Tag: pandemia

  • Governo abre crédito de R$ 1,9 bilhão para produção e aquisição de vacina contra o coronavírus

    Governo abre crédito de R$ 1,9 bilhão para produção e aquisição de vacina contra o coronavírus

    O Governo Federal abriu crédito extraordinário de R$ 1,9 bilhão para viabilizar a produção e aquisição de 100 milhões de doses da vacina que está sendo testada pelo laboratório AstraZeneca e Universidade de Oxford contra a Covid-19. A liberação do recurso foi feita por meio de Medida Provisória assinada, nesta quinta-feira (6), pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, em cerimônia no Palácio do Planalto.

    Vacina do Instituto Butantan contra Covid-19 deve estar disponível em janeiro

    A medida também prevê a transferência de tecnologia ao País caso a vacina se mostre eficaz e segura. A vacina de Oxford está na terceira e última fase de testes em humanos no Brasil e em outros países.

    A iniciativa, como afirmou o ministro da Saúde interino, Eduardo Pazuello, é mais uma das ações do Governo Federal para atenuar os graves impactos sociais e econômicos causados pela pandemia. “Hoje, o Governo Federal reforça mais uma vez o seu compromisso de salvar vidas. Com a sua assinatura, nessa Medida Provisória, estamos garantindo a aplicação de recursos em uma vacina que tem se mostrado a mais promissora do mundo”, disse Pazuello.

    Dos quase R$ 2 bilhões previstos na MP, R$ 1,3 bilhão será destinado a farmacêutica do Reino Unido, AstraZeneca para pagamentos de encomenda tecnológica. Outros R$ 95,6 milhões serão dedicados a investimentos para absorção da tecnologia de produção pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); e R$ 522,1 milhões, para as despesas necessárias ao processamento final da vacina por Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz produtora de imunobiológicos.

    Segundo o ministro, deste modo, além de garantir que o produto esteja à disposição da população, dá autonomia brasileira à produção da vacina contra a doença. “Essa nova tecnologia dá sustentabilidade ao Programa Brasileiro de Imunizações. Cuidamos dos brasileiros agora e no futuro. A vacina é peça fundamental nas respostas do Governo Federal no enfrentamento da pandemia”.

    O acordo entre Fiocruz e AstraZeneca é resultado da cooperação entre o governo brasileiro e governo britânico, anunciado em 27 de junho pelo Ministério da Saúde. Na semana passada, representantes do Governo Federal e da farmacêutica AstraZeneca, já haviam assinado um documento que define como será conduzido o acordo entre os laboratórios sobre a transferência de tecnologia e a produção da vacina contra a Covid-19 aqui no Brasil, caso seja comprovada a sua eficácia. O acordo garante, segundo Ministério da Saúde, total domínio tecnológico para que Bio-Manguinhos tenha condições de produzir a vacina de forma independente.

    O próximo passo será a assinatura de um acordo de encomenda tecnológica que garante o acesso a 100 milhões de doses do insumo da vacina, das quais 30 milhões de doses entre dezembro e janeiro e 70 milhões ao longo dos dois primeiros trimestres de 2021.

    A previsão do governo é que a produção da vacina no Brasil tenha início a partir de dezembro deste ano. E a ideia é, que no início de 2021, já possa ser realizada uma campanha de vacinação dirigida aos públicos prioritários, aqueles que estão mais vulneráveis à Covid-19, como idosos, pessoas com comorbidades, profissionais de saúde e segurança e indígenas.

    Vacina

    A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford é feita a partir de uma versão enfraquecida do adenovírus, que causa resfriado em chimpanzés. Ele é alterado geneticamente para carregar os traços da proteína S do Coronavírus, responsável por acoplar o invasor nas células humanas.

    Neste momento, aqui no Brasil – no Rio de Janeiro, em São Paulo e na Bahia -, a imunização é aplicada em trabalhadores da saúde e pessoas com alta exposição ao vírus.

    Outras vacinas contra a Covid-19 são testadas no mundo, incluindo versões em produção na China, na Rússia e nos Estados Unidos. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil acompanha o desenvolvimento de 231 vacinas. Dessas, 38 estão em fase clínica.

    “Estamos empenhados em salvar vidas. Para isso, estamos buscando no mundo, todas as tecnologias e as melhores práticas para enfrentamento da Covid-19”, disse.

