Tag: ONG

  • Morador destrói abrigo de cães em Lucas do Rio Verde e gera revolta nas redes sociais

    Morador destrói abrigo de cães em Lucas do Rio Verde e gera revolta nas redes sociais

    Uma denúncia de maus-tratos contra animais gerou repercussão em Lucas do Rio Verde neste domingo (23). A ONG SOS Animais informou que um morador do bairro Parque das Emas destruiu uma casinha que abrigava cães abandonados num lote localizado no final da Avenida Cerrado, sentido à Avenida da Produção. O ato foi filmado por moradores da região, que também encaminharam fotos e vídeos para as redes sociais da entidade.

    A postagem publicada pela ONG recebeu dezenas de críticas à atitude do homem, que aparece visivelmente alterado nos vídeos. Internautas pediram ação imediata das autoridades para responsabilizar o envolvido, que teria ameaçado matar os cães. “Ele está desde ontem provocando os animais. Hoje, destruiu a casinha e falou que vai matar os cachorros”, denunciou a ONG, revelando que os cuidadores prenderam os cães dentro de uma kitnet para evitar o pior.

    Segundo a SOS Animais, os cães que estavam no local são animais resgatados, já castrados, chipados e cuidados por voluntários. “São dóceis, alimentados e acompanhados por duas pessoas que vivem na região. Estavam sendo protegidos após abandono”, informou a entidade.

    Apesar da comoção, alguns internautas divergiram nas redes sociais, alegando que os animais haviam mordido moradores em ocasiões anteriores. Ainda assim, a destruição da casinha foi vista como uma ação violenta e desproporcional.

    O vereador e policial civil Wladimir Mesquita afirmou que as autoridades já estão atuando no caso. “Estamos trabalhando para encontrar este indivíduo, que responderá por maus-tratos a animais”, declarou.

    O caso segue sob investigação, e a ONG SOS Animais pede que moradores que tenham mais informações ou imagens colaborem com as autoridades para que os responsáveis sejam responsabilizados.

  • Ritmo de concentração de renda aumenta, mostra relatório Oxfam 2025

    Ritmo de concentração de renda aumenta, mostra relatório Oxfam 2025

    Relatório da organização não governamental (ONG) internacional Oxfam sobre concentração de renda e suas condições mostra que o ritmo de concentração em 2024 teve novo pico, a exemplo do que ocorreu durante a pandemia de covid-19. Surgiram 204 novos bilionários no planeta, e o ritmo de enriquecimento dos super-ricos aumentou três vezes em relação a 2023. O relatório antecede o encontro anual do Fórum Econômico de Davos, que concentra diretores das principais instituições empresariais e líderes de governos em reuniões de negócios e lobby na cidade suiça.

    Os bilionários, pouco mais de 2.900 pessoas, enriqueceram, em média, US$ 2 milhões por dia. Os dez mais ricos, por sua vez, enriqueceram em média US$ 100 milhões por dia. Alguém que receba um salário mínimo no Brasil demoraria 109 anos para receber R$ 2 milhões e, pela cotação atual, 650 anos para receber U$$ 2 milhões. “No ano passado, a Oxfam previu um trilionário em uma década. Se as tendências atuais continuarem, haverá agora cinco trilionários em uma década. Enquanto isso, de acordo com o Banco Mundial, o número de pessoas que vivem na pobreza praticamente não mudou desde 1990”, destaca o relatório, que aponta que os 44% mais pobres do mundo vivem com menos de US$ 6,85 por dia.

    Para efeito de comparação, o Produto Interno Bruto (PIB) Global, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), teve aumento de cerca de 3,2%, para uma população que a Organização das Nações Unidas (ONU) estima de 8 bilhões de pessoas. Segundo o Banco Mundial, o PIB Global era de US$ 33,86 trilhões em 2000, e chegou aos US$ 106,7 trilhões em 2023, ainda que com diminuição dos índices de extrema pobreza (aqueles que recebem menos de U$$ 2,15 por dia), que eram 29,3% da população mundial em 2000 e são ainda 9% da população nos dados de 2023. A Oxfam destacou que os 10% mais ricos, por sua vez, detém 45% de toda a riqueza do mundo.

