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  • Visita da Embaixada de Israel à Famato abre portas para novas parcerias tecnológicas no Agro de Mato Grosso

    Visita da Embaixada de Israel à Famato abre portas para novas parcerias tecnológicas no Agro de Mato Grosso

    A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) recebeu nesta quarta-feira (13/11) a visita do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, e do adido para Agricultura e Água da Embaixada de Israel, Ari Fischer. O encontro, que contou com a presença do presidente da Famato, Vilmondes Tomain, dos diretores Ronaldo Vinha (Relações Institucionais) e Robson Marques (Administrativo e Financeiro), além do presidente do Sindicato Rural de Primavera do Leste e vice-presidente da Regional IX da Famato, Marcos Bravin, teve como objetivo fortalecer as relações e explorar possíveis parcerias entre o agronegócio mato-grossense e a tecnologia israelense.

    Na ocasião, Vilmondes Tomain apresentou um panorama do setor agropecuário do estado, destacando a posição de liderança de Mato Grosso na produção de soja, milho, algodão e bovinos no Brasil. Segundo ele, o desenvolvimento do agronegócio em Mato Grosso é resultado de uma sólida organização representativa, composta, além da Famato, por entidades como a Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MT), a Associação dos Criadores (Acrimat), a Associação dos Produtores de Leite (Aproleite), a Associação dos Produtores de Sementes (Aprosmat), a Associação dos Produtores de Algodão (Ampa) e a Associação dos Criadores de Suínos (Acrismat). Para Vilmondes, essa estrutura é o alicerce do sucesso do estado no cenário nacional e internacional.

    “O agro mato-grossense é pujante e referência mundial, fruto da dedicação de nossos produtores e da colaboração entre a Famato e as associações. Estamos abertos a novas tecnologias e inovações que possam incrementar ainda mais nossa produção. Seria uma honra conhecer Israel e trazer tecnologias aplicáveis a Mato Grosso”, disse Tomain.

    O embaixador Daniel Zohar Zonshine elogiou a força e a organização do setor agropecuário de Mato Grosso e falou sobre o papel de Israel como um dos principais centros mundiais de inovação climática. “Israel é referência no desenvolvimento de soluções práticas e inovadoras para desafios globais, como o uso eficiente da água, a tecnologia de precisão e o fortalecimento das culturas agrícolas. Essa visita é um passo importante para explorarmos novas parcerias, aprendermos mutuamente e estabelecermos um intercâmbio de conhecimentos e inovações”, afirmou Zonshine.

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    Ao visitar Mato Grosso, o embaixador e o adido ficaram impressionados com a possibilidade de duas safras anuais e com os avanços tecnológicos e de irrigação. Segundo Zonshine, o potencial da soja mato-grossense chamou a atenção pela sua alta qualidade proteica. Durante a reunião, uma análise da soja revelou um índice proteico de 34%, com umidade padrão de 13% e oleosidade de 20,5%. “A soja de Mato Grosso merece uma valorização justa. É notável a sua qualidade, e ela deveria ser mais valorizada com um preço que leve em conta seu teor proteico, não apenas a umidade. Podem contar com o apoio de Israel para essa valorização”, destacou o embaixador.

    Para o adido Ari Fischer, a experiência israelense pode agregar muito ao desenvolvimento agrícola em regiões tropicais, como Mato Grosso. “Em Israel, a pesquisa e a inovação agrícola são pautas prioritárias, especialmente em áreas de clima desafiador. Encontramos aqui produtores resilientes, com forte compromisso com a produção e preservação ambiental, e acreditamos que o intercâmbio de tecnologias e conhecimentos pode ser vantajoso para ambas as partes”, disse Fischer, reforçando o interesse em explorar possibilidades de pesquisa e desenvolvimento conjunto com o estado.

    Marcos Bravin, presidente do Sindicato Rural de Primavera do Leste e vice-presidente da Famato, frisou o compromisso de Mato Grosso com a produção sustentável, informando que o estado preserva cerca de 67% de sua área total. “Nós produzimos muito pouco e conseguimos equilibrar preservação e produtividade. A visita da embaixada de Israel só fortalece nossa visão de que a tecnologia e a inovação são essenciais para o futuro do agro. Esse intercâmbio é o que nos impulsiona a buscar sempre mais eficiência e sustentabilidade”, pontuou Bravin.

    A visita da comitiva israelense à Famato abre novas perspectivas para o agronegócio de Mato Grosso, com a promessa de um possível intercâmbio de tecnologias e parcerias que podem potencializar ainda mais a produtividade e a sustentabilidade da agricultura no estado.

    Também participou do evento o coordenador de Inteligência de Mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) Rodrigo Silva.

  • Parceria IFMT UBI pode viabilizar acordos bilaterais na área de biotecnologia em Mato Grosso

    Parceria IFMT UBI pode viabilizar acordos bilaterais na área de biotecnologia em Mato Grosso

    A parceria entre o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e a Universidade portuguesa da Beira Interior (UBI) possibilitou experiências acadêmicas enriquecedoras sobre empreendedorismo para servidores e estudantes, além de oportunizar o diálogo para viabilizar novos acordos bilaterais em ensino e pós-graduação na área de biotecnologia em 2025.

