Tag: Olímpíadas

  • Atletas de Lucas do Rio Verde integram delegação de MT nas Olimpíadas Especiais das APAE’s

    Atletas de Lucas do Rio Verde integram delegação de MT nas Olimpíadas Especiais das APAE’s

    Alunos da Escola de Educação Especial Renascer, de Lucas do Rio Verde, estão integrando a delegação de Mato Grosso nas Olimpíadas Especiais das Apaes. O evento reúne cerca de 1,6 mil atletas de APAEs de 23 Estados brasileiros e o Distrito Federal. A competição iniciou na segunda-feira (05) e prossegue até sábado (10) em Aracaju/Sergipe.

    “Nossos atletas passaram por eliminatórias regionais e estaduais para conquistar a vaga para a etapa nacional”, disse em comunicado a escola mantida pela APAE no município.

    No total, 11 modalidades estão em disputa, sendo cinco coletivas (basquete, handebol, capoeira, futsal e futebol society). Outras seis individuais (atletismo, natação, ginásticas rítmica e olímpica, tênis de mesa e bocha) também serão disputadas.

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    O esporte é visto como essencial, pelas APAE’s, para o desenvolvimento e a promoção da inclusão social e da cidadania, principalmente no que diz respeito às pessoas com deficiência. As Olimpíadas das Apaes representam um dos momentos em que o movimento apaeano chama a atenção da sociedade brasileira. Por meio do esporte, a competição deixa claro que deficiência não é sinônimo de incapacidade, bem como da necessidade do respeito aos direitos das pessoas com deficiência.

    As Olimpíadas Especiais das Apaes são um evento estatutário. Elas são realizadas pela Fenapaes desde 1973, atualmente a cada três anos, chegando agora na 23ª edição.

  • Jogos de Tóquio contam com mais de 30% de atletas militares

    Jogos de Tóquio contam com mais de 30% de atletas militares

    A pira olímpica foi acesa e os Jogos Olímpicos Tóquio 2021 abertos nesta sexta-feira (23). A equipe brasileira que vai disputar medalhas tem mais de 30% de atletas militares. Das 35 modalidades que serão disputadas pelos brasileiros, sete são 100% compostas por militares atletas. Eles integram o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) do Ministério da Defesa.

    Os atletas militares somam 92 do total de 302 classificados para Tóquio. São 44 da Marinha, 26 do Exército e 22 da Aeronáutica.

    As sete modalidades que têm a totalidade dos atletas militares são o boxe, canoagem slalom, hipismo adestramento, maratonas aquáticas, pentatlo moderno, remo e triatlo. Nos saltos ornamentais e vôlei de praia, são 75% de cada uma das duas equipes; no taekwondo, representam 66,6%; na ginástica artística, 57,1%; e no atletismo, 55,7%.

    A terceiro-sargento da Marinha, Beatriz Ferreira, é boxeadora, integra o Programa Atletas de Alto Rendimento e vai competir na categoria até 60 quilos. Ela conta que está concentrada e confiante para as disputas. “A importância da Marinha nesse programa é essencial, é excelente para um atleta de alto rendimento ter esse suporte e poder ter essa ajuda para realizar e ter bons resultados com seu esporte. Espero que só tenha a crescer”, disse Beatriz.

    Programa de Alto Rendimento

    O PAAR do Ministério da Defesa foi criado em 2008 com o objetivo de fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de alto nível. Atualmente, é integrado por 551 militares atletas em 30 modalidades. Desse total, 92 embarcaram para Tóquio. O programa surgiu em parceria com o então Ministério do Esporte, hoje, Ministério da Cidadania.

    Para participar, é necessário alistamento por meio de edital público. O processo seletivo tem etapas com avaliação curricular, entrevista, inspeção de saúde e exame físico. São levados em conta os resultados dos atletas em competições nacionais e internacionais. Os aprovados ingressam em uma das Forças Armadas.

    Os atletas militares contam com os benefícios da carreira militar como soldo, assistência médica, acompanhamento nutricional e de fisioterapeuta. Além de estruturas esportivas adequadas para treinamento em organizações militares. Os atletas do PAAR são elegíveis ao Bolsa Atleta.

    A atleta da Marinha, terceiro-sargento Laís Nunes, está no Japão em busca de uma medalha na modalidade wrestling, luta em que o adversário tem o objetivo de controlar os movimentos do rival, forçando-o a encostar suas costas no chão. Em sua segunda olimpíada, a atleta militar diz que foram cinco anos de trabalho árduo para chegar a esses Jogos Olímpicos. “Minha expectativa é entrar lá e fazer o meu melhor e sei que o meu melhor é um bom resultado”, disse.

