Diante do aumento significativo de focos de incêndio em diversas regiões de Mato Grosso e outros estados do Brasil, a Polícia Federal (PF) anunciou a abertura de inquéritos para apurar as causas dos incêndios.
A decisão foi tomada após um pedido do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e foi confirmada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em uma reunião realizada neste domingo (25).
A ministra acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma visita ao PrevFogo, centro responsável por monitorar os incêndios florestais no país.
Durante a visita, Lula garantiu o apoio do governo federal para combater as chamas, reconhecendo a dificuldade da tarefa devido à rapidez com que os incêndios se alastram.
Investigações em curso de Mato Grosso
A PF já possui mais de 30 inquéritos em curso para investigar incêndios na Amazônia e no Pantanal em Mato Grosso. Com os novos casos em São Paulo, esse número deve aumentar ainda mais. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, informou que 15 delegacias no interior do estado paulista foram mobilizadas para investigar as possíveis causas das queimadas.
As autoridades acreditam que a concentração de incêndios em um curto período de tempo indica uma ação criminosa. “Nesse momento é uma verdadeira guerra contra o fogo e a criminalidade”, afirmou Marina Silva. A ministra destacou que a situação é atípica e que as autoridades estão trabalhando para identificar os responsáveis pelos crimes ambientais.
A PF utilizará imagens de satélite e outras tecnologias para mapear os focos de incêndio e identificar possíveis pontos de origem. O objetivo é reconstruir a cronologia dos eventos e identificar os responsáveis pelos crimes.
O estado de Mato Grosso enfrenta uma grave crise ambiental. De acordo com dados do Instituto Centro de Vida (ICV), o número de focos de calor registrados em 2024 já é quase o triplo do registrado no mesmo período do ano passado. Apenas no mês de agosto, foram contabilizados mais de 7.466 focos, um aumento alarmante em comparação aos 2.626 registrados em agosto de 2023.
A Amazônia de Mato Grosso e o Cerrado são os biomas mais atingidos, com mais de 3 mil focos de calor cada. O Pantanal, que ainda se recupera dos devastadores incêndios de anos anteriores, também registra um aumento significativo no número de focos.
Na noite de quinta-feira (22), dois grandes incêndios atingiram a capital Cuiabá, com destaque para o Morro da Luz, onde as chamas ainda persistiam na manhã desta sexta-feira (23).
Impactos ambientais e sociais em Mato Grosso
Foto: CBM
Esse aumento drástico nos incêndios florestais em Mato Grosso e outras partes do Brasil,trazem graves consequências para o meio ambiente e para a sociedade. A perda de biodiversidade, a emissão de gases do efeito estufa, a degradação do solo e a poluição do ar são apenas algumas das consequências desse problema. Além disso, os incêndios colocam em risco a saúde da população, principalmente de crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios.
Causas e soluções
As causas dos incêndios são diversas e complexas, incluindo fatores climáticos, como a seca prolongada, e atividades humanas, como queimadas agrícolas e desmatamento. Para combater esse problema, é necessário um esforço conjunto de governos, sociedade civil e setor privado, com ações como:
Fiscalização e combate às queimadas: Intensificar a fiscalização e o combate às queimadas ilegais, principalmente em áreas de preservação ambiental.
Prevenção de incêndios: Investir em ações de prevenção, como a criação de brigadas de incêndio e a realização de campanhas de conscientização.
Restauração de áreas degradadas: Promover a restauração de áreas degradadas por incêndios, contribuindo para a recuperação da vegetação nativa.
Investigação das causas: Investigar as causas dos incêndios para identificar os responsáveis e aplicar as sanções cabíveis.
As obras de dragagem no Rio Paraguai, no trecho entre Cáceres (Mato Grosso) e Corumbá (Mato Grosso do Sul), avançam a passos largos, com o objetivo de ampliar a navegabilidade e atender aos interesses do agronegócio e da mineração.
No entanto, o projeto tem gerado grande preocupação entre ambientalistas e pesquisadores, que alertam para os possíveis impactos irreversíveis ao Pantanal.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já removeu mais de 110 mil metros cúbicos de sedimentos em diversos pontos críticos do rio, e os trabalhos devem continuar até dezembro. A intenção é garantir a profundidade adequada do canal de navegação para permitir a passagem de embarcações maiores e mais pesadas.
Impactos ambientais em Mato Grosso e MS
A construção da hidrovia no Rio Paraguai pode trazer uma série de consequências negativas para o Pantanal, como:
Redução da umidade: A aceleração do escoamento da água pode levar à diminuição da umidade no Pantanal, afetando a fauna e a flora da região.
