Tag: pandemia

  • Senado aprova medidas de assistência social durante pandemia

    Senado aprova medidas de assistência social durante pandemia

    O Senado aprovou hoje (16) um projeto de lei que autoriza estados, Distrito Federal e municípios a usarem o saldo remanescente dos fundos de assistência social. O texto prevê a suspensão por 120 dias, a contar de 1º de março, a obrigatoriedade do cumprimento das metas pactuadas no Sistema Único de Assistência Social (Suas) pela União com os entes federados. O texto aprovado volta à Câmara dos Deputados, por ter sofrido alterações de mérito.

     

    O dinheiro poderá ser usado em ações de assistência social e para atendimento a crianças e adolescentes, idosos, mulheres vítimas de violência, população indígena e quilombola, pessoas com deficiência e pessoas de extrema vulnerabilidade atingidas pelo estado de calamidade pública. O saldo também poderá ser utilizado para ampliar o cadastro social representado pelo Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

    O texto ainda contém uma série de ações para assistir a população de rua. As regras valem para a situação de emergência decorrente da covid-19 e para quaisquer outros estados de calamidade pública. A relatora do projeto no Senado, Kátia Abreu (PP-TO), estendeu o alcance do projeto em relação ao texto aprovado pelos deputados.

    Antes, o projeto só valia para o estado de calamidade provocado pelo novo coronavírus, agora também vale para outras situações emergenciais reconhecidas pelo Congresso Nacional.

     

  • Como aumentar a imunidade para o inverno

    Como aumentar a imunidade para o inverno

    Com a proximidade do inverno (cuja data oficial de início é 20 de junho), chega também o período em que as pessoas costumam ter mais resfriados e gripes, já que o frio dessa época deixa o organismo mais propenso a essas doenças. Além disso, a queda nas temperaturas faz com que as pessoas permaneçam por mais tempo em ambientes fechados fazendo com que os vírus se disseminem mais facilmente. Para evitar a suscetibilidade a essas doenças, é importante estar atento para a melhoria da imunidade.

     

    De acordo com o médico infectologista do Hospital Emílio Ribas, Jean Gorinchteyn, uma noite bem dormida, alimentação balanceada, vida mais tranquila e atividades físicas ajudam a melhorar a imunidade, mas não impedem que as pessoas entrem em contato com os vírus.

    “Por isso, essas medidas são fundamentais, mas aliadas a fatores de prevenção que são: evitar as aglomerações, manter o distanciamento social, usar máscaras e fazer a higienização frequente com água e sabão ou álcool gel”. Ele ressaltou ainda que é fundamental tomar a vacina contra a gripe.

    Os quadros alérgicos também tendem a se intensificar nesse momento, ou seja, doenças de hiper sensibilidade respiratória, como rinite e sinusite. “Alguns pacientes, como os asmáticos, podem ter a asma induzida principalmente por que é um período que chove menos e a dispersão de poluentes tende a ser menor.”

    Para aqueles que estão mantendo o distanciamento social em casa devido à pandemia de covid-19, o médico recomenda manter os ambientes arejados, ventilados e, no caso daqueles que têm problemas alérgicos, evitar cortinas, tapetes e pelos de animais. “Em contrapartida, temos que pensar que as pessoas que tiverem sintomas devem ser avaliadas por um profissional para descobrir qual é o tipo de vírus presente.”

    Em virtude da pandemia, Gorinchteyn ressalta que é preciso estar atento para as várias manifestações do novo coronavírus, que vão de leve a muito severas. “Por isso, existe a necessidade de que qualquer pessoa que tenha sintomas respiratórios, mesmo que brandos, seja avaliada e testada, mesmo com formas leves, para garantirmos que esse indivíduo não venha a apresentar o vírus e contaminar as pessoas no seu entorno.”

    O infectologista explicou ainda que a imunidade alta não é garantia de que o indivíduo não seja infectado pelo novo coronavírus, portanto, não existe receita para aumento de imunidade no caso da covid-19. “O que existe é prevenção. Nós nunca sabemos quem vai desenvolver a forma viral. Percebemos que isso muitas vezes está relacionado também a um excesso de resposta inflamatória.  Quanto maior a resposta inflamatória, maiores os impactos que o coronavírus causa no organismo”.