    Esta é a avaliação do pró-reitor de Extensão, Frankes Siqueira sobre a Missão Internacional à Universidade da Beira Interior (UBI) na cidade de Covilhã, em Portugal, realizada na última semana de outubro.

    Acompanhado de docentes dos campi Lucas do Rio Verde e Várzea Grande, o pró-reitor participou de reuniões com Núcleos de Graduação e Pós-graduação da UBI. Em uma delas, docentes da área de Ciências da Saúde e Biotecnologia, apresentaram um plano de estudos nas áreas ambiental, alimentar e farmacêutica.

    “O curso nos foi apresentado vislumbrando uma parceria com o IFMT. Estamos alinhando essa parceria de pós-graduação e graduação ligada à biotecnologia, então a tendência é termos um acordo bilateral entre a UBI e o IFMT ligado à biotecnologia, contemplando nossos campi com essa vocação e fazendo esse intercâmbio com a UBI,” afirmou Frankes.

    A Missão contou com a participação de dois grupos de trabalho formados por 30 pessoas, entre docentes e discentes de diferentes campi. O primeiro grupo reuniu estudantes com projetos na área de empreendedorismo classificados no Desafio de Ideias, em 2024, que tiveram a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos com professores da universidade portuguesa, além de conhecerem experiências exitosas praticadas naquela região.

    O segundo grupo incluía sete professores do IFMT que estão cursando pós-doutorado na UBI na área de Ciências Sociais – Sociologia das Relações Étnico-raciais. Eles se reuniram com seus orientadores e apresentaram os trabalhos desenvolvidos no Brasil a fim de aprofundar os conhecimentos em relação às suas áreas de estudo. Três deles concluíram a etapa do programa a ser realizada presencialmente na UBI.

    Para a professora Maria Auxiliadora de Almeida Arruda, do IFMT Várzea Grande e do Programa de Pós-Graduação em Ensino do IFMT – PPGEn, “o pós-doc além de ser necessário ao fortalecimento do PPGEn e da minha atuação docente no programa, também, tornou possível compreender mais o racismo no contexto global. Por tudo isso, essa parceria do IFMT com a UBI foi primordial.”

  • Parceria entre Brasil e Estados Unidos fortalece inovação em fertilizantes

    Parceria entre Brasil e Estados Unidos fortalece inovação em fertilizantes

    A cooperação bilateral para o desenvolvimento de tecnologias que aumentem a eficiência de fertilizantes e contribuam com práticas agrícolas sustentáveis é o principal objetivo do Memorando de Entendimento assinado entre o Ministério da Agricultura (Mapa),  Embrapa e o IFDC (International Fertilizer Development Center), na cidade de Muscle Shoals, Alabama, EUA.

    O encontro entre as instituições ocorreu nos dias 29 e 30 de outubro, com a participação do coordenador do Labex América do Norte, Alexandre Varella, que representou a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, na assinatura da parceria, considerada estratégica na pesquisa envolvendo insumos de nutrição vegetal, assim como investimentos na industrialização no Brasil e em países de regiões tropicais.

    Da parceria, também colaboram universidades brasileiras, como a Universidade de São Paulo e Universidade Federal de Viçosa, além da Petrobrás. Uma das ações iniciais da cooperação será a fundação e a implantação do Centro de Excelência em Fertilizantes e Insumos para Nutrição de Plantas (CEFENP) no Brasil, onde o IFDC é um benchmarking internacional.

    Segundo Varella, a Embrapa e o IFDC têm uma longa história de parceria em ciência. “Recentemente, houve uma colaboração na iniciativa Fertilize 4 Life, em conjunto com outras instituições norte-americanas, com o objetivo de desenvolver tecnologias para otimizar o uso de fertilizantes, melhorando a saúde do solo e usando os nutrientes de forma mais eficiente em sistemas agrícolas nos EUA e no Brasil”, explicou ele.  A Fertilize 4 Life (F4L), articulada pelo Labex América do Norte, foi lançada em 2023, durante a programação de aniversário de 50 anos da Embrapa, em resposta à crise global de fertilizantes, de clima e de segurança alimentar.

    Além da Embrapa, participaram da delegação brasileira o secretário-executivo adjunto do Mapa, Cleber Soares; o secretário de Política Agrícola do ministério, Guilherme Campos; o assessor da secretaria-executiva, José Carlos Polidoro; e a adida agrícola do Brasil nos Estados Unidos, Ana Lúcia Viana.

    “A parceria com o IFDC é um passo essencial para fortalecer a inovação em fertilizantes e impulsionar a agricultura brasileira de forma sustentável”, afirmou Cleber Soares. “Esse avanço reforça nosso compromisso com a segurança alimentar e a redução da dependência externa, colocando o Brasil na vanguarda das práticas agrícolas modernas e sustentáveis”.

    Durante a missão, a comitiva brasileira participou de visitas a laboratórios e às instalações de inovação do IFDC, onde foram discutidas novas abordagens para ampliar a eficiência dos fertilizantes e examinadas as capacidades da planta-piloto do instituto. A programação contou com palestras sobre segurança alimentar e colaboração internacional, com a participação de empresas indianas e do IFDC.

