Tag: Paris 2024

  • Brasil perde para Turquia no Pré-Olímpico de vôlei feminino

    Brasil perde para Turquia no Pré-Olímpico de vôlei feminino

    A seleção brasileira de vôlei feminino perdeu a invencibilidade no Pré-Olímpico ao ser derrotada, na madrugada desta sexta-feira (22) em Tóquio (Japão), pela Turquia por 3 sets a 0 (parciais de 21/25, 27/29 e 19/25). A partida foi válida pelo Grupo B da competição.

    Com a derrota para as turcas, o Brasil precisa buscar uma reação nas próximas rodadas para se classificar para a próxima edição dos Jogos Olímpicos, que serão disputados em Paris (França) em 2024. Apenas as duas primeiras colocadas garantem vaga no megaevento esportivo. O próximo compromisso do Brasil é no próximo sábado (23), quando enfrenta a Bélgica a partir das 4h (horário de Brasília).

    O confronto foi marcado por homenagens à Walewska Oliveira, ex-jogadora da seleção brasileira e campeã olímpica nos Jogos de Pequim em 2008, que faleceu na noite desta quinta-feira (21) aos 43 anos. “É difícil. A gente precisou se fechar, deixar para chorar após o jogo. Dói muito. Precisamos tentar lidar com isso da melhor maneira e de alguma forma passar por isso”, declarou a central Thaisa.

    Na partida entre e , pelo Pré-Olímpico de vôlei, nossa eterna Walewska foi homenageada pelas atletas brasileiras.

    A seleção feminina entrou em quadra com uma braçadeira escrita “W#️⃣1️⃣”.

    Divulgação pic.twitter.com/P06gjx7FPj

    — Time Brasil (@timebrasil) September 22, 2023

    * Colaboração de Pedro Dabés (estagiário) sob supervisão de Paulo Garritano.

    Edição: Fábio Lisboa
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  • Brasil mantém invencibilidade no Pré-Olímpico de vôlei feminino

    Brasil mantém invencibilidade no Pré-Olímpico de vôlei feminino

    O Brasil bateu a Bulgária por 3 sets a 2 (parciais de 25/15, 22/25, 27/29, 25/21 e 15/8), nesta terça-feira (19) em Tóquio (Japão), pelo Grupo B do Pré-Olímpico de vôlei feminino. Com este resultado a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães manteve a invencibilidade na competição, após triunfos sobre Argentina e Peru.

    O destaque da partida foi a ponteira Gabi, a maior pontuadora do confronto com 26 pontos: “Começamos a partida muito bem. No segundo set baixamos a guarda e isso não pode acontecer. A Bulgária fez uma boa partida e sacou muito bem. O que fica de positivo é a resiliência da nossa equipe. Passamos por momentos difíceis e conseguimos sair com a vitória. Fica um alerta dos nossos erros para não acontecer mais nos próximos jogos”.

    A seleção brasileira volta a entrar em quadra pela competição a partir das 4h (horário de Brasília) da próxima quarta-feira (20) para medir forças com Porto Rico.

    A chave do Brasil no Pré-Olímpico também conta com Argentina, Peru, Bulgária, Porto Rico, Turquia, Bélgica e Japão. Após as três rodadas iniciais as brasileiras aparecem na terceira colocação da classificação com oito pontos. O líder é o Japão, com nove pontos, seguido pela Turquia, que também tem nove, mas com um saldo de sets pior do que as japonesas.

    Para garantir uma vaga na próxima edição dos Jogos Olímpicos, que serão disputados em Paris (França) em 2024, a seleção brasileira precisa ficar entre as duas primeiras colocadas.

    Edição: Fábio Lisboa
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  • Tênis de mesa: equipes masculina e feminina garantem vaga em Paris

    Tênis de mesa: equipes masculina e feminina garantem vaga em Paris

    As equipes do Brasil de tênis de mesa garantiram presença nos Jogos Olímpicos de 2024, que serão disputados em Paris (França), após uma ótima participação no Campeonato Pan-Americano da modalidade, que chegou ao final em Havana (Cuba) no último domingo (17). O time masculino se classificou ao terminar a competição com a medalha de ouro, enquanto a equipe feminina garantiu a prata.

