 0009/202207 a 0011/202207, 0016/202207, 0019/202207, 0020/202207, 0026/202207 a 0030/202207, 0012/202208 a 0021/202208); e Dogfy injetado tamanho M (lotes 0010/202201, 0011/202201, 0018/202201 a 0022/202201, 0001/202202 a 0009/202202, 0019/202202 a 0023/202202, 0010/202203 a 0012/202203, 0014/202203, 0004/202204, 0005/202204, 0012/202205 a 0014/202205, 0002/202206, 0027/202206 a 0029/202206, 0021/202207 e 0022/202207).

    Propilenoglicol

    O ministério ressalta que o propilenoglicol é um produto de uso permitido na alimentação animal, desde que seja adquirido de empresas registradas. As investigações são relacionadas a uma possível contaminação do propilenoglicol por monoetilenoglicol, oriundo de empresa sem registro.

    Até o momento, não há previsão de que ministério suspenda o uso de produtos que contenham propilenoglicol na sua formulação, além dos já mencionados.

    Empresas

    A FVO Alimentos informou que, mesmo sem existir indício de qualquer intercorrência relacionada às marcas e considerando que os testes serão concluídos em cerca de 20 dias, fará a retirada preventiva dos produtos Dudogs, Patê Bomguy e Bomguytos Bifinho (nos sabores churrasco e frango & legumes) do mercado varejista em todo o território nacional.

    Segundo a FVO Alimentos, a decisão perdurará até que fiquem prontos os resultados laboratoriais da testagem dos produtos e seja afastada qualquer possibilidade de risco em seu consumo, zelando pela saúde e bem-estar do animal.

    Já a Dogfy Pet afirmou que, em caráter preventivo, substituirá os lotes fabricados no período de 1º de janeiro a 31 de agosto desse ano, considerando a orientação do Ministério da Agricultura. Segundo a empresa, os petiscos Dogfy Dental foram submetidos a testes laboratoriais e “estes já resultaram negativo para qualquer tipo de contaminação do Propilenoglicol por Monoetilenoglicol. Demais lotes produzidos com o composto também estão em análises e testes”.

    A Agência Brasil aguarda posicionamento da Peppy Pet Indústria e Comércio de Alimentos para Animais.

    Entenda

    No início deste mês, Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) notificou a empresa Bassar Pet Food para que apresente recall compulsório dos petiscos caninos Bassar Snack Every Day e Bassar Dental Care, que já causaram a morte de pelo menos 40 cães. A empresa chegou a solicitar aos consumidores que entregassem os petiscos adquiridos no mesmo local onde foram comprados.

    Na ocasião, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento determinou que as empresas registradas suspendessem imediatamente o uso em suas linhas de produção de dois lotes da matéria-prima propilenoglicol adquiridos da empresa Tecno Clean Industrial LTDA.

    Segundo as informações do ministério, investigações detectaram o envolvimento inicial dos lotes AD5053C22 e AD4055C21 – denominação de venda: Ppropileno Glycol USP adquiridos da empresa Tecno Clean nos casos de intoxicação de animais por ingestão de produtos da empresa Bassar.

    Edição: Bruna Saniele

  • Governo Federal abre crédito de R$ 1,2 bilhão para agricultores familiares afetados pela estiagem

    Governo Federal abre crédito de R$ 1,2 bilhão para agricultores familiares afetados pela estiagem

    O Governo Federal abriu um crédito extraordinário de R$ 1,2 bilhão para a concessão de descontos em operações contratadas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A operação foi viabilizada pela Medida Provisória n° 1.111, publicada em edição extra no Diário Oficial da União da quarta-feira (30/03), para minimizar os prejuízos causados pela estiagem nos estados do Sul e no Mato Grosso do Sul.

    A medida foi solicitada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento após visitar as regiões atingidas, ouvir o pleito do setor e negociar com a área econômica do Governo.