    O grupo ainda foi recebido pela Embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti que destacou a importância das ações de colaboração internacional no tema de fertilizantes e saúde do solo para tornar a agricultura do Brasil menos dependente de importações. A Embaixadora também solicitou às instituições presentes apoio com informações científicas e materiais de comunicação à diplomacia sobre os avanços tecnológicos baseado em ciência do País na sentindo de usar melhor os nutrientes do solo e promover a sustentabilidade da agricultura brasileira.

    Ao final da programação, no dia 30, foi realizado o painel intitulado “Colaboração Global para a Segurança Alimentar Sustentável: Um Caminho Integrado para a Preservação Ambiental”, realizado no auditório da Embaixada do Brasil em Washington, D.C.

    Moderado pela adida agrícola, Ana Lucia Viana, o evento reuniu representantes do Mapa, Embrapa, IFDC, USDA e Petrobras, que discutiram políticas para uma agricultura mais eficiente e sustentável, alinhadas com a preservação ambiental. O coordenador do Labex, Alexandre Varella,  apresentou exemplos de tecnologias e inovações produzidas pela Embrapa que poderiam auxiliar outros países, como na África e América Latina, no combate à insegurança alimentar, enfrentar os impactos das mudanças climáticas e promover uma agricultura sustentável.

    Centro de Excelência em Fertilizantes

    Como parte do acordo com a IFDC, Mapa e Embrapa vão colaborar com a implementação do Centro Brasileiro de Excelência em Fertilizantes e Nutrição de Plantas (CEFENP). Segundo o coordenador da iniciativa, José Carlos Polidoro, faz parte das ações do Plano Nacional de Fertilizantes e envolve, além da Embrapa, universidades, institutos de pesquisa e empresas privadas.

    “O Centro vai ser um arranjo, cujo objetivo é criar condições para que o Brasil tenha autonomia tecnológica  no setor”, explica, ressaltando que hoje o País importa 90% das tecnologias utilizadas na indústria e  e dos fertilizantes aplicados no campo. “O IFDC é um benchmarking internacional, ou seja, contribui com a busca pelos melhores desempenhos a partir da análise das melhores práticas do mercado,  por isso a parceria”, completa.

    Polidoro explica que o IFDC vai instalar um escritório no Brasil,  provavelmente na cidade do Rio de Janeiro, junto ao hub que será coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Relações Internacionais do Rio, a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Embrapa. “O Memorando de Entendimento visa também criar um marketplace para negócios tecnológicos, com ações que aumentem a eficiência agronômica e a difusão de tecnologias nos países da América do Sul. incluindo Brasil e África”, disse.

    A previsão é a de que o Centro de Excelência seja criado no primeiro semestre de 2025 de forma digital e a sua implementação física até 2026. A expectativa é a de que sejam sete hubs, cada um com um tema. A Embrapa vai liderar um no Paraná, voltado a bioinsumos, e outro em Goiás de agrominerais liderado pela Embrapa Cerrados.

    Sobre o IFDC

    O IFDC é um instituto de pesquisa internacional de excelência na área de tecnologia de fertilizantes. Trata-se de uma organização independente sem fins lucrativos que combina pesquisa inovadora, desenvolvimento de sistemas de mercado e parcerias estratégicas para disseminar soluções agrícolas sustentáveis para melhorar a saúde do solo, a segurança alimentar e os meios de subsistência em todo o mundo. As relações da Embrapa com o IFDC são históricas, porém tornaram-se mais efetivas a partir da iniciativa “Fertlize 4 Life” iniciadas em 2024.

  • Governo, Unicef e Fundação Roberto Marinho lançam a Coalizão Aprendiz Legal

    Governo, Unicef e Fundação Roberto Marinho lançam a Coalizão Aprendiz Legal

    Para garantir a formação profissional de qualidade de jovens, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a Fundação Roberto Marinho (FRM) lançaram a Coalizão Aprendiz Legal, no dia 12 de agosto. O evento aconteceu no auditório da Editora Globo, no Rio de Janeiro, e marcou a data de 12 de agosto, que celebra o Dia Internacional da Juventude.

    O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, assinou junto com o secretário-geral da FRM, João Alegria e o oficial de educação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Gustavo Heidrich, um protocolo de intenções para que seja disponibilizado de forma gratuita materiais didáticos para entidades formadoras de jovens aprendizes, conforme a Lei 10.097/00, que regulamenta esse tema.

    Para o ministro, essa ação conjunta pode ajudar na reflexão dos benefícios da política do jovem aprendiz para o país. Ele também destacou que juventude não tem muito interesse em atividades na construção civil e na indústria, no entanto são setores, atualmente, bastante tecnológicos e, por meio da aprendizagem, é possível levar mais informações para esses jovens. “Essa não é apenas uma oportunidade para os jovens, mas também para as empresas formarem homens e mulheres com responsabilidades e inseridos nos valores que as empresas defendem”, destacou Luiz Marinho, acrescentando que esse não é apenas um compromisso dos governos, mas de toda sociedade.

