Tag: pantanal

  • Chapada dos Guimarães e Pantanal entre as áreas mais atingidas por incêndios em Mato Grosso

    Chapada dos Guimarães e Pantanal entre as áreas mais atingidas por incêndios em Mato Grosso

    Mato Grosso enfrenta uma grave crise ambiental. Nesta quinta-feira (05/09), mais de 200 bombeiros militares estão mobilizados para combater 44 incêndios florestais em diversas regiões do estado. A estiagem severa e a baixa umidade do ar têm contribuído para a rápida propagação das chamas, colocando em risco a fauna, a flora e comunidades inteiras.

    Um dos focos de maior preocupação está na Chapada dos Guimarães, onde 26 bombeiros combatem um incêndio na região do Mirante do Centro Geodésico da América do Sul. Os militares estão dando apoio ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para controlar as chamas no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.

    No Pantanal, a situação também é crítica. 56 bombeiros atuam em diversas áreas, como a Terra Indígena Baía dos Guató e a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal. A região da divisa de Cáceres com a Bolívia e a Fazenda Cambarazinho, em Poconé, também são alvo das ações de combate ao fogo.

    Além dos bombeiros, diversas instituições estão envolvidas no combate aos incêndios, como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Defesa Civil, Força Aérea Brasileira, Exército Brasileiro e Marinha do Brasil. Brigadistas de organizações como o ICMBio, SOS Pantanal e Brigada do Jamacá também estão atuando nas linhas de frente.

    O Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) monitora, por meio de satélites, diversos focos de calor em todo o estado. A população é orientada a denunciar qualquer indício de incêndio pelos números 193 ou 190.

    O Corpo de Bombeiros alerta para a importância de respeitar o período proibitivo de queimadas e adotar medidas preventivas para evitar a ocorrência de novos incêndios. A estiagem prolongada exige cuidados redobrados de todos.

    Os incêndios florestais causam diversos impactos negativos ao meio ambiente, como a perda de biodiversidade, a emissão de gases do efeito estufa e a degradação do solo. Além disso, as chamas podem afetar a qualidade do ar e a saúde da população.

  • Brasil pode perder o Pantanal de Mato Grosso e MS até o fim do século

    Brasil pode perder o Pantanal de Mato Grosso e MS até o fim do século

    A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em um depoimento alarmante nesta quarta-feira (4), afirmou que o Brasil corre o risco de perder o Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a maior planície alagada do planeta, até o final deste século. A declaração foi feita durante uma sessão da Comissão de Meio Ambiente do Senado, onde Marina abordou os impactos devastadores das queimadas e da prolongada estiagem que assolam o país, com destaque para o Pantanal e a Amazônia.

    “Se continuar o mesmo fenômeno em relação ao Pantanal, o diagnóstico é de que poderemos perder o Pantanal até o final do século”, advertiu a ministra, citando estudos científicos.

    Marina explicou que a redução das chuvas, combinada com o aumento da evapotranspiração e a incapacidade de os rios e a planície alagada atingirem os níveis de cheia necessários, são fatores que ameaçam a sobrevivência da região.

    Ela também destacou que a cada ano o Pantanal perde mais cobertura vegetal, tanto pelo desmatamento quanto pelas queimadas. “Segundo os pesquisadores, até o final do século nós poderemos perder a maior planície alagada do planeta”, enfatizou.

    Aumento das queimadas e a seca histórica

    Os dados recentes sobre queimadas no Brasil reforçam a gravidade da situação. Somente em agosto, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 68.635 focos de incêndio, o maior número desde 2010. Mais de 80% desses incêndios ocorreram na Amazônia e no Cerrado, regiões que, junto com o Pantanal (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), sofrem com a combinação de desmatamento, queimadas e clima seco.

    O Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) também revelou que o Brasil enfrenta a maior seca desde 1950, afetando praticamente todo o território, exceto o estado do Rio Grande do Sul.