    Tóquio 2021

    O Brasil tem o 12ª maior time entre os 206 países participantes dos jogos Olímpicos. São 162 homens e 140 mulheres que competirão em 35 das 50 modalidades olímpicas.

    Os atletas brasileiros contam com nove bases exclusivas equipadas com materiais esportivos, de proteção individual e aparelhos de força. Foram mais de 2000 itens enviados ao Japão, que, somados, ultrapassam 20 mil toneladas.

    Essa edição dos jogos olímpicos tem cinco novas modalidades: beisebol-softbol, karatê, escalada, surfe e skate.

  • Olimpíadas: Brasil define seus representantes na natação

    Olimpíadas: Brasil define seus representantes na natação

    A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) divulgou nesta sexta-feira (2) a convocação da seleção para as Olimpíadas de Tóquio. Foram chamados 26 atletas (16 homens e 10 mulheres). O grupo comporá a maior delegação da modalidade enviada a uma edição de Jogos fora do Brasil.

    “A convocação oficial é o último passo para o grande objetivo não só destes atletas, mas também de toda a comunidade aquática que estará na torcida e acompanhando diariamente todos os passos deles em Tóquio. Conseguimos fazer uma seleção experiente e ao mesmo tempo jovem, que nos dá perspectivas ótimas não só para 2021, como também para 2024. Tenho certeza de que o Brasil estará bem representado”, disse o presidente da CBDA, Luiz Fernando Coelho.

    Entre os convocados, há 16 estreantes. Entre os 10 mais experientes estão finalistas dos jogos do Rio de Janeiro (2016): Etiene Medeiros, Bruno Fratus, Gabriel Santos, Guilherme Guido e Marcelo Chierighini.

    “A seleção olímpica de natação está escalada e temos a satisfação de contar com 16 nadadores e 10 nadadoras, um recorde de participantes em Jogos Olímpicos no exterior, mesmo tendo usado o duro sistema de seletiva única, realizada em abril, no Parque Aquático Maria Lenk. Temos acompanhado os treinamentos, estão todos muito focados nos objetivos e treinando muito forte. O time é bom e está se preparando com afinco para o grande desafio de representar bem o país do outro lado do Mundo”, falou o chefe de equipe da natação, Renato Cordani.

    Atualmente, a seleção olímpica brasileira de natação está dividida em grupos e espalhada por EUA, Itália, Turquia, Portugal, Espanha e Brasil finalizando a preparação para os Jogos de Tóquio. A delegação estará reunida em Tóquio no dia 18 de julho. A competição na piscina do Centro Aquático de Tóquio começa no dia 24 de julho.

    Veja a lista de atletas e as respectivas provas

    Aline da Silva Rodrigues – Prova 4x200m Livre
    Ana Carolina Vieira – Prova 4x100m Livre
    Beatriz Pimentel Dizotti – Prova 1500m Livre
    Breno Martins Correia – Provas 200m Livre, 4x100m Livre, 4x200m Livre
    Bruno Giuseppe Fratus – Prova 50m Livre
    Caio Rodrigues Pumputis – Provas 200m Medley, 100m Peito
    Etiene Pires de Medeiros – Provas 50m Livre, 4x100m Livre
    Felipe Ferreira Lima – Provas 100m Peito, 4x100m Medley, 4x100m MM
    Fernando Muhlenberg Scheffer – Provas 200m Livre, 4x200m Livre
    Gabriel da Silva Santos – Provas 100m Livre, 4x100m Livre
    Gabrielle Gonçalves Roncatto – Prova 4x200m Livre
    Giovanna Tomanik Diamante – Prova 4x100m Medley Misto
    Guilherme Augusto Guido – Prova 100m Costas
    Guilherme Dias Masse Basseto – Provas 100m Costas, 4x100m Medley, 4×100 MM
    Guilherme Pereira da Costa – Provas 400m Livre, 800m Livre, 1500m Livre
    Larissa Martins de Oliveira – Provas 4x100m Livre, 4x200m Livre, 4×100 MM
    Leonardo Gomes de Deus – Prova 200m Borboleta
    Luiz Altamir Lopes Melo – Prova 4x200m Livre
    Marcelo Chieriguini – Prova 4x100m Livre
    Matheus Ferreira de Moraes Gonche – Provas 100m Borboleta, 4×100 Medley
    Murilo Setin Sartori – Prova 4x200m Livre
    Nathalia Siqueira Almeida – Prova 4x200m Livre
    Pedro Henrique Silva Spajari – Provas 100m Livre, 4x100m Livre
    Stephanie Balduccini – Prova 4x100m Livre
    Vinicius Moreira Lanza – Provas 200m Medley, 100m Borboleta
    Viviane Eichelberger Jungblut – Prova 1500m Livre

