Tag: onda de calor

  • Ondas de Calor em Mato Grosso: Queda na temperatura prevista para 42 cidades

    Ondas de Calor em Mato Grosso: Queda na temperatura prevista para 42 cidades

    Após quase duas semanas de altas temperaturas, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) anuncia o fim da onda de calor em Mato Grosso, com previsão de queda na temperatura em 42 cidades do estado, incluindo a Capital, a partir desta terça-feira (14). Poconé deve ser uma das localidades mais afetadas, com uma redução superior a 5°C, registrando mínimas de até 15°C. Cáceres também terá uma queda significativa, com mínima de 14°C.

    Inicialmente prevista para durar cinco dias, a onda de calor persistiu por 13 dias, elevando as temperaturas em cerca de 5°C acima do normal para esta época do ano. Agora, o Inmet prevê uma diminuição gradual das temperaturas, com uma média de redução entre 3°C e 5°C, especialmente nas regiões Centro-Sul, Sul e Sudoeste de Mato Grosso.

    Em Cuiabá, a temperatura deve variar entre 22°C e 31°C nesta terça-feira (14), com uma queda prevista para quarta-feira (15), com mínimas de 19°C e máximas de 30°C. Na Chapada dos Guimarães, a temperatura mínima pode chegar a 15°C na terça e 14°C na quarta, com máximas de 33°C e 36°C, respectivamente.

    Outras cidades também sentirão a mudança de temperatura, como Cáceres, com mínimas de 14°C e máximas de 28°C na terça-feira e 14°C e 31°C na quarta. Em Alto Araguaia, os termômetros marcarão entre 17°C e 33°C, enquanto em Acorizal a mínima será de 16°C e a máxima de 28°C.

    Apesar da queda temporária, as temperaturas devem voltar a subir na quinta-feira.

    Lista de Municípios com Queda de Temperatura em Mato Grosso

    MunicípioEstadoData da QuedaTemperatura Mínima (°C)Temperatura Máxima (°C)
    AcorizalMT14/05/20241628
    Alto ParaguaiMT14/05/20241733
    AraputangaMT14/05/20241832
    Barão de MelgaçoMT14/05/20241630
    Barra do BugresMT14/05/20241529
    CáceresMT14/05/20241428
    Campos de JúlioMT14/05/20241631
    Campo VerdeMT14/05/20241732
    Chapada dos GuimarãesMT14/05/20241533
    Conquista D’OesteMT14/05/20241630
    CuiabáMT14/05/20242231
    CurvelândiaMT14/05/20241529
    DeniseMT14/05/20241631
    Figueirópolis D’OesteMT14/05/20241530
    Glória D’OesteMT14/05/20241732
    IndiavaíMT14/05/20241631
    ItiquiraMT14/05/20241732
    JaciaraMT14/05/20241631
    JangadaMT14/05/20241529
    JauruMT14/05/20241630
    JuscimeiraMT14/05/20241732
    Lambari d’OesteMT14/05/20241631
    Mirassol d’OesteMT14/05/20241732
    Nossa Senhora do LivramentoMT14/05/20241630
    Nova LacerdaMT14/05/20241529
    Nova OlímpiaMT14/05/20241631
    Pedra PretaMT14/05/20241732
    PoconéMT14/05/20241528
    Pontes e LacerdaMT14/05/20241630
    Porto EsperidiãoMT14/05/20241732
    Porto EstrelaMT14/05/20241631
    Reserva do CabaçalMT14/05/20241529
    Rio BrancoMT14/05/20241630
    RondonópolisMT14/05/2024173

  • Onda de calor se estende até sábado (04) e deve atingir 45 municípios de Mato Grosso

    Onda de calor se estende até sábado (04) e deve atingir 45 municípios de Mato Grosso

    A Defesa Civil de Mato Grosso alerta que a onda de calor que atinge o Estado desde o último fim de semana deve se estender até o próximo sábado (04.05). A atualização do alerta foi emitida nesta quinta-feira (02), com base na previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

    Com o alerta estendido, a onda de calor recebe a classificação de “grande perigo”, considerando a previsão de que as temperaturas atinjam 5ºC acima da média do período por mais de cinco dias consecutivos.

