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  • Pantanal poderá ter crise hídrica histórica em 2024, aponta estudo

    Pantanal poderá ter crise hídrica histórica em 2024, aponta estudo

    O Pantanal enfrenta desde 2019 o período mais seco das últimas quatro décadas e a tendência é que 2024 tenha a pior crise hídrica já observada no bioma, de acordo com um estudo inédito lançado nesta quarta-feira (3). Os resultados apontam que, nos primeiros quatro meses do ano, quando deveria ocorrer o ápice das inundações, a média de área coberta por água foi menor do que a do período de seca do ano passado.

    O estudo foi encomendado pelo WWF-Brasil e realizado pela empresa especializada ArcPlan, com financiamento do WWF-Japão. O diferencial em relação a outras análises baseadas em dados de satélite é o uso de dados do satélite Planet.

    “Graças à alta sensibilidade do sensor do satélite Planet, pudemos mapear a área que é coberta pela água quando os rios transbordam. Ao analisar os dados, observamos que o pulso de cheias não aconteceu em 2024. Mesmo nos meses em que é esperado esse transbordamento, tão importante para a manutenção do sistema pantaneiro, ele não ocorreu”, ressalta Helga Correa, especialista em conservação do WWF-Brasil que é também uma das autoras do estudo.

    “De forma geral, considera-se que há uma seca quando o nível do Rio Paraguai está abaixo de 4 metros. Em 2024, essa medida não passou de 1 metro. O nível do Rio Paraguai nos cinco primeiros meses deste ano esteve, em média, 68% abaixo da média esperada para o período”, afirma Helga. “O que nos preocupa é que, de agora em diante, o Pantanal tende a secar ainda mais até outubro. Nesse cenário, é preciso reforçar todos os alertas para a necessidade urgente de medidas de prevenção e adaptação à seca e para a possibilidade de grandes incêndios.”

    Na Bacia do Alto Rio Paraguai, onde se situa o Pantanal, a estação chuvosa ocorre entre os meses de outubro e abril, e a estação seca, entre maio e setembro. De acordo com o estudo, entre janeiro e abril de 2024, a média da área coberta por água foi de 400 mil hectares, em pleno período de cheias, abaixo da média de 440 mil hectares registrada na estação seca de 2023.

    De acordo com os autores do estudo, os resultados apontam uma realidade preocupante: o Pantanal está cada vez mais seco, o que o torna mais vulnerável, aumentando as ameaças à sua biodiversidade, aos seus recursos naturais e ao modo de vida da população pantaneira. A sucessão de anos com poucas cheias e secas extremas poderá mudar permanentemente o ecossistema do Pantanal, com consequências drásticas para a riqueza e a abundância de espécies de fauna e flora, com grandes impactos também na economia local, que depende da navegabilidade dos rios e da diversidade de fauna.

    “O Pantanal é uma das áreas úmidas mais biodiversas do mundo ainda preservadas. É um patrimônio que precisamos conservar, por sua importância para o modo de vida das pessoas e para a manutenção da biodiversidade”, ressalta Helga.

    Além dos eventos climáticos que agravam a seca, a redução da disponibilidade de água no Pantanal tem relação com ações humanas que degradam o bioma, como a construção de barragens e estradas, o desmatamento e as queimadas, explica Helga.

    De acordo com a especialista em conservação do WWF-Brasil, diversos estudos já indicam que o acúmulo desses processos degradação, acentuados pelas mudanças climáticas, pode levar o Pantanal a se aproximar de um ponto de não retorno – isto é, perder sua capacidade de recuperação natural, com redução abrupta de espécies a partir de um certo percentual de destruição.

    Outra preocupação é que as sucessivas secas extremas e as queimadas por elas potencializadas afetam a qualidade da água devido à entrada de cinzas no sistema hídrico, causando mortalidade de peixes e retirando o acesso à água das comunidades. “É preciso agir de forma urgente e mapear onde estão as populações tradicionais e pequenas comunidades que ficam vulneráveis à seca e à degradação da qualidade da água”, diz ela.

    A nota técnica traz uma série de recomendações como mapear as ameaças que causam maiores impactos aos corpos hídricos do Pantanal, considerando principalmente a dinâmica na região de cabeceiras; fortalecer e ampliar políticas públicas para frear o desmatamento; restaurar áreas de Proteção Permanente (APPs) nas cabeceiras, a fim de melhorar a infiltração da água e diminuir a erosão do solo e o assoreamento dos rios, aumentando a qualidade e a quantidade de água tanto no planalto quanto na planície, e apoiar a valorização de comunidades, de proprietários e do setor produtivo que desenvolvem boas práticas e dão escala a ações produtivas sustentáveis.