    Edição: Fábio Lisboa

  • Skate brasileiro tem primeiro atleta garantido na Olimpíada de Tóquio

    Skate brasileiro tem primeiro atleta garantido na Olimpíada de Tóquio

    O paulista Luiz Francisco, conhecido como Luizinho, de 20 anos, é o primeiro atleta do skate brasileiro garantido na Olimpíada de Tóquio (Japão). Nesta terça-feira (12), a World Skate, federação internacional da modalidade, anunciou que o Dew Tour, que será disputado a partir de domingo (16) em Des Moines (Estados Unidos), será o último evento contando pontos para o ranking de classificação olímpica do park, estilo onde a pista tem formato similar ao de uma piscina, com paredes e elementos de rua.

    Devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19), a entidade cancelou o Campeonato Mundial de park, previsto inicialmente para o período de 14 a 20 de junho, mas que não tinha local definido. O Dew Tour, portanto, será a última oportunidade de os atletas do estilo somarem pontos e ocuparem um lugar entre os 20 melhores nos rankings masculino e feminino. Luizinho é o número dois do mundo, superado apenas pelo norte-americano Heimana Reynolds, e não perde mais o posto nos Jogos de Tóquio.

    “Foram três anos na correria, competindo, viajando. Realmente não foi fácil chegar até aqui. Desde o início era uma coisa que eu queria. Querendo ou não, a Olimpíada é o maior evento que temos de esporte no mundo. Então, fazer parte da primeira seleção brasileira de skate, da primeira Olimpíada com skate, é um marco histórico. Conseguir assinar o meu nome nele é muito gratificante”, comemorou Luizinho em publicação da Confederação Brasileira de Skate (CBSk) no Instagram.

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    Vice-campeão mundial em 2019, o paulista está reunido com a seleção nacional na Califórnia (Estados Unidos) desde 26 de abril para um período de preparação visando o Dew Tour. Além de Luizinho, a equipe masculina de park conta com Pedro Barros (4º colocado no ranking mundial), Pedro Quintas (6º), Murilo Peres (15º), Mateus Hiroshi (16º) e Héricles Fagundes (27º). O grupo feminino tem Dora Varella (6ª), Isadora Pacheco (10ª), Yndiara Asp (13ª), Victoria Bassi (21ª) e Leticia Gonçalves (24ª).

    A seleção de street, estilo que também será disputado em Tóquio e é praticado em obstáculos de rua, como escadarias ou corrimões, também compete no Dew Tour a partir de domingo. Em seguida, a equipe viaja para Roma (Itália) para o Campeonato Mundial, entre 31 de maio e 6 de junho. O time feminino é formado por Pâmela Rosa (líder do ranking da World Skate), Rayssa Leal (2ª), Leticia Bufoni (4ª), Gabriela Mazetto (8ª), Virginia Fortes Aguas (10ª) e Isabelly Ávila (16ª). O masculino é composto por Kelvin Hoefler (5º do mundo), Giovanni Vianna (15º), Carlos Ribeiro (16º), Lucas Rabelo (19º) e Felipe Gustavo (21º).

    Cada país pode levar até 12 atletas à Olimpíada, sendo seis por estilo (três homens e três mulheres em cada). O Brasil possui, atualmente, 18 skatistas neste cenário: nove no feminino (seis no park e três no street) e nove no masculino (quatro no park e cinco no street).

    “A conquista da vaga pelo Luizinho representa que o primeiro desses nossos 12 objetivos foi alcançado. É algo que nos emociona e enche de orgulho, tanto pelo Luizinho e pela família dele quanto pelo trabalho que temos realizado”, afirmou Eduardo Musa, presidente da CBSk, em nota à imprensa divulgada pela entidade.

