Tag: Paris 2024

  • Rosicleide Andrade conquista primeira medalha do judô em Paris

    Rosicleide Andrade conquista primeira medalha do judô em Paris

    A potiguar Rosicleide Andrade viveu um momento especial na manhã desta quinta-feira (5) na Arena do Campo de Marte, pois derrotou a argentina Rocio Ledesma Dure por ippon e conquistou a medalha de bronze na disputa da categoria até 48 quilos da classe J1 (atletas cegos totais ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância), a primeira do judô brasileiro nos Jogos Paralímpicos de Paris (França).

    “Estou muito feliz e ao mesmo tempo sem acreditar ainda. Eu fiz um ciclo [paralímpico] muito bom. No meu primeiro ciclo [alcancei] alguns títulos muito importantes, como o ouro no Parapan-americano, e agora sendo medalhista de bronze na Paralimpíada, em minha primeira Paralimpíada. Estou muito feliz e não consigo explicar ainda o que estou sentindo”, declarou Rosicleide.

    Outro atleta da classe J1 que teve a oportunidade de conquistar uma medalha nesta quinta foi o manauara Elielton Oliveira, que foi derrotado por ippon pelo indiano Kapil Parmar na disputa de bronze da categoria até 60 quilos.

    Edição: Fábio Lisboa

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  • Brasil conquista a 50ª medalha nos Jogos Paralímpicos em estreia do halterofilismo

    Brasil conquista a 50ª medalha nos Jogos Paralímpicos em estreia do halterofilismo

    Na estreia do halterofilismo nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, a mineira Lara Lima ficou com o bronze na categoria até 41 quilos, na manhã desta quarta-feira (4/9). A brasileira levantou 109 quilos no supino e ficou atrás da chinesa Zhe Cui, que bateu o recorde paralímpico da prova com 119 quilos, e da nigeriana Esther Nworgu, prata com 118 quilos levantados.

    Esse foi o primeiro pódio de Lara em Jogos Paralímpicos. Ela bateu o recorde das Américas, que era da própria Lara, com 107 quilos levantados em Tbilisi, na etapa da Copa do Mundo da Geórgia, em junho.

    “Esse bronze tem sabor de ouro, chega com muita dedicação, muito trabalho. Pessoas incríveis me ajudaram, minha mãe, minha irmã. Minha mãe merece essa medalha tanto quanto eu, é muito bom poder levar essa medalha para elas. Foco nos meus movimentos e, para 2028 (nos Jogos de Los Angeles), pretendo subir um nível”, disse Lara.

    “Tão importante quando o nosso apoio, com as condições que o Programa Bolsa Atleta assegura, é o apoio da família que também tem papel fundamental para fortalecer o emocional dos nossos representantes em Paris. Uma medalha que vem com a marca do nosso esforço, parabéns, Lara”, comemorou o ministro do Esporte, André Fufuca.

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  • Nadadora Carol Santiago conquista terceiro ouro nos Jogos Paralímpicos

    Nadadora Carol Santiago conquista terceiro ouro nos Jogos Paralímpicos

    A nadadora pernambucana Carol Santiago, 39, voltou à Arena La Defense nesta quarta-feira (4/9), e conquistou sua terceira medalha de ouro em Paris 2024, desta vez na prova dos 100m livre, da classe S12 (deficiência visual). Assim, ela ampliou sua marca de mulher brasileira com mais medalhas douradas em Jogos Paralímpicos, com seis no total.

    Carol Santiago venceu a prova com o tempo de 59s30, superando a ucraniana Anna Stetsenko, que completou a prova em 1min00s39 e ficou com a medalha de prata. A japonesa Ayano Tsujiuchi fez o percurso em 1min01s05, e ficou com a medalha de bronze, completando o pódio. Outra brasileira, Lucilene da Silva Sousa terminou em 6º lugar na prova.

    “Eu estou muito, muito feliz, muito satisfeita. São muitas emoções. Está sendo uma competição muito intensa, maravilhosa e, gente, eu só tenho a agradecer”, disse Carol.

    Com as três conquistas que já obteve em Paris, Carol alcançou seis medalhas douradas, ampliando a vantagem sobre a velocista mineira Ádria Santos, que tem quatro vitórias no atletismo. Até o início dos Jogos de Paris, Ádria era a dona da marca.

    A nadadora pernambucana se tornou bicampeã paralímpica nos 100m livre, prova em que ganhou ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. No Japão, ela também obteve a medalha dourada nos 50m livre e nos 100m peito, além de uma prata no revezamento 4x100m livre misto 49 pontos e um bronze nos 100m costas.

    Em Paris, ela conquistou ouro nos 100m costas S12 e nos 50m livre S13, totalizando suas seis medalhas douradas. Carol ainda nadará em Paris nos 100m peito SB12, na quinta-feira, 5, e por equipe, no revezamento 4x100m livre misto – 49 pontos, também nesta quarta-feira.

    Carol nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Praticou natação convencional até o fim de 2018, quando migrou para o esporte paralímpico.

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  • Brasil chega a 400 pódios na história dos Jogos Paralímpicos

    Brasil chega a 400 pódios na história dos Jogos Paralímpicos

    Em mais um dia de pódios para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris, o País conquistou a sua 400ª medalha na história. Ela veio com André Rocha, que ganhou o bronze no lançamento de disco da classe F52 (atletas que competem sentados) com a marca de 19,48m.

    Com as medalhas conquistada neste domingo (1°/9), foi atingida a marca 400 medalhas na história. Foram duas medalhas de bronze na natação, com Lídia Cruz e o revezamento 4×100 livre S14 (atletas com deficiência intelectual), uma de prata no tiro esportivo com Alexandre Galgani, e o bronze de André Rocha no atletismo.

