Tag: Omicron

  • Nova subvariante da covid-19 é identificada em Mato Grosso

    Nova subvariante da covid-19 é identificada em Mato Grosso

    A Secretaria de Saúde de Mato Grosso informou ter identificado uma nova subvariante da covid-19, a JN 2.5, uma variação da Ômicron. “Esse é o primeiro registro da subvariante no Brasil”, destacou a pasta.

    Em nota, a secretaria detalhou que o laboratório central do estado sequenciou e identificou a nova subvariante em pesquisa realizada entre os dias 16 e 18 de janeiro. Ao todo, quatro pacientes do sexo feminino testaram positivo para a nova cepa e foram hospitalizadas.

    Desse total, três pacientes receberam alta médica, estão estáveis e seguem em isolamento domiciliar sob acompanhamento da vigilância municipal. Já a quarta paciente tinha doença pulmonar obstrutiva crônica e morreu.

    “No entanto, a equipe de vigilância da SES [Secretaria de Estado de Saúde] ainda investiga o caso e não é possível afirmar que a causa da morte foi a covid-19.”

    O governo do estado pediu que a população evite pânico e mantenha-se em alerta para sintomas gripais. As orientações incluem ainda o uso de máscara em caso de gripe ou resfriado e higienizar as mãos com sabão ou álcool 70%, além de vacinar-se contra a doença.

    Além do Brasil, a subvariante JN 2.5 também foi identificada no Canadá, na França, na Polônia, na Espanha, nos Estados Unidos, na Suécia e no Reino Unido.

  • Covid-19: vacina bivalente é melhor prevenção contra doença

    Covid-19: vacina bivalente é melhor prevenção contra doença

    A Secretaria de Saúde do estado do Rio de Janeiro reforça a recomendação para que todas as pessoas tomem a vacina bivalente contra a covid-19. De acordo com o secretário de Saúde, Dr. Luizinho, “neste momento, a melhor forma de prevenção contra o vírus, incluindo a subvariante Ômicron EG.5.13, conhecida como Éris, é a vacina bivalente, que está disponível nos postos de saúde dos 92 municípios do estado”, alertou.

    O secretário fez apelo à população para que compareça hoje (2) aos postos de saúde no Dia D de Multivacinação. “Nós estamos convocando todas as crianças que ainda não tomaram as doses da vacina no período adequado que compareçam às unidades de saúde para completar a caderneta de vacinação. A população deve aproveitar também para tomar a vacina bivalente, principalmente às pessoas acima de 60 anos para reforçar a imunização contra a covid-19”, avaliou.

    Subvariante da Ômicron

    A cidade do Rio de Janeiro teve o primeiro registro da nova linhagem da subvariante da Ômicron, conhecida como Éris ou EG.5.11(23). O caso foi notificado ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (CIEVS/SES-RJ) na noite da última quarta-feira, (30), após confirmação pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

    De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o paciente, de 46 anos, não foi imunizado com a dose de reforço da vacina bivalente contra a covid-19. A recomendação da Secretaria Municipal de Saúde é que todas as pessoas maiores de 12 anos tomem a dose de reforço, que mantém a proteção contra casos graves da variante Ômicron.

    Casos importados

    A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), informou que os dois casos mais recentes, provavelmente foram de pessoas que contraíram a doença fora do Rio. Os casos envolvem uma paciente do sexo feminino, de 34 anos, e um bebê do sexo masculino, de um ano de idade. Os dois são da mesma família e iniciaram os sintomas da doença, na segunda semana de agosto, nos dias 10 e 11. Eles apresentaram febre e sintomas respiratórios, uma semana após retornarem da Chapada dos Veadeiros (GO). Os sintomas apareceram inicialmente em um deles, com um quadro de resfriado de curta duração, quatro dias após o retorno da viagem.

    As amostras coletadas foram analisadas pelo Laboratório de Virologia Molecular/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em nota, a UFRJ informou que “o histórico de retorno recente de localidade com grande concentração de turistas internacionais de variadas procedências e o curto espaço de tempo para o adoecimento apontava para infecção importada, seguida de infecção intradomiciliar”. Os dois passam bem.

