Tag: Paris 2024

  • Time de 37 atletas da natação paralímpica pretende manter país no Top 5 do Mundo

    Time de 37 atletas da natação paralímpica pretende manter país no Top 5 do Mundo

    O pescoço chega “vergava para baixo” na foto. A pernambucana Maria Carolina Santiago saiu do Centro Aquático de Tóquio, nos Jogos Paralímpicos de 2021, com medalhas em cinco das seis provas que disputou. Três ouros (100m peito, 50m e 100m livre), uma prata no revezamento e um bronze nos 100m costas. A melhor performance individual de um atleta brasileiro na história do megaevento. No fim da maratona, exausta, Carol chegou a dizer que jamais faria um programa tão extenso novamente. Mas Carol é do tipo “tinhosa”. Não só mudou de ideia, como ampliou o sarrafo. Chega a Paris com uma meta ainda mais extenso. Vai disputar sete provas: 100m borboleta, 50m livre, 100m livre, 100m peito, 100m costas, 200m medley e o revezamento 4 x 100m.

    Só sabe o que realmente são os Jogos Paralímpicos quem participa. É um momento grandioso. Vocês vão se cansar de me ver nadando, mas é isso que amo. Amo nadar, amo natação, gosto desse barulho da água”

    Carol Santiago, que conquistou cinco medalhas em Tóquio e vai nadar sete provas em Paris

    “Eu confesso. Saí de Tóquio toda chorona, dizendo que talvez não fizesse mais um programa tão longo. Mas a gente teve oportunidade de treinar. Fizemos os mundiais, as etapas da World Series. Vi que era possível um programa maior”, brincou Carol, de 39 anos, que disputa a classe S13, para atletas com deficiência visual. Ela nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão.

    Assim, com Carol em praticamente todos os dias na piscina do centro aquático e um time de 37 atletas que mescla a experiência dela com uma geração de jovens, o Brasil chega pronto para se manter entre as cinco maiores potências da modalidade. São 21 homens e 16 mulheres. A Cerimônia de Abertura dos Jogos Paralímpicos será a partir das 15h30 (de Brasilia) desta quarta, 28 de agosto. As disputas que reúnem 280 brasileiros em 20 modalidades seguem até 8 de setembro.

    “Só sabe o que realmente são os Jogos Paralímpicos quem participa. É um momento grandioso. A gente tem a oportunidade de representar o Brasil e estar com tantas outras nações. Vocês vão se cansar de me ver ali nadando. Mas gente, é isso que amo. Amo nadar, amo natação, gosto desse barulho da água”, disse Carol .

    O time dos experientes também conta com Phelipe Rodrigues, da Classe S10 ( conheça melhor as classes no infográfico ), que representa as cores brasileiras desde a edição de Pequim, em 2008, dos Jogos Paralímpicos. “A gente sempre espera o melhor para uma competição desse nível. Treinei bastante e estou muito focado. Foi um ciclo menor do que a gente está acostumado, mas a preparação foi até hoje a melhor que já tive, então espero que consiga nadar para os meus melhores tempos”, afirmou o atleta de 34 anos.

    Carol Santiago em Tóquio: três ouros, uma prata e um bronze, a melhor campanha de um atleta brasileiro na história dos Jogos. Foto: Alê Cabral. Carol Santiago em Tóquio: três ouros, uma prata e um bronze, a melhor campanha de um atleta brasileiro na história dos Jogos. Foto: Alê Cabral.

    No grupo dos jovens estão Gabriel Araújo, de 22 anos, que chega como o nome a ser batido na classe S2 e com a responsabilidade de levar a bandeira brasileira na cerimônia de abertura , e Victor dos Santos, da S9, o mais jovem atleta de toda a delegação brasileira em Paris, com 16 anos completos em maio.

    Ouro nos 50m livre, prata no revezamento 4x100m livre misto e bronze nos 100m borboleta nos Jogos de Tóquio 2020, o brasiliense Wendell Belarmino vem com a intenção de aproveitar cada momento dos Jogos e nadar de forma competitiva. “Minha expectativa é fazer o que vim para fazer, que é competir, obviamente, me divertir, fazer o que gosto, sem ter pressão. Nadar o melhor possível, não estou me pressionando para ganhar medalha nem nada, mas claro que se a medalha vier, vai ser maravilhoso”, disse Wendell, que atua na classe para atletas com deficiência visual.