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  • Pantanal tem este ano maior área queimada em junho

    Pantanal tem este ano maior área queimada em junho

    O mês de junho teve este ano a maior média de área queimada no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registrada – desde 2012 – pela série histórica do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em apenas 30 dias, o fogo consumiu mais de 411 mil hectares do bioma, quando, na média histórica, o Pantanal costuma queimar pouco mais de oito mil hectares.

    A área atingida ficou acima, inclusive, da média histórica de setembro, quando o bioma queima uma média de 406 mil hectares. No acumulado de 2024, a área atingida chegou a 712.075 hectares nesta terça-feira (2), o que corresponde a 4,72% do bioma.

    Nessa segunda-feira (1º), a sala de situação criada pelo governo federal para conter a crise ambiental se reuniu pela terceira vez. A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, declarou que uma confluência de ações humanas é a causa do problema, com focos de fogo gerados por essa ação humana e áreas desmatadas que favorecem a propagação. De acordo com a ministra, a Policia Federal investiga a autoria de pelo menos 18 focos de incêndio.

    Queimadas

    Durante entrevista coletiva, o ministério também divulgou um boletim com balanço da situação das queimadas no Pantanal, que deverá ser atualizado semanalmente. Os dados apontam ainda que a dificuldade de controle de incêndio – calculado a partir de fatores como temperatura, chuva, umidade e vento – é a pior desde 2023. Fatores resultantes de extremos climáticos, que levaram à seca mais grave dos últimos 70 anos, aponta a publicação.

    Os dados sinalizam, ainda, que 85,22% da área queimada ficam em propriedades privadas, enquanto 7,07% em terras indígenas, 4,56 em unidades de conservação (UC) federal, 1,65% em UC estadual, 1,48% em Reserva Particular do Patrimônio Natural e apenas 0,02% em UC municipal.

    Atualmente as ações de combate ao fogo atuam em 34 frentes, com iniciativas que somam esforços dos governos federal e do estado do Mato Grosso do Sul, tendo mais de 500 pessoas mobilizadas.

    O boletim também reúne ações do governo federal em ordem cronológica, que inclui o planejamento, aquisição de equipamentos e mobilização de brigadistas desde janeiro de 2024, assim como a portaria do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, que declarou, ainda em abril, emergência ambiental no Pantanal, como medida preventiva.

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  • Força Nacional reforça equipe de combate a incêndios no Pantanal

    Força Nacional reforça equipe de combate a incêndios no Pantanal

    As frentes de combate aos incêndios no Pantanal foram reforçadas, com a chegada de mais uma equipe da Força Nacional a Corumbá, no Mato Grosso do Sul. O efetivo se juntará às equipes locais, que atuarão também em 13 bases avançadas espalhadas pelo bioma.

    “As equipes do Rio Grande do Sul, formadas por 42 integrantes, chegaram na tarde desta sexta-feira (29) e se juntaram aos outros integrantes que estavam na região pantaneira desde quinta-feira (28), vindos do Distrito Federal e do Tocantins”, informou o governo do Mato Grosso do Sul. Ao todo, 82 homens e mulheres da Força Nacional estão em Corumbá.

    A expectativa é de que, com o reforço, se consiga reduzir o tempo de resposta no combate aos incêndios florestais. Iniciada em abril, as frentes de ações já mobilizaram mais de 400 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul. Todos orientados pelo Sistema de Controle de Incidentes, com sede em Campo Grande.

    O fogo já queimou 520 mil hectares no Pantanal do Mato Grosso do Sul este ano, segundo dados divulgados pelo governo estadual.

    Ação humana

    Durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, mais conhecido como Conselhão, no Palácio do Planalto nesta semana, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse que 85% dos incêndios observados no bioma ocorrem em terras privadas, de forma não natural, ou seja, derivado de ação humana.

    “Neste momento, não temos incêndio em função de ignição natural”, disse a ministra ao afirmar que o município de Corumbá responde atualmente por metade dos incêndios em Mato Grosso do Sul”. “Os municípios que mais desmatam são os que mais têm incêndio”, ressaltou.

    Para a ministra, neste ano, a situação foi agravada pelos efeitos da mudança do clima causada por ações humanas. “Nós estamos vivendo um momento muito particular de nossa trajetória neste planeta. Tivemos no ano de 2023 um dos anos mais intensos em termos de eventos climáticos extremos, com os problemas das ondas de calor, de seca, de enchentes extremas. Isso é um sinal inequívoco de que a mudança do clima já é uma realidade”, disse.

