Tag: Pantanal de Mato Grosso

  • Pesquisa inédita revela parasita perigoso em onças no Pantanal de Mato Grosso

    Pesquisa inédita revela parasita perigoso em onças no Pantanal de Mato Grosso

    Uma pesquisa inovadora no Pantanal de Mato Grosso revelou a presença de um parasita perigoso em onças-pintadas, capaz de infectar humanos e causar uma doença fatal. O Spirometra spp, causador da esparganose, foi encontrado nas fezes dos felinos, através de amostras coletadas entre 2022 e 2024 em duas localidades da região.

    O estudo, conduzido pelo médico veterinário Paul Raad, destaca a necessidade de medidas preventivas e educação sanitária para proteger a saúde da população pantaneira.

    Segundo o pesquisador, o parasita faz parte do ciclo natural, mas os humanos são hospedeiros acidentais, infectados ao entrar em contato com água ou carne contaminada.

    A descoberta é crucial para a saúde pública, pois a infecção humana pode ocorrer ao beber água ou nadar em rios e lagoas da região, consumir carne crua ou mal cozida de animais contaminados, ou ter contato direto com o sangue desses animais sem proteção.

    A esparganose, doença causada pelo parasita, pode se manifestar de diversas formas, com sintomas como dores de cabeça, febre, nódulos na pele e problemas de visão. Em casos graves, pode levar à cegueira, afetar os pulmões e o cérebro, causando sequelas e até a morte.

  • Recuo da cobertura hídrica e o impacto no Pantanal de Mato Grosso

    Recuo da cobertura hídrica e o impacto no Pantanal de Mato Grosso

    Mato Grosso, um estado com vasta riqueza hídrica, enfrenta um cenário preocupante: a área coberta por água no Brasil continua em declínio, com reflexos alarmantes no Pantanal, bioma que abriga parte significativa do estado. Os dados do MapBiomas revelam que, em 2024, a superfície de água no país atingiu 17,9 milhões de hectares, uma redução de 2,2% em relação a 2023 e 3,2% abaixo da média histórica.

    O Pantanal, que em Mato Grosso ocupa grande parte de seu território, é o bioma mais afetado por essa retração. Em 2024, a área alagada no Pantanal foi de apenas 366 mil hectares, um valor 60% menor do que a média histórica. Esse cenário é alarmante, pois o bioma depende de um ciclo de inundações para manter seu equilíbrio ecológico. A diminuição da cobertura hídrica impacta diretamente a biodiversidade local, colocando em risco espécies da fauna e da flora pantaneira.

    Além do Pantanal, outros biomas presentes em Mato Grosso, como o Cerrado e a Amazônia, também merecem atenção. O Cerrado, que já possui mais água artificial do que natural, sofre com a redução dos corpos d’água naturais, que diminuíram 15% em relação a 1985. A Amazônia, que concentra a maior parte da água do país, também apresenta sinais de alerta.

    Diante desse quadro, Mato Grosso precisa adotar medidas urgentes para preservar seus recursos hídricos. A proteção de nascentes, a recuperação de áreas degradadas e o uso sustentável da água são ações essenciais para garantir a segurança hídrica do estado e a preservação de seus biomas. As mudanças climáticas, que intensificam a seca e a irregularidade das chuvas, exigem uma resposta coordenada do governo, da sociedade civil e do setor produtivo.

  • Polícia apreende 18 quilos de pescado irregular durante fiscalização no Pantanal e aplica multa de R$13,3 mil em Mato Grosso

    Polícia apreende 18 quilos de pescado irregular durante fiscalização no Pantanal e aplica multa de R$13,3 mil em Mato Grosso

    Em operação para coibir a pesca predatória e fiscalizar a documentação de pescadores no Pantanal de Mato Grosso, equipe da Coordenadoria de Fiscalização de Fauna da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), com o apoio da 3ª Companhia Independente de Polícia Militar, apreendeu 18,25 kg de pescado irregular.