    No Brasil, a lógica não é diferente. Segundo Viviana Santiago, diretora executiva da Oxfam Brasil, de uma maneira geral, somos levados a pensar a desigualdade no Brasil a partir da chave da pobreza, mas o que torna a realidade brasileira complexa é pensar o outro lado da moeda. “Ao mesmo tempo em que temos milhões de pessoas em situação de fome e insegurança alimentar, a imensa população de rua, ou quando pensamos as pessoas sem acesso à água e ao saneamento básico, temos o outro extremo, que são aquelas muito ricas, bilionárias. Durante a pandemia, enquanto vimos pessoas perdendo tudo e tendo de ir morar na rua, surgiram dez novos bilionários no país. Hoje, menos de 100 pessoas no país tem R$ 146 bilhões”, esclareceu.

    “Ao mesmo tempo, temos pessoas que trabalham e não conseguem garantir o seu sustento enquanto, no mesmo momento, há pessoas que estão acumulando milhões de reais. Essas pessoas estão se apropriando de riquezas que deveriam ser melhor divididas e não o são pois temos um sistema fiscal que não taxa adequadamente essas riquezas e a transmissão por herança. Temos um país que favorece a evasão fiscal e elisão fiscal, enquanto o trabalhador não tem como evitar esses impostos e continua, com isso, inevitavelmente pobre, mesmo após toda a reforma feita sobre o consumo. A população pobre tem 70% de sua renda comprometida com o consumo, sobre o qual incidem impostos”, explicou Viviana Santiago, para quem a correlação entre ganhos de poucos e miséria de muitos está atrelada, especialmente no Brasil, ao papel que as pessoas que se beneficiam dessa lógica exercem dentro das instituições que as mantém. É o que o estudo principal identifica como presença constante de vantagens, seja motivada por correlações oligárquicas ou subornos, que por sua vez estão entre as principais condições para as riquezas extremas.

    O estudo identifica também a correlação entre a manutenção do colonialismo, a centralidade das instituições financeiras no chamado Norte Global e a concentração das instituições culturais, com universidades de ponta e empresas de tecnologia, com a dificuldade em combater a concentração. Essa dinâmica tem, por sua vez, correlação com a lógica de transferência, com taxação de alimentos e insumos usados por toda a população e com maior peso nas populações pobres, como medicamentos, além de imposição de taxas altas de empréstimos e lógica draconiana de pagamento de dívidas externas, por organismos internacionais como o Fundo Monetário Internacional. O estudo aponta que a situação global só não está pior por conta do crescimento asiático, sobretudo chinês, que foi responsável por tirar centenas de milhares da pobreza.

    Falta, porém, comprometimento institucional para mudar essa situação, como indica o seguinte trecho do relatório: ˜Usando os dados orçamentários mais recentes sobre a situação dos trabalhadores, níveis de tributação e gastos públicos de 161 países, a Oxfam e a Development Finance International apresentam um quadro mais atualizado no Índice de Compromisso com a Redução da Desigualdade 2024.125 O índice revela tendências negativas na grande maioria dos países desde 2022. Quatro em cada cinco países reduzirão a fatia de seus orçamentos destinada à educação, saúde e/ou proteção social; quatro em cada cinco países reduziram a tributação progressiva; e nove em cada dez países retrocederam em direitos trabalhistas e salários mínimos˜.

    Segundo Viviana, infelizmente, há outra realidade que se repete no Brasil. ˜Quando a gente vê elites que seguem na lógica de um país voltado para a produção, mas não atento para a necessidade da distribuição social da riqueza, a mesma lógica colonial de apropriação, a mesma lógica colonial de exploração de trabalhos, de vidas e de territórios e de não construção de uma dinâmica que promova qualidade de vida para as pessoas˜, pondera Viviana.

