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  • Mato Grosso concentra 21% da área queimada do Brasil, revela o Monitor do Fogo

    Mato Grosso concentra 21% da área queimada do Brasil, revela o Monitor do Fogo

    Mato Grosso se transformou em uma grande e destrutiva fogueira ativa. Queima o Pantanal, o Cerrado, morrem os animais que correm desesperados por causa das chamas e calor que ultrapassa 47°.

    A chuva atrasou, o estado secou e lá se vai a fauna e a flora. E o plantio da soja? Está aí outro grande problema que pode impactar na vida de milhares de pessoas que dependem do sucesso da colheita.

    Sim, Mato Grosso concentra 21% da área queimada do Brasil. O fogo destruiu sem dó nem piedade cerca de 2,3 milhões de hectares (ha), sendo que do total citado anteriormente, 1.716.922 ha, foram queimados somente em agosto de 2024.

    Informações do Monitor do Fogo, mostram também um retrato pernicioso no que diz respeito ao tema em relação ao Brasil, pois no país, 5,65 milhões de hectares foram dizimados pelos incêndios. Bem, os focos não aparecem sozinhos como em um truque de mágica, pois a maior causa é proveniente da ação humana.

    O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade está trabalhando constantemente para prevenir ações humanas inapropriadas em Mato Grosso. Além disso, o Corpo de Bombeiros faz um trabalho diário para sanar o problema em todo o estado.

    Incêndios criminosos em Mato Grosso

    Mato Grosso se transformou em uma grande e destruitiva fogueira ativa.
    FOTO: @CenarioMT

    A Polícia Federal aprofundou as investigações sobre os incêndios florestais em Mato Grosso, suspeitando de uma organização criminosa por trás das queimadas.

    Atualmente, 52 inquéritos buscam identificar os responsáveis por incêndios intencionais, que se alastraram por diversos pontos do país. Através de imagens de satélite, a PF rastreia a origem do fogo e os possíveis autores.

    Essas ações criminosas causam danos irreversíveis ao meio ambiente, à biodiversidade e à saúde da população, além de serem consideradas crime ambiental, sujeito a penas de prisão.

  • Bombeiros combatem 32 incêndios florestais em Mato Grosso nesta quarta-feira (18)

    Bombeiros combatem 32 incêndios florestais em Mato Grosso nesta quarta-feira (18)

    O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso combate 32 incêndios florestais no Estado nesta quarta-feira (18). Atuam mais de mil bombeiros, em regime de revezamento, com apoio de brigadistas contratados pelo Estado e agentes de órgãos federais.

    No Pantanal, o incêndio na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, em Barão de Melgaço, está controlado. As equipes também atuam no Parque Estadual do Guirá e na região da Baia Grande, próximo a Estação Ecológica do Taiamã, em Cáceres; e na Fazenda Laguna, próxima a Terra Indígena Tereza Cristina.

    Auxiliam nas ações a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Defesa Civil do Estado, Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira e Marinha do Brasil.

    Além destes, o Corpo de Bombeiros também faz o combate de incêndios em Rosário Oeste, Cuiabá, Nossa Senhora do Livramento, Alto Araguaia, Paranatinga, Pedra Preta, Guiratinga, Alto Paraguai, SInop, Diamantino, União do Sul, Sorriso, Ribeirão Cascalheira, Novo Santo Antônio, Aripuanã, Juína, Brasnorte, Juara, Tangará da Serra, Novo Mundo, Nova Ubiratã e Nova Maringá.

    Monitoramento em Mato Grosso

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    (Foto: Augusto Dauster – Prevfogo/Ibama)

    O Batalhão de Emergências Ambientais faz o monitoramento de incêndios na Fazenda Dona Mercedes, em União do Sul; na Chácara Simon, em Sinop; na Fazenda Palmasola, em Nova Ubiratã; na Fazenda Rio Arinos, em São José do Rio Claro; na Fazenda Lua Cheia, em Porto Alegre do Norte; na Fazenda Lago do Marrecão, em Araguaiana; nas Fazendas Rio Lago e da Mata, em Luciara; na Fazenda Vista Alegre, em Cocalinho; na Fazenda Coprocentro III, em Colniza; na Fazenda Fortunato, em Tabaporã; nas Fazenda Bandeirante I e Rio Novo, em São Félix do Araguaia; na Fazenda Sevilha, em Ribeirão Cascalheira; na Fazenda Água Bonita, em General Carneiro; na Fazenda Angola, em Vila Rica; e na Fazenda Brandão, em Paranatinga.

