Tag: Olimpíadas de Paris

  • Brasil garante vagas no tiro com arco paralímpico em Paris 2024

    Brasil garante vagas no tiro com arco paralímpico em Paris 2024

    O Brasil garantiu duas vagas na prova do tiro com arco dos Jogos Paralímpicos de 2024, que serão disputados em Paris, na França, com Jane Karla e Reinaldo Charão. A classificação foi obtida durante o Mundial da modalidade, realizado em Pilsen, na República Tcheca, na nessa quarta-feira (19). 

    As vagas brasileiras – para o Composto Feminino Open e para o Composto Masculino Open – foram alcançadas quando Jane Karla e Reinaldo Charão se classificaram para a final da prova de Equipe Mista Composto Open.

    Decisão

    A vaga na decisão – a ser disputada no próximo sábado (22) – veio após os brasileiros encerrarem a fase classificatória da competição na terceira posição com 1.370 pontos. A Índia ficou em primeiro na classificatória com 1.398 pontos, enquanto a China obteve o segundo lugar com 1.388 pontos.

    Com essas duas vagas no tiro com arco, agora o Brasil tem presença garantida em quatro modalidades nos Jogos Paralímpicos: goalball masculino, vôlei sentado masculino e feminino, ciclismo (pista ou estrada) e o próprio tiro com arco.

    Edição: Kleber Sampaio

  • Martine e Kahena conquistam a prata em evento-teste para Paris 2024

    Martine e Kahena conquistam a prata em evento-teste para Paris 2024

    A dupla bicampeã olímpica Martine Grael e Kahena Kunze ficou com a sexta colocação na corrida da medalha no evento-teste de vela para os Jogos Olímpicos de Paris. As atletas brasileiras estavam na quarta posição antes do final de semana.

    No sábado (15), foram bem e subiram um posto. Depois, com a posição da corrida da medalha, que dá pontos em dobro, garantiram a vice-liderança. Dessa forma ficaram atrás apenas das holandesas Odile Van Aanholt e Annette Duetz na classe 49erFX.

    O bronze foi das suecas Vilma Bobeck e Rebecca Netzler. As regatas ocorreram no Mediterrâneo, em Marselha, que será sede da disputa olímpica em 2024. O próximo compromisso das multicampeãs é o Mundial de Haia, nos Países Baixos, de 8 a 20 de agosto.

    Edição: Juliana Andrade

  • Morte de jovem pela polícia causa distúrbios nos arredores de Paris

    Morte de jovem pela polícia causa distúrbios nos arredores de Paris

    A morte de um jovem, pela polícia, na cidade francesa de Nanterre, durante tentativa de fuga, originou uma série de distúrbios nas últimas horas nos arredores de Paris, levando as forças de segurança a deter 24 pessoas.

    O responsável pela polícia de Paris, Laurent Núñez, explicou ao canal CNews que os manifestantes incendiaram 42 veículos, além de máquinas utilizadas na construção, e insistiu que os 350 policiais destacados durante a noite impediram roubos em lojas e outros edifícios.

    “O dispositivo durará o tempo que for necessário”, disse Núñez sobre a manutenção do aparato policial nos próximos dias, acrescentando que 24 elementos das forças de segurança ficaram feridos nos confrontos.

    Ele adiantou que esses tumultos já eram esperados, após o incidente da manhã dessa terça-feira (27) em Nanterre, referindo-se à morte de Naël, um jovem com supostos antecedentes criminais que dirigia sem documentos. Depois de receber ordem da polícia para parar, tentou fugir com o veículo e acabou morto a tiro.

    Um vídeo dos acontecimentos, registrado por uma testemunha, mostra como um dos agentes, um brigadeiro de 38 anos, apontou a arma diretamente para o jovem na janela do carro, enquanto o outro falava com ele do mesmo lado. Ambos os agentes foram detidos.

    A Justiça abriu duas investigações, uma delas por homicídio voluntário, e a segunda por causa da fuga da vítima. Essa decisão tem provocado a indignação da família do jovem que, de acordo com a sua advogada, “não se pode julgar um morto”.

    Em declarações à estação France Info, Cambla indicou que a família pretende apresentar queixa por falsificação, considerando que os agentes envolvidos no incidente mentiram em seu primeiro depoimento.

    A advogada insistiu que a reação da polícia foi “absolutamente ilegítima” e que “não se enquadra no quadro da legítima defesa” porque “sentir-se ameaçado não basta para disparar uma bala no peito”.