    Outro fato importante do dia veio com o mineiro Gabrielzinho, que quebrou o recorde mundial nos 150m medley da classe SM2 (limitação físico-motora), com o tempo de 3min14s02.

    Atletismo

    O paulista André Rocha, 47, conquistou a medalha de bronze no lançamento de disco da classe F52 (atletas que competem sentados) com a marca de 19,48m. A medalha de ouro foi para o italiano Rigivan Ganeshamoorthy, Que estabeleceu o novo recorde mundial da prova, com 27,06. Já a prata ficou com o letão Aigars Apinis, com 20,62

    André, natural de Taubaté, era policial militar e durante uma perseguição em 2005 caiu de um muro alto que ocasionou uma grave lesão na coluna lombar. Depois de complicações na cirurgia e uma nova e grave lesão na coluna cervical anos depois, ficou com lesões permanentes também nos membros superiores, tornando-se tetraplégico. Conheceu o esporte paralímpico em 2013, em um projeto da prefeitura de sua cidade.

    A baiana Samira Brito e a paulista Verônica Hipólito competiram na final dos 200m da classe T36 (paralisados cerebrais). Samira terminou na sexta posição, com o tempo de 31s01, enquanto Verônica encerrou a distância em 31s03, a sétima marca da prova.

    A catarinense Camila Muller disputou os 1.500m da classe T11 (deficiência visual). Com o tempo de 5min03s01, a atleta ficou em nono lugar – apenas as seis melhores marcas avançaram – e não se classificou para a final.

    Aline Rocha, Vanessa Cristina e Jéssica Giacomelli disputaram os 800m da classe T54 (cadeirantes) no Stade de France. A paulista Vanessa Cristina terminou as classificatórias na 10ª posição geral (1min50s29), enquanto a paranaense Aline Rocha (1min53s04) e a também paulista Jéssica Giacomelli (1min59s55) terminaram nas 13ª e 14ª colocações, respectivamente. Elas não avançaram à final.

    O paraibano Ariosvaldo Silva, conhecido como Parré, terminou os 400m da classe T53 (cadeirantes) em oitavo lugar (52s42). O ouro ficou com o tailandês Pongsakorn Paeyo (46s77), a prata com o canadense Brent Lakatos (47s24) e o bronze, com o americano Brian Siemann (47s84).

    O paulista Matheus de Lima terminou em 9º lugar nos 100m T44, deficiência nos membros inferiores sem a utilização de prótese, neste domingo, 1º, no Stade de France, com o tempo de 12s15. O ouro ficou com o sul-africano Mpumelelo Mhlongo (11s12), a prata com o cubano Yamel Luis Suares (11s20) e o bronze com o malaio Eddy Bernard (11s58).

    O paranaense Vinícius Rodrigues avançou à final dos 100m da classe T63 (amputados de membros inferiores com prótese) com o tempo de 12s24, sua melhor marca na temporada. Ele se classificou com o sexto tempo geral da prova. A final será nesta segunda-feira, 2, às 20h37 (de Paris) e 15h37 (de Brasília).

    Já o paraense Alan Fonteles garantiu sua vaga na final dos 100m T64 (amputados de membros inferiores com prótese) com o tempo de 11s22. Avançou com a oitava melhor marca entre os finalistas. A final será nesta segunda-feira, 2, às 21h35 (de Paris) e 16h35 (de Brasília). Envolvido na mesma disputa, o gaúcho Wallison Fortes ficou fora da final, com o tempo de 11s43.

    Badminton

    O paranaense Vitor Tavares mostrou neste domingo (1°/9), nos Jogos Paralímpicos Paris-2024 porque está entre os melhores do mundo na classe SH6 (atletas com baixa estatura). Após eliminar o americano Miles Krajewski, nas quartas de final, o brasileiro encarou o francês Charles Noakes na semifinal e uma Arena La Chapelle lotada apoiando o jogador da casa. O duelo foi bastante equilibrado, mas o europeu ganhou por 2 sets a 0, games de 21/18 e 22/20.

    Com o resultado, Vitor disputa nesta segunda-feira (2/9), às 16h10 (horário de Brasília), a medalha de bronze diante de Chu Man Kai, de Hong Kong, que foi derrotado na semifinal pelo britânico Krysten Coombs, também em sets diretos, parciais de 21/19 e 21/14. O paranaense continua com chances de entrar para a história e conquistar um pódio inédito para o badminton do Brasil. Se terminar em terceiro, o atleta supera o quarto lugar dele em Tóquio 2020, até agora o melhor resultado do País.

    Futebol de Cegos

    O Brasil estreou com vitória por 3 a 0 sobre a Turquia pelo grupo A do futebol de cegos, na Arena da Torre Eiffel, neste domingo (1º/9), em Paris. Nonato marcou duas vezes de pênalti e Jefinho fechou o placar.

    Pentacampeão do futebol de cegos nos Jogos Paralímpicos, o Brasil enfrenta a França na segunda rodada, na segunda-feira, 2.

    Goalball

    A Seleção Brasileira, que folgou na rodada deste domingo, conheceu seus adversários nas quartas de final do torneio de goalball dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

    O time masculino, campeão em Tóquio 2020 e dono ainda de um bronze (Rio 2016) e uma prata (Londres 2012), vai enfrentar o Egito, nesta segunda, às 8h15 (de Brasília). Os brasileiros foram os melhores do Grupo A, com sete pontos conquistados após duas vitórias (França e EUA) e um empate (Irã). Já os egípcios terminaram na lanterna do Grupo B, com três derrotas (China, Japão e Ucrânia).