    Seriam moinhos de vento?

    Em janeiro de 1605, foi publicada a obra-prima de Miguel de Cervantes, o romance Don Quixote de La Mancha, cujo personagem que dá título à trama afirma, em livre tradução, que “mudar o mundo, meu amigo Sancho, não é loucura, não é utopia, é justiça”. Quatrocentos e vinte anos depois, com a industrialização e o desenvolvimento do sistema financeiro nesse interstício, as conclusões apontadas no relatório apresentado hoje ainda são muito próximas. É possível mudar a situação e se trata de fazer justiça. As propostas da Oxfam para tornar o mundo mais justo são:

    • Reduzir radicalmente a desigualdade, estabelecendo metas globais e nacionais para isso. Acabar com a riqueza extrema. Se comprometer com uma meta global de desigualdade que reduz drasticamente a desigualdade entre o Norte Global e o Sul Global; como exemplo, a renda dos 10% mais ricos não deve ser maior do que a dos 40% mais pobres em todo o mundo. Estabelecer metas semelhantes com prazo determinado para reduzir a desigualdade econômica nacional, visando que a renda total dos 10% mais ricos não seja maior do que a renda total dos 40% mais pobres.

    • Reparar as feridas do colonialismo. Os ex-governos coloniais devem reconhecer e se desculpar formalmente por toda a gama de crimes cometidos durante o colonialismo e garantir que esses crimes entrem na memória pública. As reparações às vítimas devem ser feitas para garantir a restituição, proporcionar satisfação, compensar os danos sofridos, garantir a reabilitação e evitar futuros abusos. O custo das reparações deve ser arcado pelos mais ricos, que foram os que mais se beneficiaram com o colonialismo.

    • Acabar com os sistemas de colonialismo moderno. O FMI, o Banco Mundial, a ONU e outras instituições globais devem mudar completamente sua governança para acabar com o domínio formal e informal do Norte Global e com os interesses de suas elites e corporações ricas. O domínio das nações e corporações ricas sobre os mercados financeiros e as regras comerciais deve ser encerrado. Em seu lugar, é necessário um novo sistema que promova a soberania econômica dos governos do Sul Global e permita o acesso a salários e práticas trabalhistas justas para todos os trabalhadores. Políticas e acordos de livre comércio desiguais devem ser revogados.

    • Tributar os mais ricos para acabar com a riqueza extrema. A política tributária global deve se enquadrar em nova convenção tributária da ONU e facilitar o pagamento de impostos mais altos pelas pessoas e empresas mais ricas para reduzir radicalmente a desigualdade e acabar com a riqueza extrema.

    • Promover a cooperação e a solidariedade Sul-Sul. Os governos do Sul Global devem formar alianças e acordos regionais que priorizem trocas equitativas e mutuamente benéficas, promovam a Independência econômica e reduzam a dependência de antigas potências coloniais ou das economias do Norte Global. Coletivamente, devem exigir reformas nas instituições internacionais, como o Banco Mundial e o FMI, e promover o desenvolvimento coletivo por meio do compartilhamento, reconhecimento, tecnologia e recursos para apoiar o desenvolvimento sustentável e resistir aos sistemas globais exploradores. Ao mesmo tempo, os governos devem fortalecer os serviços públicos e implementar reformas agrárias para garantir o acesso à terra.

    • Acabar com o colonialismo formal em curso em todas as suas formas. Os territórios não autônomos remanescentes devem ser apoiados para garantir seus direitos à igualdade de e à autodeterminação, de acordo com o Artigo 1(2) da Carta das Nações Unidas e a Declaração das Nações Unidas sobre a Concessão de Independência aos Países e Povos Coloniais.