    O incidente gerou uma reação política, especialmente de alguns dirigentes de esquerda, que denunciaram o grande número de mortes por elementos policiais, que contam com a legítima defesa, principalmente quando o condutor foge de um posto de fiscalização.

    A estrela da seleção francesa Kylian Mbappé também reagiu, em mensagem na sua conta no Twitter: “A França magoa-me. Uma situação inaceitável. Estou com a família e parentes de Naël, esse anjinho que se foi cedo demais”.

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  • Vôlei sentado: seleção masculina garante presença nos Jogos de Paris

    Vôlei sentado: seleção masculina garante presença nos Jogos de Paris

    O Brasil garantiu mais uma vaga nos Jogos Paralímpicos de 2024, que serão disputados em Paris (França). A classificação veio com a seleção masculina de vôlei sentado. A equipe estará na próxima edição da Paralimpíada após conquistar o título do Zonal Championship (o Parapan da modalidade), neste sábado (13) em Edmonton (Canadá).

    Na decisão da competição disputada em solo canadense, a equipe canarinho derrotou os Estados Unidos por 3 sets a 0 (parciais de 25/20, 25/19 e 25/19). Com este triunfo, o Brasil encerrou a competição de forma invicta, com triunfos sobre a Argentina (na fase de grupos e na semifinal), sobre a seleção norte-americana (na primeira fase e na final) e sobre o Canadá.

    A equipe brasileira foi representada na competição por 12 atletas: Wescley Conceição de Oliveira, Diogo Rebouças, Alex Pereira Witkovski, Gilberto Lourenço da Silva (Giba), Luís Fabiano de Oliveira, Wellington Platini Silva da Anunciação, Renato Leite de Oliveira, Márcio Borges dos Santos, Daniel Yoshizawa, Leandro da Silva Santos, Thiago Costa dos Santos Rocha e Raysson Ferreira de Abreu Silva.

    Se o time masculino de vôlei sentado do Brasil garantiu a vaga em Paris apenas neste sábado, a equipe feminina já tinha presença garantida na competição desde novembro de 2022, quando conquistou o título Mundial em Sarajevo (Bósnia). Além do vôlei, o Brasil tem outras modalidades garantidas no megaevento na capital francesa: goalball masculino e ciclismo (pista ou estrada), que, através do ranking internacional, já tem uma vaga assegurada no masculino e outra no feminino.

    Edição: Fábio Lisboa

  • Presidente do IPC crê em quebra de recorde de público em Paris 2024

    Presidente do IPC crê em quebra de recorde de público em Paris 2024

    A meta do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) é estabelecer na Paralimpíada de Paris (França) o recorde de público da história do evento, realizado pela primeira vez em 1960. Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da entidade, Andrew Parsons, disse que serão colocados à venda 2,8 milhões de ingressos a partir de outubro. A edição com mais bilhetes comercializados (2,7 milhões) foi a de 2012, em Londres (Reino Unido).

    “Temos trabalhado com o Comitê Organizador de Paris e com os governos federal e municipal. Queremos entregar um evento do mais alto nível, com a melhor estrutura aos atletas, instalações esportivas em áreas diferentes da cidade, junto de lugares icônicos. Temos a expectativa de um legado de mudança de atitude [em relação à pessoa com deficiências], de investimento em acessibilidade. O público da Paralimpíada é diferente, muitas vezes mais doméstico, de famílias, até por isso a política de preços é ajustada para ser mais barata [que na Olimpíada]”, argumentou o dirigente, que é brasileiro.

    Outra atenção do IPC está voltada à situação dos atletas de Rússia e Belarus, cuja participação em Paris será reavaliada na assembleia geral da entidade, em setembro. Os países estão suspensos desde novembro do ano passado por causa da invasão russa à Ucrânia, com apoio bielorrusso. O presidente da entidade não crê que a decisão final, seja qual for, causará algum tipo de boicote aos Jogos de 2024.

    No segmento olímpico, o assunto é polêmico. O último Campeonato Mundial feminino de boxe, por exemplo, foi boicotado por 11 países (Estados Unidos, Grã-Bretanha, Irlanda, República Tcheca, Canadá, Suécia, Suíça, Holanda, Polônia, Noruega e Ucrânia), que não concordaram com a presença de russos e bielorrussos, ainda mais por estes não precisarem competir como neutros, como ocorre no tênis por exemplo.