    O BEA também monitora incêndios na Terra Indígena Capoto Jarinã, em Peixoto de Azevedo; e na Aldeia Utiariti, em Campo Novo do Parecis. O Corpo de Bombeiros só não entrou nos locais porque é necessária autorização dos órgãos federais.

    Todos os incêndios combatidos pelos militares também são monitorados pelo BEA para orientar as equipes em campo.

    A estiagem severa e a baixa umidade do ar têm contribuído para a propagação das chamas, e o Corpo de Bombeiros pede que a população colabore e respeite o período proibitivo. A qualquer indício de incêndio, os bombeiros orientam que a denúncia seja feita pelos números 193 ou 190.

    Incêndios extintos

    Desde o início do período proibitivo de uso do fogo, o Corpo de Bombeiros extinguiu 155 incêndios florestais em 47 cidades, sendo elas: Chapada dos Guimarães, Poconé, Cuiabá, Vila Bela da Santíssima Trindade, Nova Lacerda, Barão de Melgaço, Planalto da Serra, Nova Brasilândia, Rosário Oeste, Canarana, Cáceres, Novo Santo Antônio, Marcelândia, Primavera do Leste, Paranaíta, Nova Mutum, Sinop, São José do Rio Claro, Alto Araguaia, Sorriso, Vila Rica, Porto Alegre do Norte, Canabrava do Norte, Itanhangá, Paranatinga, Cláudia, Poxoréu, Pontes e Lacerda, Barra do Garças, Jaciara, Barra do Bugres, Rondonópolis, Lucas do Rio Verde, Tesouro, União do Sul, Alto Garças, Alto Taquari, Peixoto de Azevedo, Nova Maringá, Diamantino, Nortelândia, Juscimeira, Comodoro, Cocalinho, Nova Nazaré, Campo Verde e Nova Olímpia.

  • Mato Grosso está no centro das atenções do STF por crise ambiental

    Mato Grosso está no centro das atenções do STF por crise ambiental

    A crise ambiental que assola Mato Grosso coloca o estado sob a lupa do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta quinta-feira (19), representantes estaduais da Amazônia e do Pantanal participarão de uma audiência de conciliação para discutir medidas eficazes no combate aos incêndios florestais.

    Com o maior índice de queimadas do país e focos de calor espalhados por todo o território, Mato Grosso se destaca como um dos principais desafios para as autoridades. O estado terá que responder a uma série de questionamentos sobre sua atuação no combate às chamas, como o efetivo de equipes, o registro de dados e as ações preventivas.

    A convocação dos estados foi determinada pelo ministro Flávio Dino, no âmbito de ações que visam a criação de um plano nacional para prevenção e combate a incêndios nos biomas Amazônia e Pantanal. A decisão busca garantir a proteção desses ecossistemas e a segurança das populações locais.

    Impacto nas comunidades indígenas e unidades de conservação em Mato Grosso

    Brasília (DF), 16/09/2024 - Grandes focos de incêndio atingem áreas do Parque Nacional de Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
    Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    A situação é ainda mais grave em terras indígenas e unidades de conservação. A Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt) alerta para o registro de incêndios em mais de 40 aldeias, com danos à infraestrutura, à vegetação e à fauna. A Defensoria Pública da União (DPU) exige um plano estratégico específico para proteger esses territórios e suas populações.

    O Parque Estadual Cristalino II, por exemplo, já registrou mais de 9 mil hectares queimados, um cenário alarmante que coloca em risco a biodiversidade da região.

    Causas e responsabilidades

    Para o secretário executivo do Fórum Popular Socioambiental de Mato Grosso (Formad), Herman Oliveira, a emergência climática no estado é resultado de uma série de fatores, como a falta de punição adequada, a ausência de um plano permanente de combate a incêndios e o desmonte de políticas ambientais.