    O título masculino no Pan-Americano (o sexto em seis edições do torneio) foi alcançado pela equipe formada por Hugo Calderano, Eric Jouti, Vitor Ishiy e Guilherme Teodoro. “Sempre temos que valorizar e desfrutar as vitórias, pois sabemos o quanto é difícil ganhar títulos. Essa vaga para os Jogos Olímpicos é muito importante para o tênis de mesa brasileiro e mais um passo para conquistar coisas especiais para o Brasil”, declarou o técnico da equipe, Francisco Arado.

    Já a equipe feminina que garantiu a prata pan-americana foi formada por Laura Watanabe, Bruna Alexandre e pelas irmãs Bruna e Giulia Takahashi. “Esse Pan-Americano foi muito especial, muito importante para a formação de uma equipe. Pudemos trabalhar com as quatro jogadoras em duplas, em equipe, além de aprimorar o desempenho individual de cada uma. E todas elas, quando foram exigidas, chamadas a corresponder, desempenharam seus papéis. Isso é o que me deixa mais feliz. A união delas em busca desse objetivo, da vaga olímpica, foi extraordinário. Essa classificação é um sonho realizado e elas fazem parte disso”, afirmou o técnico do time feminino, Jorge Fanck.

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  • Basquete: comissão técnica define as 12 jogadoras que irão à AmeriCupW

    Basquete: comissão técnica define as 12 jogadoras que irão à AmeriCupW

    A comissão técnica da seleção brasileira feminina de basquete definiu nesta quarta-feira (28) as 12 jogadoras que disputarão a AmeriCupW – a Copa América Feminina – a partir do próximo sábado (1º de julho), na cidade de León (México). A estreia da equipe comandada pelo treinador José Neto será contra Cuba, no próximo sábado (1º de julho), às 15h10 (horário de Brasília). Ao todo, 19 atletas foram inicialmente convocadas e vinham treinando desde o último dia 13, em Araraquara (SP). 

    Na corrida por vaga olímpica nos Jogos de Paris 2024, chegar à final da AmeriCupW assegura a presença das equipes no Pré-Olímpico Mundial de 2024. Já quem terminar o torneio nas demais quatro posições (do terceiro ao sexto lugar) disputará antes o Pré-Olímpico das Américas ainda este ano (novamente, aos finalistas é garantida a presença no Pré-Olímpico Mundial).

    Formato da disputa

    A AmeriCupW reunirá 10 seleções, divididas em duas chaves. O Brasil – bronze nas duas últimas edições do torneio – está no Grupo A, que além de Cuba, tem Venezuela, Argentina e Estados Unidos. Já na chave B estão Canadá, República Dominicana, Colômbia, México e Porto Rico.

    Na primeira rodada, a partir de sábado (1º), as seleções competem entre si, dentro dos próprios grupos.  As quatro melhores avançam às quartas de final  (1A x 4B, 2A x 3B, 3A x 2B, 4A x 1B), programadas para 7 de julho. Quem se classificar disputará as semifinais no dia 8 e a decisão do título será no dia 9 de julho.

    De olho em Paris 2024

    A Olimpíada reunirá apenas 12 seleções femininas. Duas vagas já estão definidas: uma dos Estados Unidos, campeão da Copa do Mundo de 2022, e outra da França por ser o país-sede. As demais vagas serão distribuídas nos torneios classificatórios continentais.  Haverá dois torneios de quatro equipes tanto na Ásia, quanto nas Américas, e um de seis equipes na África. Os campeões e os vices de cada competição se garantem nos Pré-Olímpicos.

    Ao todo os Pré-Olímpicos reunirão 16 seleções de todos os continentes. Serão quatro torneios com quatro países cada. Ao final, as três melhores arrematam as últimas vagas para Paris.