    Edição: Fábio Lisboa

  • Olimpíada: Pia destaca Países Baixos e alerta sobre China e Zâmbia

    Olimpíada: Pia destaca Países Baixos e alerta sobre China e Zâmbia

    A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicou um vídeo da técnica seleção feminina, Pia Sundhage, comentando o sorteio dos grupos da Olimpíada de Tóquio (Japão), realizado nesta quarta-feira (21). Das três adversárias da primeira fase, a equipe dos Países Baixos é a mais bem posicionada no ranking da Federação Internacional de Futebol (Fifa), em terceiro lugar. É também a rival de quem a comissão técnica mais possui informações.

    “Os Países Baixos disputaram a final da última Copa do Mundo [em 2019, na França, derrotadas pelos Estados Unidos] e sabemos que é um time muito bom. Conhecemos todas as jogadoras, pois as vimos muitas vezes. O jogo pelos lados do campo será muito importante contra elas, tanto ofensiva como defensivamente”, afirmou Pia à CBF TV.

    As neerlandesas foram adversárias do Brasil com Pia no Torneio Internacional da França, em março do ano passado. Na ocasião, as seleções empataram sem gols. O reencontro será na segunda rodada do torneio olímpico, em 27 de julho, às 8h (horário de Brasília), na cidade japonesa de Miyagi.

    Antes, no dia 21 de julho, às 5h, também em Miyagi, o primeiro desafio será contra a China, a mesma rival da estreia da seleção feminina nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. Dirigido por Vadão, há cinco anos, o Brasil venceu por 3 a 0, gols da zagueira Mônica, da meia-atacante Andressa Alves e da atacante Cristiane.

    Com Pia no comando, as brasileiras pegaram as asiáticas na final do Torneio Internacional de Chongqing (China), em novembro de 2019. As equipes ficaram no 0 a 0 no tempo normal e as anfitriãs venceram na disputa por pênaltis. A treinadora, aliás, trabalhou na seleção chinesa como auxiliar na Copa do Mundo de 2007.

    “A China se classificou [para Tóquio] ao derrotar a Coreia do Sul [no Pré-Olímpico asiático]. Vamos nos aprofundar para termos certeza de saber tudo sobre elas. É uma seleção técnica. Um time duro, coeso e agressivo no ataque, que está se preparando muito para essa competição”, comentou a técnica brasileira.

    O Brasil encerra a participação na primeira fase dos Jogos de Tóquio contra a Zâmbia, no dia 27 de julho, às 8h30, na cidade de Saitama. As zambianas, embora figurem apenas na 104ª colocação do ranking da Fifa e sejam a 12ª nação africana mais bem posicionada, surpreenderam ao conquistarem o Pré-Olímpico continental, superando Camarões.

    “Para ser sincera, não sabemos muito sobre a Zâmbia e, provavelmente, esse será o maior desafio. Por isso, é até melhor que não a enfrentemos no primeiro jogo, e sim na última partida. Assim, teremos a chance de saber um pouco mais sobre essa seleção. Pela minha experiência contra times africanos, elas são sempre muito fortes e rápidas. Talvez não seja a equipe mais organizada taticamente, mas elas estão se preparando para algumas situações de uma contra uma e cruzamentos na área”, analisou Pia.

    Até Tóquio, a treinadora espera que a seleção brasileira consiga ir a campo na próxima data Fifa, período destinado a jogos entre equipes nacionais. Por conta do cenário da pandemia do novo coronavírus (covid-19) no Brasil, não foi possível realizar amistosos na última data Fifa, entre 5 e 13 de abril. Nestes dias, Pia comandou treinos com um elenco formado predominantemente por jogadoras que atuam no país na Granja Comary, em Teresópolis (RJ).

    “Estamos tentando nos preparando o máximo possível. Como todos sabem, não estamos jogando tantos jogos como a China e a Holanda. Teremos mais uma data Fifa e espero que tenhamos confrontos. Após esse período, imagino que teremos uma melhor ideia da qualidade da equipe brasileira. Temos ótimos planos para o período pré-olímpico e isso fará diferença. Se quisermos ter um time coeso e um plano de jogo, temos que trabalhar o DNA e, por isso, é preciso treinar muito”, concluiu a sueca.

  • Após ranking histórico, Luisa Stefani sonha com vaga na Olimpíada

    Após ranking histórico, Luisa Stefani sonha com vaga na Olimpíada

    Atingir o 26º lugar do ranking de duplas da Associação de Tênis Feminino (WTA, na sigla em inglês) colocou Luisa Stefani na história do tênis brasileiro. Trata-se da melhor colocação de uma atleta do país desde que a lista foi criada, em novembro de 1975. A paulistana de 23 anos superou ninguém menos que a lenda Maria Esther Bueno, dona de 19 títulos de Grand Slam (simples e duplas) e que ocupou a 29ª posição em dezembro de 1976. No auge de Maria Esther, nos anos 1950 e 1960, ainda não havia um ranking com atualizações semanais.