    PROMISSOR – Nos dois últimos Mundiais, a seleção de natação terminou no Top 5. Na Ilha da Madeira, em Portugal, no ano de 2022, o Brasil registrou a melhor campanha em um Mundial, quando ficou na terceira posição, com 53 medalhas, sendo 19 de ouro, 10 de prata e 24 de bronze. No ano seguinte, em Manchester, na Inglaterra, o time finalizou em quarto, com 46 pódios (16 ouros, 11 pratas e 19 bronzes).

    HISTÓRICO – A natação é a segunda modalidade que mais garantiu pódios para o Brasil em Jogos Paralímpicos. Foram 125 – 40 ouros, 39 pratas e 46 bronzes. Apenas o atletismo tem mais medalhas: 170 medalhas (48 ouros, 70 pratas e 52 bronzes).

    BOLSA ATLETA – Dos 280 atletas brasileiros em Paris em 20 modalidades, 274 (97,8%) integram o Bolsa Atleta do Governo Federal, incluindo os 37 da natação. Dos seis que não fazem parte atualmente, quatro já estiveram em editais anteriores. Os outros dois são guias, que correm ao lado de atletas com deficiência visual. O primeiro edital do Bolsa Atleta em que atletas-guia puderam ser contemplados foi o de dezembro de 2023, após a aprovação da Lei Geral do Esporte.

    MEDALHAS – O Brasil tem 373 medalhas conquistadas em Jogos Paralímpicos, em 11 edições. São 109 ouros, 132 pratas e 132 bronzes. As três modalidades que mais garantiram pódios são, além do atletismo (170 medalhas), a natação (125 medalhas – 40 ouros, 39 pratas e 46 bronzes) e o judô (25 medalhas – cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes).

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  • Nadadores brasileiros estreiam quinta-feira na Paralimpíada de Paris

    Nadadores brasileiros estreiam quinta-feira na Paralimpíada de Paris

    A natação paralímpica brasileira participou dos primeiros treinos na Paris La Defense Arena, onde estreará na próxima quinta-feira (29), dia seguinte à cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos. A modalidade é a segunda que mais conquistou medalhas para país – foram ao todo 125 (40 ouros, 39 pratas e 46 bronzes) – ficando atrás apenas do atletismo, com 170. O Brasil está em Paris com 280 atletas, sendo que 37 deles são nadadores ( 21 homens e 16 mulheres).

    Atual campeão paralímpico nos 200 metros livre e nos 50m costas, o mineiro Gabriel Araújo, de 22 anos, ficou entusiasmado com o teste na piscina oficial da competição.

    “Gostei muito. Cheguei cedo para ver a pisicina da competição. É sensacional. É uma arena muito grande. Já deu para ficar imaginando em como vai ser o clima nos dias da competição, com torcida. Com certeza, vai ser uma sensação diferente. Mas estou mais tranquilo e mais focado desta vez. Tentando fazer o possível para nada me desconcentrar até a nossa estreia”, disse Gabrielzinho, que competirá nas provas 50m e 100m costas, 150m medley, 50m e 200m livre, da classe S2 (limitações físico-motoras).

    Quem também treinou na La Defense Arena foi a atual recordista mundial dos 50m livre (26s65), a pernambucana Carol Santiago, de 39 anos. Maior medalhista brasileira na edição de Tóquio – faturou três ouros (50m livre S13, 100m livre S12 e 100m peito SB12) e um bronze (100m costas S12), Carol tem tudo para emplacar novos pódios em Paris. Nascida em Recife, Carol chega a Paris após um exitoso ciclo preparatório, em que amealhou 10 medalhas nos mundiais da Ilha da Madeira, em 2022, e em Manchester (Inglaterra) no ano passado.As classes que vão da S11 à S13 são disputadas por atletas com deficiência visual. Carol nasceu com síndrome de Morning Glory (alalteração congênita na retina), que reduz seu campo de visão.

    O Brasil busca superar a performance histórica obtida na edição de Tóquio, quando a natação faturou 23 medalhas (oito ouros, cinco pratas e 10 bronzes). O recorde no número de ouros (nove) foi obtido na Paralímpíada de Londres (2012).