    Seleção brasileira

    ARMADORAS
    Débora Costa – SESI Araraquara
    Alana Gonçalo – Sampaio Basquete

    ALAS/ARMADORAS
    Tainá Paixão – Sampaio Basquete
    Isabela Ramona – Samara-RUS
    Gabriella Soares – SESI Araraquara

    ALAS
    Raphaella Monteiro – Sampaio Basquete
    Emanuely de Oliveira – Sampaio Basquete

    ALAS/PIVÔS
    Damiris Dantas – Fuerza Regia-MEX
    Vanessa Sassá – Santo André
    Aline Moura – SESI Araraquara

    PIVÔS
    Erika de Souza – Sampaio Basquete
    Kamilla Cardoso – South Carolina-EUA

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

  • Goalball: seleção feminina estreia com goleada em competição na Suécia

    Goalball: seleção feminina estreia com goleada em competição na Suécia

    A seleção feminina brasileira de goalball aplicou uma goleada de 10 a 0 sobre a Ucrânia, nesta sexta-feira (19), na estreia da Copa Malmö, tradicional competição da modalidade, na Suécia. No jogo seguinte, as brasileiras empataram em 7 a 7 com as israelenses, bronze na última Paralimpíada.

    O país busca um título inédito no torneio, que vale de preparação para os Jogos Mundiais da IBSA (Federação Internacional de Esportes para Cegos) em agosto, cujo vencedor garantirá uma vaga na Paralimpíada de Paris 2024. Na edição do ano passado, as brasileiras levaram o bronze, após derrotarem os Estados Unidos. O Japão é o atual campeão do torneio, criado há 23 anos.

    Neste sábado (20), a seleção terá mais dois confrontos: às 4h35 (horário de Brasília) encara a Dinamarca, e depois às 8h55 duela contra o Canadá. Os jogos têm transmissão ao vivo na internet.  As finais serão no domingo (21) – confira programação ao final do texto.

    A equipe brasileira, comandada pelo técnico Gabriel Goulart, é formada pelas jogadoras Kátia Silva, Dani Longhini, Gaby Assunção, Carol Duarte, Jéssica Vitorino e Moniza Aparecida.

    A Copa Malmö reúne 10 seleções divididas em duas chaves. Além do Grupo B onde está o Brasil (junto com Dinamarca, Canadá, Israel e Ucrânia), a chave A tem Estados Unidos, Japão, Grã-Bretanha, Turquia e França.

    As norte-americanas são as maiores vencedoras da competição, com nove títulos – a última conquista foi em 2015.

    Programação

    Domingo (21) 

    3h30 – Disputa do 9º lugar
    4h35 – Semifinal (1º Grupo A x 2º Grupo B)
    5h40 – Semifinal (1º Grupo B x 2º Grupo A)
    6h45 – Disputa do 7º lugar
    7h50 – Disputa do 5º lugar
    8h55 – Bronze
    10h – Final

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

  • Vôlei sentado: seleção masculina garante presença nos Jogos de Paris

    Vôlei sentado: seleção masculina garante presença nos Jogos de Paris

    O Brasil garantiu mais uma vaga nos Jogos Paralímpicos de 2024, que serão disputados em Paris (França). A classificação veio com a seleção masculina de vôlei sentado. A equipe estará na próxima edição da Paralimpíada após conquistar o título do Zonal Championship (o Parapan da modalidade), neste sábado (13) em Edmonton (Canadá).

    Na decisão da competição disputada em solo canadense, a equipe canarinho derrotou os Estados Unidos por 3 sets a 0 (parciais de 25/20, 25/19 e 25/19). Com este triunfo, o Brasil encerrou a competição de forma invicta, com triunfos sobre a Argentina (na fase de grupos e na semifinal), sobre a seleção norte-americana (na primeira fase e na final) e sobre o Canadá.