    Os pequenos agricultores beneficiados com a medida terão o “rebate” (desconto) no pagamento da dívida de custeio e que não dispõem de seguro rural ou Proagro, a exemplo dos pecuaristas – incluídas as atividades de bovinocultura, avicultura, suinocultura, ovinocaprinocultura, piscicultura, entre outras. O rebate será aplicado também sobre as parcelas de investimento.

    A medida abrange as parcelas das dívidas vencidas e vincendas no período de 1º de janeiro até 31 de julho deste ano e beneficiará os produtores que estavam adimplentes até 31 de dezembro de 2021. A dedução deverá ficar em torno de 35% do valor da parcela devida, admitindo-se, no entanto, a prorrogação do saldo remanescente, após a aplicação do rebate, caso esse seja insuficiente para a liquidação da parcela.

    Com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

  • Aplicativo SiFlor Cerrado orienta produtor sobre melhor espécie florestal a ser plantada na propriedade

    Aplicativo SiFlor Cerrado orienta produtor sobre melhor espécie florestal a ser plantada na propriedade

    Com acesso gratuito ao público, o aplicativo Siflor Cerrado disponibiliza por geolocalização informações para um planejamento florestal mais eficiente, adoção da integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e menor risco para o monocultivo florestal no bioma.

    A partir de mapas temáticos são disponibilizadas informações de tipo de solo, textura de solo, vegetação, uso do solo, silvicultura entre outros temas que podem auxiliar de forma estratégica na definição da espécie florestal ou clone, assim como no sistema de cultivo a ser implantado na propriedade.

    O bioma Cerrado ocupa aproximadamente 20% do território brasileiro, tendo como características, de forma geral, topografia plana facilitando a mecanização. No entanto, apresenta solos de baixa fertilidade natural e períodos longos com déficit hídrico, o que dificulta seu uso para atividades agropecuárias e florestais.

    O Siflor, então, apoiará a cadeia de produção de florestas comerciais no bioma Cerrado com recomendações sobre classes de aptidão de espécies e clones, dados climáticos e mapas temáticos (tipos de solo, textura, vegetação e uso), além de viveiros comerciais devidamente registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

    A diretora de Produção Sustentável e Irrigação do Mapa, Fabiana Vila Alves, explica que todas essas informações estarão disponíveis por geolocalização e na palma da mão via aplicativo para produtores rurais e profissionais ligados à cadeia de florestas comerciais.

    “A ferramenta é de extrema importância para a tomada de decisão, diminuindo o risco e aumentando a qualidade dos sistemas de cultivo implantados nas propriedades. Aliado à ajuda de técnicos, cuja consulta será sempre estimulada, o sistema visa que as plantações florestais no Brasil tenham produtividade ainda mais reconhecida pela sustentabilidade ambiental, econômica e social”, acrescentou.

    O aplicativo reúne 88 espécies florestais e clones já testados na prática. Assim, as recomendações são baseadas em prospecções de campo das espécies florestais alvo do Projeto Siflor Cerrado. Foram amostradas cerca de 1.800 parcelas em propriedades rurais localizadas no bioma, destas foram avaliadas quantitativamente e qualitativamente 88 espécies florestais e clones de Eucalipto, Pinus, Cedro australiano, Mogno africano e Teca.

    As espécies florestais e clones são recomendadas conforme as classes de aptidão: apto superior; apto; apto com ressalva e inapto. Com base nessa classificação a decisão do produtor fica mais fácil e com menos riscos à produção.

    “Isso agiliza o trabalho do produtor, que pode potencializar a produtividade na sua área”, ressaltou a professora Luciana Duque Silva, do departamento de Ciências Florestais da Esalq/USP e coordenadora do projeto.

    O SiFlor Cerrado é fruto de um convênio celebrado entre o Mapa e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), e tem como parceiros realizadores a Universidade Federal do Paraná (UFPR), o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC/USP), a Triângulos Tecnologia e a Lang Technologies. Além disso, recebe apoio técnico da Embrapa Agricultura Digital.

