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  • Maior interesse de venda pressiona cotações da soja

    Maior interesse de venda pressiona cotações da soja

    O clima favorável à colheita de soja da safra 2024/25 no Brasil e na Argentina e ao cultivo da temporada 2025/26 nos Estados Unidos pressionou os prêmios de exportação da oleaginosa na semana passada.

    Segundo pesquisadores do Cepea, nos portos e no mercado spot, além desse contexto, os vencimentos de custeios no encerramento de abril reforçaram o movimento de baixa, à medida que elevou pontualmente o interesse de venda, que ficou acima da demanda.

    Pesquisadores do Cepea ressaltam, contudo, que muitos vendedores ainda aguardam por preços maiores nos meses seguintes, mostrando preferência em negociar contratos a termo.

    No campo, a colheita segue avançando no Brasil e na Argentina. De acordo com a Conab, até 26 de abril, 94,8% da área nacional de soja havia sido colhida, superando os 90,5% registrados no mesmo período de 2024. Na Argentina, os produtores estão mais otimistas. As áreas recém-colhidas apresentam maior produtividade que as precoces. De acordo com a Bolsa de Cereales, 23,6% da área argentina havia sido colhida até 29 de abril.

  • Oferta restrita e demanda moderada pressionam mercado do boi gordo

    Oferta restrita e demanda moderada pressionam mercado do boi gordo

    O mercado do boi gordo tem registrado oferta limitada de animais para abate, enquanto o interesse dos compradores segue em ritmo moderado, segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Nos primeiros dias desta semana, especialmente na segunda e terça-feira, a liquidez esteve baixa, com frigoríficos atuando de forma mais retraída e pressionando os preços.

    Na terça-feira, houve aumento pontual na oferta em algumas regiões, mas mesmo assim muitos frigoríficos permaneceram fora das negociações ou ofertaram valores menores, especialmente devido às escalas de abate alongadas, que já garantem parte da programação nos próximos dias.

    No atacado, os preços da carne com osso também apresentaram queda recente. Ainda assim, no acumulado de abril, as cotações encerraram o mês em alta, conforme destacaram colaboradores consultados pelo Cepea. O movimento reflete um mercado ainda volátil, influenciado por fatores como oferta restrita, comportamento cauteloso dos compradores e dinâmica das escalas de abate.

  • Alta demanda e baixa oferta elevam preço dos ovos ao maior patamar histórico

    Alta demanda e baixa oferta elevam preço dos ovos ao maior patamar histórico

    A combinação entre baixa oferta no mercado interno e aumento da demanda levou as cotações dos ovos a atingirem o maior valor diário da série histórica do Cepea, em termos nominais, em diversas regiões do país. O destaque fica para Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, um dos principais polos produtores do Brasil, onde o preço, quando ajustado pela inflação, também alcançou o nível mais alto já registrado.

    De acordo com colaboradores do Cepea, a tendência é que os preços sigam elevados pelo menos até a Quaresma, período em que o consumo da proteína costuma aumentar. A oferta reduzida e o aquecimento das vendas sustentam a valorização do produto no mercado interno.

    No cenário externo, os embarques brasileiros de ovos (incluindo produtos in natura e processados) tiveram crescimento significativo em janeiro, atingindo o melhor desempenho desde junho de 2023, segundo a Secex. Apesar do avanço, as exportações ainda representam menos de 1% da produção total, o que indica que a maior parte do que é produzido segue destinada ao consumo interno.

    Com a demanda aquecida e a produção limitada, os produtores seguem atentos ao mercado, avaliando se os preços seguirão em alta nos próximos meses.

  • Preço do milho sobe e ultrapassa R$ 76 por saca, impulsionado por atrasos na colheita

    Preço do milho sobe e ultrapassa R$ 76 por saca, impulsionado por atrasos na colheita

    Os preços do milho continuam em alta na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Na última semana, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas – SP) voltou a superar a marca dos R$ 76 por saca de 60 kg, algo que não acontecia desde abril de 2023. Esse movimento de valorização é impulsionado por preocupações com atrasos tanto na colheita da safra de verão quanto na semeadura da segunda temporada, especialmente no Centro-Oeste do país.

    De acordo com pesquisadores do Cepea, a incerteza sobre o ritmo da colheita tem levado muitos vendedores a se afastarem do mercado spot, na expectativa de preços ainda mais elevados. Além disso, a prioridade dos produtores tem sido a colheita e a comercialização da soja, o que deixa as negociações com milho em segundo plano e também contribui para o aumento dos custos logísticos, já que os fretes estão mais caros.

    Do lado da demanda, consumidores demonstram interesse em adquirir novos lotes, mas enfrentam dificuldades diante dos valores mais altos pedidos pelos vendedores. O cenário mantém a expectativa de novas oscilações no mercado nas próximas semanas, conforme os avanços da colheita e o comportamento da oferta e da demanda.