    Edição: Valéria Aguiar

  • Técnicos pedem vacinas para impedir que variantes sofram mutações

    Técnicos pedem vacinas para impedir que variantes sofram mutações

    Diante do aumento de casos de covid-19, autoridades sanitárias internacionais estão em alerta. O registro de novos casos da doença tem a ver com o surgimento de novas subvariantes da Ômicron, BQ.1 e XBB. Segundo os primeiros estudos, elas podem ser mais transmissíveis e resistentes às barreiras vacinais.

    O mais recente Boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado na última quinta-feira (10), sinaliza para o aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com resultado laboratorial positivo para Covid-19 na população adulta do Amazonas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

    Segundo o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, ainda não é possível afirmar que esse crescimento esteja relacionado especificamente com as identificações recentes de novas sublinhagens identificadas em alguns pontos do país.

    Em alguns estados, o sinal é mais claro nas faixas etárias a partir de 18 anos. A exceção é o Rio Grande do Sul, que apresenta essa tendência apenas nas faixas etárias a partir de 60 anos.

    “Como os dados laboratoriais demoram mais a entrar no sistema, espera-se que os números de casos das semanas recentes sejam maiores do que o observado nessa atualização, podendo, inclusive, aumentar o total de estados em tal situação”, disse o pesquisador da Fiocruz.

    Crianças

    Quando o recorte foi feito por capitais, a Fiocruz identificou maior predominância em crianças. As exceções são Manaus, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, que apresentam crescimento nas faixas etárias acima de 60 anos.

    Segundo o médico Werciley Júnior, coordenador da Infectologia da rede Santa, em Brasília, as crianças devem ser um foco de atenção importante. “Apesar da doença em crianças ser uma forma normalmente leve, a gente tem dois aspectos. O primeiro é que nelas, quando a forma é grave, há uma alta taxa de mortalidade. O outro é que as crianças são carreadoras do vírus para dentro de casa. Se elas estiverem imunizadas, vão diminuir muito sua capacidade de transmissão”, alertou.

    Ainda segundo o médico infectologista, apesar de até o momento os casos no país serem leves, registros positivos preocupam especialmente entre os não vacinados. O especialista ressaltou que o grande medo da comunidade médica e de autoridades sanitárias é que essa variante sofra uma nova mutação e fuja totalmente da vacina causando doenças graves.

    “A gente sabe que a taxa de vacinação mais ou menos estacionou com duas doses. As pessoas não estão fazendo a terceira dose que houve uma redução gigantesca”, observou, acrescentando que esse público pode desenvolver formas graves da doença.

    Segundo o médico, a vacina tem dois pontos importantes. O primeiro deles é proteger as pessoas de modo que quem tiver a doença desenvolve a forma leve.

    O outro ponto é que, com anticorpos trazidos pela vacina “mesmo que parcialmente funcionando”, o paciente infectado diminui a carga viral e não consegue transmitir o vírus para a mesma quantidade de pessoas que transmitia sem a imunização.

    Proteção

    Além da vacinação, o infectologista recomendou que pessoas com comorbidades voltem a usar máscaras de proteção facial, evitem aglomerações e, em caso de suspeita, façam o teste para evitar contaminação de outras pessoas.

    Edição: Kleber Sampaio

  • Covid-19: SP confirma dois casos da variante BQ.1 da Ômicron

    Covid-19: SP confirma dois casos da variante BQ.1 da Ômicron

    A Secretaria de Saúde do estado de São Paulo confirmou hoje (8) a existência de dois casos de covid-19 provocados pela nova variante Ômicron (BQ.1.1), no município de São Paulo.

    A nova cepa foi identificada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De acordo com a secretaria, os casos estão sob investigação epidemiológica das vigilâncias municipal e estadual.

    “A confirmação de variantes ocorre por meio de sequenciamento genético e, até o momento, há dois casos da nova variante Ômicron (BQ.1.1) no município de São Paulo”, diz o texto de nota da secretaria.

    Segundo a pasta, a higienização das mãos com água e sabão ou com álcool em gel, e a vacinação contra a covid-19 continuam sendo cruciais para evitar o contágio da doença.

    Edição: Denise Griesinger

  • UFRN detecta duas novas variantes Ômicron da covid-19

    UFRN detecta duas novas variantes Ômicron da covid-19

    O Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) detectou dois novos tipos de variantes Ômicron da covid-19 coletadas, em maio, de pessoas em Natal. A pesquisa foi feita com participação do Laboratório Getúlio Sales Diagnóstico e o Instituto Butantan.