    “Com certeza, o retorno [sobre o feito] tem sido grande nesses dias, mas estou muito longe de superar a Maria Esther. Obviamente, é um momento especial, fruto de muito trabalho. Nos últimos meses, tenho visto melhora no meu jogo, dentro e fora de quadra. A gente fica tão envolvida com a rotina, jogo a jogo, treino a treino, que só quando tem uma pausa é que dá para sentir a dimensão, o carinho e a importância para o tênis brasileiro e feminino, principalmente”, conta a tenista, em entrevista à Agência Brasil.

    A marca foi alcançada após o vice-campeonato no WTA 1000 de Miami (Estados Unidos), no último sábado (3), ao lado da norte-americana Hayley Carter, 27ª do mundo nas duplas e parceira da brasileira desde outubro de 2019. Se viesse o título, a paulistana teria iniciado a semana na 23ª posição do ranking. Na atual temporada, elas também foram finalistas nos WTA 500 de Abu Dhabi (Emirados Árabes) e Adelaide (Austrália).

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    E Luisa pode ir além. Se chegar ao Top 10 do ranking de duplas até 7 de junho, garante vaga na Olimpíada de Tóquio (Japão) e, de quebra, leva com ela uma brasileira que esteja entre as 300 do mundo na WTA para formar uma das 32 parcerias do torneio feminino. O Brasil tem, hoje, quatro tenistas na condição: Laura Pigossi (171ª), Carol Meligeni (249ª), Gabriela Cé (254ª) e Paula Gonçalves (289ª). Nos Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru), em 2019, Luisa e Carol foram medalhistas de prata.

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    A vaga olímpica também colocaria a paulistana na chave de duplas mistas, possivelmente para atuar com Bruno Soares, número quatro do ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). Eles jogaram juntos no Aberto da Austrália deste ano e caíram nas oitavas de final.

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    “Para esse ano, com certeza, a meta que tenho quase todo dia em mente é chegar à Olimpíada. Sempre foi um sonho. [Classificar] não é algo que possa controlar totalmente, mas é do que lembro ao fazer minha rotina no dia a dia, trabalhar duro. É uma das minhas maiores metas, além de conquistar um Grand Slam e ser número um do mundo”, afirma Luisa.

    Outro objetivo, segundo ela, é incentivar a nova geração do tênis brasileiro, da mesma forma que, há seis anos, Teliana Pereira a motivou. Aposentada desde setembro do ano passado, aos 32 anos, Teliana esteve entre as cem melhores do mundo entre 2013 e 2016. Em 2015, a paranaense venceu o WTA 250 de Bogotá (Colômbia), sendo a primeira jogadora do país a vencer um torneio nível WTA após 27 anos. Naquele mesmo ano, em outubro, ela atingiu o 43º lugar do ranking mundial em simples.

    “Foi muito legal vê-la despontar no Top 100, ganhar WTA, aparecer mais na TV, podendo assisti-la mais vezes na TV. Fiquei feliz por ela, mesmo sem conhecê-la na época, ainda mais depois que a conheci. Ela mostrou que a gente podia chegar lá”, recorda Luisa.

    “É bem gratificante ver as crianças, as meninas mesmo, falando que querem jogar assim, jogar mais duplas, chegar onde você está chegando. É uma das partes mais especiais [da carreira]. Ainda mais no Brasil, onde a gente ainda está meio carente [no tênis feminino principalmente] de mais jogadores. Poder servir de referência, motivar meninas e meninos a chegarem a esse nível no esporte, é incrível. Quero continuar”, completa.

    O próximo compromisso de Luisa será justamente representando o Brasil. Ela foi uma das convocadas pela capitã Roberta Burzagli para o confronto contra a Polônia, pela repescagem da Billie Jean King Cup, torneio de seleções equivalente à Copa do Mundo no tênis feminino. As partidas serão na cidade de Bytom (Polônia), em quadra rápida, entre os dias 16 e 17 deste mês. As brasileiras têm de vencer o duelo para manter o país entre os 16 integrantes do Grupo Mundial. Gabriela Cé, Carol Meligeni e Laura Pigossi também foram chamadas.