    O alerta é válido para as regiões centro-sul, sudeste e sudoeste de Mato Grosso, abrangendo 45 municípios (veja no final da matéria).

    Nesse período, é recomendado que se evite a prática esportiva ao ar livre sem proteção adequada e a exposição ao sol durante os horários de maior intensidade, das 9h30 às 16h30. Além disso, é fundamental a hidratação, por meio do consumo de alimentos leves e ingestão de água a cada duas horas, ainda que não esteja com sede.

    Confira outras dicas para enfrentar a onda de calor:

    • Não deixe crianças ou pessoas idosas sem vigilância em veículos estacionados;
    • Mantenha sua casa fresca, cobrindo janelas durante o dia e usando ar-condicionado ou ventiladores nas horas mais quentes;
    • Garanta que as conexões elétricas sejam seguras;
    • Use roupas leves, de cores claras e que não fiquem apertadas ao corpo;
    • Proteja as crianças com chapéu de abas;

    Atenção à sua saúde! Busque ajuda se sentir tonturas, fraqueza, ansiedade ou tiver sede intensa e dor de cabeça. Se você possui alguma doença crônica e faz uso contínuo de medicamentos, consulte seu médico.

    Abaixo, confira os municípios abrangidos pelo alerta de onda de calor:

    Acorizal, Alto Araguaia, Alto Garças, Alto Taquari, Araguainha, Araputanga, Barão de Melgaço, Barra do Bugres, Cáceres, Campo Verde, Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Curvelândia, Dom Aquino, Figueirópolis D’Oeste, Glória D’Oeste, Guiratinga, Indiavaí, Itiquira, Jaciara, Jangada, Jauru, Juscimeira, Lambari D’Oeste, Mirassol d’Oeste, Nossa Senhora do Livramento, Pedra Preta, Poconé, Ponte Branca, Pontes e Lacerda, Porto Esperidião, Porto Estrela, Poxoréo, Reserva do Cabaçal, Rio Branco, Rondonópolis, Rosário Oeste, Salto do Céu, Santo Antônio do Leverger, São José do Povo, São José dos Quatro Marcos, São Pedro da Cipa, Vale de São Domingos, Várzea Grande e Vila Bela da Santíssima Trindade.

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  • Onda de calor gera alerta para MS e parte do estado de SP

    Onda de calor gera alerta para MS e parte do estado de SP

    Um nova onda de calor deverá manter as temperaturas elevadas em todo o Mato Grosso do Sul nos últimos dias de abril. Metade do estado de São Paulo também se encontra dentro do perímetro atingido, conforme alerta divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

    O evento climático atinge a porção oeste do território paulista e não vai alcançar a região metropolitana. Ainda segundo o alerta, outros quatro estados podem ser parcialmente atingidos. Mato Grosso e Goiás devem ficar atentos para uma faixa que alcança o sul dos dois estados. Já no Paraná, a temperatura sobe para municípios do norte. A onde de calor alcança ainda parte da região do Triângulo Mineiro.

    O alerta, divulgado neste sábado (27), vale até às 18h de quarta-feira (1º). Na classificação do Inmet, as ondas de calor se configuram quando a temperatura se mantém, ao longo de pelo menos cinco dias, 5 graus Celsius (ºC) acima da média esperada para o mês.

    De acordo com o boletim, 694 municípios devem ser afetados. Cidades como Dourados (MS) e Araçatuba (SP) têm previsão de temperaturas de até 36 ºC, o que é considerado bastante elevado para o outono.

    El Niño

    Fortes ondas de calor têm atingido o território brasileiro desde o ano passado, gerando temperaturas recordes em algumas cidades. As regiões mais atingidas têm sido o Centro-Oeste e o Sudeste.

    De acordo com climatologistas, as elevações de temperatura tem relação com o El Niño, fenômeno que acontece em intervalos de tempo que variam entre três e sete anos. Em vigência desde o ano passado, ele está se aproximando do fim segundo a Agência Nacional Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em inglês).

    Os especialistas apontam também a influência do aquecimento global do planeta, resultado do excesso de emissão gases de efeito estufa provocada pelo homem, o que tende a resultar em episódios de extremos climáticos cada vez mais frequentes.