    A equipe brasileira foi representada na competição por 12 atletas: Wescley Conceição de Oliveira, Diogo Rebouças, Alex Pereira Witkovski, Gilberto Lourenço da Silva (Giba), Luís Fabiano de Oliveira, Wellington Platini Silva da Anunciação, Renato Leite de Oliveira, Márcio Borges dos Santos, Daniel Yoshizawa, Leandro da Silva Santos, Thiago Costa dos Santos Rocha e Raysson Ferreira de Abreu Silva.

    Se o time masculino de vôlei sentado do Brasil garantiu a vaga em Paris apenas neste sábado, a equipe feminina já tinha presença garantida na competição desde novembro de 2022, quando conquistou o título Mundial em Sarajevo (Bósnia). Além do vôlei, o Brasil tem outras modalidades garantidas no megaevento na capital francesa: goalball masculino e ciclismo (pista ou estrada), que, através do ranking internacional, já tem uma vaga assegurada no masculino e outra no feminino.

    Edição: Fábio Lisboa

  • Presidente do IPC crê em quebra de recorde de público em Paris 2024

    Presidente do IPC crê em quebra de recorde de público em Paris 2024

    A meta do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) é estabelecer na Paralimpíada de Paris (França) o recorde de público da história do evento, realizado pela primeira vez em 1960. Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da entidade, Andrew Parsons, disse que serão colocados à venda 2,8 milhões de ingressos a partir de outubro. A edição com mais bilhetes comercializados (2,7 milhões) foi a de 2012, em Londres (Reino Unido).

    “Temos trabalhado com o Comitê Organizador de Paris e com os governos federal e municipal. Queremos entregar um evento do mais alto nível, com a melhor estrutura aos atletas, instalações esportivas em áreas diferentes da cidade, junto de lugares icônicos. Temos a expectativa de um legado de mudança de atitude [em relação à pessoa com deficiências], de investimento em acessibilidade. O público da Paralimpíada é diferente, muitas vezes mais doméstico, de famílias, até por isso a política de preços é ajustada para ser mais barata [que na Olimpíada]”, argumentou o dirigente, que é brasileiro.

    Outra atenção do IPC está voltada à situação dos atletas de Rússia e Belarus, cuja participação em Paris será reavaliada na assembleia geral da entidade, em setembro. Os países estão suspensos desde novembro do ano passado por causa da invasão russa à Ucrânia, com apoio bielorrusso. O presidente da entidade não crê que a decisão final, seja qual for, causará algum tipo de boicote aos Jogos de 2024.

    No segmento olímpico, o assunto é polêmico. O último Campeonato Mundial feminino de boxe, por exemplo, foi boicotado por 11 países (Estados Unidos, Grã-Bretanha, Irlanda, República Tcheca, Canadá, Suécia, Suíça, Holanda, Polônia, Noruega e Ucrânia), que não concordaram com a presença de russos e bielorrussos, ainda mais por estes não precisarem competir como neutros, como ocorre no tênis por exemplo.

    “A diferença é que nós já vivemos essa situação, porque a invasão foi entre a Olimpíada e a Paralimpíada de Inverno de Pequim [China, no ano passado]. A primeira decisão, como comitê executivo, foi pela participação [de russos e bielorrussos] como atletas neutros, porque era o que, de acordo com nosso estatuto, podíamos fazer. Até aquele momento, os Jogos não estavam em risco. Com o anúncio da decisão, muitos governos e comitês nacionais ameaçaram realmente tirar os atletas. Os Jogos entraram em risco, aí você consegue ativar um outro dispositivo estatutário e não aceitamos as inscrições de atletas russos e de Belarus”, recordou Parsons.

    “Desta vez, como a decisão será tomada em assembleia, acho que há um peso diferente, porque é uma decisão colegiada, de todos os comitês do mundo. Então, qualquer decisão que for tomada, acho que haverá respeito dos comitês paralímpicos nacionais”, emendou.