    Delegação brasileira de natação

    Alan Kleber Basílio
    Ana Karolina Soares
    Andrey Madeira
    Arthur Xavier Ribeiro
    Douglas Matera
    Esthefany Rodrigues
    Gabriel Bandeira
    Gabriel Cristiano
    Gabriel Melone
    João Pedro Brutos
    Laila Suzigan
    Lídia Cruz
    Lucilene Sousa
    Carol Santiago
    Matheus Rheine
    Mayara Petzold
    Phelipe Rodrigues
    Roberto Alcalde
    Ruan Souza
    Samuel Oliveira
    Talisson Glock
    Victor dos Santos Almeida
    Vitória Ribeiro
    Wendell Belarmino

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  • Seleção brasileira de bocha chega aos Jogos de Paris renovada

    Seleção brasileira de bocha chega aos Jogos de Paris renovada

    A seleção brasileira de bocha chega aos Jogos Paralímpicos de Paris com a expectativa de aumentar mais a quantidade de medalhas que possui na história do megaevento esportivo: 11 no total (seis ouros, uma prata e quatro bronzes). E uma das esperanças de conquista é a pernambucana Andreza Vitória, que conquistou um inédito título mundial feminino em 2022.

    A jovem, que é fruto de um trabalho de renovação realizado pela Associação Nacional de Desportos para Deficientes (Ande), disputa sua segunda edição de Jogos Paralímpicos (ela também esteve nos Jogos de Tóquio).

    No megaevento esportivo realizado na capital francesa entre a próxima quarta-feira (28) e o dia 8 de setembro vários atletas brasileiros da equipe de bocha terão a primeira experiência em uma Paralimpíada. Um exemplo é o maranhense André Martins, de 21 anos e que é o primeiro atleta do país formado no projeto Escola Paralímpica de Esportes, idealizado e realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Outras caras novas do Brasil na modalidade são o potiguar Iuri Tauan, de 21 anos, e a paraibana Laissa Guerreira, de 18 anos, ambos revelados nas Paralimpíadas Escolares.

    “Foi um ciclo mais curto, de três anos apenas. Neste ciclo paralímpico, tivemos mudanças nas regras, como a separação de gênero, com homens e mulheres competindo separadamente. Então, precisamos fazer um novo trabalho por causa disso. Mesmo assim, conseguimos crescer durante as etapas da Copa do Mundo com bons resultados. Até mesmo nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 conseguimos a classificação da maioria das vagas para Paris. Então, os atletas estão bem animados para esta edição de Jogos”, avaliou o supervisor técnico da Ande, Vitor Pereira.

    Edição: Fábio Lisboa

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  • Tênis de mesa paralímpico: Brasil tem 15 atletas na França em busca de ouro inédito

    Tênis de mesa paralímpico: Brasil tem 15 atletas na França em busca de ouro inédito

    “Muito legal a Paralimpíada. Muito. Vou sentir muitas saudades”. A fala é de um Lucas Carvalhal Arabian ainda criança, aos 10 anos, de frente para a câmera, vestindo camisa alaranjada do Corinthians e com duas bandeiras brasileiras encaixadas em sua cadeira de rodas. Ele estava no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro, curtindo os Jogos Rio 2016. O mesmo Lucas, oito anos depois, tem uniforme e perspectivas bem distintas. Aos 18 anos, é um dos 15 integrantes da seleção de tênis de mesa que vai defender o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris, na França.

    Medalhista de bronze no Mundial de 2022, prata nos Jogos Parapan-Americanos do Chile e ouro numa etapa do circuito internacional na Finlândia, ambos em 2023, ele é um “legado vivo” dos megaeventos no país. Começou a praticar o tênis de mesa por reabilitação mais ou menos na época da gravação do vídeo e, dois ciclos depois, vai matar as saudades dos Jogos Paralímpicos de uma maneira que sequer poderia sonhar em 2016. As Paralimpíadas serão de 28 de agosto a 8 de setembro e o Brasil terá 280 atletas inscritos em 20 modalidades.

    “Eu entrei no tênis de mesa por reabilitação, mas sempre gostei de esportes. Sempre tive o sonho de ser atleta de alto rendimento. Acho sensacional estrear tão jovem em Jogos Paralímpicos. Vai virar uma bagagem incrível para a carreira internacional que pretendo ter. Só quero desfrutar ao máximo, me manter 100% focado e bem leve na mesa para fazer o melhor”, comentou o atleta paulista. Diagnosticado com um tumor na medula ainda bebê, ele passou por vários processos cirúrgicos e de reabilitação.

     

    PARA QUEM – O tênis de mesa paralímpico é praticado por atletas com paralisia cerebral, amputados, cadeirantes e pessoas com deficiência intelectual. São 11 classes. De 1 a 5 para cadeirantes. De seis a 10, para “andantes”. Nos dois casos, vale a regra: quanto menor o número da classe, maior a restrição de mobilidade. A classe 11 é para andantes com deficiência intelectual. Em Paris, há 31 eventos com medalhas ( confira o infográfico ).