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    “Eu amo participar de competições por equipes, principalmente pelo Brasil. Adoro a energia, ter a equipe próxima, ainda mais com a meninas e o time que formamos. Joguei tênis universitário [nos Estados Unidos], então [a Billie Jean King Cup] me lembra muito. É uma das minhas semanas preferidas no ano”, diz a brasileira, que terá alguns dias de descanso em Tampa, cidade norte-americana onde mora, antes da viagem para Bytom.

    “O desgaste [da sequência de competições] é grande, mentalmente e fisicamente. Ir de bolha em bolha, tem a preocupação do novo coronavírus [covid-19], aumenta um pouco a tensão dos torneios. Então, com certeza, nos próximos dias, estar em casa, dar uma refrescada na cabeça e ajustar coisas no jogo que preciso melhorar, mas também dar uma acalmada, será superpositivo antes da Billie Jean King Cup. Depois, aproveitar a Billie Jean com a energia do time. É a parte principal, onde cresço e que dá gás para o resto do ano”, conclui.

    Edição: Fábio Lisboa

  • Pedido para o Bolsa Atleta será exclusivamente por sistema digital

    Pedido para o Bolsa Atleta será exclusivamente por sistema digital

    A solicitação para o Bolsa Atleta será feita exclusivamente por sistema digital. De acordo com um edital publicado nesta quinta-feira (21), os candidatos não precisarão mais enviar documentos pelos Correios. Candidatos poderão realizar a inscrição a partir do dia 26 de janeiro e enviar documentos como declarações de clube e de patrocinadores direto pelo sistema. 

    O novo modelo foi criado para facilitar as inscrições e o acompanhamento dos processos de análise e concessão do benefício. É nele também que o candidato à bolsa deverá preencher o plano esportivo, acompanhar o andamento da análise da inscrição e verificar a existência de pendências. O período de inscrições segue até 15 de fevereiro.

    O atleta poderá, por meio do sistema, enviar os dados bancários e assinar o termo de adesão.

    A previsão orçamentária para o Bolsa Atleta em 2021 é de R$ 145 milhões, a maior desde 2014, e superior, inclusive, ao investimento no programa em 2016, ano dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, que foi de R$ 143 milhões.

    Podem solicitar a bolsa atletas a partir dos 14 anos de idade.

    O benefício é dividido em cinco categorias: atleta de base (R$ 370), atleta estudantil (R$ 370), atleta nacional (R$ 925), atleta internacional (R$ 1.850) e atleta olímpico/paraolímpico (R$ 3.100).

    A expectativa do governo é que, este ano, o programa supere os números do último edital, que contemplou 6.357 atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas.

    O edital deste ano contempla, pela primeira vez, resultados esportivos de dois anos (2019 e 2020), uma estratégia para que os atletas não sejam prejudicados pelos efeitos da pandemia da covid-19. Segundo o Ministério da Cidadania, a medida foi tomada para evitar a diminuição dos bolsistas, já que em 2019, a temporada teve cerca de 900 competições elegíveis à Bolsa Atleta. Em 2020, o número caiu para 61.

    Balanço

    Criado em 2005, o Bolsa Atleta é um dos maiores programas de patrocínio direto ao atleta do mundo, segundo o Ministério da Cidadania. Desde a criação, já foram concedidas mais de 69,5 mil bolsas para 27 mil atletas de todo o país. O valor destinado pelo programa desde sua implantação supera R$ 1,2 bilhão.

    Nas Olimpíadas Rio 2016, 77% dos 465 atletas brasileiros eram bolsistas. Das 19 medalhas conquistadas pelos brasileiros, apenas o ouro do futebol masculino não contou com bolsistas.

    Já nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o Brasil teve a maior delegação da história, com 286 atletas, sendo 90,9% bolsistas. Foram 72 medalhas conquistadas, em 13 esportes diferentes: 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes, além de 99 finais disputadas. Todas as medalhas foram conquistadas por atletas que recebiam o benefício.

    Nos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Lima 2019, no Peru, o maior evento multiesportivo antes dos Jogos Olímpicos no Japão, também teve resultados positivos para os atletas brasileiros.

    Dos 485 atletas originalmente inscritos pelo Comitê Olímpico do Brasil para o Pan de Lima, 333 eram bolsistas. Do total de pódios conquistados, 141 vieram com atletas beneficiados pelo programa.

    No Parapan, o Brasil chegou ao topo do quadro de medalhas com 308 pódios. Foram 124 medalhas de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. Do total de medalhas, 287 (93,18%) foram conquistadas por atletas contemplados pelo Bolsa Atleta.