    Tempestades

    Enquanto o Centro-Oeste e o Sudeste registram alta nas temperaturas decorrente do El Niño, no Sul do país o fenômeno tende a gerar chuvas intensas. Isso ocorre devido a mudanças na dinâmica de circulação das massas de ar. As frentes frias acabam se estacionando por mais tempo na Região Sul ao invés de avançar sobre o território brasileiro.

    Em boa parte do Rio Grande do Sul, incluindo a região metropolitana de Porto Alegre e a porção sul do estado, a população deve se manter atenta. O Inmet emitiu um alerta de tempestades para esse perímetro, válido até às 18h desta segunda-feira (29).

    O órgão indica possibilidade de chuva entre 30 e 60 milímetros por hora ou entre 50 e 100 milímetros por dia. Além disso, podem ocorrer ventos intensos de até 100 quilômetros por hora e queda de granizo. Entre possíveis consequências, o Inmet lista o risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e alagamentos.

    Algumas cidades já registraram um temporal na tarde deste sábado (27). Em Santa Cruz do Sul, a cerca de 150 quilômetros de Porto Alegre, houve queda de granizo e casas foram danificadas. Também houve queda de energia em algumas regiões da cidade. No oeste do estado, o município de Quaraí registrou um acumulado superior a 170 milímetros em um período de 24 horas.

    Chuvas também causaram estragos no Nordeste do país. Em Fortaleza, três casas desabaram durante uma tempestade na madrugada deste sábado (27). Não houve feridos. A ocorrência se deu no Bairro Conjunto Palmeiras II.

    Edição: Denise Griesinger

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  • Sensação térmica no Rio pode passar de 50ºC no fim de semana

    Sensação térmica no Rio pode passar de 50ºC no fim de semana

    O fim de semana no Rio de Janeiro deve ser de forte calor, com sensação térmica superior aos 50°C. A previsão é do Sistema Alerta Rio, serviço de meteorologia da prefeitura. O motivo é a presença de uma massa de ar quente que atua em todo o estado.

    Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o estado do Rio está no alerta amarelo, com temperaturas 5º C acima da média por dois a três dias consecutivos.

    Esta sexta-feira (15) já foi um indicativo do que os cariocas podem esperar para o sábado e o domingo. Às 10h35 a sensação térmica registrada no bairro de Guaratiba, zona oeste, foi de 57,5°C. A previsão é de céu claro a parcialmente nublado até segunda-feira (18), sem ocorrência de chuvas. As temperaturas ficarão elevadas e estáveis, com máximas acima de 37°C.

    As temperaturas estarão elevadas, principalmente no domingo e na segunda-feira, quando podem ficar perto de 40° C, e as sensações térmicas passarem de 50° C em alguns pontos da cidade, disse a meteorologista chefe do Sistema Alerta Rio, Raquel Franco. Por isso é muito importante que a população se mantenha hidratada e evite exposição ao sol no horário entre 10h e 17h, alertou Raquel.

    Cuidados com a saúde

    A Secretaria Municipal de Saúde também reforçou medidas de cuidado e prevenção para as pessoas que têm situação de saúde mais vulnerável, como os que tomam remédios de uso contínuo, especialmente pessoas hipertensas, diabéticas e com insuficiência cardíaca.

    Essas pessoas sofrem mais riscos de passar mal pausa das altas temperaturas e de ter problemas mais graves, caso a saúde não esteja estabilizada.

    A recomendação é manter os medicamentos em dia e evitar exposição excessiva ao sol.

    Onda de calor no país

    Nove estados estão sendo afetados pela atual onda de calor. No caso de Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Goiás, há “potencial perigo” para elevação de temperaturas. No Paraná, em São Paulo, Mato Grosso do Sul, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a classificação é de “grande perigo”.

    De acordo com o Inmet, a Defesa Civil deve ser contatada pelo número 199 em caso de problemas causados pela onda de calor.

    Ao todo, 1.066 municípios desses estados poderão ser atingidos pelo aumento de temperatura, que começou às 14h de quinta-feira (14) e deverá continuar até as 18h de sábado (16).