    Lucas atua na Classe 5, para cadeirantes com maior mobilidade física e motora. Toda vez que entrar na mesa na Arena Paris Sul, ele sabe que precisa vencer três sets de 11 pontos para obter a vitória. Ele vai disputar a chave individual e atuar na dupla mista com Cátia Oliveira, medalhista de bronze na chave individual nos Jogos de Tóquio na Classe 2.

    ADAPTAÇÕES – São poucas as adaptações do tênis de mesa paralímpico em relação ao olímpico, todas para as disputas entre cadeirantes como Lucas. O saque precisa sair pela linha de fundo do adversário nas disputas individuais. Nas duplas, em vez de os jogadores rebaterem alternadamente a bola, qualquer um dos dois pode rebater.

    22082024_lucas.jpg22082024_lucas.jpgLucas Arabian: de fã dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 a atleta da seleção em 2024. Foto: Alê Cabral/CP

    OURO INÉDITO – Até hoje, na história da modalidade em Jogos Paralímpicos, o país conquistou oito medalhas. São três pratas e cinco bronzes. Bruna Alexandre é uma das que bateu na trave. Integrante da classe 10, para andantes com grande capacidade motora. A atleta que se tornou em 2024 a primeira brasileira a atuar em Jogos Olímpicos e Paralímpicos na história esportiva nacional, foi bronze no Rio e prata em Tóquio no individual. Corre atrás do ouro inédito para ela e para a modalidade. “Eu tenho o sonho de conseguir a medalha de ouro em Paris, vou jogar dupla feminina, dupla mista e individual. No Rio fiquei com o bronze, em Tóquio fiquei com a prata e vou tentar agora o ouro nos Jogos de Paris”, afirmou Bruna.

    ILUMINADA – Entre as mesa-tenistas brasileiras nos Jogos Paralímpicos, a catarinense Danielle Rauen (classe 9) é uma das que chega no melhor momento da carreira. Nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago, no Chile, conquistou medalhas de ouro em tudo que disputou: individual feminino, duplas femininas e duplas mistas. Em Jogos Paralímpicos, ela já conta com dois bronzes no currículo. Ao lado de Bruna Alexandre e Jennyfer Parinos, foi terceira colocada por equipes no Rio 2016 (classes 6-10) e em Tóquio 2020 (classes 9-10). Agora, na capital francesa, o objetivo dela é aumentar a coleção e, quem sabe, subir degraus no pódio. Ela vai jogar a chave individual, fazer dupla com Bruna Alexandre e jogar ainda a dupla mista, com Luiz Manara. “Meu maior sonho, além de conquistar a medalha individual em Jogos Paralímpicos, é representar tantas pessoas, trazer um significado especial à vida das pessoas. Não são apenas conquistas que movem o esporte, o importante é como as pessoas lembrarão de você. Esse é o legado que eu gostaria de deixar”, afirma.

    NEGÓCIO DA CHINA – Assim como no tênis de mesa olímpico, a China é o país dominante no paralímpico. O esporte é amplamente disseminado no país asiático, cultural, motivo de orgulho nacional. Na história dos Jogos Paralímpicos, os chineses conquistaram 75 ouros, 30 pratas e 20 bronzes. Só em Tóquio, em 2021, foram 26 medalhas.

    22082024_dani_rauen_manara.jpg Dani Rauen: dois bronzes no currículo e um ciclo vitorioso. Na foto, ao lado de Luiz Manara, com quem faz dupla mista. Foto: Alê Cabral/ CPB

    HISTÓRIA – O tênis de mesa existe no programa paralímpico desde a primeira edição oficial dos Jogos, em 1960, em Roma. Curiosamente, o programa dos Jogos Olímpicos só incluiria a modalidade 28 anos depois, na edição de Seul, na Coreia do Sul, em 1988.

    BOLSA ATLETA – Dos 280 atletas brasileiros em Paris, 274 são integrantes do Bolsa Atleta (97,8%), incluindo os 15 do tênis de mesa. Dos seis que não fazem parte atualmente, quatro já estiveram em editais anteriores. Os outros dois são guias, que correm ao lado de atletas com deficiência visual. O primeiro edital do Bolsa Atleta em que atletas-guia puderam ser contemplados foi o de dezembro de 2023, após a aprovação da Lei Geral do Esporte.