    Alimentação

    A nutricionista Vera Salvo destaca que uma alimentação balanceada e variada ao longo do tempo é o ideal para manutenção da saúde. Ela afirma ainda que não existe um único alimento que, sozinho, possa salvar alguém e elevar a imunidade.

    “Devemos escolher, principalmente, os alimentos frescos, in natura, evitando o máximo possível os alimentos industrializados, ultra processados que têm muito açúcar, sal, gordura, e acabam sendo pró-inflamatórios”.

    Além disso, é preciso cuidar da hidratação, seja com água, sucos naturais ou chás, já que um organismo bem hidratado colabora com a saúde intestinal e a manutenção da microbiota, que funciona com uma barreira contra os micro-organismos nocivos e indesejáveis.

    “São como soldadinhos que verificam quem pode entrar e quem não pode e fortalecem o sistema imunológico da mesma forma que auxiliam a absorção de muitas vitaminas e minerais que também contribuem para o fortalecimento”, afirma Vera que também é conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas de São Paulo e Mato Grosso do Sul (CRN-3).

    A hidratação contribui ainda para alterar a fluidez do sangue. Ao beber pouco líquido, o indivíduo pode comprometer o transporte de nutrientes, oxigênio, deteriorando a atividade celular. “A desidratação poderia comprometer uma resposta imunológica principalmente reduzindo as células importantes para o combate às infecções”.

    Entre os alimentos indicados para contribuir no fortalecimento do sistema imunológico, a nutricionista indica aqueles ricos em vitamina C (frutas cruas, como acerola, goiaba, laranja, limão e verduras cruas, como couve, brocólis), vitamina D (peixes, ovos, laticínios), vitamina E (trigo, azeite, abacate, oleaginosas), ácido fólico (vegetais escuros, leguminosas), zinco (semente de abóbora sem casca, carne vermelha, aves, frutos do mar), carotenóides, que dão a cor alaranjada e avermelhada nos alimentos (cenoura, damasco, manga, abóbora, frutas vermelhas), e óleos ômega 6 e 3 (presente nos peixes, semente de chia, óleo de soja e de canola).

    “Os antioxidantes, além de atuar na imunidade, auxiliam na saúde mental, o que também é contemplado quando fazemos uma recomendação geral para o consumo de alimentos in natura. Assim, prevenindo o processo inflamatório, nós auxiliamos a diminuição do hormônio do stress que também deprime o sistema imunológico”, completou.

  • Dia dos Namorados: romantismo pede mudança em tempos de quarentena

    Dia dos Namorados: romantismo pede mudança em tempos de quarentena

    A farmacêutica Bruna Caprioli comemorou o Dia dos Namorados com antecedência. Ela trabalha no Hospital de Campanha em Guarulhos (SP) e hoje, na data especial, estará de plantão no hospital para pacientes infectados pela covid-19, no município da região metropolitana de São Paulo.

     

    Bruna e o namorado, o engenheiro mecânico João Manoel Nogueira da Silva, se encontraram na noite de ontem (11) para um jantar especial no terraço do apartamento onde João mora com os pais, que são do grupo de risco. Ela entrou, trocou os sapatos e foi direto à sacada, evitando o contato com eles. Por enquanto, os encontros têm sido assim, um pouco à distância.

    “Desde que comecei a trabalhar no hospital, no início de abril, a gente se fala quase todos por ligação do WhatsApp. Alguns dias eu passava na frente do prédio dele, logo depois de sair do trabalho, e como tem um restaurante japonês bem pequeno ao lado, a gente pedia dois temakis. Ele se afastava do carro, pois tinha que tirar a máscara,  e comia em 30 segundos, enquanto eu comia dentro do carro. Agora, nas folgas, a gente se encontra na calçada, com máscara, sem se tocar”, contou.