    Tratamento Precoce

    O ministro da Saúde interino, Eduardo Pazuello, voltou a ressaltar que o tratamento precoce da doença é fundamental. “As antigas orientações de ficar em casa, aguardando o agravamento dos sintomas, e só procurar o médico com falta de ar, isso não funcionou. O que funciona é procurar o médico imediatamente”.

    O ministro também destacou a dedicação dos profissionais de saúde neste momento de pandemia: “Muitos, mesmo correndo risco, estão na linha de frente para salvar vidas. Não há dúvida que os brasileiros reconhecem esse esforço diário. Ao longo desse período, já somamos mais de 2 milhões de recuperados. É a maior taxa de recuperados no mundo”, finalizou.

    O Brasil registrou nesta quinta-feira (06) 2.047.660 de recuperados da Covid-19. O número de pessoas curadas no Brasil é superior à quantidade de casos ativos (741.180), que são pacientes que estão em acompanhamento médico. E foram registadas 98.493 mortes por coronavírus.

    UnB e Hospital Universitário de Brasília fazem teste de vacina contra o coronavírus

    A vacina contra a Covid-19 resultante da parceria entre o Instituto Butantan e uma indústria farmacêutica da China poderá ser produzida a partir de outubro, mas o presidente da instituição, Dimas Covas, prevê que só em janeiro de 2021 ela esteja pronta para distribuição. É o mesmo prazo dado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para produzir a vacina da Universidade de Oxford (Inglaterra). [Veja mais]

  • Embrapii e BNDES vão financiar projetos com foco no combate à covid-19

    Embrapii e BNDES vão financiar projetos com foco no combate à covid-19

     

    A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), assinou acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o objetivo de financiar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) para a área da saúde, com foco nos produtos para combate à covid-19.

    O diretor-presidente da Embrapii, Jorge Guimarães, afirmou, durante solenidade virtual de assinatura do acordo, que espera promover tantos projetos que, em poucas semanas, os R$ 20 milhões do Fundo Tecnológico (Funtec) do BNDES deverão ser duplicados e até atingir valores mais altos que R$ 40 milhões. Graças ao modelo de negócio copiado da Alemanha, baseado no tripé empresa/governo/universidade, que facilita a interação entre essas entidades, a Embrapii tem hoje 60 unidades de pesquisa credenciadas, 700 empresas associadas e quase mil projetos. “O projeto a empresa traz como sua demanda de desenvolver, buscando a competência”.

    Guimarães disse que só na Amazônia há 100 tipos diferentes de vírus em plantas, que mutam para animais e desses para os homens. Por isso, acrescentou que os países, incluindo o Brasil, têm de se preparar adequadamente para enfrentar possíveis novas pandemias. O diretor-presidente da Embrapii afirmou que a meta é assinar um novo contrato de gestão, por dez anos, com o ministério e reunir 12 mil empresas, “que estão ávidas para atuar no modelo Embrapii”.

    No acordo firmado com o BNDES, Guimarães adiantou que terá destaque a área da saúde e, especialmente, a biológica, em que o país tem mais dificuldade, porque nos últimos anos a indústria farmacêutica ficou de fora. Ele pretende atrair indústrias farmacêuticas que, no momento, são somente quatro das 700 companhias associadas, em especial para o setor da biotecnologia molecular, onde estão “os medicamentos realmente caros”.

    Soluções inovadoras

    Os recursos do BNDES vão apoiar soluções inovadoras em fase final de produção. Os projetos devem estar direcionados para o desenvolvimento de testes diagnósticos, ventiladores pulmonares e componentes, equipamentos de proteção individual e coletiva para profissionais da saúde e pacientes, e soluções ligadas ao combate, tratamento e diagnóstico da covid-19, como tomógrafos, testes de medicamentos e vacinas e tecnologias associadas à indústria 4.0, que envolve inteligência artificial, softwares (programas de computador) e sensores, que contribuam para a retomada da atividade econômica de forma segura. A parceria permite financiar as fases finais do projeto, como lote piloto e certificações, demonstração em ambiente operacional e as etapas de validação de seu desempenho, considerando que o projeto já se encontra na fase de industrialização.