    Edição: Sabrina Craide

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  • FAB faz três voos hoje sobre o Pantanal para combate às queimadas

    FAB faz três voos hoje sobre o Pantanal para combate às queimadas

    A aeronave KC-390 Millennium, com 12 mil litros de água para combater os incêndios no Pantanal, decolou às 11h20 deste sábado (29) para a região do Pantanal, de acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB).

    No dia anterior (28), o avião operado pelo Esquadrão Zeus, sediado na Base Aérea de Anápolis, em Goiânia, transportou de Corumbá (MS) também cerca de 12 mil litros de água, no primeiro voo real de combate ao fogo realizado pela FAB com o cargueiro multimissão. A água foi lançada em um dos focos de incêndio identificados pelo Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul.

    Para hoje, estão previstos três voos de aproximadamente 35 minutos para o lançamento de 12 mil litros de água cada um. Para aumentar o efeito no combate ao fogo, um produto químico denominado retardante é adicionado à água lançada pelas aeronaves na região.

    Diversos órgãos e agências atuam em conjunto na ação de combate ao incêndio no Pantanal. O Corpo de Bombeiros estadual, por exemplo, alimenta duas piscinas que ficam no Aeroporto Internacional de Corumbá e identifica os principais focos de incêndio para que a atuação das aeronaves seja a mais efetiva possível.

    Aeronave

    No combate aos focos de incêndio no Pantanal, a Aeronáutica utiliza a aeronave multimissão KC-390, desenvolvida pela fabricante brasileira Embraer, que tem capacidade para realizar uma operação segura e equipada com o Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios, do inglês Modular Airborne Fire Fighting System). A ferramenta fornece ao cargueiro a funcionalidade necessária para realizar a ação de combate a incêndio em voo.

    O equipamento conta com um tubo que projeta água pela porta traseira esquerda do avião, podendo descarregar até 3 mil galões, aproximadamente 12 mil litros de água em áreas de incêndios, com ou sem retardante de fogo, conforme o critério de nível de cobertura padrão do solo e em diversos tipos de terrenos. O sistema oferece maior precisão, aumentando significativamente a eficácia das operações de combate a incêndios.

    As ações levam em conta as adversidades, o que requer um voo a baixa altitude, baixa velocidade e em elevadas temperaturas. Desta forma, é possível manter a aeronave pressurizada, ou seja, sem comprometer a performance do KC-390. Além disso, o reservatório utilizado para fazer o reabastecimento de água na aeronave tem capacidade para 22 mil litros de água.

    Edição: Maria Claudia

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  • PF libera acesso a imagens de satélite para auxiliar no combate às queimadas no Pantanal

    PF libera acesso a imagens de satélite para auxiliar no combate às queimadas no Pantanal

    A Polícia Federal está disponibilizando acesso gratuito a imagens de satélite de alta resolução para municípios atingidos ou em risco pelas queimadas no Pantanal. A iniciativa visa auxiliar os órgãos públicos na resposta a desastres naturais, fornecendo informações precisas e atualizadas sobre as áreas afetadas. A ação ocorre por meio do Programa Brasil Mais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

    Todos os municípios de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul podem solicitar acesso. Os órgãos estaduais também podem solicitar adesão. A disponibilização é gratuita e não exige contrapartida financeira. Mais de 480 instituições já participam do programa, que é financiado pelo Fundo Nacional de Segurança Pública (por intermédio da Senasp) e pela Polícia Federal.

    Serviço

    Para solicitar o acesso às imagens, os órgãos públicos devem enviar um e-mail do gabinete da maior autoridade da instituição, por exemplo, do prefeito ou do gabinete do prefeito. O e-mail deve ser enviado para o endereço eletrônico brasilmais@pf.gov.br.

    Na mensagem é necessário fornecer algumas informações básicas, como nome, sigla e endereço da instituição; nome, cargo e e-mail da maior autoridade e dos pontos focais; lista de usuários para acesso (nome, cargo, e-mail, telefone, lotação). Os dados podem ser complementados posteriormente.

    O Programa não tem limite de instituições, usuários ou acessos, e os municípios podem utilizar quantas imagens precisarem para auxiliar no combate aos desastres. O Programa Brasil MAIS possui imagens diárias e alertas de cicatriz de queimadas e focos de incêndio da região, o que pode contribuir para o planejamento e execução do combate aos incêndios.

    O Programa Brasil Mais é um dos projetos estratégicos do Ministério da Justiça e Segurança Pública. É o maior projeto operacional de sensoriamento remoto do país, fornecendo imagens diárias de satélite em alta resolução de todo o Brasil, além de alertas automáticos para diversos crimes ambientais, como desmatamento, garimpo, incêndios e plantio de culturas ilícitas.

    A rede criada pelo programa, RedeMAIS, conta com a participação de mais de 480 instituições e mais de 97 mil usuários de instituições públicas federais, estaduais e municipais.