    Bruna disse que a saudade estava grande e que, desta vez, o encontro foi mais longo. “Depois de dois meses, e como é Dia dos Namorados, as saudades estão enormes. Fui à casa dele, tirei os sapatos logo na porta, e segui para a sacada. Foi lá que nos presenteamos, conversamos e jantamos. Acho que só de ter ido à casa dele fez diminuir o desespero do contágio. A ideia só foi sugerida porque, mesmo estando em um ambiente de contaminação há dois meses, e por estar isolada de tudo, eu não tenho e não tive nenhum sintoma. Só de visitá-lo hoje, ainda que com muitas restrições, estou muito feliz.”

    A dentista Patrícia Fujiwara, que mora com o namorado, o engenheiro clínico Guilherme Yoshitake Nakandakare, vai celebrar a data em casa mesmo, diferente de anos anteriores. “Nós geralmente saíamos para comer em algum restaurante, mas agora, como estamos em pandemia, ficaremos em casa mesmo. Espero que ele prepare um jantar especial”, disse.

    Patrícia, que é dentista em uma unidade básica de saúde, agora só atende casos de urgência. Já o namorado dela está em home office, mas vai ao escritório uma vez por semana.

    Ela conta que, como moram na mesma casa, mantêm a rotina, mas com os cuidados que a pandemia exige. “Moramos só nós dois e estamos mantendo nossa rotina de casal normalmente, dormindo na mesma cama, já que nós não apresentamos nenhum sintoma característico de síndrome gripal. Agora, com relação à rotina da casa, nós mudamos algumas coisas, não entramos com o calçado que viemos da rua. Logo que chego do trabalho tomo um banho e coloco as roupas para lavar, esses cuidados”.

    Jantar em casa também é a escolha do engenheiro de computação Murilo Dominguez Gouveia, que há cinco meses está namorando a estudante de direito Beatriz. “Vamos pedir alguma coisa para comer em casa, mas também vou ver a possibilidade de algum lugar que esteja bem vazio para passar o final de semana. Mas, se não der, é isso mesmo, ficar em casa, com tudo fechado não tem muito como comemorar fora. E com relação a presentes, acho que o que vamos dar tem que ser diferente, já que os shoppings estão fechados, mas eu já vi nos sites e escolhi com antecipação para chegar a tempo”.

    Comemoração virtual

    Pesquisa feita pela Capital Research, empresa de investimentos, mostrou que por causa das medidas de isolamento social de prevenção à covid-19, 53% das pessoas pretendem comemorar o Dia dos Namorados virtualmente este ano, enquanto 33% disseram que vão se encontrar pessoalmente e 13% afirmaram que não vão celebrar o dia.

    Neste cenário, 43% dos participantes disseram que vão comprar o presente online, enquanto apenas 6% o farão em shoppings. No ano passado, 21% adquiriam os presentes pela internet e 34% o fizeram em centros comerciais.

    Segundo a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo, 60% dos donos de lojas do estado preveem queda de 40% nas vendas em relação ao ano passado nesta que é uma das datas que tradicionalmente mais movimenta o comércio nacional.

    Já os cinemas, um dos serviços que mais atraem público aos shoppings, também devem sofrer impacto neste Dia dos Namorados. Segundo a pesquisa, apenas 6% responderam que vão comemorar o dia 12 de junho em frente à telona, enquanto 28% disseram ter feito isso em 2019.

    Com base no faturamento do setor no ano passado, revelado pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), estima-se que o setor já tenha perdido R$ 675 milhões, considerando os três meses de fechamento até aqui.

    Enquanto os cinemas sofrem, as lives ganham espaço, com a preferência de 37% para um programa de casal, nesta sexta-feira, ante 7% na mesma data no ano passado.

    “O entretenimento, como um todo, deve ser um dos últimos mercados a se recuperar. Isso, porque essas empresas têm sua atuação muito centrada em eventos ao vivo e agora terão que se reinventar, a exemplo dos cinemas tipo drive thru que já foram anunciados para funcionar em São Paulo e Rio de Janeiro”, afirmou o analista da Capital Research, Felipe Silveira.