Alteração do regime hídrico: A dragagem pode alterar o regime hídrico do rio, com impactos na reprodução de peixes e na disponibilidade de água para as comunidades locais.
Degradação do solo: As obras de dragagem podem causar erosão do solo e assoreamento de outros cursos d’água.
Aumento da poluição: A atividade de dragagem pode aumentar a turbidez da água e a concentração de sedimentos, afetando a qualidade da água e a vida aquática.
Ameaça ao Pantanal de Mato Grosso
A Associação para a Biologia Tropical e Conservação (ATBC) emitiu uma resolução solicitando o cancelamento do projeto da hidrovia, alertando para os riscos de secagem do Pantanal e de impactos irreversíveis ao ecossistema.
O Dnit afirma que o projeto de dragagem é essencial para o desenvolvimento da região e que todas as medidas ambientais estão sendo adotadas para minimizar os impactos. No entanto, os ambientalistas questionam a eficácia dessas medidas e alertam para os riscos a longo prazo.
Mato Grosso enfrenta uma grave crise ambiental e humanitária devido à seca extrema e aos incêndios que assolam o estado. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado concentra o maior número de focos de calor do país em agosto, com mais de 7 mil registros. A capital, Cuiabá, completa 128 dias sem chuva e a previsão é que as chuvas retornem apenas em setembro.
A estiagem severa tem contribuído para a proliferação de incêndios em diversas regiões do estado. Nas últimas semanas, foram registrados incêndios em áreas urbanas, rurais e em unidades de conservação, causando prejuízos incalculáveis ao meio ambiente e à população.
Em Cuiabá, um incêndio na região da Estrada da Guia destruiu um condomínio de chácaras e cerca de 80 árvores frutíferas. Na Grande Cuiabá, outros focos de incêndio foram registrados nos bairros Chapéu do Sol, em Várzea Grande, e na Rodovia Palmiro Paes de Barros, sentido Cuiabá-Santo Antônio do Leverger.
Em Nossa Senhora do Livramento, um vídeo registrado por moradores mostra a comunidade quilombola Mata Cavalo em desespero diante das chamas. Já em Itiquira, um grande incêndio atingiu às margens da BR-163, causando susto aos motoristas.
Diante da gravidade da situação, o município de Tangará da Serra decretou estado de emergência, o que permitirá a agilização de recursos para o combate aos incêndios.
Impactos da seca e dos incêndios em Mato Grosso
A seca extrema e os incêndios têm causado diversos impactos negativos para o estado, como:
Degradação ambiental: Destruição da vegetação nativa, perda da biodiversidade e aumento da emissão de gases do efeito estufa.
Prejuízos econômicos: Perdas na agricultura, pecuária e turismo.
Problemas de saúde: Aumento de doenças respiratórias e alergias causadas pela fumaça.
Risco de desabastecimento: Redução dos níveis dos reservatórios de água, o que pode levar à falta de água para consumo humano e atividades econômicas.
É fundamental que todos contribuam para combater os incêndios:
Não realizar queimadas: As queimadas são a principal causa dos incêndios florestais.
Denunciar focos de incêndio: Ao identificar um foco de incêndio, ligue para o Corpo de Bombeiros.
Economizar água: A água é um recurso essencial e cada gota conta.
Com a intensificação da temporada de incêndios na Amazônia e no Pantanal, em decorrência da mudança do clima, cidades de dez estados registraram episódios de fumaça e diminuição na qualidade do ar.
Imagens obtidas pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos mostram a concentração do monóxido de carbono sobre uma faixa que se estende do Norte do Brasil até as regiões Sul e Sudeste, passando sobre o Peru, Bolívia e Paraguai. Na última semana, o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fez um alerta sobre os cuidados necessários para a saúde nesses casos.
Segundo nota divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o fogo na Amazônia estava concentrado principalmente no sul do Amazonas e nos arredores da Rodovia Transamazônica (BR-230).
“Amazonas e Pará concentram, juntos, mais da metade (51,6%) dos focos de incêndio registrados no bioma de 1º de janeiro a 18 de agosto de 2024, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desde 1º de julho, 67,2% dos focos registrados estão nos dois estados.”, informou o ministério.
Área afetada
De acordo com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), este ano o fogo consumiu 3,2 milhões de hectares da Amazônia, o que representa 0,77% do bioma. No Pantanal, quase 1,9 milhão de hectares foi consumido pelo fogo, atingindo 12,5% do território.
