Tag: Omicron

  • Capital paulista detecta primeiro caso da BA.2, sublinhagem da Ômicron

    Capital paulista detecta primeiro caso da BA.2, sublinhagem da Ômicron

    A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo confirmou hoje (7) o primeiro caso da BA.2, uma sublinhagem da variante Ômicron, que é considerada ainda mais transmissível que esta e tornou-se dominante em diversos países, como Dinamarca e Índia. Até o momento, não há indicações de que a BA.2 seja mais grave que as outras variantes.

    A sublinhagem BA.2 foi identificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 7 de dezembro e tem cerca de 40 mutações em relação à variante Ômicron BA.1.

    Segundo a secretaria, o paciente é um homem de 22 anos, do município de Santo André, que foi atendido em uma unidade de saúde na capital. O paciente foi vacinado com duas doses da vacina contra a covid-19, mas ainda não está apto a receber a dose de reforço. Ele disse que está com sintomas leves e que ficou em isolamento domiciliar assim que os sintomas se iniciaram. Nenhum parente do homem adoeceu, e ele informou não ter viajado.

    Até este momento, o monitoramento genômico que é feito pela prefeitura com base em amostras tem mostrado que 100% dos casos positivos na cidade de São Paulo são referentes à variante Ômicron.

  • Covid-19: Anvisa suspende autorização para uso emergencial de remédio

    Covid-19: Anvisa suspende autorização para uso emergencial de remédio

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou a autorização para uso emergencial de um coquetel de tratamento da covid-19 com os anticorpos banlanivimabe e etesevimabe, da empresa Eli Lilly.

    A medida foi tomada depois que a Agência pediu estudos e informações sobre como o coquetel responderia a novas variantes, em especial a Ômicron. A própria empresa pediu a revogação e não enviou os estudos e dados requeridos.

    Os estoques restantes já distribuídos da pesquisa e importados antes da decisão da Anvisa poderão ser utilizados, mas somente para variantes que são afetadas pelo conjunto de medicamentos.

    Os anticorpos tinham como objetivo neutralizar o vírus antes que este entre na célula. Segundo análises da Anvisa, quando usados juntos, os dois medicamentos poderiam reduzir em até 70% a incidência da covid-19. Tal eficácia se daria em pacientes que ainda não tenham evoluído para quadro grave e tenham alto risco de progressão.

    Contudo, com as novas variantes,, sobretudo a Ômicron, e a incerteza sobre a eficácia para o tratamento desta, a Agência, a diretoria da Anvisa terminou por revogar a permissão emergencial.

  • Ômicron tem mutação já vista em cepas anteriores, mostra pesquisa

    Ômicron tem mutação já vista em cepas anteriores, mostra pesquisa

    A partir da análise genética, pesquisadores observaram que todas as mutações existentes na Ômicron, variante do novo coronavírus identificada em novembro de 2021, já haviam sido descritas anteriormente. Essa descoberta ajuda a entender a eficácia de vacinas já existentes para a nova cepa. 

    “Nós usamos programas de bioinformática e comparamos o genoma, principalmente a proteína spike, dessa variante Ômicron com demais variantes virais, no caso Alfa, Beta, Gama e Delta, e outras variantes de interesse também”, disse o pesquisador da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp) e coordenador do estudo, Ricardo Durães-Carvalho.

    Durães-Carvalho explica que esses programas de biologia computacional permitem encontrar “regiões parecidas entre as variantes, principalmente nas regiões onde o vírus se liga à célula hospedeira, que é um processo inicial de entrada no humano e começa o processo infeccioso”.

    O pesquisador acrescenta que, se a “chavinha” que se liga à célula humana for parecida com outras cepas, o vírus é alvo de anticorpos. “Fizemos uma certa associação que possivelmente uma vacina de fato que foi produzida contra uma variante pode ser de fato eficaz contra essa variante também.”

    O pesquisador conta que o estudo também usa ferramentas de evolução molecular, pela qual se estuda o nível molecular com que o vírus evolui ao longo do tempo. “Como ele está evoluindo é uma forma de você monitorar aquele vírus”.

    Segundo Durães-Carvalho, a pesquisa identificou que o coronavírus tem mutações parecidas em todas as variantes, “ou seja, ele carrega esse traço de similaridade”. “Se o vírus tem essa característica de as novas gerações trazerem mutações compartilhadas com outras variantes virais, a gente supõe, com as devidas proporções de eficácia vacinal — é bom também ressaltar isso —  que as vacinas são altamente prováveis de serem também eficazes”, diz, destacando que é necessário ser cauteloso com esta afirmação.