    O e-mail com solicitação de acesso deve ser enviado para o endereço eletrônico brasilmais@pf.gov.br

    A Polícia Federal integra o gabinete de crise contra os incêndios no Pantanal, com o objetivo de responsabilizar criminalmente os responsáveis por ações ilícitas. A atuação se dá através de equipes de plantão, operando em flagrante e em diligências de campo, além de investigações em coordenação com outros órgãos federais e estaduais. As equipes atuarão a partir de bases em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

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  • Onça-pintada surpreende ao capturar jacaré com salto perfeito no Pantanal

    Onça-pintada surpreende ao capturar jacaré com salto perfeito no Pantanal

    Em um cenário cinematográfico no coração do Pantanal em Mato Grosso, uma onça-pintada protagonizou um espetáculo incrível ao ser flagrada saltando com maestria dentro de um rio para capturar um jacaré. Saiba mais em Mundo Animal.

    O momento, capturado em vídeo, revela a incrível destreza e habilidade de caça dessa magnífica pantera.

    A verdade por trás do mistério: biólogo desvenda boato sobre onça preta em Pitangueiras, Minas Gerais

    O salto da onça: uma coreografia perfeita na caçada ao jacaré no coração do Pantanal

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    A Dança precisa da onça-pintada

    Em cima de um barranco, a onça-pintada demonstra toda sua elegância e preparação antes do salto. Ao avistar o jacaré nas águas do rio, ela realiza um salto espetacular, mostrando uma combinação de força, agilidade e precisão que surpreende até mesmo os observadores mais experientes da vida selvagem.

    Pescador aventureiro testemunha a elegância selvagem da onça-pintada no Rio Paraguai; encontro dos sonhos

    A onça-pintada (Panthera onca) é uma das espécies mais icônicas e majestosas da fauna brasileira, e sua presença no Pantanal adiciona um toque especial a esse ecossistema único.

    Aqui estão algumas características notáveis sobre a onça-pintada no Pantanal:

    Habitat Ideal: O Pantanal, considerado a maior área alagável do mundo, oferece um habitat ideal para a onça-pintada. Com vastas áreas de pântanos, rios e matagais, o Pantanal fornece condições propícias para a caça e reprodução desses felinos.

    Papel Importante no Ecossistema: A onça-pintada desempenha um papel crucial no equilíbrio ecológico do Pantanal. Como predador de topo, ela regula as populações de presas, evitando superpopulações de herbívoros que poderiam ter efeitos negativos sobre a vegetação e outros animais.

    Hábitos Aquáticos: A adaptação da onça-pintada ao ambiente aquático é notável. Além de nadar com habilidade, ela é capaz de caçar presas aquáticas, como peixes e jacarés. O vídeo do salto da onça-pintada para capturar um jacaré destaca essa habilidade única.

    Fotógrafo registra momento épico da caça da onça-pintada no coração do Pantanal

    Atividade Noturna e Crepuscular: A onça-pintada é conhecida por ser predominantemente noturna ou crepuscular. Isso significa que ela é mais ativa durante o entardecer e a noite, o que pode tornar avistá-la uma experiência desafiadora, mas também mágica para os observadores de vida selvagem.

    Imagem de uma onça-pintada nadando
    Imagem de uma onça-pintada nadando

    Conservação: A onça-pintada é uma espécie ameaçada e enfrenta desafios devido à perda de habitat, conflitos com humanos e caça ilegal. No entanto, esforços de conservação no Pantanal visam proteger esses felinos e seu ambiente, reconhecendo a importância de sua presença para a saúde do ecossistema.

    A presença da onça-pintada no Pantanal não só contribui para a biodiversidade única da região, mas também oferece aos visitantes e pesquisadores a oportunidade de testemunhar a beleza selvagem dessa espécie emblemática, demonstrando a importância de preservar e proteger esse magnífico felino e seu habitat.

  • Combate ao fogo no Pantanal ganha reforço com bases em MT e MS

    Combate ao fogo no Pantanal ganha reforço com bases em MT e MS

    Uma base operacional será construída no quilômetro 100 da Transpantaneira, no município de Poconé (a 124 km de Cuiabá) e outra em Corumbá (MS) para o enfrentamento dos incêndios florestais no Pantanal. A instalação das estruturas foi definida nesta terça-feira (25.06), durante reunião de trabalho que debateu as ações e planejamento integrado.

    O encontro contou com representantes dos Governos de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Governo Federal, que avançaram na identificação de prioridades, análise da situação e articulação das ações de campo.

    Na abertura da agenda, o governador Mauro Mendes destacou que a seca no Pantanal é uma situação real e de responsabilidade de todos.