    O levantamento foi realizado de forma 100% virtual e contou com mais de 8 mil respondentes, em todas as regiões do Brasil, sendo 44% residente nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

  • Bolsonaro anuncia veto à proibição de festa em condomínio por síndico

    Bolsonaro anuncia veto à proibição de festa em condomínio por síndico

    O presidente Jair Bolsonaro anunciou hoje (11) nas redes sociais que vetou oito artigos do projeto de lei aprovado no Congresso que cria um regime jurídico emergencial durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19). Entre os trechos vetados está o que impedia a concessão de liminar (decisão judicial provisória) em ações de despejo e o que dava aos síndicos o poder de restringir o uso de áreas comuns e proibir festas.O texto final do projeto de lei 1.179/2020, com todos os vetos, ainda deve ser publicado no Diário Oficial da União (DOU).

    Em sua conta no Facebook, Bolsonaro disse que vetou os Artigos 4, 6, 7, 9, 11, 17, 18 e 19 do projeto de lei. Na publicação, o presidente comentou somente o veto ao Artigo 11, que conferia uma série de poderes aos síndicos, inclusive o de proibir reuniões nas áreas exclusivas dos proprietários, com a justificativa de evitar a propagação da covid-19.

    Outro artigo vetado, segundo o anúncio, foi o 9, que proibia, até 30 de outubro, a concessão de liminar ordenando a desocupação de imóveis urbanos nas ações de despejo abertas a partir de 20 de março, no início da pandemia. Também foi vetado o Artigo 17, que previa a redução em ao menos 15% da taxa cobrada dos motoristas pelos aplicativos de transporte e o Artigo 18, que aplicava o mesmo desconto aos custos dos serviços de táxi.

    Foi vetado ainda o Artigo 4, que restringia a realização de assembleias presenciais por parte de algumas pessoas jurídicas de direito privado, como associações e fundações, que ficavam obrigadas a observar as determinações sanitárias locais.

    O presidente vetou também os Artigos 6 e 7, que tratavam dos efeitos retroativos da pandemia sobre a execução de contratos; e o Artigo 19, que determinava ao Conselho Nacional de Trânsito (Conatran) a flexibilização das regras de pesagem de cargas para facilitar a logística de transporte durante a pandemia.

  • Pandemia deve provocar queda de 43% em vendas para namorados no país

    Pandemia deve provocar queda de 43% em vendas para namorados no país

    Pesquisa divulgada hoje (9) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que o Dia dos Namorados, comemorado em 12 de junho, terá queda de 43,1% nas vendas no varejo em todo o país com relação a 2019, como reflexo da pandemia do novo coronavírus.

     

    A CNC prevê que a data vai movimentar R$ 937,8 milhões este ano, contra R$ 1,65 bilhão em 2019. “É a terceira data do varejo este ano e com queda fortíssima”, disse à Agência Brasil o economista da CNC, Fabio Bentes, responsável pela pesquisa. Na Páscoa, as vendas experimentaram retração de 35% e, no Dia das Mães, de 59,2%, lembrou Bentes.

    Confirmada a expectativa, essa será a menor movimentação financeira para o Dia dos Namorados desde 2009, quando atingiu R$ 919,2 milhões. “Há 11 anos que o varejo não experimenta uma movimentação tão fraca”. Fabio Bentes analisou que o processo de pandemia colocou uma barreira direta ao aumento das vendas, que foi o fechamento das lojas. O responsável pela pesquisa destacou também outro fator por trás da pandemia, que é o “estrago econômico” provocado pela própria pandemia, com crescimento do desemprego, queda da renda e da confiança do consumidor. “O varejo está sofrendo direta e indiretamente por todo esse problema provocado pela pandemia”.

    Demanda fraca

    A expectativa negativa para a data dos namorados acontece apesar da inflação baixa, com previsão de 1,5% este ano, e deflação de 1,2% de bens de consumo duráveis, destacou o economista. “Está muito fraca a demanda”. Ele ressaltou que devido a medidas adotadas pelo Banco Central em janeiro passado para limitar os juros do cheque especial, a taxa de juro média hoje, considerando cheque especial, consignado, cartão de crédito, está no nível mais baixo desde janeiro de 2014.