    No fim de março, o Comitê Olímpico Internacional (COI) recomendou a liberação de representantes das duas nações em competições individuais, como atletas neutros, mas fora das disputas por equipes e coletivas. A orientação não trata, especificamente, da Olimpíada de Paris. O presidente do IPC reforçou, porém, que a posição da entidade não depende, necessariamente, do que o COI definir.

    “A gente monitora o que acontece nas decisões do COI, que é nosso maior parceiro, mas somos entidades autônomas, que tomam decisões às vezes alinhadas, às vezes não. Nos Jogos [do] Rio [de Janeiro, em] 2016, na questão do doping da Rússia, tivemos uma decisão diferente [os russos foram liberados para competir na Olimpíada, mas não na Paralimpíada]. No momento, os comitês de Rússia e Belarus não podem inscrever atletas em nenhuma competição sancionada pelo IPC. Em algumas modalidades também atuamos como federação, em outras a decisão é de cada federação”, explicou Parsons.

    “A assembleia é formada por todos os comitês do mundo e federações internacionais. Pode ser que se tome uma decisão específica quanto a Paris 2024, ou até Milano-Cortina [Itália, sede da Paralimpíada de Inverno, em] 2026. E, obviamente, vamos monitorar a situação da Ucrânia, ver a questão da guerra, se houve algum desenvolvimento para a paz, como isso pode afetar [a decisão]”, completou.

    Equidade de gênero

    A Paralimpíada de Paris será a de maior representatividade feminina na história do evento, com 235 disputas por medalhas (42,8% do total) e 1.859 vagas (42,5%) destinadas às mulheres. Segundo Parsons, a meta do IPC é atingir a equidade de gênero nos Jogos de Brisbane (Austrália), em 2032.

    “Desde Sydney [Austrália, em 2000], mas especialmente depois de Pequim [2008], estamos aumentando de forma sólida as vagas femininas. Mas outra preocupação é desenvolver lideranças femininas. Em 2021 mudamos nosso estatuto em vários aspectos e um deles é [aumentar] a representação feminina em vários níveis, desde as comissões. O atleta é o principal, fundamental, mas precisamos dessas lideranças”, afirmou o dirigente, que enumerou razões para a presença masculina no paradesporto ainda ser numericamente superior.

    “Em muitos países é uma questão cultural, do acesso da mulher em geral e com deficiência ao esporte. Existem também fatores como o percentual de homens vítimas de acidentes ser maior. Mas o fundamental é o aspecto cultural e como você proporciona a entrada das mulheres com deficiência ao esporte em nível nacional. Como fazer para atrair mais mulheres, é cultura, [derrubar] tabus, que vai mais além”, concluiu.

    Edição: Fábio Lisboa

  • A 500 dias da Paralimpíada, Brasil quer ampliar presença em Paris 2024

    A 500 dias da Paralimpíada, Brasil quer ampliar presença em Paris 2024

    A contagem regressiva rumo à Paralimpíada de Paris chega a 500 dias neste domingo (16). O evento em solo francês começa em 28 de agosto de 2024 e segue até 8 de setembro, com expectativa de reunir 4,4 mil atletas, em 549 eventos de 22 modalidades.

    O Brasil, por enquanto, está assegurado em três delas. A primeira foi o vôlei sentado, que tem a seleção feminina garantida, após o inédito título mundial, obtido em novembro passado, em Sarajevo (Bósnia e Herzegovina). A equipe disputará dois torneios em 2023 que valem vaga para os Jogos: o Campeonato Pan-Americano, em Edmonton (Canadá), em maio, e a Copa do Mundo do Cairo (Egito), em novembro. Como já está classificado, o time brasileiro utilizará as competições, basicamente, como preparação.

    “Tem hora que até eu mesmo não acredito que já conquistamos a vaga e que tem gente ainda correndo atrás. Agora, é treinar para buscar o título”, celebrou Janaína Petit, jogadora da seleção de vôlei sentado.