    A ação ocorreu em Porto Cercado, as margens do Rio Cuiabá, no último fim de semana com vistoria em embarcações, ranchos e pesqueiros. As equipes também realizaram barreiras terrestres, fiscalizando o transporte de pescado e orientando a população quanto as restrições da lei de pesca.

    Um freezer com 16 quilos de pacu abaixo da medida permitida por lei e um exemplar de piraputanga, cuja pesca é proibida, foi localizado durante inspeção em um rancho. A equipe lavrou o auto de infração com multa de R$ 13,3 mil ao proprietário do local e apreendeu o pescado, petrechos de pesca proibidos, 2 tarrafas e 1 espingarda de pressão encontrados no local.

    Foram apreendidas 5 Redes e 3 Tarrafas durante fiscalização contra pesca predatória na região do rio Manso e rio Cuiabazinho, por outra equipe que atua na região, com apoio de policiais militares do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM).

    Já na região metropolitana, no trecho urbano do rio Cuiabá, os fiscais com apoio do 10º Batalhão de Policia Militar apreenderam 7 Tarrafas, 6 Redes e uma canoa que estava sendo utilizada para a prática da pesca predatória com utilização de petrecho proibido. A ação envolveu os municípios de Santo Antônio de Leverger, Barão de Melgaço, Cuiabá e Várzea Grande.

    Regras da Pesca

    Para o pescador profissional, é permitida a pesca, transporte e comercialização do pescado, com exceção das 12 espécies restritas previstas na lei. Já para o pescador amador, é permitido o pesque e solte, e a captura de dois quilos ou uma unidade de qualquer peso, respeitando as medidas mínimas estabelecidas em lei, desde que seja para consumo local e não esteja na lista de espécies proibidas. É proibido o transporte e comercialização do pescado por parte do pescador amador.

    As espécies proibidas são cachara, caparari, dourado, jaú, matrinchã, pintado/surubin, piraíba, piraputanga, pirara, pirarucu, trairão e tucunaré.

    De acordo com a Resolução do Cepesca nº 02/2024, os peixes que estão na lista da Lei do Transporte Zero só podem ser pescados e transportados se forem considerados exóticos ou predadores na bacia hidrográfica que se encontram. Os peixes exóticos são aquelas espécies cuja incidência não é natural de uma bacia hidrográfica, ou rio, causando interferência negativa nas populações das espécies nativas.

    As espécies exóticas podem ser transportadas tanto por pescadores amadores como profissionais, desde que o transporte ocorra apenas nos municípios que compõem a bacia onde estão liberadas. Caso ele seja transportado para outros rios ou Bacia Hidrográfica em que é nativo, o responsável responderá por infração ambiental.

    Denúncias

    A pesca ilegal e outros crimes ambientais devem ser denunciados à Ouvidoria Setorial da Secretaria de Estado de Meio Ambiente pelo número (65) 98153-0255, ou pelo e-mail ouvidoria@sema.mt.gov.br, pelo aplicativo MT Cidadão ou em uma das regionais da Sema.

  • Pantanal de Mato Grosso corre risco de perder título de Patrimônio Mundial

    Pantanal de Mato Grosso corre risco de perder título de Patrimônio Mundial

    O Pantanal de Mato Grosso, reconhecido como um dos maiores e mais ricos ecossistemas do planeta, enfrenta um momento crítico que pode resultar na perda de seu título de Patrimônio Natural da Humanidade, concedido pela Unesco. Impactado por incêndios históricos, mudanças climáticas e políticas ambientais insuficientes, o bioma caminha para uma situação de emergência.

    Instituições ambientais nacionais e internacionais enviaram uma carta à Unesco solicitando a inclusão do Pantanal na Lista do Patrimônio Mundial em Perigo. A medida permitiria a destinação de recursos emergenciais para preservar o bioma e promover ações de recuperação.

    A carta destaca os efeitos devastadores da seca extrema, que desde 2019 tem agravado os incêndios de grandes proporções. Os impactos são visíveis na destruição da vegetação, na morte de animais e na deterioração dos recursos hídricos e da qualidade do ar.