    “Precisamos dar respostas e olhar o problema e reconhecer que algo de diferente precisa ser feito. O Pantanal não é mais o mesmo de 20, 30 anos atrás. Há muitos anos que o bioma não vive uma grande cheia e as perspectivas não são das melhores”, afirmou.

    O governador ressaltou ainda que não dá para olhar o bioma de forma lúdica e histórica.

    “O Governo sempre será parceiro no trabalho correto e busca competências e responsabilidades. O problema é atual e está diante de nós. Por isso, estamos todos aqui para achar uma solução de um problema que será recorrente ao longo dos anos”, pontuou.

    A secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, explicou que essa base será um ponto focal de onde todas as entidades envolvidas estarão atuando de forma integrada e cooperada.

    “Com essa integração de esforços, nós vamos dar a melhor resposta para mitigar os efeitos dos incêndios florestais que já estão acontecendo aqui em Mato Grosso”, declarou.

    A secretária destacou que um incêndio de proporções significativas está ocorrendo na região de Cáceres e sendo combatido, assim como em Mato Grosso do Sul, na região de Corumbá.

    “Acreditamos que a melhor estratégia é somar os esforços, integrando as ações federais e estaduais para que esse enfrentamento possa ampliar ao máximo os efeitos que estão previstos”.

    Ela apontou ainda o investimento do Governo do Estado de mais de R$ 74,5 milhões, que tem se mostrado eficiente.

    “Melhoramos as ações de resposta e responsabilização, mas o desafio continua e tendo em vista que neste ano as previsões apontam para cenários críticos. Mato Grosso vem executando o Plano de Ação de Combate ao Desmatamento Ilegal e Incêndios Florestais ao longo de 2024. O recurso está sendo aplicado na gestão compartilhada, monitoramento com satélites, responsabilização, fiscalização, prevenção e combate e proteção da fauna”.

    O secretário extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial no Ministério do Meio Ambiente, André Lima, afirmou que até o dia 20 de julho será consolidado um plano.

    “Estamos trabalhando em conjunto e definindo os detalhes da estratégia. A situação do Pantanal é bastante inédita. Apesar da situação dramática de 2020, o que a gente vivencia hoje é um cenário de uma seca maior dos últimos 70 anos. Todos os dados climáticos, hidrológicos, pluviométricos, mostram que nós estamos em uma situação muito diferente dos anos mais críticos da história do bioma”, disse.

    De acordo com André, a novidade é criar mecanismos, mesas, salas de situação integradas efetivamente. Nessa estratégia de cooperação, a coordenação será pela sala federal de situação que é coordenada pelo ministro da Casa Civil.

    “Essa cadeia de comando envolverá níveis diferentes de intervenção, o federal, estadual e os municipais que já estão decretando situação de emergência para poder utilizar de maneira mais rápida os recursos da Defesa Civil”, afirmou.

    Ele lembrou que a articulação vem acontecendo de forma gradativa com a realização de duas reuniões anteriormente, ocorridas em Brasília e Campo Grande (MS).

    Estrutura

    Nessa estratégia serão empregadas aeronaves, em parceria com o Ministério da Defesa, entre elas uma de grande porte de combate a incêndio, que permite o transporte e a utilização de mais de 10 mil litros de água por sobrevoo, além de aeronaves que podem transportar cerca de 15 brigadistas, o que acelera o transporte para as linhas de frente.

    Terá ainda estrutura de acampamento para manter esses brigadistas durante semanas e até mês.

    A operação de guerra envolve as Forças Armadas: Aeronáutica, Marinha e Exército, no sentido de montar acampamento, sistema de comunicação, sistema de transporte, mais aeronave no combate aos incêndios.

    Ao final ficou definido a realização de reuniões diárias com a oportunidade de compartilhar a evolução das ocorrências e a forma de empregar as estruturas que serão fornecidas.

    Participaram também da reunião representantes da Secretaria de Infraestrutura (Sinfra), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ibama, ICMBIO, Corpo de Bombeiro de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Exército e Marinha.

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  • Governo de Mato Grosso pede apoio da população para evitar queimadas no Pantanal

    Governo de Mato Grosso pede apoio da população para evitar queimadas no Pantanal

    O Governo de Mato Grosso está intensificando as ações de prevenção e combate aos incêndios florestais no Estado. No entanto, diante do cenário de alerta com previsão de altas temperaturas e seca severa para o Pantanal, as autoridades pedem a colaboração da população para evitar queimadas.