    O sistema recebeu apoio financeiro e reconhecimento do Mapa como uma inovação tecnológica que visa promover uma agropecuária brasileira sustentável. Além disso, é alinhado ao Plano Setorial do ABC+, que fomenta a adoção de plantios florestais em três diferentes modalidades: integração lavoura-pecuária-floresta, sistemas agroflorestais e monocultivos florestais. Ao ofertar informações sobre o solo do bioma Cerrado, o sistema se conecta também com o maior programa de investigação do solo brasileiro, o PronaSolos.

    O Siflor Cerrado ainda será incorporado a projetos apoiados pelo Mapa, com atuação no Cerrado. O Programa Rural Sustentável Cerrado e o FIP Paisagens Rurais são exemplos desses projetos cujos propósitos são a promoção de tecnologias de baixa emissão de carbono e a recuperação ambiental.

    Com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

  • Inmet passa a divulgar previsões climáticas para os próximos seis meses

    Inmet passa a divulgar previsões climáticas para os próximos seis meses

    Mais previsibilidade ao produtor rural na hora de semear a safra. A partir de agora, ele passa a contar com a previsão climática para os próximos seis meses, tempo suficiente para completar o ciclo do plantio até a colheita das maiorias das culturas produzidas no Brasil.

    O Serviço é oferecido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que está completando 112 anos de serviços prestados à sociedade brasileira. Para a agricultura, essa previsão significa um período maior de preparação entre o plantio de culturas, evitando riscos e aumentando a produtividade.

    “Essa previsão de seis meses vai possibilitar que o produtor rural do futuro possa prever o período do ciclo de safra, vai ser um apoio enorme para o modelo de previsão”, ressalta Miguel Novato, diretor do Inmet.

    A medida é um diferencial para a tomada de decisão do produtor rural. Será possível saber se em determinado ano vai haver uma ou duas colheitas, programar a produção, usar ou não a irrigação, plantar e colher no período certo, oferecendo ao produtor segurança na tomada de decisão.

    Lucas Costa Beber é produtor rural em Nova Mutum, no Mato Grosso e vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). Ele cultiva soja e milho no sistema conhecido como sequeiro, que não usa a irrigação, e feijão em área irrigada. Para o produtor, a medida será muito benéfica para o agronegócio. “É importante saber as previsões climáticas principalmente na primeira cultura plantada do ano, no caso a soja de sequeiro, porque através dela você vai fazer a programação para a safra seguinte, como o milho e o feijão, principalmente onde a gente faz irrigado para saber se posiciona o material mais precoce ou material mais tardio”, avaliou o produtor.

    Há mais de 10 anos o Instituto já fornece a previsão climática de três meses, com o Prognóstico Climático Trimestral. “As mudanças do clima estão aí e nós precisamos aprimorar nossos avanços em previsões meteorológicas e previsões climáticas para poder suportar o agronegócio brasileiro”, destacou o secretário-adjunto de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Cleber Soares.

    inmet passa a divulgar previsoes climaticas para os proximos seis meses

    Setor elétrico

    O serviço oferecido pelo Inmet vai ajudar também o setor elétrico. Com a previsão climática dos próximos seis meses será possível fazer um planejamento de geração de energia mais preciso, observando o final do período chuvoso. Com uma previsão mais alongada perante uma crise hídrica, por exemplo, é possível reverter ao uso de energia termelétrica até ter uma solução possível.

    Inmet

    O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) completou 112 anos de fundação nesta quinta-feira (18).

    O órgão é responsável por monitorar e gerar informações meteorológicas para a sociedade, elaborar e divulgar a previsão de tempo no país, executar estudos e levantamentos climatológicos aplicados aos mais variados setores da economia, como o setor agrícola e energético e ainda, acompanhar a evolução dos fenômenos climáticos El Niño e La Niña.

     

  • Plano ABC+ tem metas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa na agropecuária

    Plano ABC+ tem metas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa na agropecuária

    Com tecnologias de produção sustentável, o Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, chamado de ABC+, tem a meta de reduzir a emissão de carbono equivalente em 1,1 bilhão de toneladas no setor agropecuário até 2030. O valor é sete vezes maior do que o plano definiu em sua primeira etapa.