    Na avaliação do presidente do BNDES, Gustavo Montezano, a parceria com a Embrapii é frutífera porque as duas instituições buscam a inovação e o desenvolvimento como forma de melhorar a vida da população e, no caso atual, a saúde no país. De acordo com Montezano, o BNDES vê com muito bons olhos o tripé governo/academia/empresa privada. “É justamente essa economia da colaboração, essa economia de propósito, que está ditando a nova fronteira da sociedade”. As distâncias entre público e privado estão diminuindo, assegurou. “Cada vez que a gente conseguir atuar em parceria, complementaridade, esse é o caminho do sucesso, do desenvolvimento”, afirmou. Montezano está convicto de que essa parceria entre o BNDES e a Embrapii vai trazer bons resultados para o Brasil.

    A participação financeira do banco poderá chegar a até 50% do total do investimento apoiável; o restante será dividido por aportes não financeiros das unidades Embrapii e contrapartidas das empresas parceiras. O modelo Embrapii estabelece que as unidades credenciadas somente terão acesso aos recursos para a contratação de projetos que sejam realizados em parceria com, pelo menos, uma empresa industrial. Em todos os projetos, a empresa deverá aportar, no mínimo, 10% do valor total do investimento.

    Ciência e tecnologia

    O ministro Marcos Pontes, da Ciência, Tecnologia e Inovações, destacou, ao encerrar a cerimônia, que o atual momento de pandemia demonstra a importância do setor para o mundo e que os países desenvolvidos investiram, mantiveram e fizeram crescer seus sistemas de ciência, tecnologia e inovações. “Sabem que é por meio disso que se sai de crises, que se desenvolve a economia”.

    Pontes lembrou que a ciência e a tecnologia são usadas na atualidade para combate direto ao vírus e aos seus efeitos. A tecnologia, disse o ministro, é importante para todo o aparato médico, para o tratamento da população e para a recuperação do país. “Vai ser por meio da ciência, tecnologia e inovações que o país vai se recuperar e conseguir, de forma rápida, ter retorno sólido dos investimentos e rapidamente aumentar a geração de empregos”. O Brasil tem que acompanhar esse conhecimento, afirmou Pontes.

    O ministro disse ainda que a parte de financiamento para ciência e tecnologia sempre foi inconstante no Brasil. “Eu acho que é o momento ideal para que possamos fazer isso”. Segundo Pontes, a única coisa positiva que o novo coronavírus trouxe foi mostrar para o planeta a necessidade de união dos países e das organizaçaões, “de forma que a gente consiga sair melhor dessa pandemia e se preparar para próximas”. O país tem de estar preparado para responder, tanto em termos de ciência, quanto em termos de tecnologias, às ações necessárias para o enfrentamento e, depois, a recuperação desses sistemas, acrescentou

    Edição: Graça Adjuto

  • Hospital das Clínicas de Campinas começa testes de vacina contra covid

    Hospital das Clínicas de Campinas começa testes de vacina contra covid

     

    O Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) iniciou hoje (6) os testes clínicos da vacina contra o novo coronavírus (covid-19). Os trabalhos estão sendo conduzidos pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Além de Campinas, outros cinco centros iniciam nesta semana as testagens da nova vacina. Ao todo, os experimentos serão feitos em 12 locais selecionados em todo o país, seis deles em São Paulo.

    No Hospital das Clínicas de Campinas os testes serão feitos com 500 voluntários. Os recrutados receberão duas doses da vacina em um intervalo de 14 dias, sendo que, metade vai receber um placebo (substância semelhante à vacina, mas sem efeito real). A partir da aplicação, eles serão monitorados por um ano pelo centro de pesquisa para avaliar se os que foram imunizados desenvolveram mais proteção contra o vírus do que aqueles que receberam o placebo.

    A vacina é inativada, ou seja, contém apenas fragmentos do vírus, inativo. Com a aplicação da dose, o sistema imunológico passaria a produzir anticorpos contra o agente causador da covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.

    O Instituto Butantan deve concluir em outubro ou novembro os testes com cerca de 9 mil voluntários em centros de pesquisas de seis estados: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. Na China, o produto já foi testado em mil pessoas após ter apresentado bons resultados nos experimentos com macacos.

    Chamada de Coronavac, a vacina começou a ser testada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista, em 21 de julho.

    Edição: Fernando Fraga

  • Universidade de Brasília e HUB iniciam teste de vacina contra covid-19

    Universidade de Brasília e HUB iniciam teste de vacina contra covid-19

     

    Começa a ser testada hoje (5) pela Universidade de Brasília (UnB) e pelo Hospital Universitário de Brasília (HUB) a vacina contra o novo coronavírus (covid-19), desenvolvida pela farmacêutica Sinovac Biotech. 