    A plataforma Coalizão Aprendiz Legal disponibilizará um conjunto de ferramentas que ajudará as empresas e entidades formadoras a atuarem melhor, colaborando para que a qualidade da aprendizagem suba. “A plataforma vai desde um sistema de gestão, materiais pedagógicos para mais de 40 CBOs (Classificação Brasileira de Ocupações), a formação de educadores e um sistema de monitoração e avaliação da implementação da aprendizagem. Além de mobilizar a sociedade em torno dessa causa que é a inclusão produtiva das juventudes”, explicou João Alegria.

    A agenda da aprendizagem também tem sido trabalhada pela Unicef. Heidrich ressaltou que por meio da iniciativa 1 milhão de Oportunidades, da sua entidade, quase 200 empresas se comprometeram a cumprir ou a ampliar a cota de aprendizes. “Várias pesquisas mostram que jovens que passam por um bom processo de aprendizagem, tendem a permanecer na escola e a acessar a universidade, sendo a aprendizagem uma transição para o emprego formal muito mais facilitada”, defendeu.

    Entender como funciona o mundo do trabalho foi um grande aprendizado para a jovem Vitória Luciana da Luz Barbosa. “Estou acabando um contrato e muito feliz de ter passado por esse processo. Se pudesse, passaria de novo, porque sei que vou aprender coisas novas e diferentes nesse processo da aprendizagem que é constante e diário”, finalizou. Ela também acrescentou que incentiva amigos a passarem pela aprendizagem, pois abre oportunidades.

    Para o oficial de projetos da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Erik Ferraz, é importante ouvir a juventude, para fazer a ligação entre o que o mercado está demandando e os cursos de qualificação, atendendo as expectativas dos jovens e das empresas. “Um jovem bem empregado significa que teremos um mercado de trabalho mais sólido, mais robusto no futuro e com melhores condições de atender as demandas do país”, refletiu Ferraz.

    Coalizão Aprendiz Legal

    Em 2005, com apoio financeiro da Petrobrás, o Ministério do Trabalho e Emprego, juntamente com a Fundação Roberto Marinho lançaram o projeto Aprendiz Legal, que inicialmente teve a participação também de outras entidades formadoras. O objetivo, à época, foi elaborar materiais didáticos de qualidade para as entidades formadoras de aprendizes, uma vez que que havia pouca experiência na qualificação desses jovens na aprendizagem.

    Em 2024, chegamos ao Coalizão Aprendiz Legal, uma plataforma de iniciativa da FRM que disponibilizará de forma gratuita materiais didáticos para as entidades formadoras de aprendizes cadastrar no MTE. Além desses materiais, a plataforma também oferecerá formação para instrutores e conferências com especialistas em políticas do trabalho.

    A plataforma permitirá que entidades formadoras no interior tenham acesso a conteúdos de qualidade e acesso a especialistas nacionais na área, garantindo a boa formação profissional dos jovens.

    Números de aprendizes no país

    De janeiro a junho, deste ano, 58.656 jovens tiveram a sua primeira experiência profissional com carteira assinada por meio da Lei do Jovem Aprendiz (Lei 10.097/00), sendo o melhor resultado da história para o semestre. Os números são o saldo entre o número de contratos e desligados no período. Em junho, o total de vínculos ativos de aprendiz foi de 614.515. Desses, 66,30% têm até 17 anos e 51,70% estão no ensino médio, além de 52,60% serem mulheres.

    Lei do Jovem Aprendiz

    A Lei do Jovem Aprendiz (Lei 10.097/2000) determina que toda empresa de grande ou médio porte deve contratar um número de aprendizes, equivalente a, no mínimo, 5% e, no máximo, 15% do seu quadro de funcionários cujas funções requerem formação profissional. O aprendiz deve ter idade entre 14 e 24 anos e estar frequentando a escola. No contraturno aos estudos, o jovem faz curso qualificação na área condizente com a atividade que irá executar na empresa contratante. Ao jovem é garantido todos os direitos trabalhistas, como salário mínimo proporcional, FGTS, 13º salário, vale-transporte e férias coincidentes com as férias escolares. A vigência do contrato é de até 2 anos.

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  • Padilha diz que não guarda rancor em relação a Lira

    Padilha diz que não guarda rancor em relação a Lira

    O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou, nesta sexta-feira (12), que não guarda rancor em relação ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Ele disse ainda que não quer brigar, mas manter a “dupla de sucesso” do governo com o Congresso Nacional.

    Nesta quinta-feira (11), Lira disse que Padilha é um “desafeto pessoal” e “incompetente”.

    “Sobre competência, eu deixo as palavras do presidente Lula, que no dia de ontem já falou sobre isso. Sobre o resto, eu sinceramente não vou descer a esse nível. Eu aprendi a fazer política com o presidente Lula, política com civilidade. Não tenho qualquer tipo de rancor. Governo e Congresso fizeram uma dupla de sucesso na agenda econômica, na agenda de retomada das políticas”, disse Padilha.

    Ao participar do Fórum Brasileiro de Líderes em Energia, no Rio de Janeiro, Padilha afirmou que o governo quer manter diálogo com as lideranças do Congresso. O ministro diz que sente, entre líderes da base e da oposição, disposição em se concentrar na agenda do país.