    MEDALHAS – O Brasil tem 373 medalhas conquistadas em Jogos Paralímpicos, em 11 edições. São 109 ouros, 132 pratas e 132 bronzes. As três modalidades que mais garantiram pódios ao país são atletismo (170 medalhas – 48 ouros, 70 pratas e 52 bronzes), natação (125 medalhas – 40 ouros, 39 pratas e 46 bronzes) e judô (25 medalhas – cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes). A melhor campanha do país nos Jogos foi na última edição, em Tóquio 2020, ocasião em que o país ficou na sétima posição, com 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes – 72 medalhas no total.

    Raio-x do Bolsa Atleta na delegação brasileira nos Jogos ParalímpicosRaio-x do Bolsa Atleta na delegação brasileira nos Jogos ParalímpicosRaio-x do Bolsa Atleta na delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos
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  • Após viver clima olímpico, estudante disputa handebol de praia no JUBs

    Após viver clima olímpico, estudante disputa handebol de praia no JUBs

    Para Carolina Pires, aluna do oitavo e último período de Educação Física da Uninassau, de João Pessoa, 2024 pode representar a despedida dos Jogos Universitários Brasileiros de Praia (JUBs Praia). Prestes a concluir a graduação, ela tem um título no handebol de praia – também conhecido como beach hand – na edição de 2022, em Canoa Quebrada (Ceará) e um terceiro lugar, em 2021, em Aracaju. Nesta edição do evento na Praia de Botafogo, zona sul da cidade do Rio de Janeiro, ela chegou com expectativas mas também com a bagagem que nenhum outro atleta tem: Carolina acabou de retornar de Paris, onde esteve como uma das convidadas a participar de um torneio exibição da modalidade durante os Jogos Olímpicos.

    “Foi uma sensação única. Quando entrei lá, pensei comigo mesmo: ‘meu Deus, isso está acontecendo mesmo?’ Se você perguntar para qualquer atleta que estiver aqui no JUBs, ele vai dizer que o sonho é estar um dia na Olimpíada, mesmo que não seja competindo”, diz a jovem de 22 anos.

    Carolina Pires - demonstração de handebol de praia em Paris 2024 - universitária atleta do JUBs Praia no Rio de Janeiro

    Segundo conta a atleta paraibana, foram formadas quatro equipes – uma só com atletas locais e outras três misturando jogadores de várias nacionalidades – para mostrar a modalidade para o público francês. Os jogos, que não tiveram um campeão, foram realizados em Créteil, nos arredores de Paris. Carolina passou duas semanas na França, desfrutando do clima olímpico e praticando o esporte que mais gosta. Diante de um público que queria aprender mais sobre a modalidade, as dúvidas eram muitas.

    “Muita gente pergunta como é, como faz para quicar a bola na areia e a gente está acostumado a explicar que não, só precisa passar a bola [risos]. Nosso intuito era proporcionar um espetáculo, mostrar a magia do handebol de areia”, revela a jovem.

    Mesmo tão nova, Carolina é uma veterana nas areias, já que começou a praticar o handebol aos cinco anos, estimulada pela presença da mãe, Cinthya Piquet, nas competições. Hoje, as duas são companheiras na seleção brasileira, uma das melhores do mundo.

    Cinthya Piquet e Carolina Pires (mãe e filha) - demonstração do handebol de praia em Paris 2024

    Embora a participação na França tenha sido como esporte-exibição e o programa olímpico de Los Angeles 2028 já tenha sido revelado sem contar com a modalidade, Carolina alimenta o sonho de competir no handebol de praia em uma edição dos Jogos.

    A modalidade foi criada na década de 80 e começou a se estabelecer e organizar a melhor a partir da virada do milênio. Ainda não há indícios concretos de que esteja sendo cogitada como esporte olímpico, mas Carol pode se agarrar ao fato de que o handebol de praia entrou para o programa dos Jogos Olímpicos da Juventude, estreando na edição de 2018, em Buenos Aires. A jovem universitária está otimista.

    “Por eu ser muito nova, acredito que ainda existe chance. Outras três meninas do Brasil, todas com muito tempo de seleção, estiveram junto comigo na França e elas brincavam, dizendo que eu ia chegar lá. Quem sabe a partir de 2032”, expõe.

    De volta ao Brasil, a atleta já encarou logo a missão de participar do JUBS Praia mais uma vez. A Uninassau estreou nesta quarta (21) com vitória por 2 a 0 sobre a UNIFAP, do Amapá. Carolina sabe que será uma referência dentro da equipe mas também no evento como um todo e está mais do que disposta a usar a própria experiência para ajudar outros jovens atletas universitários.