    O pesquisador reforça ainda a importância da vacinação e respeito às medidas sanitárias. “Um dado de relevância é que de 90% das pessoas que estão hospitalizadas, e vindo a óbito, são pessoas que não tomaram a vacina ou são pessoas que estão com esquema vacinal incompleto, mostrando a importância de se tomar vacina”.

  • Ao abrir ano judiciário, presidente do STF pede tolerância em eleição

    Ao abrir ano judiciário, presidente do STF pede tolerância em eleição

    O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, conclamou os brasileiros para exercitarem a tolerância ao longo deste ano eleitoral e afirmou que não há espaço para a violência e ações contra o regime democrático. A fala ocorreu na manhã de hoje (1º), durante o discurso do presidente da Corte na sessão solene de abertura do ano judiciário.

    “Não obstante os dissensos da arena política, a democracia não comporta disputas baseadas no ‘nós contra eles’!”, disse Fux. “Em sendo assim, este Supremo Tribunal Federal, guardião da Constituição, concita os brasileiros para que o ano eleitoral seja marcado pela estabilidade e pela tolerância, porquanto não há mais espaços para ações contra o regime democrático e para a violência contra as instituições públicas”, acrescentou o ministro.

    Fux destacou que no Brasil democrático os cidadãos podem expressar suas divergências livremente, “sem medo de censuras e retaliações”. O presidente do Supremo afirmou ainda que o respeito à Constituição, às leis e à liberdade de imprensa encontra-se acima de qualquer resultado eleitoral.

    Outro tema central no discurso de Fux foi a pandemia de covid-19. Ele lamentou os mais de 5 milhões de mortos no mundo e 600 mil no Brasil, e afirmou que o enfrentamento da pandemia “nos fez enxergar que, para além das nossas diferenças, todos nós somos integrantes da mesma teia social e dependemos radicalmente uns dos outros não apenas para sobrevivermos, mas também para sermos livres e autônomos como cidadãos de sociedades democráticas”.

    Em relação à pauta de julgamentos, o ministro frisou que neste ano ela será montada tendo em vista a estabilidade democrática e a preservação das instituições políticas do país.

    Outros pontos mencionados por Fux, a serem observados na pauta de julgamentos, são a revitalização econômica e a proteção das relações contratuais e de trabalho; a moralidade administrativa; e a concretização da saúde pública e dos direitos humanos afetados pela pandemia, especialmente em prol dos mais marginalizados.

    O discurso do ministro foi proferido a partir do plenário do Supremo, onde ele se encontrava sozinho, enquanto os demais ministros e convidados marcaram presença na cerimônia por meio de videoconferência.

    A medida foi adotada por Fux, em comum acordo com os demais ministros, em razão do avanço da variante Ômicron, que nas últimas semanas têm levado à lotação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Distrito Federal.

    Assim como em todos os anos, diversas autoridades estiveram presentes à solenidade de abertura do ano judiciário, entre as quais o vice-presidente Hamilton Mourão e os presidentes do Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL).

    Apesar de ter, inicialmente, confirmado presença, o presidente Jair Bolsonaro não compareceu ao evento por ter ido a São Paulo sobrevoar áreas atingidas por fortes chuvas nos últimos dias. O ministro Gilmar Mendes também não compareceu ao evento.

    OAB e PGR

    Como manda a tradição, discursaram também na cerimônia de abertura do ano judiciário o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o procurador-geral da República. Assim como Fux, ambos fizeram apelos por tolerância em ano eleitoral e rechaçaram ameaças ao resultado do pleito.

    “As eleições de 2022 exigirão de toda a sociedade a vigilância incansável para que ocorram com lisura, transparência e debate com a sociedade”, disse Felipe Santa Cruz, que ocupa, há três anos, a presidência nacional OAB, cargo que deixa nesta terça-feira. “Estaremos alertas para que nenhum tipo de ameaça ao pleito, a seu resultado e ao eleito coloque em risco a vontade soberana do povo brasileiro”, acrescentou ele.

    Já o procurador-geral da República, Augusto Aras, fez uma defesa filosófica da liberdade de manifestação política, da convivência democrática e da política. “É preciso, sobretudo no ano em que se renovará o solene ritual do voto, manter abertos os espaços de comunicação política”, disse ele. “Não podemos também ignorar que devemos repudiar veementemente o discurso do ódio”, acrescentou.