    “Se um não quer dois não brigam. Nós vamos continuar concentrados no trabalho. Concentrar no diálogo que tenho com os líderes da base e da oposição, os líderes do Senado, os governadores e prefeitos. E acho que, com esse esforço concentrado no trabalho, vamos continuar avançando na agenda do país.”

    Entre os temas prioritários da relação do governo com o Congresso estão a consolidação do reequilíbrio econômico do país e o avanço de projetos de transição energética.

    Edição: Maria Claudia

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  • Sebrae/MT promove encontro com jornalistas e parceiros para e apresentar projetos de desenvolvimento do empreendedorismo

    Sebrae/MT promove encontro com jornalistas e parceiros para e apresentar projetos de desenvolvimento do empreendedorismo

    Com o propósito de transformar os pequenos negócios em protagonistas do desenvolvimento sustentável e econômico, o Sebrae/MT (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Mato Grosso) em Lucas do Rio Verde, apresentou as diversas ações que já foram desenvolvidas e as que ainda serão colocadas em prática durante esse ano na região, aos jornalistas de rádio, televisão e sites, além de parceiros e clientes.

    O “Café com a Imprensa” ocorreu nesta quinta-feira (4), na sede do Sebrae/MT e reuniu mais de 30 profissionais da comunicação do município.

    O Sebrae/MT desenvolve ações em todo o território mato-grossense e está presente com sua rede de atendimento presencial em 125 municípios do Estado (89%). Em Lucas do Rio Verde, os comunicadores tiveram acesso aos dados da regional que também é responsável por atender outros sete municípios, entre eles Nova Mutum, Tapurah, São José do Rio Claro, Itanhangá, Nova Maringá e Santa Rita do Trivelato.

    Conforme o gerente regional do Sebrae/MT em Lucas do Rio Verde, Renato Ícaro Pereira Magalhães, o objetivo do encontro foi ampliar a comunicação com os profissionais para fomentar o empreendedorismo na região.

    “O Sebrae/MT não atende apenas MEI, mas temos uma séria de capacitações para empresas de pequeno, médio e grande porte. Também temos atuado muito mais forte na área de consultoria e, isso, em diversas áreas. Temos muitas empresas cadastradas de consultoria e isso facilita para ter uma redução de custos”, pontou Magalhães

    O gerente ressalta que somente em 2023, a agência realizou mais de de 10.785 atendimentos. Atualmente, são 26.255 empresas ativas na regional. Dessas, 89,67% são de pequenos negócios, sendo: Microempreendedor individual: 11.861 (45%), Microempresa: 9.134 (35%) e Empresa de Pequeno Porte: 2.548 (10%)

    A empresa de Otávio Roman, é um dos exemplos que recebeu apoio do Sebrae/MT na cidade e após a consultorias organizou a gestão do negócio. A microempresa do setor de som para eventos passou pela formatação de negócio e, atualmente, é parceria da entidade.

    “O Sebrae é muito parceiro do pequeno e médio negócio. Quando montei minha empresa, a primeira ação foi buscar uma consultoria e, agora, trabalhamos nisso para dar certo. A parceria deu tão certo que hoje também ofereço sonorização para os eventos do Sebrae. É um local que se consegue estruturação”, disse Roman.

    Outras ações

    Durante o encontro também foi apresentado o programa “Chamada de Impacto”, que impulsionará a economia de Lucas do Rio Verde com capacitação de empreendedores. O evento de abertura do programa será no dia 15 de abril, a partir das 19h, na agência do Sebrae/MT, em Lucas.

    A capacitação — promovida pelo Sebrae/MT, com apoio da prefeitura municipal de Lucas do Rio Verde e operação da Impact Hub Floripa — também deve gerar oportunidades de negócios para micro e pequenos empreendedores. Os interessados em participar, podem se inscrever gratuitamente, até o dia 10 de abril.

    Além disso, também terá o Empretec, que é o principal programa de formação de empreendedores do mundo, um seminário intensivo criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), promovido em 40 países e exclusivo do Sebrae no Brasil. Em Lucas do Rio Verde, serão seis dias (22 a 27/04), em imersão na melhor metodologia de empreendedorismo. As inscrições e agendamentos das entrevistas devem ser feitas pelo (65) 3548-2450.

  • Parceria da Petrobras com árabes busca recuperar operação de refinaria

    Parceria da Petrobras com árabes busca recuperar operação de refinaria

    Em sua página no X (antigo Twitter ), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, informou que equipes da empresa e do fundo árabe Mubadala Investment Company vão intensificar, a partir de agora, trabalhos conjuntos para finalizar, ainda no primeiro semestre, a nova configuração societária e operacional da Refinaria Landulpho Alves, situada em Mataripe, na Bahia. A refinaria foi privatizada no ano passado e vendida aos árabes.