  • Justiça obriga governo de Mato Grosso a permitir que ONGs ajudem animais no Pantanal

    Justiça obriga governo de Mato Grosso a permitir que ONGs ajudem animais no Pantanal

    Em uma decisão que celebra a união de esforços para salvar os animais no Pantanal, o juiz Antônio Horácio da Silva Neto, da Vara Especializada do Meio Ambiente de Cuiabá, determinou que a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) permita a atuação de organizações não governamentais (ONGs) na região devastada pelos incêndios.

    A decisão judicial veio após o Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal denunciar que a Sema havia impedido a instalação de pontos de água para animais sedentos no Pantanal, uma região que enfrenta uma das piores secas de sua história.

    Em agosto, durante uma reunião com a ONG GRAD Brasil, responsável por ações de resgate de animais em desastres, um representante da Sema argumentou que a seca e as chuvas são ciclos naturais no Pantanal e que a instalação de pontos de água poderia ser prejudicial ao ecossistema. Essa posição foi considerada temerária pelo juiz, que destacou a urgência da situação e a importância de qualquer ajuda para salvar os animais.

    O magistrado ressaltou que a seca atual no Pantanal é um evento excepcional e que a alegação de que a natureza deve seguir seu curso natural não justifica a inação diante do sofrimento animal. Ele também enfatizou a expertise das ONGs em resgate de animais em situações de crise e a ausência de custos para o poder público.

    Com a decisão judicial, as ONGs poderão atuar livremente no Pantanal, instalando pontos de água, oferecendo alimentos e prestando cuidados médicos aos animais feridos. A cada 15 dias, as organizações deverão apresentar relatórios detalhados sobre as ações realizadas e os resultados obtidos.

    A decisão da Justiça é um importante passo para garantir a proteção da fauna pantaneira e demonstra a importância da colaboração entre o poder público e a sociedade civil na preservação do meio ambiente.

  • Pesquisa aponta problemas no ensino da educação física em escolas

    Pesquisa aponta problemas no ensino da educação física em escolas

    Uma pesquisa realizada com mais de 3 mil professores de educação física de todo o país revelou problemas como necessidades de melhoria da estrutura e falta de materiais para as aulas. O estudo, realizado pela Organização não Governamental Instituto Península, envolveu profissionais de escolas públicas (86%) e de escolas particulares (13%), entre outubro e novembro de 2023.

    Segundo o levantamento, 94,7% dos professores apontaram que o espaço onde são ministradas as aulas de educação física precisam de melhorias. Entre os problemas apontados estão a situação ruim de quadras esportivas, a ausência de vestiários e a falta de materiais como bolas de handebol, basquete, vôlei e até mesmo de futsal.

    Quando perguntados sobre que estratégias adotam quando enfrentam problemas de infraestrutura, 51,9% dizem levar seu próprio material, 50,9% respondem que fazem seu próprio material, 16% usam doações e 14,6% só fazem tarefas que não precisam de material e 11,1% levam estudantes para fora do ambiente escolar.

    Além disso, segundo a pesquisa 79,8% dos professores informaram já ter comprado material com dinheiro do próprio bolso em algum momento. Entre os materiais adquiridos pelo próprio docente mais comuns estão bolas de futsal (19,2%), bolas de vôlei (17%), bambolês (13,6%) e bolas de handebol (11,2%).

    “Isso quer dizer que eles sentem que não têm as ferramentas suficientes para poder fazer o seu trabalho. Eles também sentem necessidade da melhoria nos espaços das escolas para que eles possam dar aula. Ou seja, eles não têm o espaço nem o material para atuarem como professores de educação física”, afirma Daniela Kimi, do Instituto Península, ONG que trabalha com a capacitação de professores.

    Bullying

    Outro destaque da pesquisa é o fato de que 76,1% dos professores já presenciaram bullying, ou seja, a intimidação sistemática, física ou psicológica em atos de humilhação ou discriminação, cometido por alunos em aulas de educação física.

    A maior parte dos casos de bullying envolve a habilidade técnica de outros alunos (79,7%), mas também foram registradas temáticas como aparência (54,6%), gênero (28,8%) e sexualidade (23%).