    “E nem assim, o consumidor se anima, porque o lastro para o consumo, que é o mercado de trabalho, está com uma percepção muito ruim. O consumidor está muito temeroso com relação ao mercado de trabalho e onde ele gasta neste momento é com consumo essencial, seja via auxílio emergencial, caso dos informais, seja via salário mesmo, para quem não perdeu o emprego”. Com medo do desemprego, o consumidor acaba evitando o parcelamento, mesmo que as condições de pagamento hoje estejam mais favoráveis, apontou Bentes.

    Vestuário e calçados e informática e comunicação são os segmentos do varejo que deverão apresentar as maiores quedas nas vendas para o Dia dos Namorados, em comparação ao mesmo período do ano anterior, da ordem de -71,3% e -58,3%, respectivamente. Em seguida, aparecem artigos pessoais, utilidades domésticas e eletroeletrônicos, com retração de 55,8%. “É o chamado varejo não essencial, que ainda tem um índice de fechamento muito grande”, disse o economista responsável pela sondagem. As lojas estão começando a abrir em algumas regiões do Brasil, mas ainda estão sofrendo com os decretos de fechamento do varejo. Fabio Bentes salientou que nos supermercados e perfumarias, também há queda, mas ela é bem menor porque, “pelo menos, a loja está aberta”.

    Maiores perdas

    Bentes ressaltou que o país atingiu a menor média de isolamento social desde o último dia 20 de março, de cerca de 38%. O economista admitiu que isso ajuda o varejo no curto prazo, mas cria um problema lá na frente, caso ocorra uma aceleração na pandemia, no país. “A gente está em um processo um pouco arriscado neste momento. A gente evita uma queda tão grande como houve no Dia das Mães, mas com o risco de algumas regiões, se essa flexibilização não for bem implementada, ter uma agonia um pouco maior do varejo”.

    As maiores perdas em termos de vendas para o Dia dos Namorados são esperadas nos estados do Norte e Nordeste do país, onde, em termos relativos, a pandemia está mais aguda. Fabio Bentes citou o Ceará, Pernambuco e Amapá como os destaques, com o sistema de saúde esgotado ou perto do esgotamento e onde a economia já não vinha muito bem antes da crise do vírus. O impacto criado foi significativo para a população nessas regiões, disse Bentes. Esses estados deverão registrar quedas de 65,3% (Ceará), 65,1% (Amapá) e 62,2% (Pernambuco).

    Quando se olha, entretanto, os número absolutos, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, por serem as unidades da Federação que respondem por mais da metade das vendas voltadas para a data dos namorados, tendem a registrar perdas de 41,9%, 34,6% e 30,7%, respectivamente.

    No estado do Rio de Janeiro, em especial, o economista da CNC salientou que a retração em torno de 35% é a pior movimentação esperada desde 2007. As vendas no estado devem atingir R$ 85,3 milhões para a data dos namorados.

    Em termos nacionais, o Dia dos Namorados é a sétima data mais importante para as vendas do varejo, depois do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças, Dia dos Pais, ‘Black Friday’ e Páscoa.

    Comércio eletrônico

    No sentido inverso, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) projeta crescimento nas vendas de 18% para o Dia dos Namorados, entre 25 de maio e 12 de junho, em relação a igual período do ano passado, apesar da crise gerada pela pandemia da covid-19. “O fato de as lojas físicas estarem fechadas é um motivo a mais para o consumidor procurar o e-commerce”, disse o presidente da ABComm, Mauricio Salvador, à Agência Brasil.

    De acordo com a entidade, os presentes terão tíquete médio de R$ 303, o que elevará o faturamento do e-commerce para R$ 2,96 bilhões. A previsão é que serão feitos 9,76 milhões de pedidos de presentes para os namorados. Os produtos mais vendidos são dos segmentos de moda, perfumes, cosméticos, informática, eletrônicos, cestas e flores.

    Mauricio Salvador avaliou que a data comemorativa dos namorados é muito importante para o e-commerce e tem peso no volume de vendas para o ano. “O Dia dos Namorados é a quinta data sazonal mais importante do calendário, em termos de volume financeiro no e-commerce, depois do Natal, Black Friday, Dia das Mães e Dia dos Pais”, comentou.

