Tag: Paralimpíada 2024

  • Carol Santiago é ouro nos 100m costas e faz história para o Brasil

    Carol Santiago é ouro nos 100m costas e faz história para o Brasil

    A primeira medalha de Carol Santiago em Paris foi cheia de história. Neste sábado (31), a nadadora pernambucana conquistou o ouro na prova dos 100 metros costas classe S12, para atletas com baixa visão e chegou a quatro ouros em Jogos Paralímpicos na carreira.

    O resultado a coloca ao lado de Ádria Santos, velocista que marcou época pelo Brasil e, até então, estava isolada como a mulher brasileira com mais primeiros lugares em Paralimpíadas. Ádria – que segue como a atleta feminina com mais medalhas do país – somou 13 pódios pelo Brasil e Carol agora tem seis.

    “Estou muito feliz, a prova foi incrível, a gente testou algumas coisas de manhã (na eliminatória) e tudo o que o meu técnico pediu para eu fazer eu vim aqui e fiz. E deu certo. Foi a melhor natação da minha vida. Estou muito satisfeita”, disse a atleta, em êxtase, em entrevista ao CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) na saída da piscina.

    Na final dos 100 costas, prova da qual é atual campeã mundial, Carol largou na frente e não foi incomodada em nenhum momento do percurso. Ela fechou com 1min08s23, melhor marca pessoal e recorde das Américas. Em segundo lugar, ficou a ucraniana Anna Stetsenko (1min09s43), enquanto a espanhola Maria Delgado Nadal conquistou o bronze (1min11s33).

    Com o resultado, a pernambucana de 39 anos, que tardou em entrar para o movimento paralímpico e estreou em Jogos Paralímpicos apenas em Tóquio, tem seis pódios em oito provas disputadas na história dos Jogos. São quatro ouros, uma prata e um bronze, conquistado justamente nos 100 metros costas, há três anos.

    Em Paris, Carol Santiago ainda corre atrás de mais quatro medalhas. O próximo compromisso é na segunda-feira (2), nos 50 metros livre classe S13, junto com atletas com deficiência visual menos severa. Depois, ela ainda nada os 200 metros medley, também na S13, além 100 livre e dos 100 peito, ambos na S12.

    Edição: Maria Claudia

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  • Tênis de mesa: Brasil vai à semi de duplas e leva 1º pódio paralímpico

    Tênis de mesa: Brasil vai à semi de duplas e leva 1º pódio paralímpico

    Elas vão precisar esperar mais um dia para definir a cor, mas Cátia Oliveira e Joyce Oliveira garantiram nesta quinta (29) a primeira medalha do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris. A dupla brasileira do tênis de mesa derrotou as egípcias Ola Soliman e Fawzia Egy Elshamy por 3 sets a 0 (11/1, 11/7, 11/4) em 20 minutos e avançou à semifinal da categoria WD5 (atletas cadeirantes) na Arena Paris Sul.. Como não há disputa de bronze na modalidade, a parceria formada pelas duas atletas paulistas garantiu pelo menos um terceiro lugar. Semifinal e final serão realizadas nesta sexta (30), com a vaga na decisão sendo definida às 7h, no horário de Brasília. É a primeira medalha paralímpica na carreira de Joyce e a segunda de Cátia, bronze no individual em Tóquio, há três anos.

    A dupla brasileira terá pela frente a equipe da Coréia do Sul, formada por Su Yeon Seo e Jiyu Yoon, que, por ser cabeça de chave número 1, folgou na rodada e foi direto para as semifinais (só havia sete duplas na disputa). Caso vençam, Cátia e Joyce disputarão a final a partir das 16h.

    Na mesma categoria que as duas, outra parceria brasileira acabou eliminada logo na estreia, ou seja, nas quartas de final. Carla Maia e Marliane Santos foram derrotadas pelas chinesas Jing Liu e Juan Xue por 3 sets a 0 (11-5, 11-4, 11-2).

    Mais resultados

    Outras três duplas brasileiras estrearam nesta quinta (29). Luiz Manara e Cláudio Massad derrotaram os espanhois Jorge Cardona e Ander Cepas por 3 sets a 1, na categoria MD 18.(categoria masculina, que representa a soma das categorias dos atletas com grande comprometimento físico-motor). Carla Maia volta a competir na próxima quinta (5 de setembro) disputa de simples da categoria WS1-2 (atletas com grande comprometimento físico-motor das categorias 1 e 2).