    “Dá uma tranquilidade grande [ter classificado por antecipação], mas um ano e meio passa muito rápido. A gente vai testar [formações e jogadas], mas já tem na cabeça o que queremos. Acho que o time ficará mais forte. Entraremos em igualdade de condições para ganhar a medalha de ouro [em Paris]”, completou o técnico Fernando Guimarães, que também está à frente da seleção masculina, que disputará os dois eventos de 2023 para buscar vaga na Paralimpíada – apenas o campeão se garante.

    seleção brasileira, vôlei sentado
    Seleção de vôlei sentado garantiu vaga em Paris após conquistar Mundial – Divulgação/World Paravolley/Direitos Reservados

    A participação brasileira em 2024 também está confirmada no goalball masculino, graças à conquista do tricampeonato mundial pela seleção, em dezembro do ano passado, em Matosinhos (Portugal). O esporte é disputado por atletas com deficiência visual (total ou baixa visão) e é o único do movimento paralímpico a não ser uma adaptação de alguma prática “convencional”.

    Outra modalidade que tem representação verde e amarela assegurada em Paris é o ciclismo. Em fevereiro, a União Ciclística Internacional (UCI) destinou duas vagas ao Brasil – uma por gênero – por conta da posição do país nos rankings das Américas masculino (líder) e feminino (segundo).

    Considerando as três modalidades, o avião do Brasil rumo à Paris tem, neste momento, 20 lugares reservados: 12 para atletas do vôlei sentado feminino, seis do goalball masculino e dois do ciclismo. O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) quer classificar, ao menos, 250 esportistas. Na edição de Tóquio (Japão), em 2021, o país teve 259 representantes, incluindo aqueles sem deficiência (atletas-guia de atletismo e natação, o timoneiro do remo, os goleiros do futebol de cegos e calheiros da bocha).

    Vagas em vista

    Ainda há vagas a serem conquistadas nos outros 19 esportes. Algumas serão definidas este ano, nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago (Chile), em novembro. No tênis de mesa, por exemplo, os campeões das 11 categorias (masculino e feminino) vão à Paris. Nomes como Cátia Oliveira (classe 2), Israel Stroh (7), Sophia Kelmer (8) e Bruna Alexandre (10) têm chances de classificarem via ranking mundial, que será fechado apenas em 2024, mas podem antecipar o passaporte se vencerem o Parapan.

    Outra modalidade com disputa de vaga em Santiago é o rugby em cadeira de rodas. O campeão parapan-americano se assegura nos Jogos. A seleção brasileira tenta, pela primeira vez, classificar-se à Paralimpíada sem ser o país-sede. Para alcançar a classificação ainda em 2023, porém, a equipe terá de superar, principalmente, Estados Unidos (prata em Tóquio) e Canadá (onde o esporte surgiu).

    “Pensando com os pés no chão, o caminho rumo à Paris é ficar entre segundo e terceiro no Parapan, porque terá um torneio classificatório, entre fevereiro e março de 2024, com oito seleções e três vagas. Nosso plano é chegar a esse classificatório e buscar uma dessas três vagas”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas (ABRC), José Higino.

    goalball, mundial
    goalball, mundial

    Tricampeã mundial, equipe masculina de goalball estará nos Jogos Paralímpicos – Renan Cacioli/CBDV/Direitos Reservados

    Além do tênis de mesa e do rugby, o Parapan definirá vagas à Paris no goalball, bocha, tiro com arco, futebol de cegos e remo. Nestas três últimas, haverá, ainda, possibilidade de vagas por meio de Campeonatos Mundiais deste ano, que também servirão como classificatório para mais quatro modalidades: atletismo, natação, paracanoagem e tiro esportivo.

    Diferentemente do tênis de mesa, no qual as vagas dos campeões parapan-americanos são dos próprios atletas, as demais pertencem ao país, que definirá os critérios para convocação. Nos Jogos de Tóquio, por exemplo, o CPB definiu que os medalhistas de ouro nos Mundiais de atletismo e natação de 2019 teriam lugar garantido na Paralimpíada. Os parâmetros para 2024 ainda serão anunciados.