  • Oferta elevada pressiona preços da mandioca, que acumulam queda de 14,1% no ano

    Oferta elevada pressiona preços da mandioca, que acumulam queda de 14,1% no ano

    Apesar das chuvas registradas em algumas regiões produtoras, a oferta de mandioca seguiu elevada na última semana, pressionando os preços para baixo. Levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que muitos produtores intensificaram as vendas para se capitalizar ou liberar áreas de cultivo, ampliando a disponibilidade da raiz no mercado.

    Embora a demanda pela matéria-prima tenha crescido, esse aumento foi mais moderado em comparação à oferta, o que contribuiu para a continuidade da desvalorização. Na última semana, o preço médio nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 600,70, o equivalente a R$ 1,0447 por grama de amido, representando uma queda de 3,3% em relação à semana anterior.

    No acumulado do ano, a mandioca já registra uma desvalorização de 14,1%, reflexo do maior volume de produto disponível no mercado e da demanda que, apesar de crescente, não tem acompanhado o ritmo da oferta. Diante desse cenário, agentes do setor seguem monitorando as movimentações do mercado, avaliando os impactos do clima e das decisões de plantio na formação dos preços ao longo dos próximos meses.

  • Preços da cenoura iniciam 2025 em alta devido à oferta reduzida

    Preços da cenoura iniciam 2025 em alta devido à oferta reduzida

    Os preços da cenoura começaram o ano em patamares elevados, uma mudança significativa em relação ao comportamento observado durante boa parte do inverno. Entre os dias 6 e 10 de janeiro, a caixa de 29 kg de cenoura “suja” foi comercializada a uma média de R$ 57,50 em São Gotardo (MG), representando uma alta de 4,5% em comparação à semana anterior.

    Segundo a equipe Hortifrúti/Cepea, o aumento nos preços reflete a oferta limitada no mercado. Desde o final de outubro, as intensas chuvas na região mineira dificultaram tanto o manejo nas lavouras quanto o plantio das cenouras destinadas à colheita no verão. Além disso, a qualidade das raízes tem sido afetada por problemas como bacteriose, presença de nematoides e bifurcação.

    Essa combinação de fatores climáticos e fitossanitários contribuiu para a elevação dos preços, que pode se estender enquanto as condições de oferta e qualidade permanecerem desfavoráveis.

  • Milho fecha outubro em alta com demanda aquecida e oferta restrita

    Milho fecha outubro em alta com demanda aquecida e oferta restrita

    Os preços do milho no mercado doméstico registraram forte alta ao longo de outubro, impulsionados pela demanda interna robusta e pela retração dos vendedores. Segundo o Cepea, o cenário elevou as médias mensais em diversas regiões do país para os maiores patamares de 2023, dificultando a aquisição de novos lotes para os compradores.

    A escassez de milho no mercado spot nacional e os altos valores exigidos pelos produtores ampliaram as dificuldades dos demandantes, que enfrentaram baixa disponibilidade durante praticamente todo o mês. Com a expectativa de que os preços continuem avançando, muitos produtores mantiveram-se afastados dos negócios, aguardando para negociar em um momento mais favorável.

    Do lado da oferta, a atual safra de verão e as previsões para o próximo ciclo estão no radar, mas, por ora, os produtores preferem segurar o produto, atentos aos desdobramentos do mercado. Esse movimento de retenção e a demanda aquecida indicam que os preços do milho podem seguir em alta nos próximos meses, refletindo a pressão de mercado e a aposta em cotações ainda mais altas.

    Para a cadeia produtiva, o cenário reforça desafios na composição dos custos, com a expectativa de que o milho siga disputado e valorizado enquanto a nova safra não atinge o mercado em volume suficiente para equilibrar a oferta.

  • Alta nos preços do boi segue firme, impulsionada por oferta limitada e demanda aquecida

    Alta nos preços do boi segue firme, impulsionada por oferta limitada e demanda aquecida

    O movimento de alta nos preços do boi gordo continua firme, sem sinais de resfriamento, de acordo com pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Embora os confinamentos tenham um papel importante na composição das escalas de abate, especialmente no último trimestre do ano, a oferta de animais a pasto tem sido determinante para a formação dos preços.

    Fatores climáticos, como a escassez de chuvas no segundo trimestre e as queimadas intensas registradas entre agosto e setembro, anteciparam a comercialização de lotes prontos para o abate, limitando ainda mais a oferta de animais. Apesar de os frigoríficos terem contratos firmados com rebanhos confinados, a quantidade de animais disponíveis não tem sido suficiente para atender à crescente demanda do mercado interno e externo, estes últimos níveis de ocorrência recordes.

    Como resultado, a oferta reduzida para preencher as escalas de abate tem gerado reajustes expressivos nos preços do boi gordo, que vêm se mantendo em alta desde o início de agosto, conforme aponta levantamentos do Cepea. O cenário aponta para a continuidade dessa tendência de valorização, enquanto a oferta limitada e a demanda aquecida pressionaram o mercado pecuário.