    Entre aqueles professores que já presenciaram bullying nas aulas, 21,4% disseram não ter preparo para lidar com a situação.

    “A reflexão que a gente traz é que o espaço da educação física é mais propício para que os alunos tenham essas atitudes. E os professores também nos trazem a necessidade de saber como intervir nessas situações”, explica Daniela.

    A pesquisa questionou também sobre dificuldades para incluir meninas nas aulas de educação física. Aqueles que apontaram esse problema somaram 36,9% do total. “O curioso é que a gente pergunta ‘você gostaria de ter apoio no sentido de incluir as meninas?’, mais de 60% [63,6%] afirmam que sim. Então a gente acha que esse número de 37% seja ainda maior”, destaca Daniela.

    A Agência Brasil entrou em contato com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e com a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), mas não teve resposta.

    Edição: Valéria Aguiar

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  • Programa de aceleração de economia criativa apoia projetos em MT

    Programa de aceleração de economia criativa apoia projetos em MT

    Uma produtora independente de eventos, sediada em Cuiabá (MT), tem capacitado e gerado oportunidades de trabalho e renda a pessoas trans no estado. A Cidadão Oddly oferece seis cursos voltados ao entretenimento do público LGBTQIAPN+ e ao audiovisual (social media, fotografia, disc jockey, video maker, produção cultural e bartender – profissionais que preparam bebidas).

    As pessoas trans, habilitadas pela organização não governamental (ONG), têm atuado no mercado local, como em uma festa de réveillon para 1.500 convidados e, mais recentemente, no Carnaval de Blocos e Escolas de Samba, para 15 mil pessoas, na capital mato-grossense. O cocriador da produtora, Victor Hugo Rocha, diz que gerar oportunidades no mercado de trabalho transforma a vida de pessoas trans que antes, muitas vezes, se dedicavam à prostituição para sobreviver. “Pouco a pouco, esses cursos vêm mudando a vida das pessoas, dão dignidade a essas vidas, criando oportunidades de trabalho. E esse simples fato já faz grande diferença.”

    Economia criativa

    A realização dos cursos para pessoas trans foi possível após a produtora passar por um programa de aceleração para economia criativa que apoia iniciativas, projetos ou negócios de impacto social, com ou sem fins lucrativos, sediados ou que atuem em Mato Grosso. O MOVE_MT é promovido pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso, em parceria com Instituto Ekloos e o Instituto Oi Futuro, que atua para estimular o intercâmbio de conhecimento com mais diversidade e inclusão.

    Foi assim que a Cidadão Oddly e outras 19 iniciativas do estado passaram por cursos e mentorias, em um ciclo de aceleração com 1.700 horas de formação nas áreas de gestão, inovação, impacto social, comunicação, gestão financeira e captação de recursos.

    Após esse período, a Cidadão Oddly se tornou uma ONG focada em empregabilidade trans. No início deste ano, a Cidadão Oddly e mais quatro iniciativas foram premiadas na segunda edição do programa, o MOVE_MT 2. Juntas, a Cidadão Oddly, Hip Hop Atemporal, Pé de Folclore – Cáceres, Rios e Lendas, Produtora Audiovisual Quariterê e Tece Arte dividem a premiação de R$ 350 mil para investir e estimular os negócios.

    Mato Grosso. 25/02/2024 O MOVE_MT 2 acaba de anunciar as cinco iniciativas premiadas. ( ONG Cidadão Oddly / Mato Grosso (produtora dedicada à empregabilidade de pessoas trans) Foto ONG cidadão.
    Mato Grosso. 25/02/2024 O MOVE_MT 2 acaba de anunciar as cinco iniciativas premiadas. ( ONG Cidadão Oddly / Mato Grosso (produtora dedicada à empregabilidade de pessoas trans) Foto ONG cidadão.Cuiabá – ONG Cidadão Oddly oferece cursos voltados ao entretenimento do público LGBTQIAPN+ e o audiovisual – Foto ONG cidadão

    Futuro

    Com esse aporte, a Cidadão Oddly quer crescer. Para 2024, a ONG planeja executar três ciclos de capacitação, com duração de três meses. Cada um deles deve preparar para o segmento de produção cultural 60 beneficiários, totalizando 180 pessoas trans e não binárias capacitadas e inseridas no mercado de trabalho até dezembro.