    Na disputa de duplas femininas da categoria WD5, Carla Maia e Marliane Santos foram superadas por 2 sets a 0 pelas chinesas pelas chinesas Jing Liu e Juan Xue. Outra parceria brasileira que perdeu na estreia para representantes da China foi a de Sophia Kelmer com Jennyfer Parinos: elas foram derrotadas por 3 sets a 0 pela dupla uiyan Xiong e Chunxiao Hao, na categoria W20.

    Próximas estreias do Brasil

    Oitavas de finais
    12h45 – Lucas Arabian e Cátia Oliveira x Panfeng Feng e Ying Zhou (China) – duplas mistas XD7

    Oitavas de final
    14h15 – Luiz Manara e Danielle Rauen (sem adversários definidos) – duplas mistas XD17
    15h45 – Paulo Salmin e Bruna Alexandre (sem adversários definidos) – duplas mistas XD17

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

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  • Natação: 7 brasileiros se classificam às finais da Paralimpíada

    Natação: 7 brasileiros se classificam às finais da Paralimpíada

    Um dos tradicionais carros-chefe do Brasil no quesito medalhas paralímpicas, a natação estreou bem nas piscinas de Paris esta quinta-feira (29). Após as provas eliminatórias, realizadas pela manhã na Arena La Defense, o país chega com sete atletas para as finais, que começam a partir de 12h30 (horário de Brasília). O destaque do dia é Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, que chega cotado para o ouro nos 100 metros costas classe S2 (atletas com grande limitação físico-motora).

    Gabrielzinho, de 22 anos, fez o melhor tempo entre os oito classificados à final (1min59s54). Ele é o atual campeão mundial da prova e conquistou a prata nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. A medalha estará em jogo a partir das 13h.

    Pelo menos outros dois atletas do Brasil chegam bem cotados para disputar o pódio. Às 13h36, Gabriel Bandeira cairá na água para defender o título paralímpico conquistado em Tóquio nos 100 metros borboleta S14 (atletas com deficiência intelectual). No Japão, ele registrou o atual recorde paralímpico da prova, com 54s76, mas também é o atual detentor do recorde mundial, com 54s18. Em Paris, ele nadou para o quarto melhor tempo entre os finalistas (56s06).

    Às 14h41, será a vez de Phelipe Rodrigues nos 50 metros livre classe S10 (atletas com deficiência física de baixo comprometimento). Ele chega à final com o terceiro melhor tempo (23s78) em uma prova em que tem duas pratas (Pequim 2008 e Rio 2016) e um bronze (Tóquio 2020) em Jogos Paralímpicos.

    No entanto, o cardápio brasileiro nas finais paralímpicas de Paris começará mais cedo, às 12h30, com Andrey Madeira nos 400 metros livre S9 (atletas com baixa limitação físico-motora). Ele fez o oitavo tempo entre os oito finalistas.

    Às 12h50, José Ronaldo nada os 100 metros costas S1 (atletas com grande limitação físico-motora), única prova em que não houve eliminatória.

    Mais tarde, às 14h19, o Brasil será representado por Mayara Petzold nos 50 metros livre classe S6 (altetas com grande limitação fisico-motora), com o sexto melhor tempo nas eliminatórias.

    Por fim, às 14h47, Mariana Gesteira será a última brasileira a disputar medalha na natação nesta quinta-feira. Ela fez o sétimo melhor tempo nas eliminatórias dos 50 metros livre S10 (atletas com baixa limitação físico-motora). Nesta prova, o destaque ficou com a americana Christie Raleigh-Crossley, que registrou o novo recorde mundial e paralímpico na classificatória, com o tempo de 27s28.

    Outros cinco nadadores brasileiros não conseguiram avançar às finais.

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  • Brasil vence Ruanda na estreia do vôlei sentado feminino em Paris 2024

    Brasil vence Ruanda na estreia do vôlei sentado feminino em Paris 2024

    Coube à seleção brasileira feminina de vôlei sentado realizar a primeiríssima partida do calendário da modalidade nos Jogos Paralímpicos de Paris. Nesta quinta-feira (29), o Brasil largou bem ao derrotar Ruanda por 3 sets a 0, com parciais de 25/13, 25/10 e 25/7, em apenas 55 minutos de partida. Desta forma, a equipe assume a liderança do Grupo B, que ainda tem Eslovênia e Canadá. As canadenses, aliás, serão as próximas adversárias do Brasil, no sábado (31), às 15h (horário de Brasília).

    a estreia, as brasileiras – atuais campeãs do mundo e medalhistas de bronze em Tóquio – não tiveram dificuldades para derrotar a seleção africana. Um dado chama a atenção. Suellen, maior pontuadora da partida, anotou 23 pontos, quase igualando o total marcado por Ruanda no duelo inteiro (30).