    “Gosto de assumir essa responsabilidade. Antes de ir para Paris, pensei muito nisso. Em desfrutar. Justamente para passar para minhas colegas os pontos mais positivos que eu puder, dentro e fora do jogo. Passar aquela motivação, dicas de como melhorar o desempenho e fazê-las saber que podem confiar em mim”, opina Carolina.

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

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  • Mais de 98% dos atletas brasileiros nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 contam com apoio do Bolsa Atleta

    Mais de 98% dos atletas brasileiros nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 contam com apoio do Bolsa Atleta

    Daqui a 15 dias, iniciam-se os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, que ocorrerão de 28 de agosto a 8 de setembro. Toda a nossa torcida agora está voltada para os atletas com deficiência que já começaram a desembarcar na Cidade Luz. Esta edição contará com a maior quantidade de atletas brasileiros em competições internacionais: 279 no total, dos quais 274 fazem parte do programa Bolsa Atleta do governo federal, ou seja, 98,2% dos convocados. Entre os bolsistas, mais de 63% são beneficiados com a mais alta categoria do programa, a Bolsa Atleta Pódio.

    Cerca de 4.400 esportistas com deficiência de todo o mundo estarão reunidos para competir durante 11 dias em 22 modalidades esportivas, que serão realizadas dentro e ao redor da capital francesa. Nas Paralimpíadas, participam atletas com deficiências motoras, amputados, cegos, além de pessoas que sofreram paralisia cerebral ou possuem alguma deficiência intelectual. A competição é considerada o terceiro maior evento esportivo do mundo em termos de vendas de ingressos, ficando atrás somente dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo da FIFA.

    Os atletas brasileiros competirão em 20 modalidades, uma vez que o país não conseguiu classificação no basquete em cadeira de rodas e no rúgbi em cadeira de rodas. A delegação participará do futebol para cegos, bocha, goalball, arco e flecha, atletismo, badminton, canoagem, ciclismo de estrada, hipismo, judô, powerlifting, remo, natação, tênis de mesa, taekwondo, triatlo, tiro esportivo, voleibol sentado, esgrima e tênis em cadeira de rodas.

    Os esportistas apoiados pelo Bolsa Atleta colecionam ótimos resultados. Nas Paralimpíadas de Tóquio, em 2020, os bolsistas representaram 68 dos 72 pódios conquistados pelo país, um total de 94,4%.

    Para o ministro do Esporte, André Fufuca, a expectativa para a estreia nos Jogos Paralímpicos e o tradicional sucesso da delegação brasileira na competição trará muitas alegrias para o país. “Fomos muito felizes nos Jogos Olímpicos de Paris, com grandes conquistas dos nossos atletas, e com os nossos esportistas com deficiência não será diferente. Somos uma potência nos Jogos, e com o apoio que os atletas recebem do governo federal, por meio do Bolsa Atleta, tenho certeza de que eles irão brilhar em suas modalidades”, salientou Fufuca.

    Em Paris, a delegação do Brasil terá 279 atletas, a maior da história em eventos fora do país. Foto: Alessandra Cabral/CPB

    Expectativas

    Atualmente, o Brasil se mantém entre as maiores potências dos esportes paralímpicos, com resultados expressivos nas últimas edições. Desde Pequim, em 2008, o país sempre termina os Jogos entre os dez países que mais conquistam medalhas.

    A melhor campanha foi registrada em 2020, em Tóquio, edição em que o Brasil terminou na sétima posição no quadro geral, com 72 medalhas no total, sendo 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes.

    A expectativa do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) é que a atuação da delegação brasileira em Paris seja igual ou superior aos números de Tóquio, com a conquista de 70 a 90 medalhas, mantendo-se entre os oito melhores países da competição.

    Na história, o Brasil tem 373 medalhas conquistadas em Jogos Paralímpicos, sendo 109 ouros, 132 pratas e 132 bronzes. O atletismo é a modalidade com a maior quantidade de convocados para Paris 2024, com 70 atletas e 16 atletas-guia. É o esporte em que o Brasil mais conquistou medalhas em Jogos Paralímpicos, seguido de natação e judô.