    À frente da ONG, Victor Hugo quer causar impacto social ainda maior. Para o ano que vem, tem a meta de abrir os cursos para toda a comunidade LGBTQIPN+ [Lésbicas, Gays, Bi, Trans, Queer, Intersexo, Assexuais, Pan/Pôli, Não binárias e mais]. “Porque a gente entende a necessidade de dar oportunidade a esse público que está vulnerável dentro da comunidade. Então, a gente quer conseguir ofertar mais cursos para mais pessoas e trabalhar com todas as siglas da comunidade LGBTQI e PN+. Esse é o nosso plano de crescimento”.

    Tradição e futuro

    Outro projeto destacado pelo MOVE_MT 2 é o Tece Arte, da Associação das Redeiras de Limpo Grande, Várzea Grande, na região metropolitana da capital mato-grossense. A entidade é formada por 55 mulheres, que tecem redes em teares herdados de indígenas guanás, da etnia Chané-Guaná, em tradição ancestral passada de mães para filhas.

    Mato Grosso. 25/02/2024 O MOVE_MT 2 acaba de anunciar as cinco iniciativas premiadas. ( Coletivo de mulheres redeiras Tece Arte - Mato Grosso). Crédito: Divulgação/Produtora Audiovisual Quariterê - Mato Grosso.
    Várzea Grande (Mato Grosso) – Artesanato do coletivo de mulheres redeiras _ Foto Divulgação Tece Arte

    Nesse caso, o programa de aceleração da economia criativa buscou aliar os conhecimentos tradicionais à valorização dos produtos, agregando valor e, assim, promovendo o desenvolvimento sustentável na comunidade. A presidente da Tece Arte, Jilaine Maria da Silva Brito, explica como participar do programa que desenvolve de forma objetiva e acelerada os empreendedores contribuiu para fortalecer os negócios da associação. “Foi muito importante para nossa gestão. Evoluímos, nos fez entender a nossa importância no mercado e fazer parte dos 8,5 milhões de artesãos no Brasil. Somos da economia criativa e nossos produtos são de impacto positivo.”

    Com parte do prêmio MOVE_MT2, promovido pela instituição, Jilaine Maria pretende iniciar projeto piloto de uma primeira turma de curso para a comunidade sobre o modo de fazer a rede e divulgar essa arte. “Isso mudou a vida das 50 mulheres que fazem parte de nosso coletivo e vai gerar renda. Assim, também vamos dar continuidade à perpetuação da tradição”, afirma.

    Diversidade nas telas

    Outra iniciativa premiada pelo programa MOVE_MT 2 é a produtora Aquilombamento Audiovisual Quariterê, também de Cuiabá.

    Desde 2017, o coletivo social luta pelo acesso de profissionais de diferentes recortes sociais (raça, gênero e sexualidade) a toda a cadeia produtiva do segmento audiovisual. O grupo realiza mostras, sessões de exibição de filmes, cineclube e produz filmes.

    A cineasta e membro do Aquilombamento Audiovisual Quariterê Juliana Segóvia acredita que faltava algo antes de a produtora passar pelas 1.700 horas de capacitação do programa estadual. “Ainda não havia entre nós a estrutura estabelecida de negócio/empresa, porém sempre existiu, desde o início, a garantia de que cada um daqueles que pertencem a essa coletividade tem o objetivo de garantir, em suas realizações e produções individuais, a presença das pessoas pertencentes aos recortes sociais que trazemos ao debate”