Um alerta de perigo extremo de fogo do Sistema de Alarmes do Lasa-UFRJ foi divulgado com previsões para a Bacia do Paraguai, no Pantanal. Segundo o informativo, até a próxima quinta-feira (22), toda a região enfrentará condições climáticas que dificultam o combate a incêndios até por meios aéreos, com alta velocidade de propagação do fogo.
O ministério (MMA), 1.489 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) atuam no combate aos incêndios florestais na Amazônia. Desde o dia 24 de julho, 98 incêndios teriam sido extintos, mas 75 persistem ativos e podem reunir até milhares de focos de calor.
Resposta a incêndios
No Pantanal de Mato Grosso atuam 348 brigadistas do Ibama e ICMBio, além de 454 militares das Forças Armadas, 95 da Força Nacional e mais dez da Polícia Federal. Das 98 áreas de incêndio, 50 teriam sido extintas e 46 permanecem ativas, das quais 27 estão controladas.
Uma sala de situação criada pelo governo federal concentra a resposta federal aos incêndios no país desde junho. Na Amazônia Legal, foram disponibilizados R$ 405 milhões do Fundo Amazônia para apoiar as guarnições do Corpo de Bombeiros dos estados. No Pantanal, também foi liberado um crédito extraordinário de R$ 137,6 milhões, além do repasse de mais R$ 13,4 milhões ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para assistência humanitária e combate a incêndios florestais.
A seca que assola o Pantanal encontrou um oásis no km 47 da Transpantaneira. O primeiro corixo antrópico da região, construído com recursos do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), tornou-se um refúgio essencial para a fauna local. Com 150 metros de comprimento, quatro de largura e três de profundidade, o poço artificial tem sido intensamente utilizado por animais em busca de água durante a estiagem, como evidenciam as diversas trilhas ao redor do local.
Viabilizado por meio do Banco de Projetos e Entidades do MPMT, com um investimento de R$ 209,7 mil, o projeto foi executado pela Associação de Defesa do Pantanal (ADEPAN). Além de servir como fonte de água para os animais, o corixo também possui um sistema de captação que permite o abastecimento de caminhões de bombeiros em caso de incêndios, garantindo assim a proteção do bioma.
Uma das inovações do projeto é o mirante, localizado às margens da Transpantaneira, que permite o acesso fácil e rápido dos caminhões de bombeiros. A estrutura, em formato de drive-thru, facilita o abastecimento dos veículos, agilizando o combate a possíveis incêndios. No futuro, o mirante também poderá ser utilizado como ponto de observação turística, permitindo que visitantes admirem a beleza do Pantanal de forma segura e sustentável.
A promotora de Justiça Ana Luíza Ávila Peterlini celebrou o sucesso do projeto. “O corixo antrópico é um exemplo de como a união de esforços entre o poder público, a sociedade civil e a iniciativa privada pode gerar resultados positivos para a conservação do meio ambiente”, afirmou a promotora.
A criação do corixo antrópico demonstra a importância de buscar soluções inovadoras para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e garantir a preservação da biodiversidade do Pantanal.
Mato Grosso enfrenta uma grave crise de incêndios florestais. Nesta segunda-feira (19), o Corpo de Bombeiros Militar combate 16 focos de incêndio em diversas regiões do estado, mobilizando um grande efetivo de bombeiros, aeronaves e equipamentos.
As chamas têm se alastrado rapidamente devido à estiagem prolongada e à baixa umidade do ar, colocando em risco a fauna e a flora locais. Entre as áreas atingidas estão o Pantanal, o Cerrado e diversas propriedades rurais.
Em Paranatinga, um incêndio na Fazenda Granada já foi controlado, enquanto em Santo Antônio do Leverger, as equipes trabalham para conter as chamas na Fazenda Tamandaré. No Pantanal, a situação é ainda mais crítica, com diversos focos de incêndio em áreas protegidas e propriedades privadas.
Já em Santo Antônio do Leverger, 11 bombeiros combatem um incêndio na Fazenda Tamandaré. As ações contam com um auxílio de um avião e caminhonetes para o deslocamento das equipes.
No Pantanal, 59 bombeiros estão distribuídos na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, em Barão de Melgaço; na Fazenda Cambarazinho e Porto do Triunfo, em Poconé; e na divisa com a Bolívia e em Porto Conceição, em Cáceres. Nesses locais, os militares contam com um avião, 16 viaturas, 11 máquinas, quatro barcos e um caminhão-pipa.