    Por: Ministério do Esporte

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  • Brasil é prata no futebol feminino após revés contra EUA na final

    Brasil é prata no futebol feminino após revés contra EUA na final

    No detalhe, os Estados Unidos mostraram eficiência e derrotaram o Brasil neste sábado (10) por 1 a 0, no Parque dos Príncipes, para levar o ouro no futebol feminino na Olimpíada de Paris. Mallory Swanson fez o gol que deu a quinta medalha dourada às norte-americanas em Jogos Olímpicos. O Brasil, assim como em Atenas (2004) e Pequim (2008), termina com a prata em uma decisão contra os EUA. Na véspera, a Alemanha garantiu o bronze ao derrotar a Espanha.

    Mantendo a fórmula que deu resultado com as surpreendentes classificações diante de França e Espanha, nas quartas e semifinais, respectivamente, o técnico Arthur Elias iniciou a partida com Marta no banco de reservas. A camisa 10, que esteve suspensa nas duas partidas anteriores, estava liberada para atuar.

    No primeiro tempo, a seleção brasileira praticou o jogo que deu muitos frutos no mata-mata: forte marcação para recuperar a bola e ligação rápida com a parte ofensiva. Logo aos dois minutos, Ludmila recebeu na cara do gol mas chutou fraco nas mãos da goleira Naeher.

    Mesmo tendo dificuldade em manter a posse de bola, o Brasil esteve sempre mais próximo do gol. Em uma das escapadas norte-americanas, Swanson avançou pela esquerda e chutou para defesa de Lorena, um dos destaques brasileiros durante toda a Olimpíada.

    Duas jogadas contaram com intervenção do VAR desfavorável ao Brasil: um gol de Ludmila foi anulado por impedimento e uma jogada em que Adriana pediu pênalti foi considerada normal.

    A seleção continuou criando principalmente pelas pontas com bolas lançadas na área. Em uma delas, Ludmila não conseguiu concluir a gol o cruzamento de Gabi Portilho. Em outro lance, a própria Portilho completou de primeira a bola que veio da direita, mas parou novamente em Naeher.

    No segundo tempo, com as equipes sem mudanças, a estratégia brasileira não surtia efeito e as bolas longas não geravam perigo. Cometendo uma série de erros em saídas de bola, o Brasil acabou castigado aos onze minutos.

    A bola foi lançada em profundidade e duas atletas norte-americanas apareceram livres em condição de finalizar. A camisa 11 Smith, que estava em posição de impedimento, correu para a bola e estava prestes a dominá-la quando viu a companheira Swanson melhor posicionada. Ela dominou e tocou na saída de Lorena. Após checagem do VAR, o lance foi considerado válido.

    Logo na sequência, Marta foi a campo com a expectativa de alterar o panorama da partida. No entanto, o Brasil teve muitas dificuldades para criar chances e levar perigo de verdade ao gol norte-americano.

    A melhor oportunidade veio nos acréscimos: Adriana apareceu livre dentro da área para finalizar de cabeça no contra-pé de Naeher, que fez ótima defesa com a mão direita. O Brasil seguiu tentando pressionar, mas não obteve o sucesso. Os Estados Unidos confirmaram o ouro com uma campanha de seis jogos e seis vitórias.

    Pelo lado brasileiro, Marta se despede dos Jogos Olímpicos com mais uma prata. Ela era a única atleta do elenco brasileiro que participou das campanhas em Atenas e Pequim. Com 13 gols, ela encerra sua participação como segunda maior artilheira da história da competição, atrás apenas de Cristiane, que marcou 14.

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

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  • Brasileiros em Paris: três ouros e quase recorde no número de pódios

    Brasileiros em Paris: três ouros e quase recorde no número de pódios

    Com a prata no futebol feminino e o bronze no vôlei feminino, o Brasil encerrou sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris neste sábado (10). Embora ainda haja medalhas a serem definidas no domingo (11), último dia da Olimpíada, nenhuma delas tem brasileiros na disputa. Com isso, já se sabe a quantidade oficial de pódios brasileiros em 2024. Foram 20 no total: três ouros, sete pratas e dez bronzes. O país se despede sem registrar o melhor desempenho em boa parte dos esportes, embora tenha se aproximado em alguns casos.

    O desempenho em Tóquio-2020 seguirá, pelo menos por mais quatro anos, como o parâmetro a ser batido. No Japão, tivemos a maior quantidade de ouros (sete, empatado com os Jogos do Rio, em 2016), o maior total de medalhas (21), a melhor posição no quadro geral (12º), assim como o maior número de modalidades diferentes subindo ao pódio (13).