    “Precisamos do apoio de todos para evitarmos grandes incêndios. Já estamos com uma declaração de escassez hídrica por parte da Agência Nacional de Águas para a Bacia do Alto Paraguai e emitimos alertas para os municípios afetados pela seca severa. Esse cenário, além de contribuir para os incêndios, pode dificultar o combate aos mesmos. Por isso, é fundamental que a população se conscientize e tome os cuidados necessários”, ressalta a secretária de Estado de Meio Ambiente (Sema), Mauren Lazzaretti.

    Queimadas proibidas no Pantanal até 31 de dezembro

    A secretária alerta que, neste período de calor intenso, qualquer atividade que possa gerar fagulhas tem o potencial de provocar um incêndio acidental. Por isso, a queima de vegetação deve ser evitada, principalmente nos horários mais quentes do dia.

    “É fundamental que as pessoas acionem as equipes responsáveis imediatamente se identificarem qualquer indício de fogo em qualquer local. Isso permitirá que as medidas iniciais sejam tomadas rapidamente, evitando que o incidente se transforme em um incêndio de grandes proporções”, acrescenta Lazzaretti.

    Vale ressaltar que, desde o dia 17 de junho, o uso do fogo no Pantanal mato-grossense está proibido. A medida, que visa proteger o bioma durante o período mais seco do ano, segue em vigor até 31 de dezembro. Já em áreas urbanas, as queimadas são proibidas durante todo o ano.

    Ações do Governo de Mato Grosso para prevenir e combater incêndios florestais

    As secretarias estaduais de Mato Grosso estão trabalhando de forma integrada desde o início do ano na prevenção e preparação para os incêndios florestais, com o objetivo de garantir uma resposta mais eficiente em caso de necessidade. Entre as ações já realizadas estão:

    Decretos: Emissão de decretos antecipando e estendendo o período proibitivo do uso do fogo no Pantanal;

    Orientação: Elaboração de nota técnica orientativa para os produtores rurais, com as estruturas mínimas que devem ser mantidas para evitar o alastramento do fogo na região;

    Reuniões: Reuniões para orientar sobre ações de prevenção e preparação com proprietários de hotéis e pousadas, além da comunidade em geral;

    Combate: Contratação de quatro aviões agrícolas para auxiliar no combate direto às chamas;

    Capacitação: Capacitação de 1.400 brigadistas para reforçar o efetivo de combate aos incêndios;

    Treinamento: Treinamento de bombeiros militares para a realização da queima prescrita (técnica para criar uma barreira natural e evitar o espalhamento do fogo);

    Logística: Mapeamento de pistas de pouso e pontos de captação de água para auxiliar nas ações de combate aos incêndios;

    Infraestrutura: Melhoria das condições de tráfego nas rodovias do Pantanal, com patrolamento e encascalhamento, para facilitar o apoio logístico às equipes de combate ao fogo;

    Prevenção: Construção de aceiros em pontos estratégicos;

    Animais: Construção de açudes que servem como bebedouros e abrigos para animais silvestres afetados pelos incêndios;

    Água: Perfuração de poços artesianos para garantir o abastecimento de água nas áreas afetadas;

    Infraestrutura: Substituição de pontes de madeira por aduelas e concreto para melhorar a trafegabilidade nas regiões atingidas;

    Monitoramento: Monitoramento em tempo real da situação dos incêndios em todo o Estado, via satélites, na Sala de Situação do Batalhão de Emergências Ambientais, em Cuiabá, para auxiliar as equipes em campo.

  • Governo vai liberar R$ 100 mi para combate a incêndios no Pantanal

    Governo vai liberar R$ 100 mi para combate a incêndios no Pantanal

    O governo federal irá liberar R$ 100 milhões para ações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de combate aos incêndios no Pantanal, bioma que está em situação de emergência.

    De acordo com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, os recursos serão para salvar “a maior planície alagável do mundo”.

    Diante do aumento dos focos de incêndio no Pantanal, o governo acionou nesta segunda-feira (24) a sala de situação para definir medidas urgentes para controle do fogo na região. Além da liberação de recursos, foi definido o envio de brigadistas e de agentes da Força Nacional para as ações de combate e a visita de uma comitiva ministerial.

    Na sexta-feira (28), as ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, Simone Tebet e o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, devem ir a Corumbá (MS), cidade com maior concentração dos incêndios. Os ministros participaram da reunião de segunda-feira.

    Conforme nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a visita servirá para conhecer a realidade local, entregar equipamentos, aeronaves e conduzir equipes de brigadistas que atuarão no território. Os ministros ainda devem se reunir com autoridades e representantes da sociedade.

    Brigadistas e Força Nacional

    O combate aos incêndios no Pantanal terá o reforço de mais 50 brigadistas do Ibama e 60 agentes da Força Nacional.