    Nos últimos meses, o país viu cidades cobertas por fumaça, resultado dos incêndios florestais que devastam áreas como o Pantanal e a Amazônia, evidenciando o impacto direto das mudanças climáticas.

  • STF convoca audiência para analisar combate a incêndios em Mato Grosso e outros estados do Brasil

    STF convoca audiência para analisar combate a incêndios em Mato Grosso e outros estados do Brasil

    O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), agendou para o dia 19 de setembro uma audiência para avaliar o cumprimento de medidas emergenciais para combater os incêndios em Mato Grosso e demais estados do Brasil. A decisão foi tomada após ações judiciais de partidos políticos que denunciaram o agravamento das queimadas nas duas regiões.

    Em despacho publicado nesta quarta-feira (4), Dino destacou a necessidade de acompanhar de perto a situação, especialmente diante do recrudescimento dos incêndios. O ministro determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) responda a uma série de questionamentos sobre as ações do governo federal para combater as queimadas, como o número de pessoas envolvidas no combate aos incêndios e os métodos utilizados para monitorar a situação.

    A audiência do dia 19 de setembro contará com a participação de representantes dos estados da Amazônia Legal e do Pantanal, que deverão apresentar informações sobre as medidas adotadas em cada estado para combater os incêndios.

    “O acórdão proferido fixou sete medidas a serem implementadas pelo Governo Federal para conclusão do processo de retomada da normalidade das políticas públicas ambientais”, afirmou o ministro Flávio Dino. “Diante do recente recrudescimento das queimadas na Amazônia e no Pantanal, determinei providências emergenciais alinhadas com o acórdão em fase de cumprimento”, completou.

    A decisão do STF demonstra a preocupação com a situação ambiental do país e a necessidade de ações mais efetivas para proteger a Amazônia e o Pantanal. A audiência do dia 19 de setembro será uma oportunidade para avaliar o avanço das medidas adotadas pelo governo e cobrar resultados concretos.

    Queimadas em Mato Grosso

    16 2

    O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), levantou suspeitas sobre a origem dos incêndios que vêm devastando o estado. Em entrevista à imprensa, Mendes afirmou que parte dos focos de fogo podem ser resultado de ação criminosa e orquestrada.

    “O que cai do céu é chuva. Fogo não cai do céu”, declarou o governador, insinuando que os incêndios não são um fenômeno natural, mas sim resultado de ações intencionais.

    A declaração de Mendes ocorre em um momento de crescente preocupação com o aumento das queimadas no estado, que têm causado danos significativos à fauna, flora e à qualidade do ar. As autoridades ambientais têm investigado as causas dos incêndios e trabalhado para conter as chamas.

    A hipótese de ação criminosa levanta questionamentos sobre os possíveis motivos e os responsáveis por esses atos. As autoridades competentes deverão aprofundar as investigações para identificar os autores e as motivações por trás dos incêndios.

  • Fazendeiro é multado em R$ 50 milhões por incêndio criminoso no Pantanal de Mato Grosso

    Fazendeiro é multado em R$ 50 milhões por incêndio criminoso no Pantanal de Mato Grosso

    Um fazendeiro de Poconé, Mato Grosso, foi autuado em R$ 50 milhões por causar um incêndio que devastou mais de 7.500 hectares do Pantanal, equivalente a cerca de 10.500 campos de futebol. O crime ambiental ocorreu na última terça-feira (27) e foi confirmado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) após análises de imagens de satélite e investigações de campo.

    A área atingida pelo fogo foi imediatamente embargada e o responsável pela destruição foi proibido de realizar qualquer tipo de financiamento. A recuperação da área, que deverá ser realizada pelo próprio fazendeiro, é um processo complexo e de longo prazo.

    A autuação faz parte da Operação Apoena, uma iniciativa conjunta do Ibama e outras instituições para combater os incêndios florestais no Pantanal e na Amazônia. A operação intensifica as ações de fiscalização e prevenção, com o objetivo de coibir o uso irregular do fogo e proteger esses biomas de extrema importância para o planeta.