    Protagonismo

    Mato Grosso. 25/02/2024 O MOVE_MT 2 acaba de anunciar as cinco iniciativas premiadas. Crédito: Divulgação/Produtora Audiovisual Quariterê - Mato Grosso.
    Mato Grosso. 25/02/2024 O MOVE_MT 2 acaba de anunciar as cinco iniciativas premiadas. Crédito: Divulgação/Produtora Audiovisual Quariterê – Mato Grosso.Cuiabá (Mato Grosso) – Produtora audiovisual da Quariterê – Foto divulgação Quariterê

    Agora, com o prêmio, a produtora quer ir além de propor, debater, influenciar e monitorar políticas públicas nos âmbitos municipal e estadual, que convergem em ações afirmativas. A iniciativa quer que os produtos audiovisuais realizados pela equipe reflitam a população do estado, por meio de novo olhar para os consumidores e o mercado regional. “A Quariterê terá a oportunidade de sair do papel como um negócio que se estabelecerá no mercado mato-grossense, com o intuito de viabilizar o protagonismo racial de indígenas e negros, em suas equipes de trabalho cinematográfico/audiovisual”

    MOVE_MT 2

    O programa MOVE_MT 2 surgiu após a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso idealizá-lo e buscar a parceria do Instituto Oi Futuro para desenvolvê-lo, a fim de formar empreendedores da economia criativa. Desde 2017, no estado do Rio de Janeiro, onde o instituto está localizado, o Oi Futuro acelerou mais de 1.150 empreendedores de 143 negócios e organizações.

    A gerente executiva de Programas, Projetos e Comunicação do instituto, Carla Uller, destaca como essa formação impacta as comunidades locais. “Esses empreendedores têm enorme impacto em seus territórios, gerando trabalho, renda, inclusão e transformação social efetiva. É um estado que está trabalhando para fortalecer seu próprio ecossistema, mas também se conectar com a cena de outras regiões do país.”

    De acordo com o Oi Futuro, o objetivo agora é replicar o modelo de sucesso do MOVE_MT para outros estados, com novos parceiros.

    Edição: Graça Adjuto

    — news —

  • ONGS promovem ato no Rio contra desmonte socioambiental no país

    ONGS promovem ato no Rio contra desmonte socioambiental no país

    O Rio de Janeiro foi palco nesta sexta-feira (23) de ato pelo clima e contra o desmonte socioambiental. Iniciativas com a mesma finalidade já aconteceram em Belo Horizonte, Florianópolis, São Paulo e Brasília. O evento ocupou a Cinelândia, região central da cidade, e reuniu organizações, coletivos, representantes de povos originários, de partidos políticos e populares.

    Na semana que vem, serão realizados eventos similares no Ceará e em Goiás. A ideia é percorrer todas as capitais do país, segundo o coordenador nacional do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais (FBOMS), Pedro Ivo.

    O ato, segundo Pedro Ivo, é um protesto contra o corte promovido pelo Congresso Nacional nos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e dos Povos Indígenas (MPI), embora já tenha havido vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à lei que trata da organização básica dos órgãos da Presidência da República e da reestruturação dos ministérios.

    “Além da parte de reestruturação ministerial, somos contrários a esse processo de retrocesso, como o Marco Temporal, que é um acinte”, manifestou o coordenador do FBOMS. “É como se os brancos estivessem aqui e os indígenas invadissem a terra deles”.

    Para Pedro Ivo, o Congresso quer “sistematicamente implantar políticas contra o meio ambiente e os povos indígenas”.

    O objetivo do ato é chamar a atenção da opinião pública para esses temas. A preocupação é que as medidas aprovadas pelos parlamentares impactem ainda mais as mudanças climáticas.

    Segundo os organizadores, o chamado contra o desmonte socioambiental se deu a partir da aprovação da Medida Provisória 1.150, que impacta a restauração de florestas e abre brechas para mais desmatamento na Mata Atlântica; do relatório da MP 1.154, que esvazia os ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e dos Povos Indígenas (MPI); e do Projeto de Lei 490, do Marco Temporal, que ameaça a demarcação de territórios indígenas.