    No vôlei sentado, são duas chaves com quatro equipes cada. As duas melhores de cada grupo avançam às semifinais e têm garantida a disputa por uma medalha.

    Na sexta-feira (30), será a vez da estreia da seleção masculina. A equipe enfrenta a Alemanha a partir das 13h. A seleção brasileira está no Grupo B, junto com Irã e Ucrânia.

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

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  • Quinta é dia de estreia do Brasil em nove modalidades da Paralimpíada

    Quinta é dia de estreia do Brasil em nove modalidades da Paralimpíada

    Nas primeiras horas desta quinta-feira (29) começam, de fato, as competições dos Jogos Paralímpicos de Paris. A agenda do Brasil está cheia para o dia da estreia. São nove modalidades com representação brasileira e a expectativa é que o país conquiste seu primeiro pódio perto do horário do almoço.

    Os primeiros atletas brasileiros a competir na capital francesa serão os do tiro com arco, a partir das 4h (horário de Brasília). Juliana Cristina Ferreira e Eugênio Franco participam das classificatórias. Jane Karla e Luciano Rezende estreiam às 8h e Reinaldo Charão ao meio-dia.

    O tiro com arco é um dos seis esportes que iniciam suas competições nesta quinta (29), mas sem disputa de medalhas neste no primeiro dia de provas. Estão nesta lista também a bocha, o tênis de mesa, o vôlei sentado feminino, o goalball e o badminton.

    A fase de grupos da bocha têm 10 confrontos com brasileiros: as partidas começam às 5h30 e a última delas terá início às 15h30. No tênis de mesa, sete representantes do país estreiam a partir das 5h45. Já no badminton, as primeiras partidas com brasileiros começam a partir das 6h50.

    seleção brasileira de goalball - treino - Paralimpíada de Paris - em 16/08/2024

    Esportes coletivos

    O Brasil estreia no vôlei sentado feminino às 7h, diante de Ruanda. No goalball, a seleção feminina encara a Turquia, às 5h30, e a masculina, atual campeã paralímpica, enfrenta a França às 12h30.

    Chance de pódio

    Nos esportes em que existe a possibilidade de medalha, os brasileiros primeiro precisam passar pelas eliminatórias.

    No ciclismo, Carlos Alberto Soares corre a prova de perseguição de 3.000 metros na categoria C1 às 7h22. Caso avance para a final, ou dispute o bronze, ele pode se tornar o primeiro medalhista brasileiro na Paralimpíada de Paris a partir das 11h07.

    Na natação, são diversas eliminatórias a partir das 4h30, horário em que Andrey Madeira cai na água para a prova dos 400m livre da classe S9. As finais estão prevista para começar às 12h30. .

    Somente um nadador brasileiro já está classificado para disputar uma final: José Ronaldo, nos 100m costas da classe S1. A prova está marcada para 12h50.

    Outros nadadores brasileiros esperam avançar para ter uma chance de subir ao pódio logo no primeiro dia de competição. Os destaques ficam por conta de Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, que nada os 100m costas S2 (eliminatória às 4h59, e final às 13h), Gabriel Bandeira nos 100m borboleta S14 (eliminatória às 5h28, e final às 13h36) e Carol Santiago nos 100m borboleta S13 (eliminatória às 6h11, e final às 15h15).

    A terceira e última modalidade que oferece chance de medalha para o Brasil nesta quinta (29) é o taekwondo, que tem Maria Eduarda Stumpf na disputa da categoria até 52 kg. O primeiro embate dela será às 8h38, com uma possível final marcada para 16h02.