    Pantanal de Mato Grosso: um ecossistema único e ameaçado

    Mato Grosso reduz em 51% o desmatamento na Amazônia em um ano

    O Pantanal, reconhecido pela Unesco como Reserva da Biosfera, é um dos ecossistemas mais ricos em biodiversidade do mundo. A região abriga uma grande variedade de flora e fauna, além de desempenhar um papel fundamental na regulação do clima e na proteção dos recursos hídricos. No entanto, o bioma enfrenta diversas ameaças, como o desmatamento, a caça e os incêndios florestais.

    Medidas de prevenção

    Diante da gravidade da situação, o governo de Mato Grosso antecipou o período proibitivo de queimadas no Pantanal, que se estende até o final do ano. A medida visa reduzir o risco de incêndios e proteger o bioma durante a estação seca.

  • Brasil já registrou mais de 154 mil focos de calor este ano

    Brasil já registrou mais de 154 mil focos de calor este ano

    O Brasil iniciou o mês de setembro com mais 154 mil focos de calor registrados este ano, segundo o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O maior número de frentes de fogo está na Amazônia, que concentra 42,7% dos focos registrados no domingo (1º) e nesta segunda-feira (2).

    De acordo com o Inpe, como esses dados são gerados por imagens de satélite, que variam em captação de áreas entre 375 metros quadrados (m²) e 4 quilômetros quadrados (km²), cada foco pode representar uma ou várias frentes de fogo ativas. Da mesma forma, uma frente de fogo muito grande pode ser captada por mais de um satélite e representar mais de um foco de calor.

    Na comparação com os dados divulgados no último boletim do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), no sábado (31), os focos de calor continuam avançando pelos biomas brasileiros, em relação ao registrado até o dia 27 de agosto, até quando já haviam sido captados pouco mais de 112 mil focos de calor no país. Embora a Amazônia seja o bioma mais atingido, por causa da extensão de seu território, o município mais afetado foi Corumbá, em Mato Grosso do Sul, onde o bioma predominante é o Pantanal e foram detectados 4.245 focos. Já o segundo município mais atingido foi Apuí, no Amazonas, onde houve 3.401 focos até o dia 27 de agosto.

    De acordo com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), a área da Amazônia que já foi consumida pelo fogo em 2024 ultrapassou 5,5 milhões de hectares e o Pantanal já perdeu 2,5 milhões de hectares até esse domingo.

    Combate

    O MMA informou que atualmente atuam na Amazônia 1.468 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

    Já no Pantanal, esses órgãos atuam com 391 profissionais, que se somam a outros 343 das Forças Armadas, 79 da Força Nacional de Segurança Pública e dez da Polícia Federal. Também estão sendo empregadas 18 aeronaves e 52 embarcações do governo federal.

    Na última terça-feira (27), o Supremo Tribunal Federal determinou o prazo de 15 dias para que o governo federal reforce o número de pessoas e de equipamentos no combate ao fogo no Pantanal e na Amazônia. No dia 10 de setembro, o cumprimento da medida deverá ser avaliado em audiência de conciliação que tratará de três ações de descumprimento de preceito fundamental (ADPFs) que tratam do tema.

    Edição: Juliana Andrade

    — news —

  • Ministério Público de Mato Grosso cobra medidas para salvar animais do Pantanal em grave seca

    Ministério Público de Mato Grosso cobra medidas para salvar animais do Pantanal em grave seca

    O Pantanal de Mato Grosso enfrenta a pior seca em mais de 44 anos, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). A escassez de água ameaça a fauna local e a economia da região.

    Diante da gravidade da situação, o Ministério Público de Mato Grosso (MPT-MT) notificou a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para a adoção de medidas urgentes para garantir a sobrevivência dos animais.