    No Dia dos Namorados de 2019, a movimentação financeira no comércio eletrônico teve aumento de 23%. Salvador explicou que conforme o volume financeiro vai ficando maior a cada ano, o crescimento das vendas passa a ser menos agressivo. Ele diz acreditar que se as lojas de rua e dos shoppings não abrirem nos próximos dias, a expansão estimada poderá ser ainda maior para o comércio eletrônico.

    Capital fluminense

    Na capital fluminense, o Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL Rio) sinalizou que a expectativa é péssima para o Dia dos Namorados. O presidente do CDL Rio, Aldo Gonçalves, disse à Agência Brasil que a estimativa negativa se deve ao fato de as lojas de rua e dos shoppings estarem fechadas. “Só resta a venda pela internet. E mesmo essa venda está prejudicada, porque os correios estão funcionando mal”, afirmou.

    Segundo o executivo, outro agravante é que o desemprego está muito alto no Rio de Janeiro. “Está todo mundo sem dinheiro”. Por isso, a previsão do CDL Rio é que a queda nas vendas do varejo no município atingirá cerca de 80%, “no mínimo”. Gonçalves informou que mesmo o Dia dos Namorados de 2019 não apresentou resultado brilhante, porque a crise econômica vem se estendendo no país desde 2016. A alta esperada para a data no ano passado era de 2,5%.

    Opções de presente

    O jornalista Rogério Lessa Benemond afirmou à Agência Brasil que, em tempos de quarentena, o melhor para festejar o Dia dos Namorados com a esposa “é jantar à luz de velas. No cardápio, um bom peixe com alcaparras e um vinho chileno, carmenere, nosso preferido. A sobremesa ainda não está definida, mas certamente terá chocolate. Quanto ao presente, roupas de frio, pois mudamos para Petrópolis faz menos de um ano”.

    O ator e caracterizador Beto Carramanhos é da mesma opinião. Nessa época de pandemia, é muito complicado comemorar a data, porque não se está saindo de casa e as lojas estão fechadas, lembrou. “Então, o presente que eu posso dar é fazer uma comidinha especial, comprar uma garrafa de vinho no mercado, quando eu for ao mercado, e tentar fazer uma noite romântica com as atitudes, não com presente em si”. Para o ator, na verdade, ele tem que agradecer o fato de ter o companheiro convivendo com ele na quarentena e não ter que enfrentar o isolamento social solitário. “O maior presente é agradecer por essa pessoa estar ali com você”, concluiu Beto Carramanhos.

    Para a flautista do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Sofia Ceccato, o Dia dos Namorados será comemorado a três, porque incluirá a filha de quase dois meses de idade, Chloé, nascida no dia 21 de abril passado. “Eu e meu marido, que na verdade é namorido, comemoraremos nosso segundo dia dos namorados acompanhados da nossa filhota, com uma cesta bem gostosa de café da manhã. Colocaremos a mesa na nossa varandinha que está bem florida e contemplaremos o céu e os passarinhos”.

  • Assistência social: 61,5% não se sentem prontos para lidar com crise

    Assistência social: 61,5% não se sentem prontos para lidar com crise

    Estudo do Núcleo de Estudos da Burocracia, da Escola de Administração de Empresa de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas, mostra  que 61,5% dos profissionais da assistência social no país não se sentem preparados para lidar com a crise decorrente da covid-19. Apenas 12,8% se sentem preparados e o restante não soube responder. O resultado é da pesquisa A pandemia de covid-19 e os profissionais da assistência social no Brasil. O trabalho entrevistou 439 trabalhadores de todas as regiões do país entre os dias 15 de abril e 1º de maio de 2020.

     

    A pesquisa mostra ainda ainda que o medo é um sentimento comum entre esses profissionais, já que 90,66% deles sentem receio da doença e 43,5% conhecem amigos ou colegas que já se contaminaram com a covid-19. Além do medo de contaminação, os profissionais temem levar o coronavírus para dentro de suas casas.

    Os pesquisadores consideram que as políticas de assistência social têm papel estratégico na pandemia do novo coronavírus, porque seus efeitos são heterogêneos e devastadores em populações que moram em áreas urbanas mais pobres e densamente povoadas, expostas à maior vulnerabilidade social.