    Atualmente, a operação no território conta com a atuação de 175 brigadistas do Ibama, 40 do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e 53 combatentes da Marinha. Eles agem em conjunto com polícias e bombeiros locais.

    Marina Silva destaca que está “é uma das piores situações já vistas no Pantanal”. “Toda a bacia do [rio] Paraguai está em escassez hídrica severa. Nós não tivemos a cota de cheia. Não tivemos o interstício entre o El Niño e La Niña e isso faz com que uma grande quantidade de matéria orgânica — em ponto de combustão — esteja causando incêndios que estão fora da curva”, explicou em entrevista à imprensa, nesta segunda-feira (24). O fenômeno climático natural El Niño é caracterizado pelas chuvas acima da média, enquanto o fenômeno La Niña apresenta seca acima da média.

    Helicópteros e aeronaves

    O Ministério da Defesa disponibilizará seis helicópteros, duas aeronaves e também embarcações necessárias ao transporte dos militares e brigadistas pelos rios. Uma das aeronaves militares de grande porte é o KC-390 Millennium, da Força Aérea Brasileira (FAB), com capacidade de carregar até 10 mil litros de água em cada voo para combater os incêndios.

    O governo federal estuda ainda a implantação de base avançada, na estrada Transpantaneira, para que os brigadistas e combatentes do incêndio fiquem mais próximos aos focos de fogo e, desta forma, acelere a logística do trabalho.

    Neste momento, as Forças Armadas já mantêm outras duas bases avançadas no bioma.

    Fogo no Pantanal

    Entre 1º de janeiro e 23 de junho de 2024, a área queimada no bioma alcançou 627 mil hectares, ultrapassando em 142,9% os 258 mil hectares queimados em 2020, de acordo com a nota técnica do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), sobre a evolução das áreas afetadas pelo fogo e das condições climáticas no Pantanal.

    A Lasa-UFRJ explica que as altas temperaturas e a seca extrema e persistente dos últimos 12 meses levaram ao elevado acúmulo de material combustível em toda a região do Pantanal. A instituição confirmou ainda que os incêndios de 2024 foram originados a partir de ação humana.

    A ministra do Meio Ambiente estima que, neste momento, existam 27 grandes incêndios, sendo que 85% estão em propriedades particulares no Mato Grosso do Sul. “Os municípios que mais desmatam são também os mais atingidos pelos incêndios”, disse Marina Silva.

    Marina Silva afirmou também que o Ministério da Justiça e Segurança Pública tem trabalhado para identificar os responsáveis. “Além de disponibilizarem efetivo de pessoas para o enfrentamento e aeronaves, eles [Ministério da Justiça] estão fazendo um trabalho de inteligência para que todos aqueles criminosos que estão provocando incêndios criminosos possam ser devidamente investigados e punidos”.

    Atuação dos estados

    No início do mês, os governos de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso proibiram definitivamente o manejo de fogo até o final do ano, inclusive para atividades de renovação de pastagem. Com os decretos, mesmo a queima controlada para pasto ou cultivos no Pantanal será tratada como crime. A medida emergencial leva em consideração a estiagem, a baixa umidade e o aumento dos focos de incêndio no Pantanal.

    Por isso, os bombeiros orientam a população que denuncie qualquer indício de incêndio, pelos números 193 ou 190.

    Nesta segunda-feira, o Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência em cidades atingidas pelos incêndios no Pantanal. O decreto válido por 180 dias facilita o acesso a recursos extraordinários para enfrentar a situação.

    O governo sul-mato-grossense afirma que criou 13 bases permanentes no Pantanal e tem operado para combater as chamas no bioma com três helicópteros e uma aeronave agrícola.

    No Mato Grosso, o balanço do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta que no estado, nesta segunda-feira (24) até as 17h, foram registrados 74 focos de calor. Deste total, 36 focos no bioma da Amazônia; 28, no Pantanal; e 17 no Cerrado. Porém, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso extinguiu o incêndio florestal na Chapada dos Guimarães.

    Os bombeiros realizaram 34 operações militares, com uso de avião, helicóptero, dois caminhões-pipa, sete caminhonetes, um barco, quatro pás-carregadeiras, duas motoniveladoras, um trator e um quadriciclo, além do monitoramento remoto com satélites.

    Bioma

    O Pantanal, localizado no centro da Bacia do Alto Paraguai (BAP) na América do Sul, abrange uma área de 179.300 km², distribuídos entre Brasil (78%), Bolívia (18%) e Paraguai (4%). No Brasil, o Pantanal está situado nos estados de Mato Grosso (35%) e Mato Grosso do Sul (65%) e é caracterizado por estações seca e chuvosa bem definidas, com as chuvas concentradas no verão (novembro a março). A biodiversidade do bioma conta com mais de 2 mil espécies de plantas e, na fauna, são 582 espécies de aves, 132 de mamíferos, 113 de répteis e 41 de anfíbios registrados.