    Na mensagem, postada terça-feira (13), Prates disse que a parceria com os árabes vem sendo construída há alguns meses para recuperar a operação da Landulpho Alves pela Petrobras, ao mesmo tempo em que há decisão de ampliar e aprimorar conjuntamente o empreendimento de biocombustíveis do grupo estrangeiro no Brasil. Prates informou que mais detalhes e andamentos atuais serão mantidos sob confidencialidade até a finalização do processo.

    As informações foram dadas por Prates após sair de reunião, em Abu Dhabi, com o Deputy Group, Chief Executive Officer de Mubadala Investment Company e presidente do Conselho da Mubadala Capital, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, com o qual mantém conversas desde o início do ano passado sobre os investimentos do fundo no Brasil.

    Waleed também é o chairman (presidente) da Waha Capital e membro do Conselho do First Abu Dhabi Bank. Prates e ele conversaram também sobre os cenários do setor de petróleo e gás e os efeitos da transição energética, seu ritmo e impacto em empresas estatais tradicionalmente operadoras de hidrocarbonetos.

    As negociações integram o plano de parcerias estratégicas da Petrobras com empresas congêneres, além de seguir a orientação governamental de aproximação com países complementares em sinergias com o Brasil. “Estamos conseguindo conduzir diálogos francos e diretos e montar empreendimentos muito promissores para a Petrobras e para o Brasil. O ano será de grandes novas conquistas”, afirmou Jean Paul Prates.

    Proposta

    Em dezembro do ano passado, a empresa brasileira recebeu proposta do Mubadala Capital para formação de potencial parceria estratégica para o desenvolvimento do downstream (refino de petróleo bruto, processamento e comercialização) no Brasil, em continuidade ao memorando de entendimentos divulgado em 4 de setembro de 2023. De acordo com a Petrobras, a iniciativa tem como escopo negócios voltados ao refino tradicional, bem como o desenvolvimento de uma biorrefinaria, no estado da Bahia.

    O objetivo da futura parceria é fortalecer o ambiente de negócios no setor e o incremento do fornecimento de combustíveis de matriz renovável no Brasil. O modelo de negócio em análise levará em consideração investimentos futuros e desenvolvimento de novas tecnologias em conjunto com a Mubadala Capital, que controla a Refinaria de Mataripe e a Acelen Energia Renovável S.A. A Petrobras avaliará a aquisição de participação acionária nesses ativos.

    Edição: Nádia Franco

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  • Técnica comemora parceria que criou o Luverdense Vôlei

    Técnica comemora parceria que criou o Luverdense Vôlei

    A parceria entre a Associação Luverdense de Vôlei e o Luverdense Esporte Clube deverá ter influencia direta na preparação dos atletas entre as competições. A formalização da parceria aconteceu na segunda-feira (25) em ato que reuniu representantes das duas equipes, patrocinadores e do poder público.

    A técnica Tereza Garcia observou que o projeto de vôlei nasceu de parceria com o poder público. Por isso a estrutura disponível não contava, por exemplo, com espaços e profissionais essenciais para a recuperação de atletas entre competições. Ao longo destes anos não foi possível, por exemplo, contar com academia de ginástica e piscina, por exemplo. “Nunca tivemos isso”, destacou Garcia. “A priori o que precisamos é de uma academia, fisioterapeuta”, enumerou.

    A importância desse cuidado com a condição clínica e física do grupo de atletas é justificada pela sequência de competições. A técnica informou que o grupo participou e conquistou, de forma invicta, de uma competição em Campo Novo do Parecis, conquistou o título de jogos universitários, e embarca no dia 8 de outubro para disputar uma competição nacional em Joinville, Santa Catarina. Mas o calendário conta ainda com participação em um regional aberto logo na sequência em Colíder, a Superliga no início de novembro e a Copa Brasil em Goiás. Contudo, essa participação é condicionada às condições do grupo de atletas. E ainda tem a etapa estadual dos Jogos Abertos. “São cinco competições e os garotos perdem em média 2 quilos por competição. Tem que voltar pra casa, tomar um anti-inflamatório, deitar e por ‘gelinho’ no joelho. Só. Imagine como é gratificante ter uma equipe saudável”, citou.

    A rotina do atleta não é nada fácil. Bolsistas da Unilasalle, eles têm que conciliar a carga diária de treinos, que geralmente termina no início das madrugadas, competições, estudos e trabalho. Saimon Breno é um dos integrantes do novo Luverdense Vôlei. Ele disse acreditar que, a partir dessa parceria, o grupo possa ficar mais focado na preparação técnica e física voltado às competições. “Praticamente temos uma vida tríplice, trabalhando, estudando, mas conciliando tudo certinho. A faculdade tem dado suporte pra gente estar se organizando”, assinalou.

    O presidente do Luverdense, Aluísio Bassani, destacou que o vôlei vem representando bem a cidade de Lucas do Rio Verde nas competições regionais, estaduais e nacionais. Ele espera que essa representatividade seja potencializada com essa parceria. “Agora com o Luverdense a gente espera proporcionar uma interação maior com a comunidade, uma participação maior no esporte amador do nosso município e a gente poder ter resultados ainda melhores. Vamos ajudar no que for possível. A administração da equipe é da Associação, nós não vamos interferir na parte técnica e administrativa. Vamos contribuir com auxílio de uniforme, auxílio financeiro se a gente conseguir alguns recursos dos patrocinadores do Luverdense, pra ter uma equipe mais competitiva, consiga se manter e transformar os treinamentos em resultados com mais efetividade”, declarou.