    “Eu sou muito ansiosa [risos]. A gente tem que entender que cada passo é um passo. Por isso, temos nossa psicóloga, com quem fazemos um bom trabalho, para chegar bem e calma no Mundial. E aí conseguir essa vaga será consequência do trabalho”, projetou Marcelly Pedroso, velocista da classe T37 (paralisia cerebral), que sonha com a primeira Paralimpíada da carreira em Paris.

    Edição: Fábio Lisboa

  • Número 1 do país, Bia Haddad prioriza torneios de simples em 2023

    Número 1 do país, Bia Haddad prioriza torneios de simples em 2023

    A brasileira Beatriz Haddad Maia finalizou a temporada como 15ª colocada do ranking de simples da Associação de Tênis Feminino (WTA, sigla em inglês), ganhando 67 posições em relação a dezembro de 2021. Nas duplas, a subida foi ainda mais impressionante, saindo do 485º lugar para 13º. Não à toa, foi nomeada pela entidade como tenista que mais evoluiu durante o ano. Ainda assim, a prioridade para 2023 serão as disputas individuais.

    “Eu sou jogadora de simples, isso é bem claro na minha cabeça. A dupla eu sempre joguei para tentar melhorar meu tênis, saque e devolução e porque adoro jogar dupla, para competir. A prioridade é simples, não jogarei o ano inteiro duplas. Vou continuar priorizando a saúde do meu corpo, com certeza”, afirmou Bia à Agência Brasil.

    A paulista de 26 anos conquistou quatro títulos do circuito da WTA de 2022. Em simples, foi campeã dos WTA 250 (terceiro nível) de Nottingham e Birmingham (ambos Grã-Bretanha). Nas duplas, além de também vencer em Birmingham, ao lado da chinesa Zhang Shuai, ela levantou o troféu do WTA 500 (segundo nível, intermediário) de Sydney (Austrália), tendo a cazaque Anna Danilina como parceira. Outra campanha de destaque foi o vice, no individual, do WTA 1000 (nível mais alto) de Toronto (Canadá).

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    Bia conversou com a Agência Brasil durante visita a um núcleo do projeto Maria Esther Bueno, no Centro Esportivo Mané Garrincha, no Ibirapuera, zona sul de São Paulo. Ela bateu bola e respondeu perguntas de crianças atendidas pela iniciativa, que atua com crianças de escolas públicas nas cinco regiões do país.

    “Conforme vamos tendo resultados, aumenta nossa responsabilidade. Tudo isso faz parte de um sonho, um trabalho da equipe, não somente chegar ao topo, mas também poder retribuir com isso e fazer diferença na vida das pessoas, especialmente aquelas que precisam mais. Eu ganho meu dia recebendo esse abraço, sorriso e um carinho muito genuíno”, declarou.

    A visita antecedeu a viagem de Bia à Austrália. Na próxima quinta-feira (29) a tenista já inicia a temporada 2023 com a disputa da United Cup, competição entre seleções mistas. Além da paulista, a equipe brasileira é formada por Laura Pigossi, Luisa Stefani, Carol Meligeni, Thiago Monteiro, Felipe Meligeni, Matheus Pucinelli e Rafael Matos. O Brasil está no Grupo E (com sede em Brisbane) com Itália e Noruega. As equipes disputarão uma melhor de cinco partidas (quatro de simples e uma de duplas). O país mais bem colocado passa de fase. O torneio segue até 8 de janeiro.

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    A competição serve de preparação para o Aberto da Austrália, primeiro dos quatro principais campeonatos da temporada, os chamados Grand Slams. O torneio começa no próximo dia 16 de janeiro. Em 2022, a brasileira chegou à final de duplas, mas ela e Anna Danilina foram superadas pelas tchecas Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova, principais favoritas. Foi a melhor campanha da paulista em uma competição deste nível.