    “Embora o foco do debate público em relação ao enfrentamento à pandemia esteja centrado nas áreas de saúde e economia, a assistência social é essencial para minimizar os danos da crise entre os mais pobres, viabilizando medidas econômicas e sociais coerentes com esse segmento populacional”, diz o relatório da pesquisa.

    Do perfil dos entrevistados, 85,88% são mulheres, 12,76%, homens, e 1,37% preferiram não declarar. Sobre o tempo de atuação, 34,17% estão há pelo menos dez anos na área socioassistencial. Há uma concentração de entrevistados que atuam na Região Sudeste (53,99%), com destaque ao estado de São Paulo, que inclui mais da metade de todos que foram ouvidos.

    Segundo o estudo, a sensação de medo e de despreparo pode ser explicada por outros indicadores do questionário, como a disponibilidade de equipamento de proteção individual (EPI), o suporte governamental e o acesso a treinamentos. Menos da metade dos profissionais (38,5%) disse ter recebido EPI, com uma variação entre as regiões, destacando-se positivamente o Nordeste, onde 51,78% dos profissionais receberam equipamentos, ao contrário da Região Norte, onde o índice foi de 33,33%.

    No que diz respeito ao suporte governamental, mais da metade dos entrevistados (66,51%) disseram não sentir que o governo federal tenha ações de proteção aos profissionais da assistência social, enquanto os governos subnacionais tiveram uma avaliação um pouco melhor: 55,35% e 50,57% dos entrevistados sentem que, respectivamente, governos estaduais e municipais desenvolvem ações para proteger os profissionais da área. Sobre o apoio direto de seus superiores, 41,46% disseram não sentir esse suporte e 54,67% disseram ter recebido instruções das chefias sobre como atuar diante da crise.

    A grande maioria afirmou não ter recebido orientações ou ações oficiais de formação – apenas 12,98% relataram ter feito treinamento para lidar com o novo coronavírus. Houve destaque na Região Nordeste, onde 37,5% dos profissionais disseram ter participado de treinamentos, em contraposição ao Norte, em que nenhum entrevistado respondeu ter recebido.

    Os pesquisadores analisaram em que medida a crise alterou os processos de trabalho e as interações entre os profissionais da assistência social e os cidadãos. Mais da metade (63,46%) relataram que a dinâmica de trabalhou mudou com a pandemia, com citações recorrentes de atendimento a distância, trabalho em escala, redução ou suspensão dos atendimentos.

    Para 74,26% dos entrevistados, mudaram também as interações com os usuários dos serviços de assistência social. Um dos elementos que influenciam nessa mudança é que o medo passou a permear a rotina porque o trabalho desses profissionais exige contato próximo com as pessoas. Entre as principais mudanças estão a realização de atendimentos presenciais com distanciamento físico, atendimentos online ou por telefone, e até suspensões ou redução.

    Recomendações

    As análises resultaram em um conjunto de recomendações que, segundo os pesquisadores, deveriam ser atendidas pelos governos federal, estaduais e municipais para melhorar a atuação dos profissionais neste momento de crise, garantindo a eles recursos, informações e a proteção necessária.

    Entre as recomendações estão a distribuição de EPI de qualidade para todos os profissionais dos diferentes níveis de atenção; formação e treinamento adequados para que os profissionais estejam mais preparados para enfrentar a crise, especialmente aqueles que continuam realizando atendimento presencial, utilizando tecnologias simples, como vídeos com transmissão online, infográficos ou outros materiais de comunicação simples e assertiva que cheguem à ponta rapidamente; e distribuição de material informativo oficial para profissionais repassarem à população e combater as notícias falsas.

    Além disso, recomenda-se a adoção de políticas de suporte emocional e psicológico para os profissionais da ponta, por exemplo, disponibilizando psicólogos para fazerem o acompanhamento desses profissionais.