    Bassani não descartou parcerias semelhantes com outras modalidades esportivas em desenvolvimento no município. “Estamos em conversa com outras modalidades pra ver se consegue também agregar outras modalidades ao Luverdense”, assinalou.

  • Vaz anuncia parceria com Sebrae para fortalecimento de micro e pequenas empresas

    Vaz anuncia parceria com Sebrae para fortalecimento de micro e pequenas empresas

    O prefeito de Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz, usou as redes sociais para anunciar uma parceria com o Sebrae-MT que visa o incentivo, capacitação e fortalecimento das micro e pequenas empresas instaladas no município. Até o final de 2024 devem ser investidos R$ 1,3 milhão para impulsionar o segmento.

    A formalização da parceria aconteceu na quarta-feira (06.09), em Cuiabá. A ideia é promover o fortalecimento do ambiente empresarial, com a capacitação de servidores públicos e empresários locais. O acordo prevê ações que impactam no desenvolvimento local, incluindo aprimoramento de conhecimentos, organização de dados e cursos de qualificação.

    Vaz valorizou a parceria para o futuro da cidade. Para o gestor é importante criar ambientes favoráveis aos negócios, juntamente com outras grandes parcerias que incentivam o desenvolvimento econômico local. “Lucas do Rio Verde é uma cidade empreendedora historicamente e teve um crescimento acelerado nos últimos dois anos e meio. De 6.200 empresas fomos para 11.700 instaladas no município, é um crescimento acima da média nacional. E, a importância do Sebrae/MT para esse apoio ao empreendedor, principalmente o pequeno empreendedor é para que a gente possa crescer de forma segura. Sem dúvida nenhuma é uma parceria muito forte para que a gente possa fazer isso”, ressaltou. “Nossa meta é dobrar o número de empresas até o final da gestão e dar todo suporte para o seu desenvolvimento, gerando renda e mais oportunidades de trabalho”.

    O presidente do Conselho Deliberativo Estadual (CDE) do Sebrae/MT, Jonas Alves, ressalta a missão de estar presente em todos os lugares onde há o micro e o pequeno empreendedor. “Onde tem empreendedor vulnerável e que precisa do nosso apoio é onde devemos estar. É ele quem coloca tudo o que tem para levantar o negócio e este suporte poderá reduzir os índices de mortalidade das empresas. Então, parcerias como essa é que nos move para estarmos próximos dos empreendedores e assim evitar o fechamento dessas empresas, que são muito importantes para circular a economia e gerar renda”, destaca Jonas.

    Lugar de oportunidades

    Com mais de 5,5 mil micros e pequenas empresas, Lucas do Rio Verde tem despontado como um lugar de oportunidades. Para a diretora Superintendente do Sebrae/MT, Lélia Brun, a parceria veio para fortalecer o ambiente empresarial incentivando a inovação e a competitividade dos negócios na região. “Essa parceria inclui o apoio à criação de redes de empreendedores locais, o desenvolvimento de políticas de estímulo ao empreendedorismo, além de promover a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental na região. Nós do Sebrae/MT, estamos comprometidos em apoiar Lucas do Rio Verde e região para construir um futuro mais próspero”, pontuou.

    Presente a assinatura do contrato, o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Planejamento e Cidade, Welligton Souto, reconheceu o Sebrae como um importante parceiro na ajuda ao desenvolvimento econômico de Lucas do Rio Verde. “Desde que assumimos o poder público em 2021, as empresas crescem muito e será de extrema importância essa parceria, onde a Prefeitura vai investir mais de R$ 670 mil e o Sebrae também numa mesma contrapartida. São mais de R$ 1,3 milhão que vão ser investidos nos próximos meses, até o fim da gestão, para dar suporte, auxiliar, ajudar, treinamentos, workshops, oficinas, para que as pessoas possam então fortalecer os negócios dentro do município e a gente poder capacitar melhor esse meio empresarial, onde muitos saem da iniciativa privada como empregados, empregadores e passam a montar suas empresas e gerar riqueza no município”, ressaltou.

    A assinatura do contrato entre o Sebrae/MT e Lucas do Rio Verde representa um passo significativo em direção à transformação da cidade, na ocasião, também estiveram presentes no ato de assinatura do documento oficial, o diretor Técnico do Sebrae/MT, André Schelini e o diretor Administrativo e Financeiro, Roberto Dahmer, além do secretário de Administração e Governo de Lucas do Rio Verde, Alan Togni.

    Cidade Empreendedora

    O programa Cidade Empreendedora do Sistema Sebrae visa apoiar o município a crescer por meio da abordagem Desenvolvimento Econômico Local (DEL). Com objetivos e estratégias para impulsionar o crescimento econômico, o Sebrae oferece consultoria e capacitações para com soluções para melhorar a competitividade no ambiente de negócios e movimentar a economia local.