    Ameaças ao ecossistema

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    Além das condições climáticas adversas, fatores como a flexibilização das leis ambientais e a fiscalização insuficiente agravam a situação. De acordo com a carta assinada por organizações como o Instituto SOS Pantanal e a Associação Onçafari, a degradação é acelerada pela falta de políticas públicas efetivas.

    “As políticas públicas insuficientes, a flexibilização das leis ambientais e a fiscalização incipiente têm contribuído para a rápida degradação do bioma”, alerta a carta.

    Importância do Pantanal de Mato Grosso

    A medida permitiria a destinação de recursos emergenciais para preservar o bioma e promover ações de recuperação.
    A medida permitiria a destinação de recursos emergenciais para preservar o bioma e promover ações de recuperação.

    O Pantanal é uma joia da biodiversidade global, abrigando espécies endêmicas e ameaçadas de extinção. Sua preservação é essencial para a regulação climática, a proteção dos recursos hídricos e a manutenção de ecossistemas interligados.

    A inclusão na Lista do Patrimônio Mundial em Perigo seria um passo crucial para mobilizar esforços internacionais.

    Os recursos financeiros e técnicos seriam direcionados ao combate aos incêndios, recuperação de áreas degradadas e fortalecimento da fiscalização e monitoramento ambiental.

     

  • Comissão de Meio Ambiente investiga efeitos da estiagem e incêndios no Pantanal de Mato Grosso

    Comissão de Meio Ambiente investiga efeitos da estiagem e incêndios no Pantanal de Mato Grosso

    Os incêndios no Pantanal de Mato Grosso têm causado destruição sem precedentes, afetando a biodiversidade, as comunidades locais e o equilíbrio ambiental do bioma. Para enfrentar essa crise, a Comissão de Meio Ambiente do Senado (CMA) realizará uma diligência em Cuiabá nesta quinta-feira (21).

    O objetivo é avaliar de perto os danos causados pela seca extrema e pelos focos de calor, que aumentaram 109% em Mato Grosso em comparação ao ano passado, segundo dados alarmantes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

    A diligência é uma resposta ao agravamento da crise ambiental no Pantanal, que já sofreu a devastação de mais de 550 mil hectares apenas em 2024.

    O evento reunirá senadores, especialistas e representantes de instituições de pesquisa para discutir soluções e propor políticas públicas que mitiguem os impactos ambientais e sociais, além de prevenir novas catástrofes. A preocupação do Senado reforça a urgência de ações coordenadas para salvar esse ecossistema único, fundamental para a América do Sul e o mundo.

    Investigação dos incêndios no Pantanal de Mato Grosso

    Bombeiros de Mato Grosso extinguem dois incêndios florestais e combatem outros 11 nesta quinta-feira (24)
    Bombeiros de Mato Grosso

    A diligência da Comissão de Meio Ambiente do Senado busca coletar informações detalhadas sobre os impactos da seca e dos incêndios florestais no Pantanal, um dos maiores wetland do planeta. Entre os principais objetivos estão:

    • Avaliar os danos à fauna, flora e comunidades locais.
    • Discutir medidas de recuperação ambiental e prevenção de futuros eventos extremos.
    • Subsidiar a elaboração de políticas públicas voltadas à preservação do bioma.

    Os senadores terão a oportunidade de ouvir representantes de órgãos ambientais, como o Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP), além de pesquisadores de universidades federais e estaduais. A iniciativa é essencial para entender as causas da crise e propor soluções eficazes para mitigar seus efeitos.

    Contexto ambiental do Pantanal

    O aumento de 109% nos focos de calor em Mato Grosso, registrado pelo Inpe, destaca a gravidade da situação no Pantanal. O bioma enfrenta não apenas uma das maiores secas da história recente, mas também incêndios de proporções catastróficas que ameaçam sua biodiversidade e comprometem os meios de subsistência das comunidades locais.