  • Fiocruz aponta piora na ocupação de leitos de UTI por covid-19 no SUS

    Fiocruz aponta piora na ocupação de leitos de UTI por covid-19 no SUS

    A ocupação de leitos públicos de unidade de terapia intensiva (UTI) para adultos com covid-19 está piorando com a rápida disseminação da variante Ômicron, avaliaram pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no boletim do Observatório Covid-19 divulgado hoje (26).

    “Não se pode ignorar que o quadro está piorando, apesar de estar claro que o cenário com a vacinação é muito diferente daquele observado em momentos anteriores mais críticos da pandemia, nos quais se dispunha de muito mais leitos”, diz o boletim, que pondera que pessoas totalmente imunizadas são pouco suscetíveis a essas internações, mas comorbidades graves ou idade avançada podem deixá-las vulneráveis.

    Os pesquisadores explicam que, mesmo com uma proporção menor de casos gerando internações em UTI, os números se tornam expressivos por causa da grande transmissibilidade da variante Ômicron, que é mais contagiosa.

    O aumento no número de internações já levou 12 estados à zona de alerta intermediário, em que entre 60% e 80% dos leitos de UTI estão ocupados. Além disso, as internações chegaram à zona crítica, com ao menos 80% de leitos ocupados, em Pernambuco (81%), Espírito Santo (80%), Goiás (82%), Piauí (82%), Rio Grande do Norte (83%), Mato Grosso do Sul (80%) e Distrito Federal (98%).

    O boletim informa que, entre as 25 capitais com taxas divulgadas, nove estão na zona de alerta crítico: Porto Velho (89%), Rio Branco (80%), Macapá (82%), Fortaleza (93%), Natal (percentual estimado de 89%), Belo Horizonte (95%), Rio de Janeiro (98%), Cuiabá (89%) e Brasília (98%).

    “É fundamental empreender esforços para avançar na vacinação e controlar a disseminação da Covid-19, com o endurecimento da obrigatoriedade de uso de máscaras e de passaporte vacinal em locais públicos, e deflagrar campanhas para orientar a população sobre o autoisolamento ao aparecimento de sintomas, evitando, inclusive, a transmissão intradomiciliar”, destaca o boletim.

  • Avanço da Ômicron leva Uerj a manter atividades presenciais suspensas

    Avanço da Ômicron leva Uerj a manter atividades presenciais suspensas

    A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) vai manter a suspensas as atividades presenciais não essenciais até o dia 15 de fevereiro próximo. A medida foi tomada com base em nota técnica da Pró-Reitoria de Saúde e considera o aumento de casos da variante Ômicron do coronavírus no município do Rio.

    Segundo o reitor Ricardo Lodi, o objetivo é proteger a comunidade acadêmica. “Ao longo das duas primeiras semanas do mês de fevereiro, vamos acompanhar o quadro e verificar se é possível o retorno presencial, ao fim desse prazo. Do contrário, faremos uma nova suspensão”, manifestou Lodi, lembrando a responsabilidade “com a vida daqueles que trabalham e estudam na Uerj”, afirmou.

    As aulas começam no dia 2 de fevereiro, pela via remota, como já ocorreu no ano passado. “Tão logo haja possibilidade, voltaremos às atividades presenciais, que é o anseio de toda a comunidade acadêmica. Mas queremos fazer com segurança”, afirmou.

    O calendário acadêmico aprovado deverá ser desenvolvido de forma remota enquanto perdurar a suspensão das atividades presenciais, com exceção apenas para as disciplinas oferecidas pelas unidades acadêmicas do Centro Biomédico.

  • Qual é a diferença entre Ómicron, gripe e resfriado comum?

    Qual é a diferença entre Ómicron, gripe e resfriado comum?

    A diferença entre Ómicron, gripe e resfriado comum geralmente é ignorada por algumas pessoas e isso causa confusão ao ir ao médico ou fazer um teste para descartar a doença COVID-19.

    A única maneira de saber se é apenas um resfriado ou gripe ou se é a variante Ómicron do novo coronavírus, é através de um teste de PCR, especialmente se o ciclo de vacinação tiver sido cumprido, que é mais provável de ter sintomas leves.

    Se você quiser saber mais sobre os sintomas da variante Ómicron, bem como o desconforto com que ela pode ser confundida com a gripe ou um resfriado, leia mais abaixo.

    Quais sintomas essas doenças compartilham?