  • ONS aprova ações preventivas para garantir oferta de energia no país

    ONS aprova ações preventivas para garantir oferta de energia no país

    O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aprovou nesta semana ações preventivas para garantir a oferta de energia para todo o país. As medidas foram definidas diante do cenário de seca nas regiões Norte e Nordeste, estiagem nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e incertezas sobre o grau de impacto do fenômeno La Niña para o trimestre setembro, outubro e novembro, indicando chuvas abaixo da média e temperaturas acima da média histórica em todo o país.

    As ações foram debatidas durante a 295ª reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), do Ministério de Minas e Energia.

    Para o período de setembro a dezembro, o ONS traçou cenário de elevada demanda por energia e baixa contribuição da geração eólica. Com isso, sinalizou a necessidade de utilização de recursos da reserva operativa para atender à demanda máxima do sistema.

    Entre as ações estabelecidas e que serão colocadas em prática está a continuidade do envio de eletricidade produzida pelas usinas termelétricas movidas a gás natural Santa Cruz, localizada no Rio de Janeiro, e Linhares, no Espírito Santo, durante todo o mês de novembro. Está prevista a possibilidade de despacho flexível da energia gerada pelas termelétricas Santa Cruz, Linhares e Porto Sergipe. O objetivo desse envio flexível é buscar a redução do custo total da operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), considerando os custos variáveis unitários que serão autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

    Também foi decidida, durante a reunião, a articulação para viabilizar a operação excepcional do reservatório intermediário da Usina Hidrelétrica de Belo Monte em Vitória do Xingu, no Pará. A vazão mínima do reservatório será de 100 metros cúbicos por segundo, respeitadas as licenças e autorizações necessárias. Outro debate visa à entrada em operação da Linha de Transmissão de 500 kilowatts (KW) de Porto Sergipe – Olindina – Sapeaçu; Linha de Transmissão de 500 KW Terminal Rio – Lagos e da Linha de Transmissão de 345 KW Leopoldina 2 – Lagos, para assegurar o escoamento da potência energética nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro.

    De acordo com o ONS, apesar de o cenário na Região Norte ser desfavorável na questão climática, o armazenamento de água nos reservatórios para geração de energia despachada no Sistema Interligado Nacional é de 58%. Estima-se, no final do período de seca, que o armazenamento fique entre 42% e 39%.

    Eleições e queimadas

    O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico discutiu ainda a operação especial do sistema elétrico para as eleições municipais. O ONS deverá propor medidas de segurança para garantir o fornecimento de energia elétrica em todo o território nacional, e a Aneel apresentou ações contra os desligamentos das subestações provocados pelas queimadas. O objetivo das medidas preventivas é aumentar a confiabilidade do sistema elétrico brasileiro.

    Geração e transmissão

    A expansão verificada em agosto de 2024 foi de 571 megawatts (MW) de capacidade instalada de geração centralizada de energia elétrica e de 1.683 MVA de capacidade de transformação. Assim, no ano de 2024, a expansão totalizou 7.096,5 MW de capacidade instalada de geração centralizada, 2.409,4 KM de linhas de transmissão e 10.730 MVA de capacidade de transformação.

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  • Preços da mandioca sobem pela 9ª semana consecutiva com oferta restrita e demanda aquecida

    Preços da mandioca sobem pela 9ª semana consecutiva com oferta restrita e demanda aquecida

    Os preços da mandioca continuam em trajetória ascendente, registrando aumento pela nona semana consecutiva. Entre os dias 5 e 9 de agosto, o valor nominal a prazo da tonelada de raiz posta fecularia atingiu R$ 493,51, um crescimento de 0,5% em comparação à semana anterior. Esse valor representa uma recuperação dos níveis observados em janeiro deste ano, destacando a força atual do mercado.

    De acordo com pesquisadores do Cepea, a combinação de uma oferta ainda limitada com uma demanda industrial aquecida tem sido o principal fator por trás da elevação dos preços. A maioria dos produtores permanece relutante em comercializar suas colheitas. Além disso, a oferta disponível se restringe principalmente a lavouras de 1º ciclo, com até 12 meses de cultivo, o que contribui para a escassez no mercado.

    As condições climáticas adversas, com um período de seca prolongada, têm dificultado o avanço do plantio, levando muitos agricultores a priorizar a finalização dessa etapa antes de retomar a colheita. Contudo, alguns produtores que já concluíram o plantio da nova safra e voltaram a colher suas lavouras disponibilizaram um volume ligeiramente maior de matéria-prima para o mercado.

    Por outro lado, a demanda industrial permanece robusta, especialmente por parte de empresas que buscam formar estoques ou atender seus clientes de maneira mais imediata. Esse cenário de oferta restrita e demanda aquecida continua a pressionar os preços para cima, gerando expectativas de que a valorização da mandioca possa se estender nas próximas semanas, caso as condições climáticas e de mercado permaneçam inalteradas.