    Edição: Nádia Franco

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  • Onda de calor afeta centro-sul do país com sensação térmica de 40ºC

    Onda de calor afeta centro-sul do país com sensação térmica de 40ºC

    Um aviso do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), emitido nesta segunda-feira (11), alerta para uma onda de calor com temperaturas próximas de 40º Celsius (C) em grande parte do Mato Grosso do Sul, centro-oeste do estado de São Paulo, e nos estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

    Uma onda de calor é caracterizada quando as temperaturas permanecem 5°C acima da média durante período de três a cinco dias. No caso, o alerta laranja, que é o aviso de perigo, vai até a próxima sexta-feira (15). O fenômeno é causado por uma massa de ar quente e seco que se forma em um sistema de alta pressão, que alcança altas camadas da atmosfera e impede a formação de nuvens e a chegada de ar frio.

    “É um sistema de circulação anti-horária, que acaba divergindo, fazendo com que os ventos não convirjam para a formação de nebulosidade”, explica Dayse Moraes, meteorologista do Inmet, órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária e que representa o Brasil na Organização Meteorológica Mundial (OMM). Segundo Moraes, são esperadas apenas chuvas isoladas para essas áreas, mas o calor seco deve prevalecer na maior parte na região com alerta laranja.

    Em Londrina, no norte do Paraná, as temperaturas máximas podem chegar 36ºC, mas com sensação térmica de 43º. O calor excessivo em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, cidade que faz fronteira com a Argentina, deve atingir 38º nesta quarta-feira (13), mas com sensação térmica de até 46ºC. A região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, deve registrar temperaturas próximas dos 40ºC. Em Curitiba, capital menos quente do país, as temperaturas devem ultrapassar os 30ºC. A massa de ar quente deve elevar a temperatura acima dos 35ºC em grande parte do Mato Grosso do Sul, com a sensação térmica ultrapassando os 40ºC.

    O calor intenso pode provocar alguns problemas de saúde, entre eles, o risco de desidratação, insolação e o agravamento de doenças cardiorrespiratórias. Se a pessoa estiver sem proteção contra os raios solares, até mesmo queimaduras podem ocorrer no corpo. Entre as principais recomendações, está a de não se expor ao sol, especialmente entre os horários de 10h e 16h, ingerir bastante líquido e usar filtro solar. Cuidado com a conservação de alimentos também deve ser observado.

    Edição: Aline Leal

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  • Taylor Swift adia show deste sábado por temperatura extrema no Rio

    Taylor Swift adia show deste sábado por temperatura extrema no Rio

    A cantora norte-americana Taylor Swift decidiu adiar o show que faria no Estádio Olímpico Nilton Santos, popularmente conhecido como Engenhão, na noite deste sábado (18), no Rio de Janeiro. A justificativa da cantora foi a “temperatura extrema” registrada na cidade. A decisão foi comunicada pela artista em sua conta no Instagram.

    Taylor afirmou ter escrito o comunicado já no camarim, dentro do estádio. “Escrevo isso do meu camarim no estádio. A decisão tomada foi por adiar o show de hoje devido às temperaturas extremas no Rio. A segurança e bem-estar dos meus fãs, artistas e equipe devem ser e sempre deverão vir em primeiro lugar”.

    A cantora norte-americana emenda a declaração afirmando que a segurança e o bem-estar dos fãs, artistas e da equipe de apoio sempre estarão em primeiro lugar.

    Taylor Swift adia segundo show no Rio por causa das altas temperaturas. Foto: stories/taylor swift
    Taylor Swift adia segundo show no Rio por causa das altas temperaturas. Foto: stories/taylor swift

    Nova data

    A empresa Ticket For Fun, organizadora da turnê The Eras, de Taylor Swift, confirmou, em seu site oficial que o show deste sábado foi reagendado para a próxima segunda-feira (20). O comunicado diz ainda que todos os ingressos para a apresentação de hoje permanecerão válidos para a nova data. A empresa acrescentou que mais informações sobre os ingressos e políticas desse show serão divulgadas, em breve, no site da turnê: www.taylorswifttheerastour.com.br.

    A decisão da artista de adiar o show desta noite ocorre após a morte da estudante universitária brasileira Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, que começou a passar mal durante o show da cantora, na noite desta sexta-feira (17), no mesmo estádio. A causa da morte ainda é desconhecida.