    O estudo sequenciou e analisou amostras coletadas pelas unidades de saúde da prefeitura de Natal e pelo IMT, detectando a circulação das variantes Ômicron (BA.5-like) e Ômicron (BA.4-like).

    De acordo com a diretora do IMT, Selma Jerônimo, as novas variantes indicam ser mais transmissíveis, em razão do aumento no número de pessoas infectadas com covid-19 nas últimas semanas.

    A diretora ressaltou a importância da vacina contra a covid-19, para evitar a forma grave da doença, bem como orientou sobre o uso de máscaras em locais fechados, além das demais medidas de biossegurança, como a higiene frequente das mãos.

  • Fiocruz: terceira onda provocada pela Ômicron está terminando

    Fiocruz: terceira onda provocada pela Ômicron está terminando

    A continuidade da tendência de queda nos casos, internações e óbitos por covid-19 indica que a terceira onda de infecções, causada pela variante Ômicron, está terminando. A avaliação é de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que divulgaram hoje (8) o Boletim do Observatório Covid-19.

    Os cientistas veem um cenário bastante positivo no país, com uma queda de 36% nos novos casos e de 41% nos óbitos pela doença, na comparação dos dados de 20 de março a 2 de abril com os de 6 a 19 de março.

    “Como reflexo dessa tendência geral, houve queda dos indicadores de transmissão em grande parte dos estados, como Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e também no Distrito Federal”, afirma a Fiocruz, que destaca ainda que, pela primeira vez desde maio de 2020, nenhum estado superou a marca de 0,3 óbito por 100 mil habitantes.

    A média móvel de mortes por covid-19 chegou a 215 vítimas por dia em um período de sete dias, e a letalidade da doença também está abaixo de outros momentos da pandemia. Entre os que testaram positivo para a doença, 0,8% foram a óbito, proporção que já chegou a 3% em 2021.

    Vacinação

    A queda no número de mortes e na letalidade da covid-19 está relacionada à vacinação da população. O país conta com 82,5% da população com a primeira dose, 75,4% com o esquema de vacinação completo (duas doses ou dose única) e 37,1% com a dose de reforço. Também contribui para que haja menos vítimas a menor gravidade da infecção pela Ômicron, que evolui para casos severos com menor frequência.

    “A ampliação da vacinação, atingindo regiões com baixa cobertura e doses de reforço em grupos populacionais mais vulneráveis, pode reduzir ainda mais os impactos da pandemia sobre mortalidade e internações. Ao mesmo tempo, todo o sistema de saúde deve se valer do período de menor transmissão da covid-19 para readequar os serviços para o atendimento de demandas represadas”, recomendam os pesquisadores.

    O boletim InfoGripe, também da Fiocruz, já havia apontado nesta semana que a participação do SARS-CoV-2 entre os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causados por vírus respiratório chegou ao menor percentual da pandemia, com 50,7%. Em momentos mais críticos, essa participação passou de 98%.

    O menor número de casos severos de covid-19 tem permitido que os estados reduzam o número de leitos de terapia intensiva destinados apenas a adultos com a doença no Sistema Único de Saúde. Mesmo com essa diminuição, a Fiocruz avalia que os estados vem mantendo taxas bem baixas de ocupação de leitos por covid-19.

    “A dinâmica de alguns dados já aponta para a reorganização dos serviços no sentido de menos foco na covid-19 e ampliação do atendimento a outros problemas de saúde. O passivo assistencial em toda a rede de serviços de saúde é desafiador após pouco mais de dois anos da pandemia”, aponta o boletim.

    A Fiocruz alerta que metade dos óbitos na última semana epidemiológica foi registrada em pessoas com ao menos 74 anos, o que reforça a vulnerabilidade dessa população diante da doença. Os pesquisadores ressaltam que é necessária a aplicação de uma quarta dose nesse grupo:

    “Concomitantemente, há necessidade absoluta de avanço na vacinação dos mais jovens elegíveis (5 a 11 anos) e o início do debate sobre vacinação na faixa de 0 a 4 anos”, diz a fundação, que acrescenta que tem aumentado a contribuição dos mais jovens, principalmente de crianças, no quantitativo total de número de casos.

