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  • Indústria de Mato Grosso cresce e totaliza 16 mil empresas, impulsionando a economia e a geração de empregos

    Indústria de Mato Grosso cresce e totaliza 16 mil empresas, impulsionando a economia e a geração de empregos

    Com o aumento na produção, a indústria de Mato Grosso se consolida como um importante pilar da economia estadual. O setor industrial tem sido fundamental no desenvolvimento econômico do estado, contribuindo para o aumento de emprego e renda para a população local. As 16.072 mil indústrias instaladas no estado são responsáveis por empregar mais de 191.119 mil trabalhadores.

    Os dados são do Observatório da Indústria de Mato Grosso, com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023, elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e divulgada em dezembro de 2024. A RAIS é um relatório obrigatório, enviado anualmente pelas empresas ao MTE, refletindo a situação real do mercado de trabalho e confirmando que as indústrias estão ativas e gerando empregos.

    O crescimento de 4,22% no número de funcionários em 2023 reflete o dinamismo do setor, posicionando-o como um grande propulsor na geração de empregos. Setores como frigoríficos (14,37% do total), construção de edifícios (10,44%) e fabricação de álcool (5,17%) se destacam no número de funcionários contratados, demonstrando a diversidade e o potencial do setor, conforme informações da RAIS 2023.

    Desafios e crescimento contínuo

    O mercado de trabalho está em pleno vapor, com a segunda menor taxa de desocupação do país (2,3%). Esse cenário é desafiador para as empresas, pois se traduz em escassez de mão de obra – um sinal claro de que é preciso explorar ao máximo o potencial dos talentos locais.

    “A baixa disponibilidade de profissionais qualificados é um indicativo claro de que precisamos investir fortemente na capacitação da força de trabalho local. O Sistema Fiemt, por meio do Sesi, Senai e IEL, está comprometido em oferecer formação e requalificação, além de processos de inovação para as indústrias, garantindo que o mercado continue a crescer de forma sustentável”, destaca o presidente da Fiemt, Silvio Rangel.

    Neste contexto, o trabalho de instituições do Sistema Fiemt, como Sesi, Senai e IEL é muito importante para qualificar, requalificar e inserir pessoas no mercado de trabalho, além da atuação do Governo e prefeituras, com políticas públicas para superar esse desafio.

    O crescimento do setor industrial também esbarra em outros gargalos, como deficiência de distribuição de energia com qualidade no estado, infraestrutura logística no estado e incertezas no cenário nacional, com alta dos juros, alta do dólar e a reforma tributária.

    Futuro da Indústria

    Apesar dos entraves, a indústria de Mato Grosso mantém um ritmo de expansão. Dados compilados pelo Observatório da Indústria mostram um aumento de 4% no último ano e previsão de novas plantas e indústrias em Mato Grosso. Setores como biocombustíveis estão em desenvolvimento, com empresas investindo em etanol de milho e esmagamento de óleo de algodão, mostrando um estado promissor e cheio de oportunidades para investidores.

    Conforme dados do Observatório, em quatro anos o número de indústrias aumentou em 41%, saindo de 11.370 em 2020 para 16.072 em 2023. Com relação a funcionários, o número saiu de 154.854 para 191.119.

    Um exemplo desse avanço é a chegada da indústria de farinha de trigo do grupo paranaense Belarina Alimentos, que anunciou a inauguração de uma nova planta industrial em Cuiabá, prevista para o primeiro semestre de 2025. “Esse investimento inicial de R$ 10 milhões demonstra a confiança do setor produtivo no potencial de Mato Grosso. A unidade começará com o envasamento de trigo e, em breve, ativará a moagem com capacidade de 300 toneladas diárias”, ressalta Silvio Rangel.

    Consolidando a importância do setor para a economia mato-grossense, o Valor Adicionado Bruto (VAB) da indústria em 2022 registrou um surpreendente aumento de 17,13% em relação a 2021, alcançando R$ 37,6 bilhões. O PIB de 2022 do estado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), totalizou R$ 255,5 bilhões, um aumento de 9,48% frente a 2021.

  • Há 11 meses sem receber salário, trabalhadores ocupam pátio da Avibras

    Há 11 meses sem receber salário, trabalhadores ocupam pátio da Avibras

    Trabalhadores da Avibras, empresa fabricante de armamentos militares localizada em Jacareí, interior de São Paulo, ocuparam na manhã desta quinta-feira (14) o pátio da fábrica. A decisão foi tomada após a direção da Avibras se recusar a abrir os portões para os metalúrgicos realizarem uma assembleia.

    Há 11 meses sem receber salários, os operários da Avibras estavam na expectativa de uma reunião entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, agendada para hoje, mas o encontro foi desmarcado. Os trabalhadores pretendem permanecer no pátio até que a empresa ofereça uma solução para o problema.

    “Os trabalhadores estão angustiados com o desrespeito contínuo da Avibras. São profissionais com altíssima qualificação sem salários. Ao longo desses 11 meses, muitos foram obrigados a ir para a informalidade para tentar manter o sustento de suas famílias. Desesperados, decidiram ocupar o pátio”, afirma o presidente do sindicato, Weller Gonçalves.

    A companhia, que integra a Base Industrial de Defesa (BID) do Brasil, foi criada em 1964. É fabricante de armamentos como mísseis, lançadores de foguetes e bombas inteligentes, além de insumos para combustível sólido. Tem cerca de 1,2 mil trabalhadores, que estão em greve há um ano e meio. A paralisação começou em setembro de 2022, devido a sucessivos atrasos nos salários.

    Dívida

    A dívida total da Avibras, até abril do ano passado, estava em R$ 376 milhões. Em março de 2022, foi feito um pedido de recuperação judicial. Naquela data foram demitidos 420 trabalhadores.

    Posteriormente, os cortes foram cancelados pela Justiça, em resposta a ação movida pelo Sindicato. Então os trabalhadores foram transferidos para o regime de layoff (suspensão ou exclusão temporária de um vaga de emprego). A suspensão dos contratos de trabalho já foi renovada quatro vezes desde então. Em fevereiro deste ano, o pedido de recuperação judicial foi homologado pela 2ª vara cível de Jacareí.

    O que diz a Avibras

    Em nota, a Avibras se diz empenhada em várias frentes, incluindo o plano de recuperação que está em execução e o processo de entrada de um investidor estratégico que se encontra em fase final e irá capitalizar a empresa. “Reconhecemos que o momento é muito difícil para todos, mas a Avibras está confiante que irá superar todos esses desafios e voltar a operar normalmente em breve, sanando todas as pendências trabalhistas”, diz o texto.

    A nota diz ainda que a Avibras “repudia veementemente” os atos violentos praticados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, que invadiu a empresa na manhã desta quinta-feira. “Consideramos esse ato incoerente e truculento, pois a companhia tem comunicado constantemente, tanto ao sindicato quanto aos seus colaboradores, o andamento de suas iniciativas de recuperação econômico-financeira”, complementa a nota.

    *Texto ampliado às 14h25 para incluir nota da Avibras

    Edição: Nádia Franco

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