    Já a equipe feminina, que busca sua primeira medalha paralímpica na história, entra em quadra na terça-feira, às 13h, para reencontrar o Japão, seu algoz na disputa do bronze em Tóquio 2020. As brasileiras ficaram na última colocação do Grupo C, com um empate (Turquia) e duas derrotas (Israel e China). As japonesas, por sua vez, ainda têm uma partida a realizar, neste domingo, contra a França, mas, independentemente do resultado, terminarão no topo do Grupo D, após já terem somado seis pontos nas vitórias diante de Canadá e Coreia do Sul.

    O torneio de goalball em Paris conta com oito países divididos em dois grupos, tanto na categoria feminina quanto na masculina. Todos se classificam às quartas de final, quando há o cruzamento do primeiro de uma chave contra o quarto da outra, e do segundo contra o terceiro.

    Natação

    O revezamento do Brasil ganhou a medalha de bronze nos 4×100 livre S14 (atletas com deficiência intelectual) e fez o novo recorde das Américas com o tempo de 3min47s49. O ouro ficou com o Reino Unido (3min43s05) e a prata com a Austrália (3min46s37). O Brasil abriu com Arthur Xavier Ribeiro, depois Gabriel Bandeira, Beatriz Borges Carneiro e Ana Karolina Soares de Oliveira.

    A carioca Lídia Cruz ganhou a medalha de bronze nos 150m medley SM 4, destinada a atletas com limitações físico-motoras, com o tempo de 2min57s16, o novo recorde das Américas, neste domingo, 1º, em Paris. A alemã Tanja Scholz ganhou o ouro, com 2min51s31, e Natalia Butkova, dos Atletas Paralímpicos Neutros (NPA), a prata, com 2min54s68. A mineira Patrícia Pereira terminou em 8º lugar na mesma prova, com o tempo de 3min05s99.

    O pernambucano Phelipe Rodrigues terminou em 4º lugar nos 100m livre da classe S10 (atletas com limitações físico-motoras). Ele fez 52s37, mas ficou fora do pódio. O italiano Stefano Raimondi foi ouro com 51s40, seguido pelos australianos Rowan Crother e Thomas Gallagher, que marcaram 51s55 e 51s86, respectivamente.

    O mineiro Gabrielzinho bateu seu próprio recorde mundial nos 150m medley da classe SM2 (limitação físico-motora), com o tempo de 3min14s02, na Arena La Défense, neste domingo, 1º. Ele melhorou o tempo que havia feito mais cedo, em Paris, e terminou com o 4º lugar na prova. A prova na capital francesa, no entanto, é multiclasses (SM1, SM2 e SM3). Ou seja, o mineiro também compete com nadadores com menor grau de comprometimento físico-motor.

    O ouro ficou com o alemão Josia Tim Alexsander Topf, que fez 3min00s16. Os australianos Ahmed Kelly e Grant Patterson levaram prata e bronze, com os tempos de 3min02s16 e 3min06s94, respectivamente.

    O gaúcho Roberto Rodríguez Alcalde terminou em 6º lugar na final dos 100m peito da classe SB5 (atletas com limitações físico-motoras) com o tempo de 1min38s85. O ouro ficou com o suíço Leo McCrea (1min27s15), a prata com o espanhol Antoni Ponce Bertran (1min29s43) e o bronze com o ucraniano Danylo Semenykhin (1min30s96).

    A mineira Laila Suzigan terminou em 6º lugar nos 100m peito da classe SB5 (atletas com limitações físico-motoras) com o tempo de 1min53s03. A britânica Grace Karvey foi ouro (1min42s33), a chinesa Li Zhang ganhou a prata (1min43s17) e a ucraniana Anna Hontar, o bronze(1min44s25).

    Remo

    A paulista Cláudia dos Santos terminou a final A do single feminino PR1 na sexta colocação, com o tempo de 12min12s86. A vencedora da prova foi a israelita Moran Samuel, com 10min25s40.

    O barco Mix2x PR3, com a dupla Diana Barcelos e Jairo Klug, terminou na quinta colocação da final A, com o tempo de 7min45s02. O ouro ficou com a Austrália, a prata com a Grã-Bretanha e o bronze com a Alemanha.

    Já o barco PR3-Mix4+, com Erik Lima, Gabriel Mendes, Alina Dumas, Priscila Souza e Juscelino da Silva (timoneiro), chegou na segunda colocação da final B, com o tempo de 7min31s82.

    Tiro Esportivo

    O paulista Alexandre Galgani conquistou o primeiro pódio do Brasil no tiro esportivo na história dos Jogos Paralímpicos. O resultado histórico veio com uma prata na prova R5 Carabina de Ar – 10 m – Posição Deitado Misto SH2 (atiradores que precisam de suporte para a arma), na qual ele marcou com 254,2 pontos. O ouro ficou com Tanguy de la Forest (255,4 pontos), da França, e o bronze foi para Mika Mizuta (232,1 pontos), do Japão.

    Esta é a terceira participação de Alexandre em Jogos Paralímpicos, sendo que ele foi o único brasileiro a disputar os Jogos de Tóquio 2020. À ocasião, foi o 10º colocado na prova em que conquistou a prata em Paris.

    O atleta já havia conquistado uma medalha inédita para o Brasil, a primeira do país em um Mundial da modalidade. Alexandre fez parte do trio que conquistou o bronze na edição do campeonato disputada em Lima, no Peru, em setembro de 2023. O pódio foi conquistado na disputa por equipes da prova R4 Carabina de Ar – 10m – posição em pé SH2, que não faz parte do programa dos Jogos Paralímpicos. Ele participou da disputa ao lado do capixaba Bruno Kiefer, convocado para os Jogos de Paris, e da catarinense Jéssica Michalack.

    O capixaba Bruno Kiefer ficou em 35º, com 622,3 pontos, e ficou fora da final que terá oito competidores.