    A audiência desta quinta-feira é um passo importante para encontrar soluções para essa crise. No entanto, a efetividade das medidas adotadas dependerá da vontade política dos governantes e da participação da sociedade civil.

  • Programa Fazenda Pantaneira Sustentável irá expandir atendimentos a produtores

    Programa Fazenda Pantaneira Sustentável irá expandir atendimentos a produtores

    Criado para auxiliar produtores rurais do bioma Pantanal de Mato Grosso a se desenvolverem no âmbito econômico, social e ambiental, o Fazenda Pantaneira Sustentável está dando novos passos para ampliar o atendimento a mais produtores no bioma. O programa é coordenado pelo Sistema Famato, em parceria com a Embrapa Pantanal e os produtores são atendidos pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) de maneira gratuita.

    Durante a primeira semana de setembro, a equipe da Fazenda Pantaneira Sustentável composta por representantes das instituições envolvidas, realizou encontros com produtores e representantes dos Sindicatos Rurais nos municípios de Cáceres, Poconé, Cuiabá, Santo Antônio do Leverger e Itiquira para apresentar o programa para produtores, seus resultados ao longo dos anos de assistência, além de palestras que abordaram as iniciativas e conquistas do programa, incluindo a relevância da Lei do Pantanal e os Decretos relacionados.

    O projeto piloto que começou em 2018 realizou diagnósticos ambientais, sociais e econômicos em cada uma das 15 propriedades rurais assistidas, localizadas em cinco municípios do estado: Poconé, Cáceres, Santo Antônio do Leverger, Itiquira e Barão de Melgaço.

    Os trabalhos contam com um time de técnicos das entidades envolvidas que visitam as propriedades rurais periodicamente para fazer o levantamento das informações e orientam os produtores conforme as particularidades de cada fazenda. Mais de 80 produtores se interessaram em participar do programa.

    Segundo o presidente da Famato, Vilmondes Tomain, o programa trás esperança para a produção sustentável com o uso de tecnologias.  “ Para a Famato é gratificante ver todo reconhecimento que o projeto vem recebendo de várias instituições, como o MAPA. O projeto foi apresentado em um evento do ABC + em Brasília e foi reconhecido como um dos melhores projetos de sustentabilidade para o bioma e isso é significante para o trabalho que estamos desempenhando”, completou Tomain.

    O chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e um dos idealizadores da Fazenda Pantaneira Sustentável, Jorge Lara, explica que o foco do programa é buscar um sistema que agregasse a importância econômica do Pantanal, o desenvolvimento social e a garantia da estabilidade da região. Assim, Há 10 anos foi desenvolvido pela Embrapa um software que avalia o quão sustentáveis são as propriedades rurais e o potencial máximo que elas podem atingir.

    Jorge conta que o resultado do piloto foi um sucesso permitindo a expansão com segurança.

    “A nossa expectativa para os próximos passos da FPS é aprimorar o software que já existe, incluindo sistemas de inteligência artificial para que a gente possa dar respostas cada vez mais assertivas para cada produtor participante. Além da construção da cadeia de todos os elos comerciais que possam levar, não só o produto, o bezerro, de qualidade sustentável, mas também a questões de certificação, conquista de mercados e também o diferencial do Pantanal em relação a outras regiões de produtoras de bovinos ou mesmo carne quando na terminação”, projeta Jorge.

  • Fumaça de incêndios no Pantanal agrava problemas respiratórios em Mato Grosso

    Fumaça de incêndios no Pantanal agrava problemas respiratórios em Mato Grosso

    A densa fumaça proveniente dos incêndios florestais que assola o Pantanal de Mato Grosso está causando sérios problemas de saúde à população de Cáceres e região.

    Um estudo da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) alerta para os riscos à saúde, como dificuldades respiratórias, agravamento de doenças crônicas e até aumento no número de internações hospitalares.

    A fumaça liberada pelos incêndios contém uma mistura de poluentes tóxicos, como monóxido de carbono, material particulado e metais pesados. Essas substâncias, quando inaladas, podem causar irritação nas vias aéreas, tosse, falta de ar e agravar doenças como asma e bronquite. Além disso, a exposição prolongada à fumaça aumenta o risco de doenças cardiovasculares e pode desencadear problemas de saúde mais graves a longo prazo.