  • Estado do Rio registra menos de 150 mortes por covid-19 em 24 horas

    Estado do Rio registra menos de 150 mortes por covid-19 em 24 horas

    O número de óbitos registrados nesta sexta-feira (5) por covid-19 no estado do Rio de Janeiro caiu reduziu em relação aos dois dia anteriores, quando foram notificados mais de 300 casos em 24 horas. Hoje foram 146 óbitos no estado. Na quarta-feira (3), foram 324 – recorde de óbitos pela doença no estado – e ontem (4), 317. De acordo  com o boletim de hoje da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, até esta sexta-feira, foram confirmados 63.066 casos e 6.473 óbitos pela covid-19 no estado. Há ainda 1.185 óbitos em investigação e 268 foram descartados. Até o momento, 47.091 pacientes se recuperaram da doença.

    A capital, Rio de Janeiro, tem o maior número de casos confirmados: 35.043. Outros municípios que registram números elevados são: Niterói (3.506); Nova Iguaçu (2.017); São Gonçalo (1.965); Duque de Caxias (1.743); Itaboraí (1.383); Queimados (1.168); Angra dos Reis (1.081); Macaé (983); Campos dos Goytacazes (875);  Belford Roxo ( 856); São João de Meriti (848); Volta Redonda ( 829); Magé (786); Teresópolis (607); Maricá (589); Mesquita (557); Itaguaí (489); Petrópolis (464); Cabo Frio (424); Nilópolis (387); Três Rios (334); e Rio das Ostras (331).

    Do total de 6.473 mortes, 4.309 ocorreram no município do Rio de Janeiro. Em seguida, vêm Duque de Caxias (292); Nova Iguaçu (229); São Gonçalo (217); Niterói (127); Belford Roxo (123); São João de Meriti (109);  Magé (98); Itaboraí (86); Mesquita (68);  Itaguaí (56) e Petrópolis(63).

    Mais informações sobre a situação no Rio de Janeiro podem ser obtidas no painel de monitoramento de casos.

  • Caixa diz que conseguiu reduzir filas nas agências

    Caixa diz que conseguiu reduzir filas nas agências

    A Caixa divulgou hoje (6) nota em que informa sobre uma “redução considerável das filas nas agências em todo o país”. Em muitos casos, diz o banco, unidades que antes tinham aglomeração de pessoas em busca do saque do auxílio emergencial tiveram suas filas zeradas antes da abertura das portas, às 8h.

    O banco reforça que não é preciso madrugar nas filas. Todas as pessoas que chegarem às agências durante o horário de funcionamento, de 8h às 14h, serão atendidas, garante a Caixa. Mesmo com as unidades fechando às 14h, o atendimento continua até o último cliente do dia.

    Entre as medidas para reduzir filas, a Caixa informa que fez parcerias com prefeituras de cerca de 500 cidades, que contribuíram para a sinalização e organização das filas e instalação de impressoras para facilitar a triagem fora da agência.

    Na nota, a Caixa diz ainda que está reforçando o atendimento nas agências com mais 3 mil funcionários, além de alocar 4.800 vigilantes e quase 900 recepcionistas para organizar as filas e orientar o público.

    Cinco caminhões-agência itinerantes também estão atendendo em locais com maior necessidade, conforme cronograma: Alfredo Chaves, no Espírito Santo, até o póximo dia 8/5; Nova Xavantina, em Mato Grosso, de amanhã (7) até o dia 16; São Felix do Xingu, no Pará, de amanhã até o dia 15; Buriticupu, no Maranhão, de 12 a 15 deste mês; e Viseu, no Pará, de 14 a 29.

    Balanço

    Desde o dia 9 de abril, quando teve início o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600, 50 milhões de brasileiros receberam o crédito do benefício. Ao todo, mais de R$ 35 bilhões já foram creditados.

    Até as 9h desta quarta-feira (6), 51,1 milhões de cidadãos se cadastraram para solicitar o benefício. O site auxilio.caixa.gov.br superou a marca de 696 milhões de visitas, e a central exclusiva 111 registra mais de 130 milhões de ligações.

    O aplicativo Auxílio Emergencial Caixa conta com 76,9 milhões de downloads, e o aplicativo Caixa Tem, para movimentação da poupança digital, ultrapassa 82 milhões de downloads.

    Outras informações podem ser obtidas pelo site auxilio.caixa.gov.br, pela central de atendimento da Caixa 111 ou pela Central de Atendimento do Ministério da Cidadania 121.