    Edição: Fernando Fraga

  • ONG antecipa comemoração de natal a crianças atendidas em Lucas do Rio Verde

    ONG antecipa comemoração de natal a crianças atendidas em Lucas do Rio Verde

    Crianças e adolescentes assistidas pela ONG Amibem, em Lucas do Rio Verde, tiveram uma tarde festiva neste domingo (11). A ONG antecipou a comemoração de natal para as cerca de 140 crianças e adolescentes assistidos ao longo de 2022.

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    As atividades foram desenvolvidas na Escola Luiz Carlos Cecconelo, localizada no bairro Cerrado. Vários brinquedos foram instalados, permitindo que todas pudessem usufruir das atividades.

    Além das brincadeiras, também houve momentos para reflexão e música na quadra da escola.

    A coordenadora da Amibem, Rose Spindler, agradeceu à comunidade pelo apoio recebido ao longo de 2022, por doações e trabalho voluntário oferecidos nas atividades da ONG. Rose lembrou que, além da tarde de brincadeiras, as crianças ainda ganharam presentes. E levaram ainda cestas básicas, importante para reforçar a ceia no fim de ano.

    “Natal é o nascimento de Nosso Senhor Jesus, tempo de renovarmos, de buscar o bem, mas o bem coletivo, pois somente quando servimos e trabalhamos por amor ao nosso próximo encontramos a paz. Feliz Natal, que Jesus abençoe a todos nós, em especial a Lucas do Rio Verde”, desejou a coordenadora.

  • Área a ser cedida à Amibem vai permitir trabalhos sociais e educacionais no Parque das Américas

    Área a ser cedida à Amibem vai permitir trabalhos sociais e educacionais no Parque das Américas

    A Câmara de Lucas do Rio Verde aprovou, por unanimidade, projeto que autorização a cessão de um imóvel à ONG Amibem. A área pública está localizada ao lado do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) no bairro Parque das Américas.

    A presidente da ONG, Roseana Spindler, acompanhou a votação nesta segunda-feira (11). Ela agradeceu à gestão municipal e aos vereadores pela cessão da área. “Vai ser destinada a outra parte da ONG, que desenvolve trabalhos sociais e de educação ambiental”, explicou.

    A Amibem é a responsável pela gestão do Cetas, mas também atua junto a famílias em situação de vulnerabilidade social. Atualmente atender cerca de 200 famílias em diversos bairros luverdenses. Além disso, desenvolve ações direcionadas a 120 crianças.

    A diretoria da ONG estuda a construção de um espaço onde consiga desenvolver trabalhos de educação ambiental e atividades sociais com as famílias assistidas mensalmente. “Temos um planejamento de fazer um barracão de educação ambiental, onde a gente fará agendamentos com escolas para irem até lá. Temos outros projetos para atender nossos jovens em risco social, que a gente já trabalha”, explica a presidente. O próximo passo é definir como captar recursos para viabilizar a implantação dessas benfeitorias.

  • ONG antecipa comemoração da Páscoa em Lucas do Rio Verde

    ONG antecipa comemoração da Páscoa em Lucas do Rio Verde

    Crianças atendidas pela ONG Amibem anteciparam a celebração da Páscoa. Cerca de 120 delas participaram da programação desenvolvida em Lucas do Rio Verde neste fim de semana.

    De acordo com a responsável pela ONG, Rose Spindler, todas as datas comemorativas são lembradas, como páscoa, natal e dia das crianças. “A gente sempre busca realizar alguma atividade nestas datas, fazer alguma coisa pra elas”, disse.

    As crianças atendidas pela Amibem são de famílias humildes. Por este motivo, atividades como a realizada pela ONG neste fim de semana têm significado especial.

    Como acontece nas ações da Amibem, a participação da comunidade é essencial. Na ação de páscoa, um grupo de funcionários da BRF de Lucas do Rio Verde foi a parceira da vez, doando as guloseimas servidas às crianças.