    Desde então, a morte de Ana Clara, que morava em Rondonópolis, no Mato Grosso, tem gerado comoção nas redes sociais e posicionamentos de autoridades sobre o caso que seguirá em investigação pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.

     
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  • Rio tem calor recorde e sensação térmica beira os 60°C nesta sexta

    Rio tem calor recorde e sensação térmica beira os 60°C nesta sexta

    Em mais um recorde estabelecido pela atual onda de calor, o Rio de Janeiro registrou nesta sexta-feira (17), às 10h20, a sensação térmica de 59,3 graus Celsius (°C). É a maior já aferida pelo serviço meteorológico da prefeitura, o Alerta Rio, criado em 2014. No momento, os termômetros marcavam 41,4°C.

    O recorde anterior havia sido registrado na terça-feira (14), quando a sensação térmica chegou a de 58,5°C.

    A sensação térmica é um parâmetro que leva em consideração a temperatura e a umidade do ar, e as duas medições extremas foram constatadas pela Estação Meteorológica de Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro.

    Além da sensação térmica, a cidade também tem registrado temperaturas recorde. Na quinta-feira (16), os termômetros chegaram a marcar 42,6°C, a maior temperatura do ano. O recorde anterior era de domingo, com 42,5°C.

    Preocupada com os efeitos do El Niño sobre o clima neste verão, a prefeitura do Rio anunciou um plano de resiliência nesta semana . Há expectativa de que o fenômeno climático cause temporais e mais temperaturas extremas nos próximos meses.

    Edição: Juliana Andrade
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  • Especialista explica influência da ação humana nos extremos climáticos

    Especialista explica influência da ação humana nos extremos climáticos

    Depois da última onda de calor que afetou mais de 2,7 mil municípios nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) fez um alerta para temporais com rajadas de vento e queda de granizo nessas regiões, no fim de semana, começando na nesta sexta-feira (17). De acordo com as previsões, o calor forte combinado com o aumento da umidade e ventos em altos níveis potencializam as chuvas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso e no Distrito Federal.

    Nesses lugares, o volume de chuvas em um dia poderá ultrapassar 100 milímetros, reforçando a previsão das mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global, que, entre outras consequências, apontou a intensificação dos extremos climáticos e hidrometeorológicos.

    Segundo o climatologista Carlos Nobre, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, a intensidade e a frequência, com intervalos cada vez menores, entre fenômenos naturais como o El Nino, por exemplo, mostram que toda essa mudança no clima é consequência da ação humana sobre o planeta.

    “Lá atrás se você tinha uma onda de calor por década, até 2019, você já tinha 3,5 ondas de calor por década. E hoje já deve estar perto de acontecer uma em cada dois anos. O mundo inteiro está enfrentando recordes de onda de calor, secas, tempestades muito severas, com muito mais frequência. Tudo isso é o feito direto do aquecimento global”, diz.

    Aumento da temperatura

    De acordo com o especialista, no ano passado a temperatura teve aumento médio de 1,15 graus Celsius (ºC) e já chegou a aumentar 1,26ºC, em 2016. Para esse ano, estudos já apontam uma elevação de 1,4ºC. “Desde os primeiros registros de civilizações, há cinco mil anos, nunca o planeta esteve tão quente. De fato, no período em que a temperatura estava nesse nível, nós temos que voltar 125 mil anos, no último Período Interglacial”, explica.

    O aquecimento global, portanto, induz fenômenos fortes, com mais frequência e maior duração. E ainda gera fenômenos climáticos que nunca existiram, como recordes de ondas de calor no verão da Antártica, dois anos atrás no verão o Ártico.

    Ameaças

    De acordo com o especialista, tanto a saúde humana, quanto as inúmeras espécies de todos os biomas são afetados com temperaturas que se mantém acima de 21ºC por muitos dias, e atingem mais de 40ºC. Além disso, o aumento de queimadas seja pela indução do fogo facilitada pela seca, seja causada pelo homem, fortalecem o ciclo destrutivo.

    Atender aos objetivos do Acordo de Paris, com a redução das emissões dos gases do efeito estufa em 50% até 2030, pode amenizar todos esses problemas, mas ainda são medidas insuficientes para diminuir o ritmo do aquecimento global, já que a maior parte do gás carbônico, metano, oxido nitroso já emitidos permanecerá na atmosfera por, no mínimo, mais 150 anos.