    A promotora de Justiça Maria Fernanda Corrêa da Costa alertou para a escassez de água na Transpantaneira, principal acesso ao Pantanal. “Hoje, entre as pontes 58 e 91 da Transpantaneira, que abrange aproximadamente 30 quilômetros, apenas quatro pontos registram presença de água”, informou o MP-MT.

    Medidas urgentes para salvar a fauna de Mato Grosso

    Ação humana é a principal causa das queimadas no Pantanal de Mato Grosso

    Diante desse cenário crítico, o MP-MT recomendou à Sema a implementação de diversas medidas, como:

    • Mapeamento e criação de pontos de água: Identificar e criar locais estratégicos para que os animais possam se hidratar.
    • Abastecimento regular: Garantir o abastecimento constante desses pontos com água potável.
    • Redução de velocidade e sinalização: Implementar medidas para proteger os animais que cruzam a estrada.
    • Monitoramento contínuo: Acompanhar a situação da fauna e da disponibilidade hídrica na região.

    Reforço nas ações de resgate

    Para fortalecer as ações de resgate e manejo da fauna silvestre, dois médicos veterinários e duas biólogas com experiência em grandes tragédias ambientais chegaram ao Pantanal para auxiliar nos trabalhos.

    Situação de emergência

    Diante da gravidade da situação, o Governo de Mato Grosso declarou estado de emergência em todo o estado, com duração de 180 dias. A medida visa mobilizar recursos e ações para enfrentar a seca e os incêndios florestais.

    Veja também:

  • Resgate de Idosa ferida expõe falta de assistência no Pantanal

    Resgate de Idosa ferida expõe falta de assistência no Pantanal

    Uma idosa de 82 anos, Maria José Pereira, teve sua casa completamente destruída por um incêndio enquanto manuseava um fogão à lenha em uma área isolada do Pantanal de Mato Grosso do Sul. O fogo, que começou de forma doméstica, rapidamente consumiu a residência de madeira. A vítima, que sofreu queimaduras de segundo grau, precisou ser resgatada de helicóptero pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), dada a inacessibilidade do local—Corumbá, a cidade mais próxima, fica a 413 km de distância.

    A tragédia evidencia a falta de infraestrutura e assistência adequada para moradores em áreas remotas do Pantanal. Com incêndios descontrolados devastando mais de 2,5 milhões de hectares da região, somado ao isolamento geográfico, a população local fica vulnerável a acidentes fatais e sem acesso rápido a serviços de emergência. Além do impacto ambiental, que já destruiu 16% do bioma pantaneiro, o incidente de Maria José destaca a urgente necessidade de políticas públicas eficazes para a proteção e apoio das comunidades pantaneiras.

    Veja também:

  • Mato Grosso enfrenta seca histórica e ameaça à fauna

    Mato Grosso enfrenta seca histórica e ameaça à fauna

    O Estado de Mato Grosso passa pela pior seca em mais de quatro décadas, conforme análise do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao MCTI. A estiagem severa impacta a agricultura, o abastecimento de água e a sobrevivência da fauna local.

    MP-MT pede ações

    O Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) notificou a Sema para ações preventivas na Estrada Parque Transpantaneira, em Poconé, visando minimizar os danos à fauna. Apenas quatro pontos de água permanecem entre as pontes 58 e 91, e a escassez hídrica deve continuar até outubro.

    Medidas urgentes incluem mapeamento de locais para dessedentação de animais, abastecimento de água em pontos críticos e redução de velocidade na Transpantaneira. Além disso, uma equipe especializada, incluindo veterinários e biólogos que atuaram em Brumadinho, está na região para reforçar o manejo da fauna.

    O Governo de Mato Grosso declarou situação de emergência devido à seca e aos incêndios florestais, com a medida prevista para durar 180 dias.

    SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA – Ainda nesta sexta-feira, o Governo de Mato Grosso declarou situação de emergência no Estado, devido à seca severa e aos incêndios florestais que atingem diversas regiões, especialmente, o Pantanal.