    Na área pantaneira, vivem aproximadamente 1,1 milhão de pessoas no Brasil; 16,8 mil pessoas, na Bolívia; e 8.400, no Paraguai, segundo instituto sem fins lucrativos SOS Pantanal.

    Edição: Carolina Pimentel

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  • “Estamos em uma das piores situações”, diz Marina sobre Pantanal

    “Estamos em uma das piores situações”, diz Marina sobre Pantanal

    A ministra do Meio Ambiente e das Mudanças do Clima, Marina Silva, alertou, nesta segunda-feira (24), que os incêndios atuais no Pantanal são agravados pelos extremos climáticos e também por ações criminosas.

    “Estamos diante de uma das piores situações já vistas no Pantanal. Toda a bacia do Paraguai está em escassez hídrica severa”, afirmou.

    Marina Silva concedeu entrevista após segunda reunião da sala de situação de crise com outros ministros, como Simone Tebet (Planejamento) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), além de representantes da Defesa e da Justiça. A ministra explicou que, no período entre os fenômenos do El Niño e El Niña, de estiagem na região, fez com que uma “grande quantidade de matéria orgânica em ponto de combustão” esteja propiciando incêndios que são “fora da curva” em relação a tudo que se conhece.

    ‘Queima controlada’ para pasto ou cultivos no Pantanal será tratada como crime

    Segundo ela, o Ministério do Meio Ambiente planeja, desde outubro do ano passado, ações para se antecipar às consequências do incêndio.

    “Pela primeira vez, houve um plano de enfrentamento a incêndio no Pantanal. Nós fazemos política pública com base em evidência. Já sabíamos que este ano seria severo”, disse Marina Silva.

    Diante disso, ela afirmou que o ministério decretou situação de emergência em relação ao fogo e à contratação de brigadistas. Pelo (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em atuação, há 175 brigadistas, 40 do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), 53 da Marinha (que são combatentes), além de bombeiros locais. “Teremos já um adicional de 50 brigadistas do Ibama e 60 que virão da Força Nacional, além da mobilização de mais brigadistas diante da necessidade”.

    “Novo normal”

    Marina Silva disse que a seca na região aponta para um “novo normal”, com a pior estiagem dos últimos 70 anos. “O que nós temos é um esgarçamento de um problema climático que vocês viram acontecer com chuvas no Rio Grande do Sul. Nós sabíamos que iria acontecer com seca envolvendo a Amazônia e o Pantanal. Nesse período, não há incêndio por raio. O que está acontecendo é por ação humana”, lamentou.

    Governo Federal amplia força-tarefa para combate a incêndios no Pantanal

    De acordo com a ministra, mais de 80% dos incêndios estão dentro de propriedades particulares. “Nós temos uma responsabilidade sobre as unidades de conservação federal, mas nesse momento nós estamos agindo em 20 incêndios”.

    Simone Tebet destacou que foi importante a ação do governo de Mato Grosso do Sul de decretar a emergência ambiental. “Isso nos abre a possibilidade de criar créditos extraordinários. Não vai faltar recurso ou orçamento para resolver. Agora, não há orçamento no mundo ou no Brasil que resolva o problema de consciência da população”, afirmou.

    Marina Silva ainda relembrou a necessidade de aprovação pelo Congresso da Lei do Manejo Integrado do Fogo. “Infelizmente, até hoje não foi aprovado. Gostaríamos muito de que fosse aprovado nesse momento em caráter emergencial”.

    Proibição do uso do fogo

    Marina Silva disse que há um pacto com os governos do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, além dos governadores dos estados da Amazônia. “Os governos estaduais já decretaram a proibição definitiva do fogo [em pastagens] até o final de ano. Portanto, todos aqueles que fizerem o uso do fogo para renovação de pastagem ou para atividade qualquer que seja ela, estará cometendo um delito”, alertou.

    A ministra associou que os municípios que mais desmataram têm sido vítimas dos incêndios, como é o caso de Corumbá (MS). “É o município que mais desmatou. Não por acaso, é onde há mais incêndio”.

    Já a ministra Simone Tebet, do Planejamento, acrescentou que há uma atenção especial para as situações do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. “O maior foco de incêndio nesse momento é no estado de Mato Grosso do Sul, mais de 50% no município de Corumbá”. Ela salientou a colaboração dos governos dos estados de decretar a proibição do manejo controlado de fogo até o final do ano.

    “Mesmo aqueles fogos controlados que eram permitidos no Pantanal, está terminantemente proibido por determinação dos governos estaduais”, destacou.

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