    Vôlei sentado

    A Seleção Brasileira masculina perdeu sua segunda partida nos Jogos Paralímpicos de Paris. Depois da derrota para a Alemanha na estreia, desta vez o Brasil foi superado pelo Irã por 3 sets a 0 (25/12, 25/13 e 25/19). O time volta a jogar pelo Grupo B na próxima terça-feira, 3, contra a Ucrânia, às 13h (horário de Brasília), no último jogo da fase de grupos.

    Confira os resultados dos brasileiros neste domingo, 1º de setembro

    Atletismo – Local: Stade de France
    Camila Muller – 1500m (T11) – eliminada na classificatória
    Aline Rocha, Jéssica Giacomelli e Vanessa Cristina – 800m (T54) – eliminadas na classificatória
    Verônica Hipólito (7ª) e Samira Brito (6º) – 200m (T36) – final
    Matheus de Lima – 100m (T44) – 9º lugar
    Ariosvaldo Silva – 400m masculino (T53) – final – 8º lugar
    Wallison Fortes – 100m (T64) – 7º lugar na classificatória – fora da final
    Alan Fonteles – 100m (T64) – 5º lugar – classificado para a final
    André Rocha – lançamento de disco (F52) – bronze
    Vinícius Rodrigues – 100m (T63) – classificado para a final com o 6º melhor tempo

    Bocha – Local: Arena Paris Sul
    Evani Calado 2×7 Sunhee Kang (Coreia do Sul) – individual BC3 – 4º lugar

    Badminton – Local: La Chapelle
    Vitor Tavares 0x2 Charles Noakes (França) – (18/21 e 20/22) simples SH6 – vai disputar o bronze dia 2

    Futebol de cegos (fase de grupos) – Local: Arena da Torre Eiffel
    Brasil 3×0 Turquia

    Natação (finais) – Local: Arena La Défense
    Phelipe Rodrigues – 100m Livre (S10) – 4º lugar
    Lídia Cruz – 150m Medley (SM4) – bronze
    Patrícia Pereira – 150m Medley (SM4) – 8º lugar
    Gabriel Araújo – 150m Medley (SM2) – 4º lugar e Recorde Mundial na SM2
    Roberto Rodriguez Alcalde – 100m Peito (SB5) – 6º lugar
    Laila Suzigan – 100m Peito (SB5) – 6º lugar
    Revezamento 4x100m livre (S14) – bronze

    Remo – Local: Vaires-sur-Marne
    5h50 – Priscila Souza, Alina Dumas, Erik Lima e Gabriel Mendes – Quatro com PR3 – 2º na final B
    6h10 – Cláudia dos Santos – skiff simples PR1 – 6ª na final A
    7h10 – Diana Barcelos e Jairo Klug – Mix2x PR3 – 5º na final A

    Tênis em cadeira de rodas – Local: Roland Garros
    Ymanitu Silva e Leandro Pena 0x2 Andy Lapthorne e Gregory Slade – (1/6 e 5/7) quad duplas masculina – vai disputar o bronze
    Daniel Rodrigues 2×0 Casey Ratzlaff – (6/2 e 7/6) – simples masculino – segunda rodada
    Daniel Rodrigues e Gustavo Carneiro 2×1 Daisuke Arai e Takashi Sanada – (4/6, 7/5 e 10/7) duplas masculino – segunda rodada

    Tênis de mesa (eliminatórias) – Local: Arena Paris Sul
    Cláudio Massad 3×1 Krisztian Gardos (Áustria) – Simples – MS10
    Sophia Kelmer 3×0 Elena Litvnenko (Atleta Paralímpica Neutra) – Simples – WS8
    Joyce Oliveira 3×1 Patamawadee Intanon (Tailândia) – Simples WS3
    Luiz Felipe Manara 0x3 Weinan Peng (China) – Simples MS8
    Marliane Santos 2×3 Dararat Asayut (Tailândia) – Simples WS3

    Tiro esportivo (final) – Local: Centro de Tiro Esportivo
    Alexandre Galgani – R5 Carabina de Ar – 10 m deitado – SH2 – prata

    Tiro com arco (oitavas de final) – Local: Invalides
    Eugênio Franco 122 x 137 Jason Tabansky (Estados Unidos) – Individual W1

    Vôlei sentado masculino (fase de grupos) – Local: Arena Paris Norte
    Brasil 0 x 3 Irã

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  • Brasil pode ter 14 finalistas no 1º dia de competições dos Jogos Paralímpicos

    Brasil pode ter 14 finalistas no 1º dia de competições dos Jogos Paralímpicos

    No primeiro dia de competições dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, nesta quinta-feira (29), os brasileiros disputarão as primeiras medalhas do megaevento. Caso os atletas do País avancem em todas as possibilidades, serão 14 finalistas da delegação na data inaugural de competições na França.

    A modalidade com maior número de atletas com chances de brigar pelo pódio nesta quinta-feira é a natação. Doze nadadores do Brasil entrarão na água na estreia da modalidade. Onze deles disputarão as classificatórias na manhã francesa e, se avançarem, farão as finais no final da tarde e início da noite na Arena La Défense.

    Um deles é o mineiro Gabriel Araújo, 22, da classe S2 (limitações físico-motoras). Escolhido para ser um dos porta-bandeiras do Brasil na cerimônia de abertura, ao lado da paulista Beth Gomes, do atletismo, Gabriel nadará os 100m costas. Outra nadadora que estreará em Paris nesta quinta-feira é a pernambucana Carol Santiago, 38, da classe S12 (baixa visão). Dona de cinco medalhas nos Jogos de Tóquio 2020, a atleta disputará os 100m borboleta.