    “A diferença é que nós já vivemos essa situação, porque a invasão foi entre a Olimpíada e a Paralimpíada de Inverno de Pequim [China, no ano passado]. A primeira decisão, como comitê executivo, foi pela participação [de russos e bielorrussos] como atletas neutros, porque era o que, de acordo com nosso estatuto, podíamos fazer. Até aquele momento, os Jogos não estavam em risco. Com o anúncio da decisão, muitos governos e comitês nacionais ameaçaram realmente tirar os atletas. Os Jogos entraram em risco, aí você consegue ativar um outro dispositivo estatutário e não aceitamos as inscrições de atletas russos e de Belarus”, recordou Parsons.

    “Desta vez, como a decisão será tomada em assembleia, acho que há um peso diferente, porque é uma decisão colegiada, de todos os comitês do mundo. Então, qualquer decisão que for tomada, acho que haverá respeito dos comitês paralímpicos nacionais”, emendou.

    No fim de março, o Comitê Olímpico Internacional (COI) recomendou a liberação de representantes das duas nações em competições individuais, como atletas neutros, mas fora das disputas por equipes e coletivas. A orientação não trata, especificamente, da Olimpíada de Paris. O presidente do IPC reforçou, porém, que a posição da entidade não depende, necessariamente, do que o COI definir.

    “A gente monitora o que acontece nas decisões do COI, que é nosso maior parceiro, mas somos entidades autônomas, que tomam decisões às vezes alinhadas, às vezes não. Nos Jogos [do] Rio [de Janeiro, em] 2016, na questão do doping da Rússia, tivemos uma decisão diferente [os russos foram liberados para competir na Olimpíada, mas não na Paralimpíada]. No momento, os comitês de Rússia e Belarus não podem inscrever atletas em nenhuma competição sancionada pelo IPC. Em algumas modalidades também atuamos como federação, em outras a decisão é de cada federação”, explicou Parsons.

    “A assembleia é formada por todos os comitês do mundo e federações internacionais. Pode ser que se tome uma decisão específica quanto a Paris 2024, ou até Milano-Cortina [Itália, sede da Paralimpíada de Inverno, em] 2026. E, obviamente, vamos monitorar a situação da Ucrânia, ver a questão da guerra, se houve algum desenvolvimento para a paz, como isso pode afetar [a decisão]”, completou.

    Equidade de gênero

    A Paralimpíada de Paris será a de maior representatividade feminina na história do evento, com 235 disputas por medalhas (42,8% do total) e 1.859 vagas (42,5%) destinadas às mulheres. Segundo Parsons, a meta do IPC é atingir a equidade de gênero nos Jogos de Brisbane (Austrália), em 2032.

    “Desde Sydney [Austrália, em 2000], mas especialmente depois de Pequim [2008], estamos aumentando de forma sólida as vagas femininas. Mas outra preocupação é desenvolver lideranças femininas. Em 2021 mudamos nosso estatuto em vários aspectos e um deles é [aumentar] a representação feminina em vários níveis, desde as comissões. O atleta é o principal, fundamental, mas precisamos dessas lideranças”, afirmou o dirigente, que enumerou razões para a presença masculina no paradesporto ainda ser numericamente superior.

    “Em muitos países é uma questão cultural, do acesso da mulher em geral e com deficiência ao esporte. Existem também fatores como o percentual de homens vítimas de acidentes ser maior. Mas o fundamental é o aspecto cultural e como você proporciona a entrada das mulheres com deficiência ao esporte em nível nacional. Como fazer para atrair mais mulheres, é cultura, [derrubar] tabus, que vai mais além”, concluiu.

    Edição: Fábio Lisboa

  • A 500 dias da Paralimpíada, Brasil quer ampliar presença em Paris 2024

    A 500 dias da Paralimpíada, Brasil quer ampliar presença em Paris 2024

    A contagem regressiva rumo à Paralimpíada de Paris chega a 500 dias neste domingo (16). O evento em solo francês começa em 28 de agosto de 2024 e segue até 8 de setembro, com expectativa de reunir 4,4 mil atletas, em 549 eventos de 22 modalidades.

    O Brasil, por enquanto, está assegurado em três delas. A primeira foi o vôlei sentado, que tem a seleção feminina garantida, após o inédito título mundial, obtido em novembro passado, em Sarajevo (Bósnia e Herzegovina). A equipe disputará dois torneios em 2023 que valem vaga para os Jogos: o Campeonato Pan-Americano, em Edmonton (Canadá), em maio, e a Copa do Mundo do Cairo (Egito), em novembro. Como já está classificado, o time brasileiro utilizará as competições, basicamente, como preparação.