    Sintomas leves semelhantes aos do frio, como dor de garganta, espirros e coriza, parecem ser cada vez mais frequentes, enquanto as manifestações características da COVID-19, como febre, tosse e perda de paladar ou olfato, diminuem.

    De acordo com um estudo publicado na revista MedRxiv, Ómicron poderia infectar a garganta antes do nariz, enquanto outras variantes preferem acampar primeiro nas narinas. Assim, em dezembro passado, Ryan Noach, CEO da Discovery Health, a maior seguradora de saúde privada da África do Sul, relatou que os pacientes com Omicron geralmente afirmam primeiro que sua garganta coça e, em seguida, têm congestão nasal, tosse seca e dores no corpo.

    O frio é a mais leve das condições, é uma doença que atinge o pico entre o segundo e o terceiro dias, e seus sintomas mais comuns geralmente espirros, congestão nasal, coriza, dor de garganta, tosse, gotejamento de muco na garganta e lágrimas e, via de regra, geralmente não produz febre.

    A gripe é acompanhada por um processo febril e dor muscular. A variante Ómicron apresenta sintomas, incluindo taquicardia, tosse, dor de garganta, coriza, fadiga extrema, dor de cabeça e febre. No entanto, nenhum cheiro ou sabor é perdido.

    Diferença entre Omicron, gripe e resfriado comum

    A primeira coisa a ter em mente são os sintomas. Neste caso, a perda de olfato e paladar é específica para o coronavírus, além disso, a variante omicron geralmente causa dor de cabeça.

    As diferenças das três doenças são: o resfriado comum apresenta sintomas como espirros, coriza e congestão, e não produz febre. Essa é a principal diferença com a gripe que acontece, além da dor muscular intensa em diferentes partes do corpo. Com relação ao Ómicron, os principais sinais de sua aparência são fadiga extrema, febre, taquicardia, frequência cardíaca acelerada e dor muscular.

    É importante saber a diferença entre Ómicron, gripe e resfriado comum para evitar que a variante se espalhe ainda mais e combata-a a tempo.

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  • Rio suspende visitas a pacientes para evitar contágio pela Ômicron

    Rio suspende visitas a pacientes para evitar contágio pela Ômicron

    A Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio de Janeiro informou que visitas a pacientes internados nas unidades da rede estadual estão suspensas temporariamente. “A medida é necessária devido ao aumento dos casos de covid-19 no estado e ao elevado poder de transmissão da nova variante Ômicron”, diz a pasta.

    A secretaria ressaltou que a medida não atinge o direito a acompanhantes de pessoas protegidas por lei. “Ou seja, continua permitida a presença de acompanhantes para crianças, idosos, deficientes físicos e pacientes com transtornos mentais internados nas unidades. Todo acompanhante deve assinar declaração de assintomático no momento da entrada na unidade de saúde” afirma.

    Segundo a SES, em casos específicos, eventualmente definidos por necessidade avaliada pela gestão da unidade, pode ser autorizada a visita duas vezes por semana, como de pacientes com incapacidade psicológica, motora, intelectual ou em casos de extrema gravidade.

    A SES informou que determinou às unidades de saúde garantir ao paciente internado sem acompanhante a realização de visita virtual por familiar pelo menos duas vezes por semana.

    Os acompanhantes são avisados da determinação com antecedência.

    Capital fluminense

    Na cidade do Rio, devido ao alto risco de contágio da covid-19, a Secretaria Municipal de Saúde suspendeu por 15 dias visitas a pacientes internados em hospitais da rede. A permanência de acompanhantes continua permitida para menores de idade, idosos e portadores de deficiência.

  • Capital paulista soma 498 casos da variante Ômicron

    Capital paulista soma 498 casos da variante Ômicron

    A cidade de São Paulo identificou ontem (14) 332 novos casos da variante Ômicron da covid-19. Com isso a cidade soma 498 casos da nova linhagem do vírus. 

    Das 340 amostras analisadas pelo Instituto Butantan, referente à semana epidemiológica 52, 332 (97,64%) foram positivas para variante Ômicron e oito (2,35%) para variante Delta.

    A vigilância genômica é feita em parceria entre a prefeitura e o Instituto Butantan. “O órgão orienta que os indivíduos sigam com medidas de etiqueta respiratória, tais como uso de máscaras e álcool em gel, cobrir a boca e nariz quando tossir ou espirrar e lavar as mãos imediatamente após contato com secreções respiratórias”, alerta a prefeitura em nota.