    “O principal objetivo é continuar saudável. Além disso, tenho que me concentrar o máximo possível, trabalhar melhor dentro de quadra e executar bem o que preciso para pensar em resultados. Terei um WTA 500 [em Adelaide, a partir de 9 de janeiro] antes do Aberto da Austrália, então quero jogar no mais alto nível possível, que é o que fará diferença para os objetivos maiores”, projetou.

    Entre os objetivos está representar o Brasil na Olimpíada de Paris (França), em 2024. Nos Jogos de Tóquio (Japão), no ano passado, o país alcançou a primeira medalha da história no tênis, com o bronze de Luísa Stefani e Laura Pigossi nas duplas femininas.

    “Especialmente sendo brasileira, a Olimpíada é muito especial, crescemos acompanhando pela TV. Tenho sim esse sonho para concretizar em 2024”, concluiu Bia.

    Edição: Fábio Lisboa

  • COB: desafio para Paris 2024 é manter nível dos Jogos de Tóquio

    COB: desafio para Paris 2024 é manter nível dos Jogos de Tóquio

    O vice-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Marco Antônio La Porta, disse nesta segunda-feira (25) que o desafio para os atletas brasileiros para as Olimpíadas de Paris 2024 é, na pior das hipóteses, ter um resultado similar a Tóquio 2020. “Desafio para Paris se torna maior ainda, porque nós temos que fazer alguma coisa diferente para, na pior das hipóteses, manter o padrão que o Brasil atingiu”, disse.

    Em Tóquio, o Brasil ficou em 12º no quadro geral com 21 medalhas, sendo 7 de ouro, 6 de prata e 8 de bronze. Foi o melhor resultado do país em uma olimpíada, superando Rio 2016.

    “Se nós formos olhar o quadro de medalhas, a gente ficou em 12º, e há um grupo de países ali que a gente chama de Top10, tem Estados Unidos, Grã-Bretanha, China, Japão, Alemanha, França, que estão dez medalhas, no total, na nossa frente e cerca de três medalhas de ouro. O que que a gente precisa fazer para a gente chegar nesse patamar? É isso que é a discussão que a gente tem hoje dentro do COB e eu acho que essa discussão não tem que ser só do COB, ela tem que ser uma discussão do sistema esportivo brasileiro inteiro”, disse La Porta.

    O vice-presidente do COB foi entrevistado nesta segunda-feira no programa Sem Censura da TV Brasil e falou sobre temas como a experiência de Tóquio 2020, as preparações para Paris 2024, as modalidades em teste nas olimpíadas, as confederações e o papel dos clubes.

    La Porta disse que os países que compões esse TOP10 são as verdadeiras potências olímpicas. Segundo ele, com o resultado de Tóquio 2020, algumas pessoas perguntaram se o Brasil é uma potência olímpica e ele responde que não. “O Brasil só será uma potência olímpica quando primeiro for uma nação esportiva. Esse é o primeiro passo. Tiver uma massificação, as pessoas praticando esporte, você ter esportes com muita gente praticando. Nós precisamos cada vez melhorar o apoio que a gente dá ao atleta, para que ele possa performar melhor e, em paralelo, nós precisamos de políticas que façam com que o Brasil se transforme realmente em uma nação esportiva”, disse.

    Sobre as Olimpíadas de Paris, o vice-presidente disse que a logística vai ser mais fácil do que em Tóquio, embora o ciclo seja mais curto, de três anos. “Estamos conversando com as confederações, tentando montar essa logística de como vai ser a preparação das equipes para Paris. É um modelo mais fácil, porque várias confederações, algumas modalidades, já tem o seu local de treinamento. E temos também a vantagem de que todos os nossos campeões olímpicos e nossos medalhistas olímpicos estão em uma idade que permite mais um ciclo”, disse.

    Veja aqui a entrevista completa:

    Edição: Fábio Massalli