Tag: Operação Pubblicare

  • Parlamentar de Mato Grosso é preso por atuar em benefício de facção criminosa em Cuiabá

    Parlamentar de Mato Grosso é preso por atuar em benefício de facção criminosa em Cuiabá

    Um parlamentar de Cuiabá foi preso nesta sexta-feira (20.09) durante a Operação Pubblicare, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT). A prisão faz parte de uma ação que mira um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo servidores públicos e uma facção criminosa, que utilizava casas noturnas para realizar shows e eventos financiados com recursos ilícitos.

    O parlamentar, cujo nome ainda não foi divulgado pelas autoridades, teria desempenhado um papel fundamental como intermediário entre os membros da facção e agentes públicos responsáveis por conceder licenças para a realização de eventos sem a documentação necessária.

    Em troca de sua influência, ele recebia benefícios financeiros do grupo criminoso. De acordo com as investigações, o político atuava para garantir que as atividades ilegais, que incluíam a realização de shows de artistas renomados, ocorressem sem qualquer tipo de fiscalização.

    Corrupção e lavagem de dinheiro em Mato Grosso

    A Operação Pubblicare, desdobramento da Operação Ragnatela, revelou um esquema que envolvia a aquisição de uma casa noturna em Cuiabá, comprada por R$ 800 mil em espécie, proveniente de atividades ilícitas da facção criminosa. A partir desse ponto, o estabelecimento passou a promover shows, com a conivência de servidores públicos que garantiam as licenças necessárias sem seguir os trâmites legais.

    O parlamentar preso teria sido peça-chave ao atuar em benefício do grupo criminoso, utilizando sua posição política para facilitar o funcionamento desses eventos e garantir que as ações da facção não fossem interrompidas. Ele agora enfrenta acusações de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

    Além da prisão do parlamentar, a operação também cumpriu 15 ordens judiciais, incluindo sete mandados de busca e apreensão, além do sequestro de seis veículos e um imóvel. As contas bancárias dos investigados foram bloqueadas.

    A atuação do parlamentar revelou o grau de infiltração da facção criminosa em setores do poder público, algo que as autoridades vêm tentando combater com ações como a Operação Pubblicare. O nome da operação, que significa “tornar público” em italiano, faz alusão à traição do dever público em prol de interesses escusos, um papel que o político desempenhou ao se aliar à facção.

  • Força Integrada deflagra operação contra servidores públicos envolvidos com facção criminosa em Cuiabá

    Força Integrada deflagra operação contra servidores públicos envolvidos com facção criminosa em Cuiabá

    A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO/MT) deflagrou, nesta sexta-feira (20), em Cuiabá/MT, a operação *Pubblicare*. O foco da ação é desarticular um núcleo de servidores públicos que colaboravam com uma facção criminosa, facilitando a lavagem de dinheiro por meio da realização de eventos em casas noturnas da capital.

    Aproximadamente 70 policiais atuaram no cumprimento de 15 medidas cautelares, expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (NIPO). Entre as medidas estão um mandado de prisão preventiva, sete mandados de busca e apreensão, o sequestro de seis veículos e um imóvel, além do bloqueio de contas bancárias.

    A operação *Pubblicare* é resultado de investigações oriundas da operação *Ragnatela*, deflagrada em junho de 2024, quando um grupo criminoso foi desarticulado após a aquisição de uma casa noturna em Cuiabá, pelo valor de R$ 800 mil, em espécie, com recursos de atividades ilícitas.

    Após essa compra, os envolvidos passaram a promover eventos de grandes proporções, com a participação de MCs de renome nacional, financiados pela facção criminosa e organizados por promoters associados.

    Durante as investigações, a FICCO identificou que o esquema contava com o apoio de servidores públicos responsáveis pela concessão de licenças para a realização dos eventos, mesmo sem a devida documentação. Além disso, um parlamentar estaria envolvido, atuando como intermediário entre o grupo criminoso e os agentes públicos, recebendo vantagens financeiras em troca de sua colaboração.

    Os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, crimes também atribuídos a membros da facção indiciados na operação *Ragnatela*.

    A FICCO/MT, composta por agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Judiciária Civil e Polícia Militar, segue atuando de maneira conjunta no combate ao crime organizado em Mato Grosso.