    As metas e tecnologias do Plano ABC+ 2020-2030 foram divulgadas nesta segunda-feira (18), em evento virtual, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

    “A meta é expandir a área com tecnologias ABC para 72 milhões de hectares até 2030. Um incremento de 103% em relação à década anterior. Estabelecemos assim as bases para que, a longo prazo, a totalidade da área de produção agropecuária brasileira adote sistemas de produção sustentáveis e resilientes”, disse a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina.

    “Trata-se de uma das mais ambiciosas políticas da agropecuária do mundo que traça metas ousadas para aprimorar a sustentabilidade da produção brasileira ao longo da próxima década e manter o agro na vanguarda dos esforços de enfrentamento da mudança do clima”, acrescentou Tereza Cristina sobre o ABC+.

    O Plano

    O plano ABC+ é a segunda etapa do Plano ABC que foi realizado entre 2010 e 2020 e superou as expectativas mitigando cerca de 170 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente em uma área de 52 milhões de hectares, superada em 46,5% em relação à meta estabelecida.

    “Ao longo da última década, o governo colocou em marcha o Plano ABC que atingiu grande sucesso na redução das emissões de gases de efeito estufa no agro brasileiro”, afirmou a ministra Tereza Cristina.

    A nova versão, o ABC+, incrementou as metas a serem atingidas para a mitigação de gases de feito estufa. Além de estimular a regularização ambiental e o cumprimento do Código Florestal, o plano promove o ordenamento territorial e a preservação da biodiversidade na propriedade, na região e nas bacias hidrográficas.

    Foram incluídas novas tecnologias como bioinsumos, sistemas irrigados e a terminação intensiva de bovinos que vão oferecer mais opções para o produtor aumentar sua resiliência, eficiência produtiva e ganhos econômicos, ambientais e sociais.

    A tecnologia de terminação intensiva, por exemplo, busca atingir 5 milhões de bovinos, a partir de técnica de confinamento ou semiconfinamento, característica da agropecuária tropical.

    O avanço na alimentação bovina agrega ingredientes que resultam em uma emissão menor de gases de efeito estufa.

    Outra tecnologia proposta pelo ABC+ é a plantação de florestas numa expansão de 4 milhões de hectares para a recuperação de áreas ambientais e produção comercial de madeira, fibras, alimentos, bioenergia e produtos florestais não madeireiros tais como látex e resinas.

     

  • Identificados 26 produtos da biodiversidade com potencial de mercado

    Identificados 26 produtos da biodiversidade com potencial de mercado

    Uma iniciativa conjunta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou 26 produtos nos biomas Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado com potencial de serem inseridos no mercado. Os produtos envolvem plantas medicinais, aromáticas, condimentares e alimentícias nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste. A conclusão é do projeto ArticulaFito – Cadeias de Valor em Plantas Medicinais.

    De acordo com a coordenadora técnica e executiva do ArticulaFito, Joseane Carvalho Costa, são chás, colírios, repelentes, hidratantes, azeites para uso na gastronomia, que têm como matéria-prima espécies vegetais da flora brasileira.

    “Agora, para inserir esses produtos no mercado, é necessário superar desafios identificados pelo ArticulaFito, que desde 2015 vem trabalhando para promover essas cadeias de valor, prestando capacitações e outros serviços para adequar os produtos aos diferentes mercados, em âmbito local, nacional e internacional”, explicou Joseane.

    O secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, Fernando Schwanke, destaca que o projeto contribui com a geração de renda e agregação de valor aos produtos da sociobiodiversidade, base do programa Bioeconomia Brasil. “São inúmeras ações em várias partes do Brasil e acreditamos no potencial da nossa biodiversidade.”

    Mapeamento

    O mapeamento das 26 cadeias de valor em plantas medicinais, aromáticas, condimentares e alimentícias envolveu agricultores familiares, extrativistas, representantes da indústria, do comércio e de instituições públicas, além da equipe técnica do ArticulaFito.

    Entre 2015 e 2018, foram promovidas oito oficinas de mapeamento em Foz do Iguaçu (PR), Petrópolis (RJ), Natal (RN), Montes Claros (MG), Palmas (TO), Macapá (AP), Marabá (PA) e Belém (PA). Nesses encontros, foram identificados, coletivamente, os problemas e as oportunidades.