    “Vai ser uma correria boa. Um momento único e uma emoção muito grande. Estou mais preparado para nadar do que para a cerimônia. Meu treinador [Fábio Antunes] sempre pensa com antecedência. Sempre nos antecipamos às situações e já estava no meu planejamento participar da abertura, independentemente de nadar no dia seguinte ou não. E uma oportunidade como essa não tem como recusar. É um sonho estar vivendo tudo isso”, disse Gabriel, que nasceu com focomelia, doença que impede a formação de braços e pernas.

    O único brasileiro que competirá em uma final direta é o paulista José Ronaldo, da classe S1 (limitações físico-motoras), que tentará subir ao pódio nos 100m costas, às 12h50.

    Além dos doze nadadores, o ciclista goiano Carlos Alberto Soares vai disputar a prova de perseguição 3000m da classe C1 (bicicletas convencionais) e também poderá entrar na luta por um lugar no pódio nesta quinta-feira.

    Outra atleta brasileira que também tem possibilidade de chegar a uma final na estreia é a lutadora gaúcha de taekwondo Maria Eduarda Stumpf, da categoria até 52 quilos.

    O Brasil também será representado em outras modalidades nesta quinta-feira. Estas, porém, não têm disputas por medalhas na data. São elas: badminton, vôlei sentado, tiro com arco, bocha, tênis de mesa e goalball.

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  • Tênis de mesa: Brasil vai à semi de duplas e leva 1º pódio paralímpico

    Tênis de mesa: Brasil vai à semi de duplas e leva 1º pódio paralímpico

    Elas vão precisar esperar mais um dia para definir a cor, mas Cátia Oliveira e Joyce Oliveira garantiram nesta quinta (29) a primeira medalha do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris. A dupla brasileira do tênis de mesa derrotou as egípcias Ola Soliman e Fawzia Egy Elshamy por 3 sets a 0 (11/1, 11/7, 11/4) em 20 minutos e avançou à semifinal da categoria WD5 (atletas cadeirantes) na Arena Paris Sul.. Como não há disputa de bronze na modalidade, a parceria formada pelas duas atletas paulistas garantiu pelo menos um terceiro lugar. Semifinal e final serão realizadas nesta sexta (30), com a vaga na decisão sendo definida às 7h, no horário de Brasília. É a primeira medalha paralímpica na carreira de Joyce e a segunda de Cátia, bronze no individual em Tóquio, há três anos.

    A dupla brasileira terá pela frente a equipe da Coréia do Sul, formada por Su Yeon Seo e Jiyu Yoon, que, por ser cabeça de chave número 1, folgou na rodada e foi direto para as semifinais (só havia sete duplas na disputa). Caso vençam, Cátia e Joyce disputarão a final a partir das 16h.

    Na mesma categoria que as duas, outra parceria brasileira acabou eliminada logo na estreia, ou seja, nas quartas de final. Carla Maia e Marliane Santos foram derrotadas pelas chinesas Jing Liu e Juan Xue por 3 sets a 0 (11-5, 11-4, 11-2).

    Mais resultados

    Outras três duplas brasileiras estrearam nesta quinta (29). Luiz Manara e Cláudio Massad derrotaram os espanhois Jorge Cardona e Ander Cepas por 3 sets a 1, na categoria MD 18.(categoria masculina, que representa a soma das categorias dos atletas com grande comprometimento físico-motor). Carla Maia volta a competir na próxima quinta (5 de setembro) disputa de simples da categoria WS1-2 (atletas com grande comprometimento físico-motor das categorias 1 e 2).

    Na disputa de duplas femininas da categoria WD5, Carla Maia e Marliane Santos foram superadas por 2 sets a 0 pelas chinesas pelas chinesas Jing Liu e Juan Xue. Outra parceria brasileira que perdeu na estreia para representantes da China foi a de Sophia Kelmer com Jennyfer Parinos: elas foram derrotadas por 3 sets a 0 pela dupla uiyan Xiong e Chunxiao Hao, na categoria W20.

    Próximas estreias do Brasil

    Oitavas de finais
    12h45 – Lucas Arabian e Cátia Oliveira x Panfeng Feng e Ying Zhou (China) – duplas mistas XD7

    Oitavas de final
    14h15 – Luiz Manara e Danielle Rauen (sem adversários definidos) – duplas mistas XD17
    15h45 – Paulo Salmin e Bruna Alexandre (sem adversários definidos) – duplas mistas XD17

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

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  • Conheça a história de Daniele, primeira atleta brasileira do badminton paralímpico

    Conheça a história de Daniele, primeira atleta brasileira do badminton paralímpico

    As Paralimpíadas de Paris 2024, que ocorrem de 28 de agosto a 8 de setembro, são muito mais do que um palco de conquistas esportivas. Elas representam um impulso significativo para a inclusão social e o estímulo à prática de atividade física no Brasil e no mundo. Com a participação de 280 atletas brasileiros, o evento reafirma a mensagem de que o esporte é para todas as pessoas.

    Um exemplo dessa inclusão é a trajetória de Daniele Souza, a primeira mulher a representar o Brasil no badminton em uma Paralimpíada. Aos 31 anos, Daniele, que ficou paraplégica após ter uma infecção hospitalar ao nascer, começou a praticar o parabadminton em 2012, no Centro Olímpico de Samambaia, região administrativa do Distrito Federal. O que inicialmente era uma atividade de lazer transformou-se em uma paixão, levando-a a conquistar importantes títulos, como o ouro no simples feminino e a prata nas duplas femininas nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023.

    Daniele, que hoje faz parte do programa Bolsa Atleta, começou sua trajetória no tênis em cadeira de rodas e, após duas semanas, conheceu o badminton. “Eu não me via no esporte, mas com o tempo comecei a pegar gosto e, no final de 2012, comecei a competir contra homens e conquistei quatro medalhas. Em 2016, comecei a participar de campeonatos nacionais, e no final do mesmo ano, recebi a primeira convocação para integrar a Seleção Brasileira de Parabadminton na Colômbia”, conta a atleta.