    Os primeiros que vão participar do estudo-teste são cinco profissionais da saúde que atuam no atendimento de infectados, mas não tiveram ainda a doença.

    A vacina que eles receberão é inativada e será aplicada em duas doses, com intervalo de 14 dias. De acordo com a UnB e o HUB, os resultados apresentados na fase 2 de desenvolvimento “foram considerados promissores e demonstraram a produção de anticorpos neutralizantes em 90% dos participantes que receberam a imunização”.

    O HUB é um dos 12 centros no Brasil que participam da fase 3 do ensaio clínico nacional, coordenado pelo Instituto Butantan, de São Paulo, e autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

    Infraestrutura de acolhimento

    A equipe multiprofissional que desenvolve a pesquisa é integrada por 25 pessoas e acompanhará 850 voluntários. Para isso, o HUB preparou uma infraestrutura de acolhimento para que o projeto seja desenvolvido “seguindo rigorosamente as normas nacionais e internacionais de boas práticas em pesquisa clínica”.

    Segundo a UnB, apenas profissionais de saúde podem se candidatar a participar do estudo. No entanto, ressalta que, para isso, é necessário que os candidatos cumpram alguns critérios.

    Entre eles, o de trabalhar em serviço de saúde atendendo pessoas com covid-19; ser maior de 18 anos; não ter sofrido infecção assintomática ou a doença causada pelo novo coronavírus; apresentar condição de saúde normal; e ter disponibilidade para realizar o acompanhamento periódico por um ano após a vacinação.

    “Os profissionais de saúde interessados em participar da pesquisa poderão ter informações sobre os critérios de inclusão e a forma de registrar o interesse em participar por meio de uma página na internet, cujo endereço será disponibilizado nos próximos dias. O HUB não faz cadastro de candidatos”, informou, por meio de nota, a Universidade de Brasília.

    Edição: Kleber Sampaio

  • Teste usa pontos quânticos para detectar presença do novo coronavírus

    Teste usa pontos quânticos para detectar presença do novo coronavírus

     

    Pesquisadores de quatro instituições, sob a liderança do Instituto Senai de Inovação em Química Verde (ISI QV), desenvolveu um teste molecular rápido para diagnóstico da covid-19, cuja produção em série deverá ser iniciada até o final deste ano pela empresa parceira do projeto, a Scienco Biotecnologia, de Santa Catarina. O pesquisador-chefe do ISI QV, Antonio Fidalgo, destacou hoje (4), em entrevista à Agência Brasil, que o ineditismo da descoberta está no fato que ela poderá ser aplicada para qualquer outra doença viral. O ISI QV é ligado à Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

    A fórmula trabalhada usa estratégia de pontos quânticos para detectar a presença do novo coronavírus e poderá ser adaptada para qualquer outra forma diagnóstica, sustentou o pesquisador-chefe. “Conseguimos desenhar uma molécula que fosse capaz de reconhecer o vírus. No momento em que esse reconhecimento acontece, a gente verifica um sinal fluorescente. Ele se torna rápido porque isso é imediato”.

    No momento em que o pesquisador pega uma amostra que contém o vírus e coloca na solução criada, a supressão da fluorescência é imediata. “Ele se transforma em um teste molecular semelhante à metodologia padrão ouro de hoje PCR, só que com resultado praticamente imediato”, salientou Fidalgo. A presença do vírus pode ser detectada nas hastes de coletas das secreções da garganta e do nariz, chamadas Swabs. As hastes são armazenadas em tubos coletores com reagentes, que mudam de cor ou têm alterada sua natureza fluorescente no caso de o vírus ser detectado.

    Embora acredita que a nova fórmula não vai substituir a testagem padrão ouro PCR, porque existe um protocolo de confirmação do resultado, Fidalgo avaliou que a estratégia molecular que o ISI QV e seus parceiros desenvolveram vai ser mais confiável que os testes rápidos que estão disponíveis atualmente, com a vantagem de ser mais ágil e baratear a testagem. O objetivo do trabalho foi desenvolver estratégias para combate à covid-19 e aumentar a capacidade de testagem da população.