    Agenda do Brasil – quinta-feira (29)

    CICLISMO
    7h22 – eliminatórias de perseguição 3.000m pista – Carlos Alberto Soares Perseguição 3000m (pista)
    Possível final às 11h15

    NATAÇÃO

    4h30 – Andrey Madeira – 400m Livre (S9)
    4h59 – Gabriel Araújo – 100m costas (S2)
    5h28 – Gabriel Bandeira – 100m borboleta (S14)
    5h35 – Ana Karolina Oliveira – 100m borboleta (S14)
    5h43 – Mayara Petzold – 50m livre (S6)
    5h51 – Phelipe Rodrigues – 50m livre (S10)
    5h57 – Mariana Gesteira – 50m livre (S10)
    6h11 – Carol Santiago e Lucilene Sousa – 100m borboleta (S13)
    6h31 – Lídia Cruz e Esthefany Rodrigues – 200m livre (S5)

    Final direta
    12h50 – José Ronaldo – 100m costas (S1)

    TAEKWONDO

    8h38 – Maria Eduarda Stumpf – quarta de final da categoria até 52kg
    Possível final – 16h02

    BOCHA

    Fase de grupos

    5h30 – Maciel Santos x Achraf Tayahi (Tunísia) – BC2
    5h30 – José Carlos Chagas x David Smith (Grã-Bretanha) – BC1
    6h40 – Iuri Silva x David Araújo (Portugal) – BC2
    7h50 – Laissa Guerreira x Carla Oliveira (Portugal) – BC4
    9h – Mateus Carvalho x Masayuki Arita (Japão) – BC4
    12h – André Martins x Yuk Wing Leung (Hong Kong) – BC4
    13h10 – Andreza Oliveira x Ailen Flores (Argentina) – BC1
    14h20 – Laissa Guerreira x Alexandra Szabo (Hungria) – BC4
    15h30 – Evani Calado x Ana Costa (Portugal) – BC3
    15h30 – Evelyn Oliveira x Sally Kidson (Grã-Bretanha) – BC3

    TÊNIS DE MESA
    Oitavas de finais
    5h45 – Luiz Manara e Claudio Massad x Jorge Cardona e Ander Cepas (Espanha) – duplas masculinas MD18

    Quartas de finais
    8h – Carla Maia e Marliane Santos x Jing Liu e Juan Xue (China) – duplas femininas WD5
    8h – Cátia Oliveira e Joyce Oliveira x Fawsia Elshamy e Ola Soliman (Egito) – duplas femininas WD5

    Oitavas de finais
    9h30 – Sophia Kelmer e Jennyfer Parinos x Guiyan Xiong e Chunxiao Hao (China) – duplas femininas WD20

    Oitavas de finais
    12h45 – Lucas Arabian e Cátia Oliveira x Panfeng Feng e Ying Zhou (China) – duplas mistas XD7

    Oitavas de final
    14h15 – Luiz Manara e Danielle Rauen (sem adversários definidos) – duplas mistas XD17
    15h45 – Paulo Salmin e Bruna Alexandre (sem adversários definidos) – duplas mistas XD17

    VÔLEI SENTADO FEMININO

    Fase de grupos

    7h – Brasil x Ruanda

    GOALBALL

    Fase de grupos
    5h30 – Brasil x Turquia – feminino
    12h30 – Brasil x França – masculino

    BADMINTON

    Fase de grupos
    Não antes das 6h50 – Rogério Oliveira x Tarun Tarun (Índia) – Simples SL4
    Não antes das 10h20 – Vitor Tavares x Charles Noakes (França) – Simples SH6
    Não antes das 13h40 – Daniele Souza x Sujirat Pookkham (Tailândia) Simples W1

    TIRO COM ARCO

    Fase classificatória
    4h – Juliana Cristina Ferreira – Individual W1
    4h – Eugênio Franco – Individual W1
    8h – Jane Karla – Individual Composto Open W2
    8h – Luciano Rezende – Individual Recurvo Open W2
    12h – Reinaldo Charão – Individual Composto Open – W2

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

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  • Beth Gomes e Gabrielzinho levarão bandeira do Brasil na Paralimpíada

    Beth Gomes e Gabrielzinho levarão bandeira do Brasil na Paralimpíada

    Os atuais campeões paralímpicos Beth Gomes (atletismo) e Gabriel Araújo (natação) serão os porta-bandeiras da delegação brasileira na abertura oficial dos Jogos de Paris, a partir das 15h (horário de Brasília) de quarta-feira (28). Aos 59 anos, a multicampeã no lançamento de disco e arremesso de peso, desfilará ao lado de Gabrielzinho, de apenas 22, que faturou dois ouros e uma prata em Tóquio 2020, sua primeira Paralimpíada.