    Preparada para as Paralimpíadas de Paris, Daniele admite estar ansiosa, mas confiante em seu desempenho. “Com certeza a ansiedade está batendo, mas creio que seja normal. Esta é a minha primeira Paralimpíada, e eu sou a primeira mulher a participar de uma edição. Então, claro que dá aquele friozinho na barriga, mas estou muito feliz, bastante empolgada e espero trazer bons resultados”, destaca Daniele. Ela reflete sobre sua trajetória, onde a força de vontade e a dedicação superaram desafios que, à primeira vista, pareciam intransponíveis.

    Ela também destacou a importância do apoio da família para superar desafios e se dedicar cada vez mais ao esporte. “Primeiramente, precisamos dar o primeiro passo, certo? Muitas vezes, vou falar por mim: por estar numa cadeira de rodas, minha cabeça já dizia que eu não poderia fazer algo, mesmo sem tentar. Por exemplo, quando minha mãe me inscreveu para praticar esportes, eu achava que não conseguiria. Eu não me via praticando nenhuma modalidade, porque, infelizmente, minha mente estava limitada. Hoje, vejo que não existem limites para quem realmente quer algo. Existe, sim, a adaptação, para que você possa realizar o que deseja.”

    Esporte é vida

    A atleta é a prova de que o esporte pode ser uma poderosa ferramenta de inclusão, mostrando que é possível valorizar as pessoas por suas capacidades, em vez de discriminá-las em razão da sua deficiência. Ela lembra que poderia estar parada, sem fazer nada, mas, assim como muitos outros, prefere se superar a cada dia.

    “Eu costumo dizer que o esporte é vida. O esporte me trouxe a vida que eu achava ter perdido ao precisar de uma cadeira de rodas. Pelo contrário, a cadeira de rodas me permite ir para todos os lados. É incrível como, quando nossa mentalidade muda, enxergamos um novo mundo e vemos novos horizontes. Sempre digo que, se você tem força de vontade, deseja algo e tem um sonho na vida, corra atrás. Infelizmente, nada é fácil – isso vale tanto para a vida profissional quanto para a vida pessoal –, mas, lutando e batalhando pelos seus objetivos, uma hora ou outra você vai alcançar. Talvez demore, talvez aconteça rápido, mas pode ter certeza de que o momento chega.”

    Entre as 10 melhores do mundo

    Atualmente, entre as 10 melhores atletas do mundo em sua categoria, Daniele se prepara para fazer história em Paris, almejando uma medalha inédita para o Brasil. Sua trajetória é um exemplo inspirador de superação e dedicação, reforçando a importância do esporte como ferramenta de inclusão social.

    O Ministério da Saúde reconhece o impacto positivo das Paralimpíadas na saúde pública e reforça a importância de ações intersetoriais de promoção à prática de atividades físicas entre pessoas com deficiência. É o que explica o Coordenador-Geral de Saúde da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES) , Doutor Arthur Medeiros.

    “O desporto e as práticas esportivas podem promover benefícios físicos, emocionais e contribuir para a inclusão social, tornando-se uma importante ferramenta onde as pessoas com deficiência podem superar barreiras e participar ativamente da sociedade”, destaca Medeiros.

    Ainda de acordo com doutor Arthur, o Ministério da Saúde tem desenvolvido ações intersetoriais e de enfrentamento ao capacitismo (forma de discriminação contra pessoas com deficiência) para promover a inclusão de pessoas com deficiência por meio do esporte. Essas ações, segundo ele, estão alinhadas com a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Pessoa com Deficiência , cujo objetivo é garantir o acesso ao cuidado integral no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) , contribuindo para a autonomia, qualidade de vida e participação plena da sociedade.

    Guia de Atividade Física

    O Guia de Atividade Física para a População Brasileira do Ministério da Saúde aborda a atividade física em todos os ciclos de vida – crianças, adolescentes, adultos e idosos, – em algumas condições – gestantes e pessoas com deficiência –, além do destaque para a Educação Física Escolar. Também são esclarecidos alguns conceitos importantes como o de atividade física e de seus domínios, o de exercício físico e o de comportamento sedentário.

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  • Brasil anima a Champs-Élysées na abertura dos Jogos Paralímpicos

    Brasil anima a Champs-Élysées na abertura dos Jogos Paralímpicos

    Em uma cerimônia que valorizou a acessibilidade, a excelência esportiva e os direitos das pessoas com deficiência a viverem em um planeta que integre e dê condições iguais a todos em todas as áreas de atuação, os Jogos Paralímpicos de Paris foram oficialmente abertos nesta quarta-feira, 28 de agosto, na França.

    Assim como nos Jogos Olímpicos, a cerimônia foi realizada ao ar livre pela primeira vez na história do megaevento, na região entre a histórica avenida Champs-Élysées e a Praça da Concórdia.

    Tocha

    A reta final do tour da tocha que oficializa a abertura dos Jogos teve um revezamento que envolveu atletas olímpicos e paralímpicos, franceses e internacionais, com diferentes tipos de deficiência, todos eles campeões. Num primeiro momento, acompanhados de uma apresentação artística ao som do Bolero de Ravel.

    No fim, a chama foi acesa por cinco atletas do time da França: Charles-Antoine Kouakou (atletismo), Nantenin Keita (atletismo), Fabien Lamirault (tênis de mesa), Alexis Hanquinquant (triatlo) e Elodie Lorandi (natação).A partir desta quinta e até o dia 8 de setembro, mais de 4,4 mil atletas de 184 nações vão disputar 22 modalidades na capital francesa.