    A queima de combustíveis fósseis é a principal causa das emissões de gases do efeito estufa no mundo e representa 70% do problema global, segundo a Organização Meteorológica Mundial. No Brasil 75% das emissões até 2022 foram causadas pelo desmatamento, 50% foram efeitos da agricultura e 25% da pecuária.

    Desafios

    Segundo Carlos, se os objetivos ambientais forem cumpridos, o planeta ficará 1,5ºC mais quente, o que já causará muitos impactos, caso contrário, a temperatura continuará aumentando e os impactos serão muito maiores. “O fato é que não tem como reverter o aquecimento global, por isso, eu considero esse o maior desafio da humanidade. Por um lado, atender aos objetivos do Acordo de Paris e o outro desafio é o da adaptação. Teremos ainda que buscar adaptar quase todos os setores e criar as condições climáticas para que as populações não fiquem expostas diretamente.”

    Edição: Aline Leal
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  • Onda de calor: consumo de energia no Brasil bate recorde

    Onda de calor: consumo de energia no Brasil bate recorde

    O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou nessa segunda-feira (13) novo recorde na demanda instantânea de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN): às 14h40, foi atingido o patamar de 100.955 megawatts (MW). Foi a primeira vez na história do SIN que a carga superou a marca de 100 mil MW. O recorde anterior era de 97.659 MW, medido em 26 de setembro deste ano.

    No momento em que o novo patamar foi registrado, o atendimento à carga era feito por 61.647 MW de geração hidráulica (61,1%), 10.628 MW de geração térmica (10,5%), 9.276 MW de geração eólica (9,2%), 8.506 MW de geração solar centralizada (8,4%) e 10.898 MW de geração solar proveniente de micro e mini geração distribuída – MMGD (10,8%). A principal razão para esse comportamento da carga é a significativa elevação de temperatura verificada em grande parte do Brasil.

    O Rio de Janeiro registrou, às 9h15 desta terça-feira (14), a maior sensação térmica desde 2014, de 58,5 graus Celsius (°C). A medição foi feita pela estação do serviço municipal de meteorologia Alerta Rio em Guaratiba, na zona oeste da cidade. No momento, os termômetros marcavam 35,5°C.

    A onda de calor chegou em uma época do ano em que, normalmente, a estação chuvosa já está estabelecida e em que as nuvens funcionam como uma espécie de controle das temperaturas. A ausência dessa defesa, segundo a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Anete Fernandes, potencializa os efeitos do fenômeno climático.

    Rio de Janeiro (RJ), 14/11/2023 – População enfrenta forte onda de calor no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
    Rio de Janeiro (RJ), 14/11/2023 – População enfrenta forte onda de calor no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

    Ar-condicionado ou ventilador?

    Os ventiladores consomem menos energia que os aparelhos de ar condicionado. Cabe ressaltar que os aparelhos de ar condicionado oferecem o conforto térmico e a estabilidade na climatização do ambiente, enquanto os ventiladores apenas circulam o ar, mas não refrigeram.

    Ar-condicionado

    Antes de comprar, calcule o efeito na economia de energia, pela etiqueta do Inmetro que está colada no equipamento, informando o consumo anual de energia por ano, em kilowatt-hora (kWh/ano).

    Para saber o consumo, multiplique a energia consumida pelo aparelho em kWh pela tarifa de energia praticada na sua região. Por exemplo: a tarifa residencial no valor de R$ 0,754 por kWh. Assim, se o ar-condicionado consome, por exemplo, 600 kWh por ano, o gasto anual será 600 x 0,754, que resultará em R$ 452,4 por ano.

    Na dúvida entre dois modelos, compare o consumo de ambos e dê preferência ao que consome menos energia. Eventualmente, se esse produto for um pouco mais caro, pode ser que a diferença de preço se pague ao longo dos meses pela economia na conta de luz.

    Evite o abre e fecha de portas dos ambientes refrigerados e só deixe o aparelho ligado enquanto você estiver no ambiente.

    Feche as janelas e isole bem o ambiente para que o ar frio não escape.