    “Tem hora que até eu mesmo não acredito que já conquistamos a vaga e que tem gente ainda correndo atrás. Agora, é treinar para buscar o título”, celebrou Janaína Petit, jogadora da seleção de vôlei sentado.

    “Dá uma tranquilidade grande [ter classificado por antecipação], mas um ano e meio passa muito rápido. A gente vai testar [formações e jogadas], mas já tem na cabeça o que queremos. Acho que o time ficará mais forte. Entraremos em igualdade de condições para ganhar a medalha de ouro [em Paris]”, completou o técnico Fernando Guimarães, que também está à frente da seleção masculina, que disputará os dois eventos de 2023 para buscar vaga na Paralimpíada – apenas o campeão se garante.

    seleção brasileira, vôlei sentado
    Seleção de vôlei sentado garantiu vaga em Paris após conquistar Mundial – Divulgação/World Paravolley/Direitos Reservados

    A participação brasileira em 2024 também está confirmada no goalball masculino, graças à conquista do tricampeonato mundial pela seleção, em dezembro do ano passado, em Matosinhos (Portugal). O esporte é disputado por atletas com deficiência visual (total ou baixa visão) e é o único do movimento paralímpico a não ser uma adaptação de alguma prática “convencional”.

    Outra modalidade que tem representação verde e amarela assegurada em Paris é o ciclismo. Em fevereiro, a União Ciclística Internacional (UCI) destinou duas vagas ao Brasil – uma por gênero – por conta da posição do país nos rankings das Américas masculino (líder) e feminino (segundo).

    Considerando as três modalidades, o avião do Brasil rumo à Paris tem, neste momento, 20 lugares reservados: 12 para atletas do vôlei sentado feminino, seis do goalball masculino e dois do ciclismo. O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) quer classificar, ao menos, 250 esportistas. Na edição de Tóquio (Japão), em 2021, o país teve 259 representantes, incluindo aqueles sem deficiência (atletas-guia de atletismo e natação, o timoneiro do remo, os goleiros do futebol de cegos e calheiros da bocha).

    Vagas em vista

    Ainda há vagas a serem conquistadas nos outros 19 esportes. Algumas serão definidas este ano, nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago (Chile), em novembro. No tênis de mesa, por exemplo, os campeões das 11 categorias (masculino e feminino) vão à Paris. Nomes como Cátia Oliveira (classe 2), Israel Stroh (7), Sophia Kelmer (8) e Bruna Alexandre (10) têm chances de classificarem via ranking mundial, que será fechado apenas em 2024, mas podem antecipar o passaporte se vencerem o Parapan.

    Outra modalidade com disputa de vaga em Santiago é o rugby em cadeira de rodas. O campeão parapan-americano se assegura nos Jogos. A seleção brasileira tenta, pela primeira vez, classificar-se à Paralimpíada sem ser o país-sede. Para alcançar a classificação ainda em 2023, porém, a equipe terá de superar, principalmente, Estados Unidos (prata em Tóquio) e Canadá (onde o esporte surgiu).

    “Pensando com os pés no chão, o caminho rumo à Paris é ficar entre segundo e terceiro no Parapan, porque terá um torneio classificatório, entre fevereiro e março de 2024, com oito seleções e três vagas. Nosso plano é chegar a esse classificatório e buscar uma dessas três vagas”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas (ABRC), José Higino.

    goalball, mundial
    goalball, mundial

    Tricampeã mundial, equipe masculina de goalball estará nos Jogos Paralímpicos – Renan Cacioli/CBDV/Direitos Reservados

    Além do tênis de mesa e do rugby, o Parapan definirá vagas à Paris no goalball, bocha, tiro com arco, futebol de cegos e remo. Nestas três últimas, haverá, ainda, possibilidade de vagas por meio de Campeonatos Mundiais deste ano, que também servirão como classificatório para mais quatro modalidades: atletismo, natação, paracanoagem e tiro esportivo.

    Diferentemente do tênis de mesa, no qual as vagas dos campeões parapan-americanos são dos próprios atletas, as demais pertencem ao país, que definirá os critérios para convocação. Nos Jogos de Tóquio, por exemplo, o CPB definiu que os medalhistas de ouro nos Mundiais de atletismo e natação de 2019 teriam lugar garantido na Paralimpíada. Os parâmetros para 2024 ainda serão anunciados.