Auxiliam nas ações oito funcionários da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), três membros da Defesa Civil do Estado, um integrante do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), brigadistas do ICMBio e Ibama, militares do Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira e Marinha do Brasil.
Dentro do Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense (Parna Pantanal), brigadistas do ICMBio e do Ibama combatem um incêndio próximo à divisa da Reserva Particular do Patrimônio Natural Estância Dorochê.
No Parque Estadual Serra Ricardo Franco, em Vila Bela da Santíssima Trindade, são 13 bombeiros em campo. As ações contam com apoio de um avião para o despejo de água.
Trinta e três bombeiros combatem incêndios florestais entre a Reserva do Cabaçal e Tangará da Serra; na MT-351 e Comunidade São Jerônimo, em Cuiabá; na Fazenda Araras, em Alto Garças; na Fazenda Renascer, em Alto paraguai; na Fazenda Luz do Luar, em Juína; no Sítio Salvador, em Aripuanã; e na Apa Nascente do Rio Paraguai, em Diamantino; em Rosário Oeste e Nobres.
Bombeiros combatem incêndio em terreno baldio próximo ao Fórum de Cuiabá
O Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) monitora com satélites incêndios no Parque Estadual Cristalino e Fazenda Conquista, em Novo Mundo; na Fazenda Floresta VII, em Apiacás; na Fazenda Bauru, em Colniza; na Fazenda Garcias, em Nova Bandeirantes; na Reserva Quelônios do Araguaia, Fazenda Barro Alto, Fazenda Lago Verde e Fazenda Santa Luiza, em Cocalinho; Fazenda Itaiuba, em São José do Xingu; na Pedreira Vila Rica, em Vila Rica; na Lagoa da Confusão, em São Felix do Araguaia; na Fazenda Rio Manso 3, em Novo Santo Antônio; na Fazenda São Paulo do Arino, em Diamantino; no Projeto de Assentamento Reunidas, em Santa Terezinha; na Fazenda Mata Clara, em Vila Rica; na Fazenda Novo Horizonte, em Nova Xavantina; na Fazenda Luta I e II, em Porto Alegre do Norte e Canabrava do Norte; em Querência e Nossa Senhora do Livramento.
São monitorados também incêndios florestais na Terra Indígena Capoto Jarinã, em Peixoto de Azevedo, na Terra Indígena Sangradouro/Volta Grande, na região de Poxoréu, General Carneiro e Novo São Joaquim, na Terra Indígena Perigara, em Barão de Melgaço. O Corpo de Bombeiros só não entrou nos locais porque é necessária autorização da Funai.
Todos os incêndios combatidos pelos militares também são monitorados pelo BEA para orientar as equipes em campo.
A estiagem severa e a baixa umidade do ar têm contribuído para a propagação das chamas, e o Corpo de Bombeiros pede que a população colabore e respeite o período proibitivo. A qualquer indício de incêndio, os bombeiros orientam que a denúncia seja feita pelos números 193 ou 190.
Incêndios extintos
Desde o início do período proibitivo de uso do fogo, o Corpo de Bombeiros extinguiu 64 incêndios florestais no Estado, em Campo Novo do Parecis em Cuiabá, Pontes e Lacerda, Chapada dos Guimarães, Sorriso, Vila Rica, Porto Alegre do Norte, Poconé, Vila Bela da Santíssima Trindade, Nova Lacerda, Barão de Melgaço, Planalto da Serra, Nova Brasilândia, Rosário Oeste, Canarana, Peixoto de Azevedo, Marcelândia, Canabrava do Norte, Itanhangá, Primavera do Leste, Paranaíta, Nova Mutum, Sinop, São José do Rio Claro, Alto Araguaia, Alto Paraguai, Novo Santo Antônio, Poxoréu, Cláudia, Jaciara, Confresa, Tesouro, Lucas do Rio Verde, União do Sul, Novo Santo Antônio, Rondonópolis e Barra do Garças.
Focos de calor
Em Mato Grosso, foram registrados 260 focos de calor nesta segunda-feira, conforme última checagem às 17h30, no Programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desses, 100 se concentram na Amazônia, 97 no Cerrado e 63 no Pantanal. Os dados são do Satélite de Referência (Aqua Tarde).
Importante ressaltar que o foco de calor isolado não representa um incêndio florestal. Entretanto, um incêndio florestal conta com o acúmulo de focos de calor.
Fotografar a fauna selvagem é um exercício constante de paciência, perspicácia e, acima de tudo, respeito.
Para o fotógrafo experiente Eli Martinez, essa máxima se traduziu em um encontro memorável durante uma expedição pelo Pantanal mato-grossense.