    A devastação afeta diretamente espécies ameaçadas, como a onça-pintada, e prejudica atividades econômicas fundamentais para a região, como o turismo e a pecuária. Além disso, as mudanças climáticas e a ação humana, incluindo o desmatamento e a falta de fiscalização, intensificam o desequilíbrio ambiental no bioma.

    Soluções e expectativas

    A diligência da CMA visa não apenas compreender a extensão dos danos, mas também propor medidas concretas para proteger o Pantanal. Entre as soluções debatidas estão:

    • Fortalecer a fiscalização e o combate ao desmatamento ilegal.
    • Implementar políticas de recuperação de áreas degradadas.
    • Promover a conscientização e o envolvimento das comunidades locais na preservação do bioma.

    O Senado espera que os resultados da diligência sirvam como base para ações governamentais e iniciativas da sociedade civil, garantindo a preservação do Pantanal para as futuras gerações. A união de esforços é crucial para enfrentar os desafios ambientais e proteger esse ecossistema vital.

  • Pescadores tentam salvar peixes aprisionados em poças no Pantanal de Mato Grosso; vídeo

    Pescadores tentam salvar peixes aprisionados em poças no Pantanal de Mato Grosso; vídeo

    Um vídeo chocante que circula nas redes sociais mostra a triste realidade no Pantanal de Mato Grosso, enfrentada pela fauna aquática do rio Paraguai na região de Cáceres. Devido à seca severa que assola a região, um grande número de peixes, principalmente pintados e cacharas, foram encontrados mortos após ficarem aprisionados em poças formadas pelo recuo das águas.

    A falta de chuvas prolongada causou o secamento de diversos trechos do rio, deixando os peixes sem saída. Pescadores e ribeirinhos que passavam pelo local tentaram salvar os animais, colocando-os em baldes e devolvendo-os à água, mas a quantidade de peixes mortos era demasiada.

    O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) alerta que a situação não deve melhorar nos próximos dias, com a previsão de continuidade da seca. Essa situação crítica coloca em risco a biodiversidade da região e gera preocupação entre os moradores e ambientalistas.

    Impactos da seca em Mato Grosso

    A seca prolongada tem causado diversos impactos na região, como:

    • Mortandade de peixes: A falta de água e a formação de poças isoladas levam à morte de diversas espécies de peixes.
    • Redução do nível dos rios: A baixa vazão dos rios prejudica a navegação e a pesca, atividades essenciais para a economia local.
    • Degradação do solo: A falta de água pode causar a desertificação do solo e a perda da fertilidade.
    • Aumento dos incêndios florestais: A seca aumenta o risco de incêndios, que podem destruir vastas áreas de vegetação.
  • Senado aprova criação do Estatuto do Pantanal para proteção do bioma e desenvolvimento sustentável

    Senado aprova criação do Estatuto do Pantanal para proteção do bioma e desenvolvimento sustentável

    Na quarta-feira (3), a Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado Federal deu um importante passo para a conservação do Pantanal ao aprovar a criação do Estatuto do Pantanal. Este conjunto de normas visa proteger o bioma e promover o desenvolvimento sustentável da região.

    De autoria do senador Wellington Fagundes (PL), o projeto segue agora para análise e aprovação na Câmara dos Deputados. Fagundes destacou a relevância do estatuto para garantir a conservação ambiental e tipificar crimes contra o meio ambiente.

    O projeto delineia uma série de políticas públicas para a região, incluindo a valorização de produtos e serviços locais. Além disso, assegura a participação ativa da sociedade civil, bem como dos setores científico, acadêmico e privado, na formulação de políticas e decisões.

    Em junho deste ano, o Governo Federal, por meio do Ministério da Defesa, mobilizou as Forças Armadas para apoiar no combate aos incêndios florestais no Pantanal, abrangendo os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Somente neste ano, mais de 620 mil hectares do Pantanal foram consumidos pelo fogo, com 480 mil hectares em Mato Grosso do Sul e quase 150 mil hectares em Mato Grosso. Junho foi o mês com o maior número de focos de incêndio.