  • OMS monitora nova variante que combina Ômicron e Delta

    OMS monitora nova variante que combina Ômicron e Delta

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quarta-feira (9) que está monitorando o surgimento de uma nova variante do coronavírus que combina características genéticas duas outras versões do vírus: a Ômicron e a Delta. A mistura das duas variantes tem sido chamada informalmente de Deltacron.

    A primeira evidência mais sólida de um vírus recombinante Delta e Ômicron foi compartilhada pelo Instituto Pasteur, da França. Eles fizeram o sequenciamento genético completo do vírus para o GISAID, um banco de dados internacional que centraliza as sequências genéticas de todas as variantes do coronavírus.

    A diretora técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, disse que a entidade está ciente dessa nova variante, já identificada em três países europeus.

    “Estamos cientes disso, é uma combinação das variantes Delta e Ômicron. Foi detectada na França, na Holanda e na Dinamarca. Isso era algo esperado dado que há uma intensa circulação dessas variantes”, disse durante coletiva de imprensa da OMS.

    Segundo ela, em países da Europa a variante Delta continuava circulando de forma expressiva quando surgiu a variante Ômicron, o que pode explicar essa recombinação.

    A epidemiologista ponderou que, até o momento, não foi identificada nenhuma severidade maior da infecção pela nova variante, mas que pesquisas e estudos ainda estão em andamento.

    Pandemia

    Sobre a persistência da pandemia, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, voltou a dizer que ela está longe do fim. “A pandemia está longe de acabar. E ela não vai acabar em nenhum lugar até que ela acabe em todos os lugares”, alertou.

    Em janeiro deste ano, após o aumento exponencial de contaminações impulsionado pela variante Ômicron, o dirigente da OMS já havia dito a mesma coisa. Ele também lembrou que, na próxima sexta-feira (11) completará exatamente dois anos em que a epidemia de covid-19 foi descrita como uma pandemia global.

  • Pico de casos da Ômicron gerou quadro de desassistência em UTIs

    Pico de casos da Ômicron gerou quadro de desassistência em UTIs

    O grande número de casos de covid-19 provocado pela variante Ômicron do coronavírus levou a um expressivo volume de óbitos fora de unidades de Terapia Intensiva, o que configura um quadro de desassistência, afirmam pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os cientistas divulgaram hoje (15) uma nota técnica que mostra que a variante provocou um pico de internações semelhante ao da primeira onda da covid-19 em quase todas as unidades da federação.

    O texto explica que mesmo com a proteção das vacinas e a suposta menor letalidade da variante, o elevado número de casos que ela provoca por sua maior transmissibilidade leva uma demanda extrema aos serviços de saúde, ainda que o percentual de internações seja pequeno em relação ao total de casos.

    “Apesar de alguns estudos e vários especialistas apontarem que, do ponto de vista individual, a variante Ômicron é menos letal, do ponto de vista da saúde pública e do atendimento esse não parece ser o caso. O volume de casos provocado por essa variante é extremamente alto e, mesmo que o percentual de pessoas que necessitem de atendimento especializado seja pequeno frente ao volume extremamente alto de casos, as redes de atendimento acabam sendo ocupadas e, em última análise, a desassistência à saúde ocorre, elevando o número de óbitos”, diz a nota técnica.

    Na nota, os pesquisadores ressaltam que a desassistência é a pior situação dentro de um contexto de epidemia, pois reflete o colapso do sistema de saúde e faz com que as pessoas não recebam os cuidados necessários para terem uma chance de se recuperar. “A desassistência também provoca óbitos indiretos por outras causas que não podem ser atendidas”, alertam os pesquisadores.

    Os meses de março e abril de 2021, no pico de casos causado pela variante Gamma, foram os que tiveram o maior número absoluto de mortes fora de UTI. Apesar disso, quando se considera o percentual de óbitos fora de uma UTI em relação ao total de óbitos hospitalares, o mês de janeiro de 2022 fica atrás apenas dos meses de maio e abril de 2020, o que pode significar que uma proporção maior de pessoas chegou a ser hospitalizada mas não teve acesso a leitos de alta complexidade quando seu quadro se agravou. A Fiocruz pondera que esses dados devem ser analisados com cautela, pois ainda existe atraso no registro para os meses mais recentes e um represamento causado pelo apagão de dados que se deu com o ataque hacker aos sistemas do Ministério da Saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS).