    “As informações são decisivas para a proposição de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável, à promoção da saúde e ao fortalecimento da base produtiva nacional”, destacou a coordenadora técnica e executiva do projeto.

    A ArticulaFito vem desenvolvendo estratégias de governança para propiciar um ambiente de equilíbrio e diálogo constante entre os diferentes atores ligados ao desenvolvimento de uma cadeia de valor.

    Programa Bioeconomia Brasil

    Bioeconomia é um conceito difundido atualmente em vários países e geralmente se refere às atividades econômicas que envolvem o uso dos recursos naturais de forma sustentável e inovadora que possibilite promover o desenvolvimento sustentável e o bem-estar da população, com geração de renda.

    O Bioeconomia Brasil – Sociobiodiversidade é um programa do Mapa, executado pela Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF), que busca ampliar a participação dos pequenos agricultores, agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais nos arranjos produtivos e econômicos que envolvam o conceito da bioeconomia.

    A iniciativa promove a articulação de parcerias entre o Poder Público e o setor empresarial, visando a promoção e estruturação de sistemas produtivos baseados no uso sustentável dos recursos da sociobiodiversidade e do extrativismo, além da produção e utilização de energia a partir de fontes renováveis, sempre com o foco na geração de renda e melhoria da qualidade de vida do público envolvido.

    O programa é estruturado em cinco eixos temáticos: Estruturação Produtiva das Cadeias do Extrativismo (Pró-Extrativismo); Ervas Medicinais, Aromáticas, Condimentares, Azeites e Chás Especiais do Brasil; Roteiros da Sociobiodiversidade, valorizando a diversidade biológica, social e cultural brasileira e apoiando a estruturação de arranjos produtivos e roteiros de integração em torno de produtos e atividades da sociobiodiversidade, de forma a contribuir para a geração de renda e inclusão produtiva; Potencialidades da Agrobiodiversidade Brasileira; e Energias Renováveis para a Agricultura Familiar.

    ArticulaFito

    O ArticulaFito é um projeto voltado à articulação de atores do setor de plantas medicinais, com vistas ao fortalecimento da base produtiva. O ArticulaFito atua em consonância com a Política e o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.

    Com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

  • Garantia-Safra autoriza pagamento para mais de 13 mil agricultores familiares

    Garantia-Safra autoriza pagamento para mais de 13 mil agricultores familiares

    Nesta quinta-feira (18), a Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), publicou a Portaria nº 13, que determina o pagamento do Garantia-Safra para mais de 13 mil agricultores familiares. Neste mês, receberão o pagamento agricultores de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Sergipe. O montante em recurso autorizado para esses agricultores chegará, aproximadamente, a R$ 11,5 milhões.

    Diante do cenário imposto em relação à Covid-19, a Secretaria de Política Agrícola decidiu antecipar, de forma excepcional, o pagamento do Programa Garantia-Safra na safra 2019/2020. Conforme publicado na Portaria nº 15, de 14 de abril de 2020, esse pagamento será feito integralmente em parcela única de R$ 850.

    O Garantia-Safra tem como objetivo garantir a segurança alimentar de agricultores familiares que moram em regiões sistematicamente sujeitas à perda de safra por razão de estiagem ou enchente.

    Têm direito a receber o benefício os agricultores com renda mensal de até 1 salário mínimo e meio quando tiverem perdas de produção nos municípios igual ou superior a 50%. O Garantia-Safra é disponibilizado obedecendo o calendário de pagamento dos benefícios sociais.

    Notificação de agricultores com benefício bloqueado

    Com o lançamento do serviço “Solicitar Requerimento de Defesa após Bloqueio do Benefício Garantia-Safra”, na plataforma gov.br, os agricultores que aderiram ao Garantia-Safra e tiveram a concessão do benefício bloqueado nos municípios que tiveram autorização do pagamento no mês de março de 2021 devem cumprir com as orientações dispostas na Portaria nº 25, de 8 de julho de 2020, para regularização do benefício.