    Cortinas e toldos diminuem a incidência do calor do sol no ambiente, o que também contribui para o isolamento térmico.

    Ventilador

    No chão, no teto ou na parede são sempre uma opção mais em conta para refrescar os ambientes.

    Observe a quantidade de vento que o ventilador é capaz de produzir. Na etiqueta do Inmetro, você é informado quanto à vazão do ventilador. Assim, se dois modelos consomem a mesma quantidade de energia, opte por aquele de maior vazão, porque certamente será capaz de ventilar mais do que o outro.

    O índice de eficiência energética constante na etiqueta traz essa relação entre vazão (quantidade de vento) e energia consumida: assim, opte pelos produtos de maior eficiência.

    Seja qual for o modelo do ventilador, é importante fazer a limpeza e manutenção para facilitar a circulação do ar.

    Os parafusos devem estar sempre firmes, as hélices balanceadas e, no caso do modelo de teto, verifique se a lâmpada é a indicada pelo fabricante.

    Dimensione adequadamente o aparelho para o tamanho do ambiente e só deixe ligado enquanto você estiver no espaço.

    Onda de calor atinge vários estados brasileiros
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  • Saiba como o calor excessivo altera metabolismo do corpo

    Saiba como o calor excessivo altera metabolismo do corpo

    As mudanças bruscas de temperatura verificadas nos últimos dias no país alteram muito o metabolismo do corpo humano. O calor excessivo pode levar à desidratação e provocar queimaduras solares, se a pessoa estiver sem proteção, alertou nesta segunda-feira (13) a médica Marcela Benez, coordenadora do Departamento de Cirurgia e Oncologia da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio de Janeiro (SBD-RJ).

    As queimaduras podem ocorrer em quem está exposto diretamente ao sol na face e onde a roupa não cobre. “É importante sempre fazer uso de filtro solar antes de sair de casa, usar roupas mais frescas e fazer reposição de água e outros meios de hidratação ao longo do dia”, disse Marcela, em entrevista à Agência Brasil.

    Sobre o câncer de pele, a médica explicou que ele aparece com o acúmulo de fotoexposição ao longo da vida e devido a queimaduras solares. Segundo Marcela, a queimadura feita na infância vai gerando alteração no DNA da célula, e isso vai se acumulando ao longo da vida. “É uma exposição mais prolongada. Não é de imediato, mas várias exposições podem ser fator de risco.” Com a exposição prolongada ao sol, o câncer de pele pode começar a surgir no adulto jovem e na pessoa idosa. “Tem pessoas com 30 e poucos anos e até com 20 e poucos anos com câncer de pele, resultado de grande exposição ao sol desde crianças. A queimadura solar que faz eritemas e bolhas na pele vai gerando isso no futuro, na idade mais adulta.”

    Algumas doenças podem ser agravadas pelas temperaturas elevadas, especialmente as fotossensibilizantes, como lúpus e a dermatomiosite, que são autoimunes. “São agravadas diretamente pelo sol e pelo calor”. Também a dermatite atópica (doença crônica e hereditária que causa inflamação da pele, levando ao aparecimento de lesões e coceira) pode ficar um pouco descontrolada.

    A dermatologista recomendou que as pessoas, diante dessas temperaturas elevadas, façam a fotoproteção, que inclui o uso de chapéus, barracas na praia e piscina, roupas com fator UV de proteção, além do filtro solar, que deve ser passado na pele ainda em casa, antes da exposição ao sol, e reaplicado, em média, duas ou três horas depois, que é o tempo de duração na pele. “Com o suor, ou quando a pessoa se molha na piscina ou na praia, o protetor deve ser reaplicado.”

    Botando para fora

    A endocrinologista Ana Cristina Belsito, do Hospital São Vicente de Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, enfatizou que, nos casos de calor excessivo, é preciso botar para fora o calor. “A sudorese aumenta nesse período, a pessoa começa a suar mais, e o sódio tende a cair. Os níveis tensionais [níveis de pressão arterial] também caem com isso”, disse Ana Cristina à Agência Brasil.