    A medida está prevista no Decreto nº 989/24, publicado em edição extra do Diário Oficial e tem duração de 180 dias.

    Veja também:

  • Calor e fumaça marcam mais um fim de semana no Pantanal

    Calor e fumaça marcam mais um fim de semana no Pantanal

    O Pantanal enfrenta mais um fim de semana marcado por temperaturas elevadas e fumaça intensa, cobrindo o bioma e prejudicando a qualidade do ar. Apesar da previsão de sol e variação de nebulosidade em Mato Grosso, as condições climáticas quentes e secas continuam favorecendo a propagação dos incêndios florestais.

    A combinação de calor e baixa umidade do ar torna o Pantanal extremamente vulnerável ao fogo. Os focos de incêndio se espalham rapidamente, destruindo a vegetação nativa, afetando a fauna e colocando em risco a vida de diversas espécies.

    Impactos da Fumaça:

    A fumaça proveniente dos incêndios causa diversos problemas para a saúde da população e para o meio ambiente. A inalação da fumaça pode provocar problemas respiratórios, irritação nos olhos e alergias. Além disso, a fumaça reduz a visibilidade, prejudicando o transporte aéreo e terrestre.

    A fauna do Pantanal também sofre com os efeitos dos incêndios. Muitos animais perdem seus habitats, fontes de alimento e são forçados a migrar para outras áreas.

    É fundamental que a população colabore para evitar a ocorrência de novos incêndios. Algumas medidas simples, como não jogar bitucas de cigarro em áreas de vegetação seca e evitar fazer fogueiras em locais inadequados, podem fazer a diferença.

    Apelo à Conscientização:

    As autoridades e a sociedade civil devem trabalhar em conjunto para combater os incêndios no Pantanal e proteger esse importante ecossistema. A preservação do Pantanal é fundamental para a manutenção da biodiversidade e para o equilíbrio ambiental do planeta.

    Quando começam as chuvas em Mato Grosso?

  • Incêndios no Pantanal já consumiram este ano mais de 15% do bioma

    Incêndios no Pantanal já consumiram este ano mais de 15% do bioma

    Desde o início do ano, 2,3 milhões de hectares, o equivalente a 15,61% do Pantanal, já foram atingidos pelos incêndios que afetam o bioma, segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ).

    Após a passagem de uma frente fria, um novo alerta de perigo extremo de fogo do Sistema de Alarmes do Lasa-UFRJ foi divulgado com previsões para a Bacia do Paraguai, no Pantanal. Segundo o informativo, até o próximo sábado (31), a maior parte da região volta a apresentar condições climáticas que dificultam o combate a incêndios mesmo por meios aéreos, com alta velocidade de propagação do fogo.

    Na soma de todas as terras indígenas que integram o bioma, foram consumidos mais de 371 mil hectares. A maior parte foi na Terra Indígena Kadiwéu, onde o fogo atingiu mais de 357 mil hectares, que equivale a 66,4% do território.

    Segundo o último boletim divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), no dia 20 de agosto, 959 profissionais atuam no combate aos incêndios, com o apoio de 18 aeronaves. Até 18 de agosto, 569 animais silvestres haviam sido resgatados.

    Na última terça-feira (27), o Supremo Tribunal Federal determinou o prazo de 15 dias para que o governo federal reforce o número de pessoas e de equipamentos no combate ao fogo no Pantanal e na Amazônia. No dia 10 de setembro, o cumprimento da medida deverá ser avaliado em audiência de conciliação que tratará de três Ações de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs) que tratam do tema.

    No mesmo dia, o governo federal publicou portaria autorizando o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) a estruturar brigadas temporárias em municípios de 18 estados e do Distrito Federal, com equipes que podem variar de 13 a 25 profissionais, além de contratar equipes especializadas de pronto emprego, com mobilização em menos de 24 horas.

    Edição: Graça Adjuto

    — news —