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  • Aposentadoria especial para ortopedistas: Projeto de lei quer facilitar aposentadoria para médicos expostos à radiação

    Aposentadoria especial para ortopedistas: Projeto de lei quer facilitar aposentadoria para médicos expostos à radiação

    Um projeto de lei complementar que está em análise na Câmara dos Deputados, pode garantir aposentadoria especial para ortopedistas que atuam com exposição frequente à radiação, como em cirurgias e exames com raio-X ou tomografia.

    A proposta reconhece que, mesmo com equipamentos de proteção, esses profissionais convivem diariamente com riscos à saúde — e por isso merecem um direito previdenciário diferenciado.

    Quem pode ser beneficiado com a aposentadoria especial para ortopedistas?

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    Quem pode ser beneficiado com a aposentadoria especial para ortopedistas? Foto: Canva

    A aposentadoria especial para ortopedistas é um projeto focado nos ortopedistas que trabalham em hospitais e clínicas, onde há uso constante de equipamentos que emitem radiação ionizante, como:

    • Raios-X

    • Tomografia computadorizada

    • Fluoroscopia em cirurgias

    Mesmo com EPIs (equipamentos de proteção individual), a exposição repetida pode trazer sérios riscos à saúde, como maior chance de desenvolver câncer ao longo dos anos.

    O que diz o projeto?

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    O que diz o projeto? Foto: Canva

    O PLP 180/24, de autoria do deputado e médico Allan Garcês (PP-MA), propõe que esses profissionais tenham acesso facilitado à aposentadoria especial. O texto sugere:

    • Avaliação qualitativa da exposição, ou seja, não é preciso medir exatamente o quanto de radiação foi absorvido;

    • Presença no ambiente com risco já seria suficiente para garantir o benefício;

    • A medida busca reduzir a burocracia para quem já está em uma rotina insalubre.

    Como é hoje a aposentadoria especial?

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    Como é hoje a aposentadoria especial? Foto: Canva

    Atualmente, para conseguir a aposentadoria especial por exposição à radiação, o trabalhador precisa:

    • Ter 25 anos de contribuição com exposição ao risco;

    • Ter no mínimo 60 anos de idade (após a reforma da Previdência);

    • Apresentar laudos técnicos e formulários detalhados (como o PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário).

    O projeto quer facilitar esse processo, reconhecendo a realidade dos profissionais da saúde.

    O caminho do projeto até virar lei

    Palácio do Congresso Nacional na Esplanada dos Ministérios em Brasília Por: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agênci
    O caminho do projeto até virar lei Por: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agênci

    Antes de ser votado no Plenário da Câmara, o PLP 180/2024 precisa passar por comissões importantes, como:

    • Comissão de Saúde

    • Comissão de Previdência e Assistência Social

    • Comissão de Finanças

    • Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

    Depois disso, ainda vai ao Senado e, se aprovado, para a sanção presidencial.

    Por que isso importa?

    A discussão sobre aposentadoria especial não atinge só médicos — também reforça a importância da proteção no ambiente de trabalho e do direito à saúde no longo prazo.

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    Outros profissionais de áreas insalubres já conquistaram esse tipo de benefício, como:

    • Mineradores

    • Eletricitários

    • Vigilantes armados

    Agora, o projeto tenta incluir também os ortopedistas, com base nos riscos reais da profissão.

  • Ortopedistas alertam para risco de queda de idosos; saiba como evitar

    Ortopedistas alertam para risco de queda de idosos; saiba como evitar

    O dia 24 de junho foi escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o Dia Mundial de Prevenção de Quedas em Idosos. Na data, também inclusa no Calendário da Saúde do Ministério da Saúde para alertar sobre os riscos dos acidentes nessa faixa etária, a Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico alerta para esse perigo comum no ambiente doméstico e ensina como evitar essas ocorrências.

    De acordo com informações do Datasus, no primeiro bimestre de 2024, foram registrados 17.136 atendimentos hospitalares e 9.658 atendimentos ambulatoriais, envolvendo idosos, na faixa etária de 60 a 110 anos. Em 2023, por exemplo, houve 106.401 atendimentos hospitalares e 45.684 ambulatoriais.

    “Diversos fatores podem causar o aumento de quedas entre os idosos, como a fraqueza e perda muscular do corpo, efeitos colaterais de alguns remédios, perda de sensibilidade por distúrbios neurológicos, além de doenças ortopédicas ou prejuízo dos sentidos de visão e audição”, explicou o presidente da Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico, Marcelo Tadeu Caiero.

    Apesar de os acidentes domésticos serem comuns e poderem afetar pessoas de qualquer idade, a Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico ressaltou que, durante o período de envelhecimento, as quedas, principalmente, as que acontecem dentro de casa, são mais regulares e perigosas e podem causar sequelas dolorosas e permanentes.

    “A recuperação de idosos não é simples. Uma fratura geralmente precisa de intervenção cirúrgica ou de períodos prolongados de imobilizações, isso porque, os ossos não são tão saudáveis quanto ossos jovens, além da falta de força muscular nessa idade. Fraturas no fêmur, coluna vertebral e bacia podem diminuir a mobilidade de um idoso, além de necessitar de fisioterapia intensa para a recuperação”, disse o ortopedista.

    Para prevenir as quedas, o médico recomenda uma abordagem multidisciplinar, partindo da avaliação clínica do idoso e de acompanhamento médico para identificar possíveis condições de saúde que aumentem o risco de queda. Entre essas condições estão problemas cardiovasculares, neurológicos e musculoesqueléticos. É importante ainda que o idoso faça atividade física regular, com exercícios específicos para melhorar a força muscular, fortalecer e trazer mais equilíbrio, reduzindo o risco de quedas. Além disso, recomenda-se uma dieta balanceada para manter a saúde óssea e muscular, prevenindo fraquezas, que podem ocasionar as quedas.

    A remoção de obstáculos, instalação de barras de apoio em banheiros e melhorias na iluminação também são úteis para evitar acidentes domésticos. “Os idosos têm que se adaptar às limitações da idade. Eles devem, além de modificar suas casas, evitar roupas que podem enroscar em seus pés e aderir ao uso de sapatos bem ajustados, de preferência fechados e com solados antiderrapantes e de borracha. Há diversas recomendações para que familiares auxiliem a pensar uma casa e rotina mais segura para o idoso”, aconselhou Caieiro.

    É preciso ainda evitar tapetes soltos pela casa; ter corrimão dos dois lados das escadas e corredores; colocar tapete antiderrapante nos banheiros; evitar andar em áreas com piso molhado; evitar encerar a casa; evitar móveis e objetos espalhados pela casa ou em corredores de circulação; e deixar uma luz acesa à noite para o caso de precisar levantar da cama. Também é importante o idoso esperar que o ônibus pare completamente antes de subir no veículo ou descer; utilizar sempre a faixa de pedestres ao atravessar as ruas; e, se necessário, usar bengalas, muletas ou instrumentos de apoio.

    Edição: Juliana Andrade

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