    População do Pantanal de Mato Grosso em alerta

    Número de focos em setembro no Pantanal de Mato Grosso quase dobra em relação ao ano passado, revela Inpe
    Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças respiratórias pré-existentes são os mais vulneráveis aos efeitos da poluição do ar. Um estudo realizado em Tangará da Serra, Mato Grosso, mostrou um aumento de 10% nas internações por pneumonia e insuficiência respiratória em períodos de intensa fumaça.

    A situação em Cáceres é crítica. Um monitoramento recente apontou níveis de material particulado na fumaça 15 vezes superiores ao limite recomendado, colocando toda a população em risco.

    Confira as recomendações indicadas pelos pesquisadores da Unemat:

    – Evitar trabalhos extenuantes ou prolongados;
    – Reforçar a hidratação para proteção das vias respiratórias;
    – Se for necessário aconselhar o paciente a permanecer em ambientes fechados, o ar interno deve ser mantido o mais limpo possível;
    – Se sistemas de ar-condicionado forem usados em casa, mantenha a entrada de ar fresco fechada e o filtro limpo para evitar que partículas adicionais contaminem o ar interno;
    – Se não houver sistemas de ar-condicionado em casa, ficar em ambientes fechados com as janelas fechadas em clima extremamente quente pode ser perigoso; recomenda-se o uso de abrigos alternativos, como permanecer na casa de um parente ou amigo, ou em um abrigo com ar mais limpo;
    – Se for necessário dirigir, ligue o ar condicionado do carro no modo de recirculação para evitar que o ar com fumaça entre no veículo, embora a capacidade desses filtros seja limitada;
    – Evitar atividades que aumentem a poluição interna, como o uso de qualquer coisa que queime (lareiras a lenha, fogões a gás, velas, incensos, dispositivos repelentes de mosquitos, entre outros);
    – Os pacientes devem ser incentivados a parar de fumar, pois o fumo aumenta a quantidade de poluentes nos pulmões dos fumantes e daqueles ao seu redor;
    – Aconselhar pacientes a visitar uma unidade de saúde de referência ao apresentar novos sintomas cardiovasculares ou respiratórios, ou se outros problemas de saúde existentes piorarem;
    – Escolas públicas e privadas, bem como Instituições de Ensino Superior, suspendam atividades ao ar livre e atividades físicas, devido a risco à saúde do alunado e insalubridade dos profissionais de educação;
    – Adequação da parametrização de risco associado a inalação de MP 2,5, uma vez que o limite nacional para o mesmo é maior que o recomendado pela OMS e outros órgãos;

  • Polícia Federal investiga incêndios criminosos em fazendas em Mato Grosso

    Polícia Federal investiga incêndios criminosos em fazendas em Mato Grosso

    A Polícia Federal (PF) intensificou as investigações sobre incêndios florestais em Mato Grosso e outros estados do país, com foco em ações criminosas.

    Atualmente, 52 inquéritos estão em andamento, onde as suspeitas de queimadas intencionais são mais frequentes.

    Em Mato Grosso, a Delegacia de Porto Alegre do Norte investiga um caso emblemático: um incêndio de grandes proporções em uma fazenda de um grupo agropecuário. As primeiras evidências apontam para a queima de leiras de lenha como ponto de partida das chamas.

    Indícios de ação criminosa em Mato Grosso

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    Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

    A PF suspeita de uma ação coordenada por trás dos incêndios, com indícios de que as queimadas foram iniciadas propositalmente em diversos locais ao mesmo tempo. A polícia utiliza imagens de satélite para identificar os pontos de origem do fogo e rastrear os responsáveis.

    Em Porto Alegre do Norte, Mato Grosso, as investigações da Polícia Civil revelaram tentativas de encobrir as evidências, com o uso de máquinas agrícolas para apagar os rastros do incêndio. O delegado responsável pelo caso, Victor Donizete, alerta para a gravidade da situação e a necessidade de responsabilizar os culpados.