    Ajustes finais

    A nova fórmula passará ainda por alguns ajustes finais nos próximos dois ou três meses, para que a Science Biotecnologia, que é a parceria comercial, possa pensar como vai fazer a produção e a distribuição do novo teste molecular rápido. A expectativa é que o teste imediato esteja disponível para o mundo até dezembro. A bioquímica da Universidade do Estado de Santa Catarina e diretora da Scienco, Maria de Lourdes Magalhães, analisou que a grande vantagem é que se trata de um “teste de custo reduzido, tecnologia nacional, fácil de usar, permitindo a detecção imediata do vírus e não necessita de uma mão de obra altamente qualificada para a manipulação da formulação”.

    O projeto foi desenvolvido em três meses, usando tecnologia 100% nacional, e teve financiamento do Departamento Nacional do Senai e da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Participaram também pesquisadores das Universidades Federal do Rio de Janeiro, Federal Rural do Rio e Universidade Estadual de Santa Catarina, sob a liderança do ISI QV. Mais de 40 pesquisadores dos quatro institutos estiveram envolvidos no projeto.

    O edital estabeleceu que todas as informações são públicas, o que quer dizer que qualquer empresa ou laboratório do Brasil e do mundo pode produzir igualmente o novo teste, se tiver interesse e sem pagar nada por isso. “É um projeto de inovações abertas. Tudo o que foi produzido aqui não será patenteado e será público”. Qualquer um que quiser desenvolver a mesma molécula ou usar a mesma estratégia terá os dados disponíveis. O objetivo é ampliar a testagem em massa, que é essencial para o controle da covid-19, destacou Antonio Fidalgo.

    Edição: Valéria Aguiar

  • Brasil registra 1.595 novas mortes nas últimas 24h

    Brasil registra 1.595 novas mortes nas últimas 24h

     

    Conforme o Boletim Epidemiológico da covid-19, divulgado hoje (29) pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou 90.134 mortos pela doença desde o início da pandemia. A soma das pessoas infectadas desde o início da contagem atingiu 2.553.265. Nas últimas 24 horas, foram 70.074 novas notificações incorporadas no sistema do Ministério da Saúde. Ontem o total era de 2.483.191.

    Há 675.712 pacientes em acompanhamento e 1.787.419 pessoas já se recuperaram da covid-19.

    Foram 1.595 novos registros de mortes nas últimas 24h. O alto número se deveu à inclusão dos dados de São Paulo de ontem. No balanço divulgado pelo Ministério da Saúde ontem, o painel marcava 88.539 falecimentos.

    Covid-19 nos estados

    Os estados com mais mortes são São Paulo (21.676), Rio de Janeiro (13.033), Ceará (7.643), Pernambuco (6.484) e Pará (5.694). As Unidades da Federação com menos falecimentos pela pandemia são Mato Grosso do Sul (328), Tocantins (364), Roraima (493), Acre (510) e Amapá (449).

    Edição: Bruna Saniele

  • Instituições em São Paulo estão preparadas para receber alunos

    Instituições em São Paulo estão preparadas para receber alunos

     

    Com a autorização do governo do estado para a volta às atividades do ensino superior e profissionalizante e de cursos extracurriculares livres (idiomas, informática, artes, entre outros), localizados em municípios paulistas que estejam na Fase 3 Amarela do Plano São Paulo há mais de 14 dias, já se prepararam para voltar a atender os alunos. As escolas poderão ser abertas, desde que sigam as restrições de capacidade, de horários e de faseamento que foram estabelecidos pelo plano. O anúncio foi feito pelo governador João Doria, no último dia 13.

    No caso dos cursos profissionalizantes, a medida vale para aqueles em que as atividades práticas e laboratoriais não podem ser feitas a distância. A autorização também vale para o estágio curricular obrigatório da área da saúde. No entanto, só funcionarão para atividades práticas, o ensino teórico continuará sendo feito a distância.

    Para voltar a funcionar, as instituições e organizações que oferecem os cursos livres precisam obedecer a regras e protocolos de segurança, com ocupação limitada a 40% da capacidade e horário de funcionamento reduzido a seis horas diárias. A educação complementar terá ainda de seguir os protocolos estabelecidos no setor educacional, como organização da entrada e da saída para evitar aglomeração e intervalos com o revezamento de turmas, além do cumprimento do distanciamento de 1,5 metro e das medidas de higiene e sanitização dos espaços.