  • Ômicron em Crianças de 0 a 4 anos; Entenda

    Ômicron em Crianças de 0 a 4 anos; Entenda

    Ainda que o cenário brasileiro esteja evoluindo positivamente diante da pandemia causada pela Covid-19 por conta da vacinação, a nova variante Ômicron tem trazido mais dúvidas, especialmente após o alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre ela ser preocupante. No entanto, os pais de crianças pequenas não precisam se alarmar.

    Ômicron em Crianças

    O pediatra Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), explica que ainda não há informações o suficiente sobre o modo de agir da nova variante nas diferentes faixas etárias. “Porém, é pouco provável que algo mude em relação as crianças, já que até hoje nenhuma das variantes teve um comportamento diferente na pediatria”, esclarece o especialista.

    Até o momento, a Ômicron chama atenção pela variação de 30 a 50 mutações na proteína Spike (porta de entrada do vírus às células humanas) e a possibilidade de ser uma variante com alta transmissibilidade – principalmente porque ela foi observada inicialmente na África do Sul, no fim de novembro, e já foi detectada em todos os continentes.

    A corrida contra o tempo para vacinar o público infantil

    No Brasil, três casos em São Paulo e dois no Distrito Federal da nova cepa já foram confirmados pelo Ministério da Saúde e eles retomam a discussão sobre a importância de que crianças menores de 12 anos sejam imunizadas o quanto antes.

    “Temos que correr para vaciná-las o mais cedo possível porque o que acontece em infectologia é que, quando há um grupo suscetível, que é o caso dos não vacinados, ele passa a ser o mais acometido“, pontua o infectologista pediátrico Márcio Nehab, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

    O especialista citou o aumento de crianças e adolescentes norte-americanos infectados por causa da variante Delta. Segundo relatórios da Academia Americana de Pediatria, na primeira semana de agosto deste ano, 94 mil integrantes dos dois públicos testaram positivo para Covid-19. Na época, isso significou um aumento de 30% dos casos infantis da doença, representando 15% dos indivíduos contaminados no país.

    A vacinação estava liberada apenas para os maiores de 18 anos neste período, mas já se falava sobre a importância de que as farmacêuticas apresentassem com mais rapidez estudos clínicos que comprovassem a segurança e eficácia do imunizante nas populações pediátrica e juvenil. Atualmente, os pequenos a partir dos cinco anos já estão sendo vacinados por lá.

    Assim, o que se entende é que crianças estarão mais suscetíveis a Ômicron não por ela ser uma variante mais perigosa para o público infantil, mas porque esta faixa etária ainda é a única que está sem acesso à vacinação.

    Como está o processo da imunização infantil no Brasil

    Citando países como China, Chile e Emirados Árabes, que já têm usado a CoronaVac para imunizar crianças e adolescentes, o infectologista pediátrico opina sobre o Brasil estar atrasado no processo.

    “O imunizante mostrou-se seguro, já se vacinou dezenas de milhares de crianças com a CoronaVac, nós a fabricamos no Brasil, sem depender de ninguém, temos tecnologia no Instituto Butantan para produzi-la em escala… Enfim, estamos perdendo tempo para vacinar o público infantil”, defende o especialista.

    Kfouri ainda completa dizendo que a imunização para os menores de 12 anos é necessária independente da cepa que está presente no país. “Afinal, qualquer circulação de vírus que tivermos entre nós, impactará de maneira mais importante os não vacinados”, completa o pediatra.

    Até o momento, nenhuma das vacinas foi aprovada à faixa etária, mas a Pfizer/BioNTech aguarda a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para usar o seu imunizante em crianças a partir dos cinco anos. Já o Instituto Butantan ainda não realizou uma nova solicitação após ter o primeiro pedido negado em agosto deste ano.

    Então, o que fazer para proteger crianças pequenas? 

    Assim que os imunizantes forem liberados, a recomendação é que os pais procurem pelos postos de saúde mais próximos para atualizar a carteirinha de vacinação dos filhos. Isso porque a aprovação do uso pela agência reguladora brasileira garante que a vacina é segura e eficaz para a faixa etária indicada.

    Enquanto isso não acontece, as medidas não farmacológicas continuam sendo fundamentais para protegê-los. “Independente de qual variante esteja circulando, máscara, lavagem de mãos, ambientes arejados e distanciamento continuam sendo bastante eficientes“, reforça Kfouri.

    https://www.cenariomt.com.br/saude/quais-sao-os-sintomas-da-omicron-tire-suas-duvidas/