    Os incêndios florestais causam danos irreparáveis ao meio ambiente, à biodiversidade e à qualidade do ar. Além disso, a prática de queimadas ilegais é crime ambiental e pode resultar em penas de prisão.

  • Bombeiros de Mato Grosso extinguem incêndio em terra indígena e combatem outros 53 neste domingo (15)

    Bombeiros de Mato Grosso extinguem incêndio em terra indígena e combatem outros 53 neste domingo (15)

    O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso extinguiu um incêndio em uma terra indígena nas últimas 24 horas. Já neste domingo (15.09), outros 53 incêndios seguem em combate por mais de mil bombeiros, que atuam em regime de revezamento.

    No sábado (14.09), equipes do Corpo de Bombeiros extinguiram um incêndio na Terra Indígena Tadarimana, em Rondonópolis. Os militares estavam no local desde a última sexta-feira (13.09).

    Em Chapada dos Guimarães, equipes combatem, com apoio de um avião, um incêndio na região do Mirante do Centro Geodésico da América do Sul, e dão apoio ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no combate ao incêndio que atinge o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.

    Participam das ações a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Defesa Civil Municipal de Chapada dos Guimarães e Força Aérea Brasileira, além de brigadistas do ICMBio, SOS Pantanal e Brigada do Jamacá.

    Já no Pantanal mato-grossense, os bombeiros se distribuem na região da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, em Barão de Melgaço; na região do Parque Estadual do Guirá, em Cáceres; e em Poconé. Nesses locais, os militares contam com um avião, 17 viaturas, 11 máquinas e quatro barcos.

    Auxiliam nas ações a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Defesa Civil do Estado, Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira e Marinha do Brasil.

    Bombeiros também combatem incêndios nos municípios de Cuiabá, Rosário Oeste, Nobres, Santo Antônio do Leverger, Nossa Senhora do Livramento, Cáceres, Vila Bela da Santíssima Trindade, Juína, Aripuanã, Novo Mundo, Nova Mutum, Nova Maringá, Diamantino, Cláudia, Lucas do Rio Verde, Campo Verde, Nortelândia, Tangará da Serra, Feliz Natal, Alto Paraguai, Vera, Ribeirão Cascalheira, Paranatinga, União do Sul, Cocalinho, Novo Santo Antônio, Alto Araguaia, Poxoréu e Sorriso.

    Monitoramento de incêndios em Mato Grosso

    O incêndio florestal está queimando principalmente como um fogo de superfície, espalhando-se - Fotos do Canva1
     Foto: Canva

    O Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) monitora, com satélites, incêndios na Fazenda Independência, Fazenda Sertão e Fazenda São Paulo, em Tabaporã; na Fazenda Mareva, em Nova Maringá; na Fazenda BG, em Diamantino; na Fazenda Marcanzoni 2 e Fazenda Boa Vista, em Santa Rita do Trivelato; na Fazenda Estrela, em Itanhangá; na Estância Lorena, em Santa Carmem; na Fazenda Mata Grande, em Alto Paraguai; na Fazenda Dona Mercedes, em União do Sul; nas Fazenda Luciara, Beira Rio, Busnelo, Sitio Vitória e Pingo D’Água, em Luciara; nas Fazendas Monte Aprazível, Monte Sinai e Maranata, em Vila Rica; na Fazenda Santo Angelo e Rio Preto, em Canabrava do Norte; na Fazenda Lago de Pedra, em São Félix do Araguaia; na Fazenda Mata Linda, em Querência; na Fazenda Gameleira, em Confresa; na Fazenda Porto Velho, em Santa Terezinha; nas Fazendas Chapadão II, Santa Luzia e Vitória do Araguaia, em Porto Alegre do Norte; na Fazenda Maringá do Araguaia, em Cocalinho; na Fazenda Nossa Senhora da Abadia, em Campinápolis; na Fazenda Santa Izabel, em Alto Paraguai; na Fazenda Vitória do Araguaia, em Porto Alegre do Norte; na Fazenda Maringá do Araguaia, Fazenda Nossa Senhora Aparecida e na Fazenda Santa Luiza, em Cocalinho; na Fazenda Granada, Santa Terezinha e Mundo Novo, em Santa Terezinha; na Agropecuária Nossa Senhora da Aparecida, em São Félix do Araguaia; no Sito Sol Nascente, em Querência; na Fazenda Campina Verde II, em Luciara; na Fazenda Chalana-Inajá, em Santa Cruz do Xingu; na Fazenda Luta III, em Confresa; na Fazenda Dez Irmãos, em Porto Alegre do Norte; na Fazenda Joana D’Arc, em Luciara; na Fazenda Seis Irmão, em Santa Terezinha; na Fazenda Santa Terezinha, em Confresa; na Fazenda Pirarucu, em Ribeirão Cascalheira; e na Fazenda Forquilha, em Cocalinho.