De repente, em meio à tranquilidade do rio, uma figura imponente emergiu das águas, hipnotizando o olhar atento do artista: uma sucuri de proporções colossais.
A sucuri, com seus anéis majestosos e escamas que refletiam a luz do sol, flutuava serenamente, como se estivesse posando para o fotógrafo. A cena era surreal, um encontro épico entre homem e natureza em sua forma mais pura.
Um banquete recente
A protuberância evidente na região abdominal da sucuri indicava que a cobra havia se alimentado recentemente. Segundo Martinez, a sucuri provavelmente havia devorado algum animal de grande porte, como um capivara ou um jacaré, evidenciando a força bruta e a cadeia alimentar complexa do Pantanal.
A Sucuri: Uma Rainha Majestosa
As sucuris, também conhecidas como anacondas, são as maiores cobras do continente americano, podendo alcançar até 06 metros de comprimento.
São animais predadores, que se alimentam por constrição, envolvendo suas presas em seus anéis musculosos até sufocá-las.
Apesar de seu tamanho impressionante, as sucuris não são peçonhentas e representam um elemento crucial no equilíbrio do ecossistema pantaneiro.
Um registro para a eternidade
Com a sucuri nadando calmamente em direção à margem do rio, Martinez capturou imagens que transcendem a simples fotografia.
São registros de um encontro único, um privilégio concedido pela natureza ao fotógrafo paciente e observador. As imagens, além de sua beleza estética, servem como um lembrete da importância da preservação do Pantanal e da fauna selvagem que ali habita.
O Pantanal, bioma conhecido por sua rica biodiversidade, foi palco de um embate épico entre dois de seus habitantes mais emblemáticos: o jacaré e a sucuri.
A cena, registrada pelo fotógrafo Branco Arruda, revela um momento único na natureza, onde a força bruta e a tenacidade se chocam em uma disputa por alimento.
Com suas mandíbulas robustas e afiadas, ele trava uma batalha acirrada contra uma sucuri, que não se rende facilmente.
O corpo musculoso do réptil se contrai a cada puxão, demonstrando a força bruta que o impulsiona na disputa.
Um Caçador Experiente
O jacaré-açu é um predador oportunista, conhecido por sua dieta variada que inclui peixes, capivaras, aves e até mesmo outros répteis.
Sua capacidade de caça é admirável, utilizando emboscadas e ataques rápidos para capturar suas presas.
No entanto, a sucuri, com sua constrição poderosa, representa um desafio significativo, exigindo do jacaré estratégias e força para superar a cobra.
Os jacarés habitam as Américas, tendo desaparecido da Europa no Plioceno. Na América do Norte, ocorre, somente, o gênero Alligator.Foto: Secom MT
Um Equilíbrio Delicado
O embate entre o jacaré e a sucuri é um lembrete da complexa teia alimentar que existe no Pantanal.
Cada espécie desempenha um papel crucial na manutenção do equilíbrio do ecossistema, controlando as populações de outras espécies e garantindo a saúde do ambiente.
No coração do Pantanal, um encontro inusitado chamou a atenção de pescadores: uma sucuri amarela (Eunectes murinus) camuflada entre a vegetação às margens do rio.
Enrolada em volta do próprio corpo, a serpente gigante permanecia praticamente imóvel, possivelmente à espera de alguma presa.
Pantanal: Encontro com sucuri amarela revela a importância da preservação
A cena, registrada em vídeo e compartilhada nas redes sociais, rapidamente viralizou, encantando e informando o público sobre essa espécie icônica da fauna pantaneira.
Sua dieta consiste principalmente de mamíferos aquáticos, como capivaras, jacarés e até mesmo onças-pintadas.
A espécie desempenha um papel crucial no equilíbrio do ecossistema pantaneiro, controlando populações de mamíferos e auxiliando na decomposição de carcaças.
Além disso, a sucuri amarela é um importante atrativo turístico para a região, gerando renda e promovendo a valorização da biodiversidade local.
Pescadores flagram sucuri amarela ‘escondida’ no Pantanal
Preservação: Garantindo a sobrevivência de um símbolo
No entanto, a sucuri amarela enfrenta diversas ameaças, como a caça ilegal para a produção de couro e a perda de habitat devido ao desmatamento e à construção de barragens.
É fundamental que medidas de proteção sejam implementadas para garantir a sobrevivência dessa espécie vital para o Pantanal.
Ações como a fiscalização ambiental, a educação ambiental e a criação de unidades de conservação são essenciais para preservar este símbolo da fauna brasileira.