    O proprietário de uma escola independente de idiomas na capital paulista, a Canadian Language School, Sérgio Sanches, explicou que deve manter as aulas online para aqueles alunos que se adaptaram ao sistema e que aceitarem continuar dessa maneira. Mesmo assim, Sanches acredita que os alunos devem procurar a escola quando as aulas presenciais voltarem no próximo semestre. “Os alunos que continuaram tiveram desconte de 10% a 15% e para os que ficaram desempregados, demos bolsa ou meia bolsa para que pudessem permanecer”.

    Sanches destacou que uma das grandes lições da pandemia e do isolamento social foi a descoberta de que trabalhar em casa traz uma série de despesas, mas o aluno que estuda em casa deixa de gastar com locomoção e evita o estresse do trânsito para chegar à escola. “Por isso, os alunos que estão online hoje, eu acredito que vão continuar, e nossa perspectiva é de continuar oferecendo esse tipo de aula e melhorar a tecnologia”.

    Ele contou que com a paralisação das aulas por causa da pandemia, a situação da escola ficou difícil e 80% dos alunos não quiseram continuar estudando a distância por não achar eficiente. A escola não conseguiu apoio financeiro para continuar operando e usou uma reserva própria para se manter nesse período crítico. “Se tivéssemos conseguido apoio financeiro, teríamos pago contas mais urgentes, como os funcionários que acabamos dispensando, além dos terceirizados e insumos. Nós mantivemos a escola porque conhecemos nosso produto”.

    O diretor executivo da Via Certa Educação Profissional, que tem 32 unidades no interior de São Paulo, Decio Marchi, explicou que a rede tinha grande expectativa quanto à expansão e precisou pausar a inauguração de novas unidades. Segundo ele, em menos de uma semana todas as unidades já tinham seu método de ensino adequado para as aulas virtuais e acesso remoto. “Tivemos uma perda de 30% no final, porque há alunos que não tinham espaço, equipamento ou internet adequada em casa para fazer o curso. Temos que entender que há algumas variáveis que influenciam na questão da perda de aluno”.

    Ele ressaltou que como franqueadora, a escola apoiou e orientou todas as unidades, com relação aos custos, que foram ajustados. Marchi disse que foram usados vários recursos, como suspensão de funcionários, redução de carga horária, diminuição de valor de aluguel. “Com isso, 90% das unidades não sofreram com problemas financeiros e conseguiram ter lucro no período de pandemia. Nós tínhamos definido que precisaríamos passar bem pelo período e manter a escola em pé”.

    De acordo com o diretor executivo, já é perceptível o movimento de alunos que desejam voltar às aulas presenciais, como forma de convívio e experiência em sociedade, assim como há pessoas que não se adaptam totalmente ao ensino online. Por causa disso, a escola já conseguiu vender boa quantidade de novos cursos, chegando perto da normalidade registrada antes da pandemia. “Muitos compram 100% online e alguns EAD – ensino a distância -, mas mostrando interesse em voltar ao presencial quando tudo isso acabar”.

    Marchi reforçou que todas as escolas da franquia estão preparadas para receber os alunos assim que isso for possível. “Estamos seguindo as mudanças de faixa das cidades e os protocolos de distanciamento social e da vigilância sanitária”, acrescentou.

  • Pesquisadores desenvolvem tecido que neutraliza novo coronavírus

    Pesquisadores desenvolvem tecido que neutraliza novo coronavírus

     

    Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), da Universitat Jaume I, da Espanha, e do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) desenvolveram um tecido capaz de inativar o coronavírus SarS-CoV-2, agente causador da covid-19. O projeto teve ainda a participação de equipe da empresa Nanox, de nanotecnologia.ebc

    O tecido, que deve servir principalmente para a fabricação de peças de roupas hospitalares e já está chegando ao mercado, é capaz de eliminar 99,9% do novo coronavírus em cerca de dois minutos. A composição deriva de uma mistura de poliéster com algodão, que se soma, por meio de um processo chamado pad-dry-cure, à camada de micropartículas de prata, fixada. A aplicação de pequenas partículas de prata consiste em uma técnica difundida há algum tempo entre os industriais, estando presente nos ramos têxtil, de cosméticos e de tintas.

    Conforme explicou à Agência Brasil o pesquisador Lucio Freitas Junior, que trabalha no laboratório de biossegurança de nível 3 (NB3) do ICB, o projeto aproveitou a amostra de novo coronavírus que havia sido isolada e cultivada a partir da carga contraída por um dos primeiros pacientes diagnosticados com a doença, tratado no Hospital Israelita Albert Einstein.