    O BEA também monitora incêndios na Área de Proteção Ambiental dos Meandros do Rio Araguaia, em Cocalinho; na Terra Indígena Apiaká Kayabi Munduruku, em Juara; na Terra Indígena Capoto Jarinã, em Peixoto de Azevedo; e na Aldeia Utiariti, em Campo Novo do Parecis. O Corpo de Bombeiros só não entrou nos locais porque é necessária autorização dos órgãos federais.

    Todos os incêndios combatidos pelos militares também são monitorados pelo BEA para orientar as equipes em campo.

    A estiagem severa e a baixa umidade do ar têm contribuído para a propagação das chamas, e o Corpo de Bombeiros pede que a população colabore e respeite o período proibitivo. A qualquer indício de incêndio, os bombeiros orientam que a denúncia seja feita pelos números 193 ou 190.

    Incêndios extintos

    Desde o início do período proibitivo de uso do fogo, o Corpo de Bombeiros extinguiu 131 incêndios florestais em Campo Novo do Parecis, Cuiabá, Pontes e Lacerda, Chapada dos Guimarães, Sorriso, Vila Rica, Porto Alegre do Norte, Poconé, Vila Bela da Santíssima Trindade, Nova Lacerda, Barão de Melgaço, Planalto da Serra, Nova Brasilândia, Rosário Oeste, Canarana, Peixoto de Azevedo, Marcelândia, Canabrava do Norte, Itanhangá, Primavera do Leste, Paranaíta, Nova Mutum, Sinop, São José do Rio Claro, Alto Araguaia, Alto Paraguai, Novo Santo Antônio, Poxoréu, Cláudia, Jaciara, Confresa, Tesouro, Lucas do Rio Verde, União do Sul, Rondonópolis, Barra do Garças, Paranatinga, Ribeirão Cascalheira, Cocalinho, Nova Nazaré, Comodoro, Nova Maringá e Santa Rita do Trivelato.

    Focos de calor

    Em Mato Grosso, foram registrados 888 focos de calor neste domingo, conforme última checagem às 17h, no Programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desses, 479 se concentram na Amazônia, 362 no Cerrado e 47 no Pantanal. Os dados são do Satélite de Referência (Aqua Tarde).

    Importante ressaltar que o foco de calor isolado não representa um incêndio florestal. Entretanto, um incêndio florestal conta com o acúmulo de focos de calor.

  • Ação humana intensifica as queimadas em Mato Grosso e coloca o meio ambiente em risco

    Ação humana intensifica as queimadas em Mato Grosso e coloca o meio ambiente em risco

    Mato Grosso enfrenta uma crise ambiental sem precedentes. O estado lidera o ranking nacional de queimadas desde o início de 2024, com um acúmulo de cerca de 39,6 mil focos de incêndio. A situação é alarmante e coloca em risco a biodiversidade, as comunidades locais e o equilíbrio ambiental da região.

    Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que, entre os dias 12 e 13 de setembro, 80 dos 142 municípios mato-grossenses registraram focos de incêndio, um aumento de 53,75% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa escalada coloca o estado em uma situação crítica, com mais da metade de seus municípios sendo afetados pelas chamas.

    O Cerrado, bioma fundamental para o equilíbrio ecológico do país, é o mais atingido pelas queimadas, seguido pela Amazônia e pelo Pantanal. A destruição desses ecossistemas impacta diretamente a fauna e a flora, além de contribuir para o agravamento das mudanças climáticas.