  • IBGE se une a órgãos públicos e sociedade civil para concluir Censo

    IBGE se une a órgãos públicos e sociedade civil para concluir Censo

    A prefeitura do Rio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto Data Favela e a Central Única das Favelas (Cufa) trabalham em parceria para finalizar o Censo Demográfico 2022 nas favelas cariocas. Neste sábado (25), equipes desses órgãos participam na comunidade da Rocinha, na zona sul, e no Complexo da Penha, na zona norte, da ação Favela no Mapa para incentivar a população a responder à pesquisa e esclarecer dúvidas sobre o processo, que está na fase final da coleta de dados.

    O Instituto Pereira Passos, órgão da prefeitura, tem parceria antiga com o IBGE em comunidades do Rio. “Com nossa experiência em programas como Territórios Sociais, que atuam diariamente nessas localidades, formamos recenseadores comunitários especializados no território carioca. Também podemos apoiar o IBGE com uma rede de conhecimentos locais institucionais muito potentes”, diz o presidente do Instituto Pereira Passos, Carlos Krykhtine.

    Para o presidente do IBGE, Cimar Azeredo, “a ação conjunta é demonstração de que o instituto não mede esforços nem recursos em busca de parcerias públicas ou privadas capazes de somar para o Censo, o Brasil, os brasileiros. Estamos fazendo um trabalho inédito na história dos censos, em que pesem todos os desafios e dificuldades que enfrentamos e que não nos fizeram recuar”, afirma.

    Na zona norte, a ação ocorre desde as 10h, na Praça São Lucas, no Complexo da Penha. Na zona sul, é possível encontrar o estande na Saída B do metrô de São Conrado, próximo à Rocinha. “Os dados do censo são fundamentais e funcionam como indicadores para direcionar políticas públicas e balizar a tomada de decisão dos gestores. Por isso é tão importante que todos os domicílios da Rocinha façam parte do cadastramento e estamos nessa força tarefa para mobilizar toda a população”, explica o subprefeito da zona sul, Flávio Valle.

    A parceria com a Cufa Brasil e o Data Favela ajudará a abrir portas para o Censo, na missão de avançar com a coleta de dados nas comunidades de todo o país. Nesses locais, além de ausência e recusa, há outros problemas como a omissão de domicílios (de fundos ou na laje) e dificuldades de acesso e circulação.

    “A iniciativa garante a visibilidade das comunidades. O Censo, como a principal pesquisa do Brasil, é fundamental para políticas públicas baseadas em evidências. Com a parceria Favela no Mapa, ganha a sociedade, ganha a economia, ganha o Brasil”, afirma Renato Meirelles, fundador do Data Favela.

    Depois de adiado por dois anos devido à pandemia de covid-19 e à falta de verba, o Censo de 2022 já ouviu 91% dos domicílios brasileiros, mas o desafio é concluir a coleta de dados a tempo de iniciar a divulgação prevista para abril ou maio. Segundo levantamento do Data Favela, um contingente entre 16 milhões e 18 milhões de brasileiros, que equivaleria ao terceiro ou quarto estado do país, mora em favelas e comunidades e que nem sempre são acessíveis aos recenseadores.

    Com a atuação de uma ampla rede de lideranças da Cufa e do Data Favela, o IBGE vai ampliar o acesso a uma população que, muitas vezes, não é facilmente acessada pelos agentes do IBGE. – seja pelo fato de a maior parte dos habitantes dessas comunidades passar grande parte do dia trabalhando fora, pelas dificuldades em encontrar domicílios devido à densidade de moradias e à ausência de endereçamento ou ainda pelos recenseadores serem recebidos por pessoas que, algumas vezes, preferem não prestar informações.

    A presidente da Cufa, Kalyne Lima, disse que agora as portas das comunidades serão abertas pela rede de lideranças e ativistas sociais, que vivem, de dentro, a realidade desses lugares. “A Cufa está em quase todas as favelas do Brasil e entendemos que essa parceria é fundamental para facilitar o acesso do IBGE e conferir visibilidade às informações relativas aos moradores, inserindo-os, de fato, no mapa do Brasil para construções de futuras políticas públicas  voltadas para a territórios”.

    Além das ações do fim de semana, a prefeitura do Rio também está atuando no trabalho diário do Censo 2022. O Instituto Pereira Passos disponibilizou agentes do programa municipal Territórios Sociais, moradores dessas comunidades, para auxiliarem na busca. O principal objetivo é encontrar pessoas que estavam ausentes no momento da primeira visita ou que se recusaram a responder o questionário. Ex-agentes municipais do programa, com experiência em pesquisas domiciliares nos dez maiores complexos de favelas da cidade, foram contratados pelo IBGE como recenseadores.

    A Secretaria de Políticas e Promoção da Mulher participa da ação, ajudando na divulgação das informações a partir do contato com as lideranças comunitárias e afixando os materiais do IBGE nos equipamentos das Salas Mulher Cidadã e das casas da Mulher Carioca. A equipe do projeto Pacto pela Juventude, da Secretaria Especial da Juventude Carioca, vai mobilizar os jovens dos núcleos Rocinha e Maré para sensibilizar a população sobre a importância do Censo.

    Edição: Graça Adjuto