    O Brasil será representado por 280 atletas em 20 modalidades, e 274 são atualmente integrantes do Bolsa Atleta, programa de patrocínio do Governo Federal. É a maior delegação brasileira já anunciada para uma edição dos Jogos fora do Brasil.

    Cinco atletas franceses com diferentes deficiências acenderam a pira que oficializa a abertura dos Jogos Paralímpicos. Foto: frame de vídeoCinco atletas franceses com diferentes deficiências acenderam a pira que oficializa a abertura dos Jogos Paralímpicos. Foto: frame de vídeoCinco atletas franceses com diferentes deficiências acenderam a pira da abertura dos Jogos Paralímpicos

    Agito

    Durante o desfile das delegações, a equipe brasileira agitou a plateia presente. O Brasil foi o 21º país a entrar no percurso de aproximadamente 2,5km preparado para o desfile dos atletas. Conduzidos pelos porta-bandeiras Gabriel Araújo, da natação, e Beth Gomes, do atletismo, os atletas brasileiros mostraram animação por todo o trajeto.

    Atleta do país com mais participações em Jogos Paralímpicos, a nadadora cearense Edênia Garcia, 37, da classe S3 (limitação físico-motora), afirmou que realizou um sonho ao entrar na Champs-Élysées, que passou por um processo de “recapeamento” para ser mais acessível aos cadeirantes.

    “A gente trabalha muito para estar aqui. É a realização de um sonho. O ciclo paralímpico é formado por vários atos e os Jogos são o ato final. Eu fico emocionada, porque a gente deixa um marco na história do Brasil e do Movimento Paralímpico. Está tudo muito lindo”, avaliou a atleta, que nasceu com doença de Charcot-Marie-Tooth, também conhecida como atrofia fibular muscular.

    Pódio

    Um dos porta-bandeiras do Brasil, o nadador mineiro Gabriel Araújo, 22, é um dos 14 atletas do país que já podem disputar medalha nesta quinta-feira, 29. Às 4h59 (de Brasília), ele nadará as eliminatórias dos 100m costas da classe S2 (limitação físico-motora) e, se avançar, fará a final às 13h. Nessa prova, ele ficou com a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, mas é o atual bicampeão mundial.

    “Estou feliz e honrado É um momento único e uma emoção grande. Sempre nos antecipamos às situações e já estava no meu planejamento participar da abertura, independentemente de nadar no dia seguinte. É um sonho estar vivendo tudo isso”, disse Gabriel, que nasceu com focomelia, doença que impede a formação de braços e pernas.

    “Muita emoção em poder representar toda a nação brasileira, entrar na avenida mais famosa do mundo e abrir os Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Até me belisquei para entender se era verdade mesmo”, completou Beth Gomes, 59, que disputa as provas de arremesso de peso e lançamento de disco na classe F53 (cadeirantes). Ela foi diagnosticada com esclerose múltipla em 1993, quando era jogadora de vôlei convencional.

    UNIFORME – O uniforme brasileiro na cerimônia de abertura foi composto por um bucket, popularmente conhecido como chapéu pescador, dupla face nas cores verde e amarelo; uma jaqueta azul, uma camiseta branca e uma calça ou shorts azul marinho. Todos os itens foram confeccionados pensando na acessibilidade, assim como o chinelo também usado pelos atletas durante a solenidade.

    BOLSA ATLETA – Dos 280 atletas brasileiros em Paris em 20 modalidades, 274 (97,8%) integram o Bolsa Atleta do Governo Federal, incluindo os 37 da natação. Dos seis que não fazem parte atualmente, quatro já estiveram em editais anteriores. Os outros dois são guias, que correm ao lado de atletas com deficiência visual. O primeiro edital do Bolsa Atleta em que atletas-guia puderam ser contemplados foi o de dezembro de 2023, após a aprovação da Lei Geral do Esporte.

    MEDALHAS – O Brasil tem 373 medalhas conquistadas em Jogos Paralímpicos, em 11 edições. São 109 ouros, 132 pratas e 132 bronzes. As três modalidades que mais garantiram pódios são, além do atletismo (170 medalhas), a natação (125 medalhas – 40 ouros, 39 pratas e 46 bronzes) e o judô (25 medalhas – cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes).

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  • Brasil vence Ruanda na estreia do vôlei sentado feminino em Paris 2024

    Brasil vence Ruanda na estreia do vôlei sentado feminino em Paris 2024

    Coube à seleção brasileira feminina de vôlei sentado realizar a primeiríssima partida do calendário da modalidade nos Jogos Paralímpicos de Paris. Nesta quinta-feira (29), o Brasil largou bem ao derrotar Ruanda por 3 sets a 0, com parciais de 25/13, 25/10 e 25/7, em apenas 55 minutos de partida. Desta forma, a equipe assume a liderança do Grupo B, que ainda tem Eslovênia e Canadá. As canadenses, aliás, serão as próximas adversárias do Brasil, no sábado (31), às 15h (horário de Brasília).

    a estreia, as brasileiras – atuais campeãs do mundo e medalhistas de bronze em Tóquio – não tiveram dificuldades para derrotar a seleção africana. Um dado chama a atenção. Suellen, maior pontuadora da partida, anotou 23 pontos, quase igualando o total marcado por Ruanda no duelo inteiro (30).

    No vôlei sentado, são duas chaves com quatro equipes cada. As duas melhores de cada grupo avançam às semifinais e têm garantida a disputa por uma medalha.

    Na sexta-feira (30), será a vez da estreia da seleção masculina. A equipe enfrenta a Alemanha a partir das 13h. A seleção brasileira está no Grupo B, junto com Irã e Ucrânia.