    Impactos e consequências em Mato Grosso

    Mais de 680 pessoas trabalham para controlar as chamas em Mato Grosso
    Foto: CenárioMT

    As queimadas em Mato Grosso têm diversas consequências negativas:

    • Perda da biodiversidade: A destruição da vegetação nativa leva à perda de habitat para diversas espécies de animais e plantas, muitas delas endêmicas.
    • Degradação do solo: O fogo destrói a camada superficial do solo, tornando-o mais suscetível à erosão e comprometendo sua fertilidade.
    • Poluição do ar: As queimadas liberam grandes quantidades de fumaça e gases poluentes, prejudicando a qualidade do ar e a saúde da população.
    • Alterações climáticas: A emissão de gases do efeito estufa contribui para o aquecimento global e intensifica os eventos climáticos extremos.

    Municípios mais afetados

    Cidades como Cáceres, Santo Antônio de Leverger e Peixoto de Azevedo estão entre as mais atingidas pelas queimadas. A combinação de fatores como vegetação seca, altas temperaturas e ventos fortes contribui para a rápida propagação do fogo nessas regiões.

  • Defensoria Pública pede combate a incêndios em terras indígenas de Mato Grosso

    Defensoria Pública pede combate a incêndios em terras indígenas de Mato Grosso

    A Defensoria Pública da União (DPU) manifestou-se a favor da adoção de ações imediatas para combater os incêndios florestais em terras indígenas no Mato Grosso.

    Em ofício encaminhado na quarta-feira (11) ao Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo, órgão que pertence ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, a Defensoria Regional dos Direitos Humanos no estado solicitou a criação de um plano específico e emergencial para proteger os territórios tradicionais.

    No documento, a DPU cita o caso da Terra Indígena Capoto Jarinã, que registra atualmente 460 focos de incêndio e conta com apenas 20 brigadistas para conter as chamas.

    A iniciativa da DPU foi tomada após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino determinar medidas para o enfrentamento às queimadas na Amazônia e no Pantanal.

    Pela decisão tomada na terça-feira (10), o governo federal deverá convocar mais bombeiros militares para compor o efetivo da Força Nacional que combate os incêndios nas regiões. Os novos integrantes deverão ser oriundos dos estados que não foram atingidos pelos incêndios. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também deverá ampliar o efetivo de fiscalização nas rodovias da região.

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  • Justiça obriga governo de Mato Grosso a permitir que ONGs ajudem animais no Pantanal

    Justiça obriga governo de Mato Grosso a permitir que ONGs ajudem animais no Pantanal

    Em uma decisão que celebra a união de esforços para salvar os animais no Pantanal, o juiz Antônio Horácio da Silva Neto, da Vara Especializada do Meio Ambiente de Cuiabá, determinou que a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) permita a atuação de organizações não governamentais (ONGs) na região devastada pelos incêndios.

    A decisão judicial veio após o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal denunciar que a Sema havia impedido a instalação de pontos de água para animais sedentos no Pantanal, uma região que enfrenta uma das piores secas de sua história.

    Em agosto, durante uma reunião com a ONG GRAD Brasil, responsável por ações de resgate de animais em desastres, um representante da Sema argumentou que a seca e as chuvas são ciclos naturais no Pantanal e que a instalação de pontos de água poderia ser prejudicial ao ecossistema. Essa posição foi considerada temerária pelo juiz, que destacou a urgência da situação e a importância de qualquer ajuda para salvar os animais.

    O magistrado ressaltou que a seca atual no Pantanal é um evento excepcional e que a alegação de que a natureza deve seguir seu curso natural não justifica a inação diante do sofrimento animal. Ele também enfatizou a expertise das ONGs em resgate de animais em situações de crise e a ausência de custos para o poder público.

    Com a decisão judicial, as ONGs poderão atuar livremente no Pantanal, instalando pontos de água, oferecendo alimentos e prestando cuidados médicos aos animais feridos. A cada 15 dias, as organizações deverão apresentar relatórios detalhados sobre as ações realizadas e os resultados obtidos.

    A decisão da Justiça é um importante passo para garantir a proteção da fauna pantaneira e demonstra a importância da colaboração entre o poder público e a sociedade civil na preservação do meio ambiente.