    “Eu sou muito ansiosa [risos]. A gente tem que entender que cada passo é um passo. Por isso, temos nossa psicóloga, com quem fazemos um bom trabalho, para chegar bem e calma no Mundial. E aí conseguir essa vaga será consequência do trabalho”, projetou Marcelly Pedroso, velocista da classe T37 (paralisia cerebral), que sonha com a primeira Paralimpíada da carreira em Paris.

    Edição: Fábio Lisboa

  • COB: desafio para Paris 2024 é manter nível dos Jogos de Tóquio

    COB: desafio para Paris 2024 é manter nível dos Jogos de Tóquio

    O vice-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Marco Antônio La Porta, disse nesta segunda-feira (25) que o desafio para os atletas brasileiros para as Olimpíadas de Paris 2024 é, na pior das hipóteses, ter um resultado similar a Tóquio 2020. “Desafio para Paris se torna maior ainda, porque nós temos que fazer alguma coisa diferente para, na pior das hipóteses, manter o padrão que o Brasil atingiu”, disse.

    Em Tóquio, o Brasil ficou em 12º no quadro geral com 21 medalhas, sendo 7 de ouro, 6 de prata e 8 de bronze. Foi o melhor resultado do país em uma olimpíada, superando Rio 2016.

    “Se nós formos olhar o quadro de medalhas, a gente ficou em 12º, e há um grupo de países ali que a gente chama de Top10, tem Estados Unidos, Grã-Bretanha, China, Japão, Alemanha, França, que estão dez medalhas, no total, na nossa frente e cerca de três medalhas de ouro. O que que a gente precisa fazer para a gente chegar nesse patamar? É isso que é a discussão que a gente tem hoje dentro do COB e eu acho que essa discussão não tem que ser só do COB, ela tem que ser uma discussão do sistema esportivo brasileiro inteiro”, disse La Porta.

    O vice-presidente do COB foi entrevistado nesta segunda-feira no programa Sem Censura da TV Brasil e falou sobre temas como a experiência de Tóquio 2020, as preparações para Paris 2024, as modalidades em teste nas olimpíadas, as confederações e o papel dos clubes.

    La Porta disse que os países que compões esse TOP10 são as verdadeiras potências olímpicas. Segundo ele, com o resultado de Tóquio 2020, algumas pessoas perguntaram se o Brasil é uma potência olímpica e ele responde que não. “O Brasil só será uma potência olímpica quando primeiro for uma nação esportiva. Esse é o primeiro passo. Tiver uma massificação, as pessoas praticando esporte, você ter esportes com muita gente praticando. Nós precisamos cada vez melhorar o apoio que a gente dá ao atleta, para que ele possa performar melhor e, em paralelo, nós precisamos de políticas que façam com que o Brasil se transforme realmente em uma nação esportiva”, disse.

    Sobre as Olimpíadas de Paris, o vice-presidente disse que a logística vai ser mais fácil do que em Tóquio, embora o ciclo seja mais curto, de três anos. “Estamos conversando com as confederações, tentando montar essa logística de como vai ser a preparação das equipes para Paris. É um modelo mais fácil, porque várias confederações, algumas modalidades, já tem o seu local de treinamento. E temos também a vantagem de que todos os nossos campeões olímpicos e nossos medalhistas olímpicos estão em uma idade que permite mais um ciclo”, disse.

    Veja aqui a entrevista completa:

    Edição: Fábio Massalli

  • Na semana da Cúpula do Clima, senadores querem adaptar política nacional ao Acordo de Paris

    Na semana da Cúpula do Clima, senadores querem adaptar política nacional ao Acordo de Paris

    Na semana em que ocorre a Cúpula do Clima, evento virtual organizado pelo governo dos Estados Unidos, senadores tentam colocar na pauta de votações um projeto de lei que busca adaptar a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) ao Acordo de Paris. O acordo, firmado em 2015 e assinado pelo Brasil, busca reduzir as emissões de gases de efeito estufa para limitar o aumento médio de temperatura global. O pedido de inclusão desse projeto (PL 6.539/2019) na pauta foi feito na reunião de líderes desta quinta-feira (22) pela liderança da minoria no Senado.