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

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  • Jogos Paralímpicos começam com expectativa de bons resultados para o Brasil

    Jogos Paralímpicos começam com expectativa de bons resultados para o Brasil

    Desta quarta-feira (28/8) até 8 de setembro os olhos do mundo se voltam novamente para o esporte. Começa, na França, os Jogos Paralímpicos de Paris. Durante 11 dias, 4.400 atletas vão disputar provas em 22 modalidades. E o Brasil vai competir com a maior delegação em edição dos jogos fora do País. São 279 competidores, entre esportistas e guias, atrás apenas da Rio 2016.

    Noventa e oito por cento dos atletas que estão nos Jogos Paralímpicos recebem o Bolsa Atleta. Mais de 63% deles estão inseridos na categoria Pódio do Bolsa Atleta, a mais alta do programa.

    A cerimônia de abertura tem início às 15h, no horário de Brasília. Os campeões paralímpicos Beth Gomes, do atletismo, e Gabriel Araújo, da natação, serão os porta-bandeiras da delegação brasileira. O evento será realizado, de maneira inédita, fora de um estádio, com o desfile dos atletas que partirá da parte inferior da Champs-Elysées se estendendo pelo coração da capital francesa até a Place de la Concorde.

    E o Brasil chega bem nas paralimpíadas. Com o apoio do programa Bolsa Atleta, o esporte paralímpico saiu da 24ª posição no ano 2000 e passou a figurar entre as dez principais potências do mundo no quadro geral, com um total de 373 medalhas.

    O atleta paralímpico do hipismo, Sérgio Oliva, é um dos competidores apoiado pelo Bolsa Atleta. Ele teve paralisia cerebral por falta de oxigenação na incubadora, ao nascer, e perdeu os movimentos do braço direito em um acidente na adolescência. Encontrou no hipismo uma forma de terapia, e hoje, aos 42 anos, acumula títulos em torneios mundiais.

    Beneficiário do Programa Bolsa Atleta na categoria Pódio, Sérgio agora está em busca de uma medalha nos jogos Paralímpicos de Paris e conta que o auxílio foi fundamental para sua preparação. “Esse programa é muito legal porque ele dá a condição mínima que um atleta precisa para tentar buscar a medalha pro País”, afirmou.

    O Secretário Nacional de Paradesporto do Ministério do Esporte, Fábio Araújo, destacou o potencial do esporte paralímpico brasileiro e a boa perspectiva com os jogos. “Este ano, o Brasil terá a maior delegação de atletas já enviadas para jogos paralímpicos fora do País. Esse feito é a demonstração da nossa força no esporte paralímpico. O Ministério do Esporte tem trabalhado incansavelmente para garantir que nossos atletas tenham todo o suporte necessário para brilhar no palco mundial, seja por meio do Bolsa Atleta, seja por outras políticas públicas de inclusão da pessoa com deficiência”.

    Participação Feminina

    Assim como na Olimpíada, o Brasil tem a maior delegação feminina da história na Paralimpíada de Paris. São 117 mulheres. Entre elas a Aline Rocha, que é paraplégica e vai competir nas provas de velocidade e na maratona pelo atletismo. Beneficiária do Bolsa Atleta desde 2013 e integrante da categoria Pódio desde 2017, ela fala sobre a expectativa pra esta edição.

    “Tô muito animada em poder competir mais uma vez nos jogos paralímpicos. Nos jogos do Rio de Janeiro foi minha primeira participação, minha expectativa era chegar na final e tava ótimo pra mim Agora não, estou com mais experiência, cresci muito nos meus resultados nos últimos anos. Meu maior desejo é conquistar minha primeira medalha paralímpica”, disse Aline.

    E se nos Jogos Olímpicos de Paris as atletas brasileiras foram destaque e levaram 12 das 20 medalhas conquistadas pelo Time Brasil a expectativa para os jogos paralímpicos não é diferente. Carla Maia, jornalista da TV Brasil, vai lutar pelo pódio na capital francesa. Modelo, dançarina e ativista dos direitos das pessoas com deficiência, ela já conquistou títulos importantes e cobriu três Paralimpíadas como repórter: Atenas 2004, Londres 2012 e Rio 2016. Agora vai disputar pela primeira vez uma medalha paralímpica no tênis de mesa.

    “Só quero conseguir transformar a torcida de todo mundo e toda minha vontade em mais motivação para ter um bom resultado aqui. Conto com a torcida de todo mundo aí no Brasil”, disse a paratleta.

    Criado em 2004, o Bolsa Atleta já investiu mais de R$ 1,5 bilhão em cerca de 37 mil esportistas, com 105 mil bolsas concedidas. Só em 2024, são 9 mil atletas contemplados. O orçamento previsto para este ano é de R$ 162 milhões.

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    Incentivo à inclusão

    O Ministério do Esporte tem investido ainda em outros programas para incentivar a inclusão por meio do esporte. A pasta participa do Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência – o Novo Viver Sem Limite. Lançado no ano passado com investimento de mais de R$ 6 bilhões , o plano tem cerca de 100 ações para pessoas com deficiência.

    Entre as iniciativas estão:
    • Programa Semear+ Paradesporto: visa democratizar o acesso ao lazer e usar o esporte como transformação social para jovens de 6 a 18 anos com diversas deficiências.
    • Programa TEAtivo: focado na criação de núcleos especializados em práticas esportivas e de lazer para pessoas a partir de 6 anos com Transtorno do Espectro Autista.
    • Programa Maré Inclusiva: objetiva garantir acesso ao surf adaptado
    • Programa Paradesporto Brasil em Rede: propõe criar núcleos de modalidades paradesportivas em instituições federais de educação superior.

    Todos os programas priorizam o atendimento de, no mínimo, 50% de mulheres e meninas com deficiência.

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