    Devido à situação crítica, o Corpo de Bombeiros anunciou a proibição de queimadas até dezembro. O governo de Mato Grosso do Sul também decretou situação de emergência no bioma.

    O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) declarou que não há qualquer possibilidade de uso do fogo na região, nem mesmo para queima controlada, pois “qualquer ignição é catastrófica”. A proibição entrou em vigor há uma semana.

    O Pantanal é conhecido por sua biodiversidade única, com espécies ameaçadas. São elas:

    • 3,5 mil espécies de plantas
    • 325 espécies de peixes
    • 53 espécies de anfíbios
    • 98 espécies de répteis
    • 656 espécies de aves
    • 159 espécies de mamíferos

    Entre os emblemáticos habitantes do Pantanal estão a onça-pintada, o jacaré, o tuiuiú, ipês e jacarandás. Além de sua riqueza biológica, o Pantanal atua como regulador natural de enchentes, absorvendo e armazenando água durante os períodos chuvosos.

    O bioma também funciona como um importante reservatório de água doce, com altitudes que chegam a 150 metros. Seus recursos hídricos são essenciais para o abastecimento das cidades, beneficiando cerca de 3 milhões de pessoas no Brasil, Bolívia e Paraguai.

  • Pantanal em chamas: junho de 2024 marcou recorde histórico de queimadas em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

    Pantanal em chamas: junho de 2024 marcou recorde histórico de queimadas em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

    O Pantanal enfrenta um cenário alarmante de queimadas neste ano. Até o dia 28 de junho, foram registrados 2.632 focos de calor, o que representa um incêndio a cada 15 minutos. Esse número torna o primeiro semestre de 2024 o período com maior incidência de queimadas desde o início do monitoramento pelo INPE em 1998. O total de queimadas no período já chega a 3.531.

    A principal preocupação dos ambientalistas é o fato de que o fogo começou a se intensificar mais cedo do que o normal. A média histórica para junho é de 154 focos de calor, enquanto este ano já foram registrados mais de 2.600. Historicamente, os incêndios no Pantanal se intensificam em julho, atingem o pico em agosto e começam a diminuir em setembro, mesmo que ainda continuem em níveis elevados. Até o momento, o mês de junho com maior número de focos de calor era 2005, com 435 registros.

    Os dados do INPE revelam que apenas no dia 14 de junho foram registrados 387 focos de calor, o maior número para um período de 24 horas. Diversos fatores contribuem para a situação crítica do Pantanal:

    • Seca recorde: Especialistas apontam que o El Niño, um fenômeno climático que causa alterações nas chuvas, ocasionou a seca mais severa em mais de 70 anos na região.
    • Temperaturas elevadas: A vegetação seca se deparou com temperaturas ainda mais altas devido à emergência climática, intensificando o risco de incêndios.
    • Ventos: A ação dos ventos facilita a propagação do fogo, tornando o combate ainda mais desafiador.

    Combate às chamas:

    O combate aos incêndios no Pantanal exige esforços redobrados. Desde o sábado (29), os brigadistas contam com o reforço da aeronave KC-390 Millennium, capaz de transportar até 12.000 litros de água. No dia 1º de julho, quatro voos foram realizados com despejo de água sobre as áreas afetadas.

    A Força Aérea Brasileira (FAB) explica que a aeronave é abastecida em uma piscina de 22 mil litros em Corumbá (MS) antes de decolar para as missões de combate ao fogo. Na água utilizada no combate, é adicionada uma substância chamada retardante, que reduz o poder das chamas e dificulta a queima de materiais combustíveis ainda não inflamados.

  • Bombeiros controlam incêndios no Pantanal de Mato Grosso após quatro dias de combate

    Bombeiros controlam incêndios no Pantanal de Mato Grosso após quatro dias de combate

    O Corpo de Bombeiros conseguiu extinguir incêndios que assolavam a região do Pantanal de Mato Grosso no sábado (22), após quatro dias de intenso combate.