    Outra coisa importante é a possibilidade de deterioração dos alimentos. “Muitas vezes, a conservação dos alimentos não é tão bem-feita nos locais onde se fazem refeições, e isso aumenta o risco de infecções intestinais, como diarreia, que fazem com que as pessoas tenham outros problemas de desidratação.”

    Além disso, Ana Cristina reiterou a necessidade de tomar cuidado com as roupas. “As vestimentas têm de ser mais frescas, para eliminar calor, porque nosso organismo fica muito aquecido. E as comidas têm que ser leves, frescas. Importante a hidratação e a proteção solar também, contra a radiação ultravioleta intensa e queimadura de pele.”

    A médica reforçou que as pessoas devem se hidratar bem nesse período de calor excessivo e evitar se expor nos horários de pico, desempenhando suas atividades em horários de temperatura mais amena. “Os sinais que a falta de água no organismo pode gerar incluem prostração, desidratação, dor de cabeça [cefaleia], boca seca, desorientação. “São sinais que alertam que o organismo não está bem.”

    Os hipertensas, que costumam usar diuréticos com frequência, devem ficar atentos. O excesso de medicação, quando a pessoa é submetida a uma carga maior de temperatura, faz com que ela perca água. Com essa perda, pode haver um desequilíbrio hidroeletrolítico e, junto com a sudorese, isso pode fazer com que a pressão caia muito, mais do que o normal. Ana Cristina alertou que esse quadro pode levar à desorientação, desidratação e prostração, além de gerar alterações renais devido ao menor aporte de água. A desorientação é o sintoma mais frequente.

    Caso a pessoa tenha esses sintomas, a recomendação é procurar um serviço de emergência, pronto atendimento, para fazer os exames necessários como sódio, potássio, ureia, creatinina, hemograma. Se necessário for, deve ainda medir a pressão. Feitos os exames de urgência, o indivíduo é encaminhado ao médico especializado na área do problema que estiver apresentando.

    Doenças cardiovasculares

    O coordenador assistencial do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), Alexandre Rouge, ressaltou que, quando se fala de aumento da temperatura, é preciso entender duas coisas: uma é o aquecimento global, que, no longo prazo, pode estar relacionado ao aumento progressivo das doenças cardiovasculares. Já há, inclusive, um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostrando isso, disse Rouge.

    Nos meses mais quentes do ano, o aumento da temperatura, somado à redução da umidade do ar, também aumenta os eventos cardiovasculares. “Para tentar compensar o calor, a gente dilata os vasos e, fazendo isso, tem quedas de pressão e aumento de frequência cardíaca, o que favorece o consumo do coração. Aumenta-se o consumo do coração por oxigênio, e isso pode levar à instabilidade de uma doença que esteja ali quietinha”, destacou.

    Rouge lembrou que a pessoa sua mais e, aí, acaba se desidratando e perdendo os eletrólitos do sangue (sódio, potássio), tem menos volume de sangue no organismo, o que também facilita a queda de pressão e o aparecimento de eventos cardiovasculares. “O suor e a queda desses sais favorecem o aparecimento de arritmias, principalmente nos idosos. Então, o aumento da temperatura favorece tanto eventos isquêmicos do coração, que são as anginas e infartos, como eventos de arritmia.”

    Hidratação o tempo todo é o principal cuidado para evitar problemas cardíacos nos períodos de altas temperaturas. Se possível, a pessoa deve andar com uma garrafinha de água, para não se esquecer da hidratação e evitar atividades físicas nos momentos de maior calor. “Não é para parar a atividade física, porque isso também seria ruim, mas não fazer nos horários de pico de calor.” Quando estiver em áreas expostas ao sol, a pessoa deve buscar sempre um local mais fresco, ao longo do dia, se possível, ambientes refrigerados, como dar uma passada em uma galeria ou shopping center onde possa passar algumas horas em ambiente mais refrigerado, fugindo da onda de calor, acrescentou o cardiologista.

    De acordo Rouge, do ponto de vista do coração, a pessoa precisa estar sempre alerta – como deve ser durante todo o ano – para sintomas como dor no peito, desmaios, palpitações. Não há, porém, nenhuma recomendação de exame extra a ser feito. “Só estar atento aos sintomas.” E procurar o médico, se os sintomas persistirem, a orientação é procurar o médico.

    Edição: Nádia Franco
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