    O projeto foi apresentado pela Comissão de Meio Ambiente do Senado (CMA) e tem como relator o senador Jacques Wagner (PT-BA). O líder da minoria, senador Jean Paul Prates (PT-RN), afirmou que o projeto estabelece condições para recepcionar o Acordo de Paris, com várias questões de princípios e estruturais. Além disso, ressaltou ele, o texto atualiza a PNMC aos novos desafios relativos à mudança do clima e supre lacunas nessa política.

    — Esse projeto de lei é muito importante. Estamos tentando aproveitar essa deixa da Cúpula do Clima para mostrar que, apesar de tudo, o Brasil está fazendo alguma coisa nesse setor. Por isso, pedimos ao presidente [do Senado, Rodrigo Pacheco] que fosse colocado em pauta na semana que vem. É possível que isso aconteça — disse Jean Paul após a reunião.

    Cúpula

    A Cúpula do Clima, realizada de maneira virtual, teve início nesta quinta-feira e continuará na sexta-feira (23). O evento, encabeçado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reúne chefes de Estado e de governo, além de outros convidados, como o papa Francisco e a líder indígena brasileira Sinéia do Vale. A participação do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, se deu nesta quinta-feira.

    Em seu pronunciamento, Bolsonaro afirmou que o Brasil está aberto à cooperação internacional na área ambiental. Ele também declarou que o país buscará atingir a neutralidade climática (reduzir a zero o balanço das emissões de carbono) até 2050, dez anos antes do compromisso anterior. Além disso, o presidente se comprometeu a eliminar o desmatamento ilegal até 2030.

    Para o senador Jacques Wagner, relator do PL 6.539/2019 e presidente da CMA, Bolsonaro apresentou um discurso decepcionante, sem conteúdo e sem compromisso com o meio ambiente.

    “Ele fala de ações que não são do seu governo e nega o desmatamento recorde que estamos tendo. Afirma que precisa de dinheiro para combater as questões do desmatamento e esquece que quase R$ 3 bilhões do Fundo da Amazônia só estão paralisados devido à sua postura. É mais uma fala vazia, com mentiras e sem nenhum plano para o país chegar à neutralidade das emissões em 2050”, afirmou o senador pelo Twitter.

    Em nota, a presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado (CRE), Kátia Abreu (PP-TO) afirmou que o encontro é uma oportunidade para o Brasil sair da lista dos dez países que mais emitem gases do efeito estufa. Além disso, ela afirmou que o país pode mostrar ao mundo disposição e capacidade de eliminar por completo o desmatamento ilegal, para preservar a Amazônia e a biodiversidade e reforçar as vantagens competitivas na área da produção sustentável de alimentos. Para ela, a participação brasileira na Cúpula do Clima foi positiva.

    “A intervenção brasileira foi positiva, na linha equilibrada do atual comando do Itamaraty, sem exigências inoportunas de contrapartidas financeiras, que poderiam ser vistas como um ‘toma-lá-dá-cá’”, disse a senadora, que manifestou intenção de apresentar projeto de lei para antecipar a meta brasileira para o fim do desmatamento ilegal de 2030 para 2025. Na visão da senadora, a medida aumentaria as vantagens competitivas do Brasil no mercado internacional. 

    Críticas

    Entre os senadores que se manifestaram sobre a cúpula, o tom predominanete foi de críticas e ceticismo sobre a postura do Brasil na questão ambiental.

    A líder do Bloco Parlamentar Senado Independente, Eliziane Gama (Cidadania-MA), disse esperar que o discurso de Bolsonaro represente uma “virada” na forma como o governo vem tratando o meio ambiente.

    “Falo de virada porque é fato que o governo fez durante dois anos o oposto do que prometeu hoje. Por exemplo: cortou drasticamente os recursos para a fiscalização de combate ao desmatamento; reduziu ações de fiscalização; enfraqueceu o Ibama e o ICMBio. O resultado disso a gente conhece: o Brasil quebrou recordes de desmatamento no ano passado”, disse a senadora.

    Para o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), tirar do papel as promessas feitas pelo presidente exige vontade política, transparência, planejamento e gestão. Ele também afirmou que para construir o desenvolvimento sustentável é preciso equilibrar economia e proteção ambiental.

    O senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que já foi presidente da CMA, afirmou que Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, agem como se fossem sequestradores exigindo resgate quando condicionam a preservação das florestas a contrapartidas financeiras. Para ele, trata-se de um truque para terceirizar a culpa pela “omissão criminosa” do governo.