    Os incêndios começaram na terça-feira (18) e exigiram o empenho de dezenas de militares e equipamentos especializados para serem controlados. Um dos focos estava na Fazenda Cambarazinho, em Poconé, enquanto o outro ocorria no Porto Conceição, em Cáceres, na divisa com Poconé.

    Para combater as chamas na Fazenda Cambarazinho, o Corpo de Bombeiros contou com o apoio de um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) para suporte logístico, além de um avião da Defesa Civil Estadual, que despejou 30 mil litros de água sobre o incêndio.

    No Porto Conceição, o combate foi reforçado por brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio). Os bombeiros e brigadistas atuaram diretamente nos pontos acessíveis e construíram aceiros para impedir o avanço das chamas.

    Com o controle dos incêndios, os bombeiros agora se concentram no trabalho de rescaldo e monitoramento das áreas afetadas para evitar que o fogo se alastre para novas regiões.

    Devido à estiagem e ao monitoramento dos focos de incêndio, o período proibitivo de queimadas foi antecipado em Mato Grosso este ano. Desde o dia 17 de junho até 31 de outubro, o uso do fogo para abertura de áreas ou qualquer outra finalidade está proibido.

    Segundo o Programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados 51 focos de calor em Mato Grosso neste sábado, com a última checagem às 18h. Desse total, 25 focos estão na Amazônia, 18 no Cerrado e 8 no Pantanal. É importante destacar que um foco de calor isolado não representa necessariamente um incêndio florestal, mas um incêndio florestal é caracterizado pelo acúmulo desses focos.

    As autoridades continuam vigilantes, monitorando a região para prevenir novos incêndios e proteger o patrimônio natural do Pantanal.

  • ONG SOS Pantanal parabeniza aplicação da lei do Pantanal de Mato Grosso

    ONG SOS Pantanal parabeniza aplicação da lei do Pantanal de Mato Grosso

    Durante o evento “Raízes do Pantanal” na noite de terça-feira (4), a ONG SOS Pantanal reconheceu e elogiou a aplicação da Lei nº 8.830/2008, revisada e flexibilizada pelo Governo do Estado de Mato Grosso em 2022 através do Projeto de Lei (PL) nº 561/2022. A celebração ocorreu com o objetivo de arrecadar fundos para a preservação do Pantanal.

    O evento contou com a presença do governador Mauro Mendes, que reafirmou seu apoio à aplicação da lei e ao fortalecimento da legislação para a proteção das áreas de preservação permanente. Mendes enfatizou a importância de uma abordagem estruturada e sustentável para preservar o bioma do Pantanal. Ele destacou a necessidade de punir severamente os infratores ambientais, que representam menos de 2% do setor produtivo, para proteger o meio ambiente, o agronegócio e a imagem do Brasil.

    A Lei nº 8.830/2008, reconhecida pela ONG, estabelece a Política Estadual de Gestão e Proteção da Bacia do Alto Paraguai no Estado de Mato Grosso. A legislação define princípios e atribuições do poder público para garantir a sustentabilidade ambiental, econômica e social na região.

    Em seu discurso, o governador Mauro Mendes destacou os investimentos feitos pelo governo estadual para garantir a preservação ambiental. “Nos últimos cinco anos, o Governo de Mato Grosso investiu mais de R$ 260 milhões no plano de proteção ambiental para preservar as áreas e conter o desmatamento ilegal. Em 2024, são R$ 74,5 milhões que poderiam ter sido alocados para outros setores, mas que vão ser fundamentais para garantir, junto aos nossos órgãos, a fiscalização e o cumprimento da lei na preservação dessas áreas”, afirmou Mendes.

    O encontro também contou com a presença do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e da secretária de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, reforçando a importância da cooperação interestadual na proteção do Pantanal.

    O evento “Raízes do Pantanal” serviu como um palco para reconhecer os esforços do governo estadual na preservação do Pantanal e para destacar a importância da aplicação rigorosa da legislação ambiental. A ONG SOS Pantanal e outras autoridades presentes reiteraram a necessidade de continuar investindo e apoiando medidas que garantam a sustentabilidade e proteção desse importante bioma.