    O aumento acelerado de casos causado pela Ômicron também se deu em um momento em que diversos estados haviam retomado atendimentos e cirurgias de rotina, o que pode ter contribuído para uma menor disponibilidade de leitos, lembra a fundação. Apesar desse quadro, a Fiocruz esclarece que nenhum estado atingiu os picos de ocupação de UTI registrados durante a onda da variante Gamma, no início de 2021. Além disso, nenhuma unidade da federação teve tantas vítimas quanto nos picos de 2021 e 2020.

    “Considerando os piores períodos, a letalidade da covid-19 chegou a cerca de 4%. Na variante Ômicron, o pico da letalidade até agora é de 0,4%”, compara a nota técnica.

    Vacinação

    Os pesquisadores da Fiocruz descrevem que a onda de casos da variante Ômicron parece se comportar de forma diferente a das outras variantes, com um pico acelerado seguido de uma queda acentuada no número de casos, o que confere alguma imunidade à população que foi infectada.

    “Em pessoas vacinadas e sem complicações prévias, a doença parece seguir um curso mais brando. No entanto, em pessoas não vacinadas e mesmo sem comorbidades ou fatores de risco, essa variante apresenta um risco para internação e óbitos. De forma indireta, a onda de Ômicron valida os efeitos esperados para a vacinação da população”, diz a Fiocruz, que reforça a importância da vacinação para a saúde coletiva.

    “Existe uma epidemia de não vacinados que lotam os hospitais, sufocam os serviços de saúde e impossibilitam atendimento de outros problemas de saúde que continuam acontecendo. Isso parece ocorrer tanto no Brasil quanto em outros países analisados”, diz a nota.

    A fundação também pede atenção às desigualdades regionais da cobertura vacinal e compara que estados como São Paulo, com 80% da população com esquema completo, se equiparam a países desenvolvidos, enquanto unidades da federação, principalmente da Região Norte, têm percentuais inferiores a 60% e até 50%.

    “A desigualdade geográfica na vacinação é um problema urgente. Enquanto temos no Sul e Sudeste do país, patamares de vacinação acima de países ricos da Europa, principalmente no Norte do país, temos bolsões de não vacinados próximos a países pobres da África”.

  • Pesquisa coordenada pela Friocruz aponta predominância da variante Ômicron em Mato Grosso

    Pesquisa coordenada pela Friocruz aponta predominância da variante Ômicron em Mato Grosso

    Uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Laboratório Central de Mato Grosso (Lacen-MT), apontou que, em janeiro de 2022, a circulação da variante Ômicron predominou em 90% dos casos confirmados de Covid-19 e analisados pelas entidades.

    A análise foi feita pela equipe coordenada pelo pesquisador da Fiocruz, Luiz Carlos Júnior Alcântara, que recebeu 95 amostras. Desse total de amostras, 48 foram enviadas pelos municípios do Estado ao Lacen e 47 foram provenientes da pesquisa realizada em pacientes assintomáticos vacinados.

    Conforme resultado da análise, em agosto de 2021 cerca de 60% das variantes em circulação no estado era da Gamma e 40% era da variante Delta. Em dezembro de 2021, o estudo mostrou a prevalência de 75% da variante Delta e de 25% da variante Ômicron. Em janeiro de 2022, foi identificado nas amostras a predominância de 90% da variante Ômicron contra cerca de 10% da variante Delta.

    “Esses resultados evidenciam a importância de mantermos ativas as medidas não farmacológicas ao longo do processo de vacinação para que seja possível reduzir a transmissão sustentada do patógenos a nível nacional, prevenindo a potencial emergência de outras variantes de interesse e/ou preocupação internacional”, diz o pesquisador Luiz Carlos Júnior Alcântara no relatório da pesquisa.

    As amostras são provenientes de pacientes dos municípios de Guarantã do Norte, Conquista D’Oeste, Lambari D’Oeste, Alto Araguaia,  Chapada dos Guimarães,  Campo Novo do Parecis, Juscimeira, Alto Araguaia, Diamantino, Tangará da Serra,  Poconé,  Nova Santa Helena,  Tapurah,  Nova Canaã do Norte, Colíder, Nova Guarita, Gloria D’Oeste, Nova Brasilândia, Rondonópolis, Nova Ubiratã, Porto Esperidião, Rio Branco, Salto do Céu, Reserva do Cabaçal, Jaciara, Nova Lacerda, Planalto da Serra, Barra do Bugres, Santa Rita do Trivelato, Dom Aquino, Campo Novo do Parecis, Várzea Grande, Cuiabá, Nobres, Cáceres, Comodoro, São José Dos Quatro Marcos, Nossa Senhora Do Livramento, Alta Floresta e Santo Antônio do Leverger.