    Caso o benefício esteja bloqueado, o agricultor deve acessar o perfil no Sistema de Gerenciamento do Garantia-Safra e verificar o motivo do bloqueio por meio da notificação que consta na inscrição. O agricultor deverá fazer a consulta no prazo de 30 dias, contados do ato de publicação da portaria que autoriza o pagamento do benefício. Após esse prazo, o agricultor é considerado automaticamente notificado, podendo se manifestar quanto ao bloqueio do benefício até o dia 19 de maio de 2021, solicitando o requerimento de defesa.

  • Mais de 31 mil agricultores familiares receberam apoio em 2020

    Mais de 31 mil agricultores familiares receberam apoio em 2020

    Durante todo esse período de distanciamento social por causa da Covid-19, em 2020, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) vem apoiando a comercialização de agricultores familiares brasileiros, garantindo renda e destino final de pelo menos parte da produção desses trabalhadores.

    Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revelam que mais de 31 mil agricultores familiares do país receberam apoio para a comercialização de 77,4 mil toneladas de alimentos. Para isso, foram investidos R$ 223,2 milhões em 1.766 projetos do PAA. Esses recursos, investidos pela Conab, vieram do Ministério da Cidadania e de emendas parlamentares.

    O recurso gerou uma renda média de R$ 7 mil por agricultor familiar beneficiado, contribuindo para a economia de 868 municípios brasileiros.

    “A Conab foi fundamental, porque gerou renda ao agricultor familiar neste momento tão difícil, comprando a sua produção. E, ao mesmo tempo, o programa complementou a alimentação de pessoas que estão em situação de insegurança alimentar e nutricional com produtos adquiridos da própria agricultura familiar”, ressaltou o gerente da Gerência de Acompanhamento e Controle das Ações da Agricultura Familiar, da Conab, Gustavo Viegas.

    Públicos de destaque

    Entre os produtores atendidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos, aproximadamente 74% são mulheres. Segundo a Conab, outros públicos de destaque no PAA são os povos de comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas. Juntos, eles representam 15% dos agricultores contemplados.

    Segundo Viegas, desde 2011, o grupo gestor do PAA definiu, por meio de uma resolução, que para participar do programa, na modalidade Compra com Doação Simultânea, era necessário no mínimo a participação de 40% de mulheres.

    Uma das beneficiadas pelo programa é Leide Martins Moreira. “O PAA dá o destino final dos produtos, porque muitos agricultores familiares não têm feira. Então, o programa veio trazer uma renda mensal para o produtor poder sobreviver na zona rural e não precisar ir para a cidade”, explicou.

    Estados mais beneficiados

    A Bahia foi o estado que recebeu o maior aporte para a agricultura familiar, com R$ 15,45 milhões, seguido de São Paulo e Minas Gerais, com R$ 15,39 milhões e R$ 15,32 milhões respectivamente.

    Entre os 284 tipos de produtos adquiridos pela Conab, destacaram-se a banana e a mandioca.

    PAA

    O Programa de Aquisição de Alimentos foi criado em 2003 e tem como principais objetivos promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar. A execução do programa pode ser feita por meio de seis modalidades: Compra com Doação Simultânea, Compra Direta, Apoio à Formação de Estoques, Incentivo à Produção e ao Consumo de Leite, Compra Institucional e Aquisição de Sementes.

    O programa vem sendo executado por estados e municípios em parceria com o Ministério da Cidadania e a Companhia Nacional de Abastecimento. É uma das ações do Governo Federal para a inclusão produtiva rural das famílias mais pobres.

    Os alimentos adquiridos são destinados ao abastecimento da rede socioassistencial e a restaurantes populares e cozinhas comunitárias.

    “O PAA hoje tem o objetivo fantástico de apoiar a comercialização de produtos de diversos segmentos da agricultura familiar, e, ao mesmo tempo, esses alimentos são doados a equipamentos de alimentação e nutrição e às redes socioassistenciais e outras entidades definidas pelo grupo gestor”, complementou Viegas.