    Segundo o líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE), o Brasil não precisa de guerra nas redes sociais, mas sim de gestão eficiente e políticas públicas sérias. Ele ressaltou que, na gestão de Ricardo Salles, o desmatamento não foi reduzido e a fiscalização não melhorou. “Estamos queimando nosso futuro”, disse.

    Para o senador Fernando Collor (Pros-AL), a Cúpula do Clima é uma oportunidade importante para o Brasil resgatar o espírito da Rio 92, realizada quando ele era presidente do país. A Rio 92 reuniu cerca de 180 chefes de estado e de governo e consolidou uma agenda global para o meio ambiente. Na visão do senador, passados 30 anos, muitos compromissos assumidos ainda seguem pendentes e países desenvolvidos continuam a ser alguns dos maiores poluidores do planeta.

    “Ao Brasil, cabe reiterar, com discurso claro e medidas efetivas, nosso compromisso histórico com a proteção do bioma amazônico e dos seus povos. Sabemos o que fazer e como fazer. Mãos à obra!”, disse Collor Pelo Twitter.

    Pedido de informações

    A bancada do PT também se manifestou sobre o pronunciamento fala de Bolsonaro. Os senadores desse partido acusaram o governo de mentir e apresentar dados de conquistas de governos anteriores, além de usar de dados falsos sobre recursos para o combate ao desmatamento.

    “Bolsonaro usou conquistas do PT para exaltar a queda do desmatamento, deixando de lado que o problema voltou na sua gestão. E ainda disse ter fortalecido órgãos de controle. Mentira! Na Amazônia, o principal sistema de proteção, o Sipam [Sistema de Proteção da Amazônia], teve o pior repasse em 13 anos em 2020”, disse Paulo Rocha (PA), que é o líder do partido no Senado.

    Paulo Rocha apresentou dois requerimentos de informação sobre o tema aos ministros da Defesa, General Braga Netto, e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Um dos principais questionamentos é sobre o motivo da redução dos repasses ao Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), em 46%, entre 2019 e 2020.

  • Lilie Persson observará partida entre Paris Saint Germain e Arsenal

    Lilie Persson observará partida entre Paris Saint Germain e Arsenal

    A auxiliar técnica da Seleção Brasileira Feminina, Lilie Persson, estará presente na partida entre Paris Saint-Germain (FRA) e Arsenal (ING), neste sábado (22). O duelo é válido pelas quartas de final da Liga dos Campeões de Futebol Feminino. A sueca vai ao Estádio Anoeta, em San Sebastián, na Espanha, para observar as meio-campistas Luana e Formiga, ambas do PSG.

    Lilie assistirá apenas essa partida das quartas de finais da Liga dos Campeões, já que as atacantes Ludmila, do Atlético de Madrid (ESP), e Giovanna, do Barcelona (ESP), estavam fora do duelo entre as equipes espanholas, disputado nesta sexta-feira (21).

  • Hoje tem jogo do PSG: confira onde assistir RB Leipzig x Paris Saint-Germain pela semifinal da Liga dos Campeões

    Hoje tem jogo do PSG: confira onde assistir RB Leipzig x Paris Saint-Germain pela semifinal da Liga dos Campeões

    Hoje tem jogo do PSG pela semifinal da Liga dos Campeões. Confira abaixo onde assistir.

    RB Leipzig x Paris Saint-Germain entram em campo na tarde desta terça-feira (18), às 16h (horário de Brasília) no Estádio da Luz, em Lisboa.

    Neymar entra em campo com muita confiança. O atacante fez questão de dizer que vive a sua melhor fase desde que chegou ao PSG.

    Onde assistir o jogo do PSG nesta Terça-feira – Futebol ao Vivo

    O jogo terá transmissão do canal TNT e online no Facebook do Esporte Interativo e também no EI Plus.

    O PSG chegou à semifinal da Champions após 25 anos depois de eliminar a Atalanta nas quartas de final, na última quarta-feira (12) por 2 a 1 com dois gols no final do jogo, e garantindo sua classificação para as semifinais da Liga dos Campeões.

    Neymar na mídia

    Segundo informações do SBT, a influencer Rafaella Bonaldi, de 18 anos, compartilhou em seu Instagram uma suposta conversa que teve com Neymar Jr. No vídeo, a garota conta que combinou que o jogador faria um gol para ela em sua próxima partida entre PSG e RB Leipzig, que acontece nesta terça-feira (18).