    A principal queda na performance em Paris está no número de ouros. Além de Rio e Tóquio, o desempenho em Atenas, quando o Brasil conquistou cinco primeiros lugares, também foi superior. Neste critério, o resultado é igual a Atlanta (1996), Pequim (2008) e Londres (2012), todas com três ouros. De 1996 para cá, apenas em Sydney, em 2000, o país teve menos ouros. Naquela edição, na realidade, o Brasil não subiu ao lugar mais alto nenhuma vez.

    No número total de medalhas, no entanto, Paris fica atrás apenas de Tóquio. Agora são duas edições consecutivas na casa dos 20 pódios.

    Ainda é preciso esperar o fim dos Jogos para saber em que posição o país termina no quadro de medalhas. Porém, já se sabe que serão onze as modalidades medalhistas, atrás de Tóquio e Rio (em casa, doze esportes medalharam). No final das contas, nenhuma modalidade estreou como medalhista para o Brasil em Paris.

    A Olimpíada de Paris chegará ao fim neste domingo (11), com a cerimônia de encerramento, prevista para começar às 16h (horário de Brasília). no Stade de France. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou que a dupla Duda e Ana Patrícia, campeãs olímpicas no vôlei de praia, ficará responsável por carregar a bandeira do país no evento.

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  • Giullia Penalber avança e luta pelo bronze no wrestling nesta sexta

    Giullia Penalber avança e luta pelo bronze no wrestling nesta sexta

    Única representante do Brasil no wrestling nos Jogos Olímpicos de Paris, a carioca Giullia Penalber fará a luta final da repescagem no estilo livre, que vale a medalha de bronze. O combate será com a chinesa Hong Kexin a partir das 13h15 (horário de Brasília) desta sexta-feira (9).

    Giullia Penalber avançou à disputa direta pelo bronze após derrotar a alemã Sandra Paruszewski por 7 pontos a 0, na manhã desta sexta (9), já na chave de repescagem da categoria ate 57 kg para mulheres. A brasileira iniciou a jornada olímpica ontem (8), com vitória por imobilização nas oitavas de final sobre Rckaela Maree Ramos Aquino, de Guam, um território na micronésia, no oceano Pacífico. Na sequência, a lutadora enfrentou Anastasia Nichita, da Moldávia. A adversária conseguiu derrubar a brasileira, e venceu o duelo por 5 a 0, avançando à semifinal.

    No wrestling, o atleta que perde nas quarta de final pode ser puxado automaticamente para a repescagem caso o adversário que o derrotou chegue à final. E foi justamente o que aconteceu. Nichita vai disputar o ouro contra um adversária do Japão, após derrotar Hong Kexin na semi. Com isso, Giullia foi puxada para a chave de repescagem, e ganhou o direito de lutar pela medalha de bronze. O Brasil nunca conquistou uma medalha olímpica na modalidade. O melhor resultado até então havia sido um 8º lugar de Rosângela Conceição nos Jogos de Pequim, em 2008.

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  • Brasil fica fora da final do revezamento 4x100m no atletismo em Paris

    Brasil fica fora da final do revezamento 4x100m no atletismo em Paris

    Na primeira sessão desta quinta-feira (8) do atletismo nos Jogos Olímpicos de Paris, os atletas do Brasil não conseguiram avançar para as finais. Na segunda bateria das eliminatórias, o quarteto verde a amarelo – Gabriel dos Santos, Felipe Bardi, Erik Cardoso e Renan Gallina – cruzou a linha de chegada com o tempo de 38seg73, o sexto melhor da série.

    A marca, no entanto, foi insuficiente para figurar entre as oito melhores da competição, que avançaram à final. O melhor tempo foi obtido pelo time dos Estados Unidos: 37seg47. Uma curiosidade é que a tradicional equipe da Jamaica, detentora dos recordes olímpico e mundial na prova, ficou de fora da final, com a marca de 38seg45.

    As eliminatórias do arremesso de peso feminino tiveram a participação de duas brasileiras. No grupo A, Livia Avancini terminou na 15ª colocação, com a marca de 16m26, e ficou fora da final. O mesmo aconteceu com Ana Caroline Silva, que teve como melhor arremesso 17.09 e foi a 11ª colocada no grupo B.

    Brasil na final do lançamento de dardo

    Ainda hoje, a partir das 15h25 (horário de Brasília), Luiz Maurício da Silva participa da final do lançamento de dardo. O atleta mineiro de 24 anos se classificou na última terça-feira (6) com a sexta melhor marca da eliminatória (85m91), novo recorde sul-americano da prova.

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

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