    A diretora do Lacen-MT, Elaine Cristina de Oliveira, avalia positivamente a pesquisa no sentindo de identificar as variantes em circulação no estado e analisar a predominância delas entre os casos confirmados do coronavírus. “Os esforços de sequenciamento são necessários para a geração de novos dados genômicos que permitirão o monitoramento das variantes do vírus SARS-CoV-2 circulantes. A partir dessa identificação os gestores conseguem trabalhar políticas públicas de enfrentamento a disseminação do vírus”, diz Elaine.

    A diretora ainda explica que sobre as ações de vigilância genômica em Mato Grosso, o Lacen iniciou as atividades de sequenciamento genético em outubro de 2021 e até momento já sequenciamos 160 amostras e 64 amostras ainda estão em análise.

    No período de 2020 e 2021, o laboratório envio aos laboratórios de referência 360 amostras. Desse total, 118 tiveram resultado sequenciados. Já para a equipe do projeto de pesquisa a unidade estadual enviou 256 amostras, das quais foram sequenciadas 158.

     

  • Cai impacto da variante Ômicron sobre o empresariado fluminense

    Cai impacto da variante Ômicron sobre o empresariado fluminense

    Pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises do Rio de Janeiro (IFec RJ) sobre o impacto da variante Ômicron no empresariado fluminense constatou que o número de empresários do comércio de bens, serviços e turismo do estado do RJ que tiveram seus negócios impactados pelo vírus caiu de 60,5%, em janeiro, para 59,4%, em fevereiro. Houve também diminuição dos comerciantes que tiveram funcionários afastados por conta da variante: de 58,7%, em janeiro, para 56,7%, em fevereiro. A sondagem ocorreu no dia 7 de fevereiro, com a participação de 209 empresários do estado do Rio de Janeiro.

    A pesquisa apurou que o número dos empresários que tiveram afastado apenas um funcionário aumentou de 23,9% (janeiro) para 37,5% (fevereiro), mostrando queda do impacto para o funcionamento dos estabelecimentos. O número de comerciantes que acreditam que terão algum tipo de prejuízo em seus negócios na semana seguinte caiu de 74,3% (janeiro) para 71,3% (fevereiro).

    O diretor do IFec RJ, João Gomes, disse hoje (8) à Agência Brasil que a expectativa negativa para a semana seguinte também reduziu bastante. “Você saiu de 60% de empresários que na próxima semana esperavam que seriam muito prejudicados ou prejudicados e vai para 46,9%. É uma queda bastante significativa. Mais do que aquilo que ele estava observando na semana passada, era já a expectativa para a frente e com fundamento. Porque um percentual maior estava vendo menos funcionários afastados por conta da covid”.

    Queda da variante

    Segundo João Gomes, o momento que o empresariado está vivendo dá suporte para ele acreditar que essa semana já seria melhor do que aquela que ele estava enfrentando. As informações transmitidas pelas autoridades sanitárias em relação à variante Ômicron ajudam os economistas do instituto a fazerem essa análise, destacou o diretor.

    Gomes observou que o percentual dos que esperavam ser muito prejudicados na semana seguinte caiu 9 pontos percentuais, passando de 29,6% para 20,6%. Os números estão em linha com o processo de arrefecimento das estatísticas da pandemia na capital, com maior concentração dos casos, embora ele tenha lembrado que a pesquisa tem abrangência estadual.

    Diante da tendência de redução de casos da doença e do número de óbitos e desaceleração dos pacientes internados, cuja quase totalidade é de pessoas que não completaram o esquema vacinal, incluindo a dose de reforço, o diretor do IFec RJ analisou que esse é o principal termômetro para o retorno pleno dos negócios. “O retrato hoje é o seguinte: a vacina é a solução. Está mais do que comprovado”. Não há, segundo afirmou, condição de se fazer uma análise racional, técnica e isenta dos dados. “Olhando os dados agora, a tendência é positiva”, concluiu João Gomes.