    O desfile dos atletas que maraca a abertura dos Jogos Paralímpicos terá início na famosa Avenue Champs-Elysées (Avenida Campos Elísios) e terminará na Place de la Concorde (Praça da Concórdia), a maior da Cidade Luz.

    Os porta-bandeiras Beth e Gabrielzinho, anunciados hoje pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), competem nas modalidades com mais pódios do Brasil na história das Paralimpíadas: atletismo e natação. Em Tóquio, Beth foi campeã no lançamento de disco F52 (atletas que competem sentados), e Gabrielzinho faturou ouro 200 metros livre e nos 50m costas, além de prata nos 100m costas na classe S2 (limitações físico-motoras).

    “É uma sensação muito boa, uma realização. Todos nós atletas paralímpicos sonhamos com este dia. Receber esta notícia de que eu seria a atleta que iria conduzir o pavilhão do nosso Brasil foi muito emocionante, as lágrimas caíram. Vou honrar a nossa bandeira com a maior maestria e representar todos os atletas paralímpicos que estão em Paris e também aqueles atletas que sonham um dia estar aqui, porque sonhos são para ser realizados. Estou aqui por vocês e por todos”, disse Beth, atual recordista mundial no lançamento de disco da classe F53 (atletas que competem sentados).

    Durante o ciclo preparatório para Paris, Beth Gomes, de 59 anos, colecionou ótimos resultados, o último deles foi a quebra do próprio recorde mundial no lançamento de dardo, no Troféu Brasil, em junho. Natural de Santos, a lançadora cravou 18,45m (a marca anterior era de 17,80m, obtida em 2023 nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago). Um mês antes, no Mundial de Atletismo em Kobe (Japão), a santista foi ouro no lançamento de disco e prata no arremesso de peso. No ano passado, Beth amealhou dois ouros, um em cada prova.

    “Beth e Gabriel são dois dos grandes nomes que o Brasil traz a Paris depois de um ciclo impecável, com resultados esportivos e aproveitamento impressionantes nas principais competições pelo mundo, desde o fim dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Eles dão forma àquilo que o CPB trabalhou e acreditou nos últimos três anos. Temos a certeza e a tranquilidade de que eles orgulharão os compatriotas quando entrarem na Champs-Élysées, empunhando o pavilhão brasileiro”, afirmou Mizael Conrado, atual presidente do CPB e bicampeão no futebol de cegos (2004 e 2008).

    Nascido em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), Gabrielzinho está prestes a disputar a segunda Paralimpíada da carreira. Na estreia em Tóquio ele foi campeão duas vezes (200m livre e 50m costas) e faturou a prata nos 100m costas, pela classe S2 (atleta com comprometimentos físicos-motores). No ciclo pré-Paris, ele venceu em todas as disputas das mesmas provas nos Mundiais da Ilha da Madeira (Portugal) em 2022, e de Manchester (Inglaterra), no ano passado.

    “Este será um momento único. Em Tóquio, eu não pude ir para a abertura [em razão da pandemia de Covid-19]. Agora, estou aqui em Paris para viver todos os momentos possíveis. Fico feliz de representar o Brasil na competição e a todos os atletas na abertura. É um privilégio que me deixa muito feliz. Fiquei muito emocionado ao receber a notícia. É uma honra para poucos.”, disse Gabriel, que nasceu com focomelia, doença congênita que impede a formação de braços e pernas. Ele conheceu a natação por meio de um professor de Educação Física da escola onde estudava.

    Edição: Cláudia Sores Rodrigues

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  • Nadadores brasileiros estreiam quinta-feira na Paralimpíada de Paris

    Nadadores brasileiros estreiam quinta-feira na Paralimpíada de Paris

    A natação paralímpica brasileira participou dos primeiros treinos na Paris La Defense Arena, onde estreará na próxima quinta-feira (29), dia seguinte à cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos. A modalidade é a segunda que mais conquistou medalhas para país – foram ao todo 125 (40 ouros, 39 pratas e 46 bronzes) – ficando atrás apenas do atletismo, com 170. O Brasil está em Paris com 280 atletas, sendo que 37 deles são nadadores ( 21 homens e 16 mulheres).