    “Tínhamos o vírus isolado e armazenado no nosso laboratório, em grande quantidade. Nosso laboratório fornece vírus ao Brasil todo e ao exterior, para a realização de estudos”, comentou.

    Para se certificar da eficácia do material, os pesquisadores cumpriram uma segunda etapa, de análise molecular. Além de testes para avaliação da atividade antiviral, antimicrobiana e fungicida, avaliaram outros aspectos importantes para que o produto pudesse ser liberado para comercialização, como assegurar que não desencadeia alergias ou outras reações adversas no organismo.

  • “Não espere por vacina contra covid-19 antes de 2021” diz OMS

    “Não espere por vacina contra covid-19 antes de 2021” diz OMS

    Várias vacinas para covid-19 estão em fases de testes, a grande maioria estão tendo sucesso, porém, o prazo para determinar a taxa de eficácia ainda é curto, e não é tão simples, segundo chefe da OMS, Mike Ryan, algumas vacinas estão com estudos bem avançados, mas ainda é cedo dizer que estarão disponíveis para população neste ano, a expectativa é de que as vacinas sejam distribuídas para toda população no início de 2021.

    “Estamos fazendo um bom progresso, observando que várias vacinas já estão em testes de Fase 3 e que até agora nenhuma fracassou em termos de segurança ou capacidade de provocar uma reação imunológica” disse o especialista.

    Ryan alertou que as vacinas para esta pandemia não são para os ricos, não são para os pobres, elas são para todos. “Precisamos garantir justiça” na distribuição delas, ressaltou.

     

    Mike Ryan também alertou as escolas a serem cautelosas com reaberturas, até a transmissão comunitária da covid-19 estar sob controle.

    O debate norte-americano sobre a retomada das aulas se intensificou agora que a pandemia está se alastrando em dezenas de estados. “Temos que fazer todo o possível para levar nossas crianças de volta à escola, e a coisa mais eficiente que podemos fazer é deter a doença em nossa comunidade”, disse. “Porque se você controla a doença na comunidade, pode abrir as escolas.”

  • MCTI instala mais um posto para testar medicamento contra a Covid-19

    MCTI instala mais um posto para testar medicamento contra a Covid-19

    O Governo Federal está recrutando voluntários para os testes clínicos com a nitazoxanida. O medicamento reduziu em 94% a carga viral em células infectadas in vitro. O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, participou da inauguração do posto de atendimento em Ceilândia, no Distrito Federal, onde os interessados podem se voluntariar para a pesquisa. “Com isso, a pessoa se ajuda e ajuda o País como um todo”, disse.

    Os voluntários devem ter mais de 18 anos de idade, apresentarem sintomas iniciais de gripe, como febre, tosse e fadiga. Essas pessoas serão testadas para o coronavírus e, em caso positivo, recebem os remédios para tomar em casa. Elas serão acompanhadas durante oito dias pela equipe médica. Depois desse período os voluntários devem retornar para fazer novos exames.

    Com isso, será analisada a carga viral do novo coronavírus antes e depois do voluntário tomar o medicamento. Esse é um dos passos para definir se a nitazoxanida pode ser usada no tratamento da Covid-19.

    “Essa droga tem se mostrado promissora e a que está mais próxima de ter resultados”, afirmou o ministro Marcos Pontes. “É importante ressaltar que é um protocolo científico internacional, aprovado pelo conselho de ética, completamente dentro dos padrões, de forma que no momento que nós tenhamos esse resultado aprovado pelos nossos cientistas, o resultado vai para a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]”, disse.

    #500 voluntários

    Além da cidade de Ceilândia, a campanha #500Voluntários já instalou postos nas cidades de Bauru, Sorocaba, Barueri, Guarulhos e São Caetano do Sul, em São Paulo, e Juiz de Fora (MG). De acordo com ministério, com a participação de 500 voluntários com Covid-19 os pesquisadores poderão publicar os resultados dos estudos e determinar a eficácia da nitaxozanida no tratamento da doença.

    Inteligência artificial

    A nitazoxanida foi testada junto com outros 2 mil medicamentos por meio de inteligência artificial pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). Apenas cinco passaram para a etapa seguinte da pesquisa. Desses cinco, apenas a nitazoxanida foi aprovada para a etapa atual da pesquisa com voluntários.