    Atual campeão paralímpico nos 200 metros livre e nos 50m costas, o mineiro Gabriel Araújo, de 22 anos, ficou entusiasmado com o teste na piscina oficial da competição.

    “Gostei muito. Cheguei cedo para ver a pisicina da competição. É sensacional. É uma arena muito grande. Já deu para ficar imaginando em como vai ser o clima nos dias da competição, com torcida. Com certeza, vai ser uma sensação diferente. Mas estou mais tranquilo e mais focado desta vez. Tentando fazer o possível para nada me desconcentrar até a nossa estreia”, disse Gabrielzinho, que competirá nas provas 50m e 100m costas, 150m medley, 50m e 200m livre, da classe S2 (limitações físico-motoras).

    Quem também treinou na La Defense Arena foi a atual recordista mundial dos 50m livre (26s65), a pernambucana Carol Santiago, de 39 anos. Maior medalhista brasileira na edição de Tóquio – faturou três ouros (50m livre S13, 100m livre S12 e 100m peito SB12) e um bronze (100m costas S12), Carol tem tudo para emplacar novos pódios em Paris. Nascida em Recife, Carol chega a Paris após um exitoso ciclo preparatório, em que amealhou 10 medalhas nos mundiais da Ilha da Madeira, em 2022, e em Manchester (Inglaterra) no ano passado.As classes que vão da S11 à S13 são disputadas por atletas com deficiência visual. Carol nasceu com síndrome de Morning Glory (alalteração congênita na retina), que reduz seu campo de visão.

    O Brasil busca superar a performance histórica obtida na edição de Tóquio, quando a natação faturou 23 medalhas (oito ouros, cinco pratas e 10 bronzes). O recorde no número de ouros (nove) foi obtido na Paralímpíada de Londres (2012).

    Delegação brasileira de natação

    Alan Kleber Basílio
    Ana Karolina Soares
    Andrey Madeira
    Arthur Xavier Ribeiro
    Douglas Matera
    Esthefany Rodrigues
    Gabriel Bandeira
    Gabriel Cristiano
    Gabriel Melone
    João Pedro Brutos
    Laila Suzigan
    Lídia Cruz
    Lucilene Sousa
    Carol Santiago
    Matheus Rheine
    Mayara Petzold
    Phelipe Rodrigues
    Roberto Alcalde
    Ruan Souza
    Samuel Oliveira
    Talisson Glock
    Victor dos Santos Almeida
    Vitória Ribeiro
    Wendell Belarmino

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  • Seleção brasileira de bocha chega aos Jogos de Paris renovada

    Seleção brasileira de bocha chega aos Jogos de Paris renovada

    A seleção brasileira de bocha chega aos Jogos Paralímpicos de Paris com a expectativa de aumentar mais a quantidade de medalhas que possui na história do megaevento esportivo: 11 no total (seis ouros, uma prata e quatro bronzes). E uma das esperanças de conquista é a pernambucana Andreza Vitória, que conquistou um inédito título mundial feminino em 2022.

    A jovem, que é fruto de um trabalho de renovação realizado pela Associação Nacional de Desportos para Deficientes (Ande), disputa sua segunda edição de Jogos Paralímpicos (ela também esteve nos Jogos de Tóquio).

    No megaevento esportivo realizado na capital francesa entre a próxima quarta-feira (28) e o dia 8 de setembro vários atletas brasileiros da equipe de bocha terão a primeira experiência em uma Paralimpíada. Um exemplo é o maranhense André Martins, de 21 anos e que é o primeiro atleta do país formado no projeto Escola Paralímpica de Esportes, idealizado e realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Outras caras novas do Brasil na modalidade são o potiguar Iuri Tauan, de 21 anos, e a paraibana Laissa Guerreira, de 18 anos, ambos revelados nas Paralimpíadas Escolares.

    “Foi um ciclo mais curto, de três anos apenas. Neste ciclo paralímpico, tivemos mudanças nas regras, como a separação de gênero, com homens e mulheres competindo separadamente. Então, precisamos fazer um novo trabalho por causa disso. Mesmo assim, conseguimos crescer durante as etapas da Copa do Mundo com bons resultados. Até mesmo nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 conseguimos a classificação da maioria das vagas para Paris. Então, os atletas estão bem animados para esta edição de Jogos”, avaliou o supervisor técnico da Ande, Vitor Pereira.

    Edição: Fábio Lisboa

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