Tag: Notícias Agrícolas

  • Argélia abre mercado para carne de frango brasileira

    Argélia abre mercado para carne de frango brasileira

    Brasil e Argélia concluíram as negociações referentes à abertura do mercado argelino à carne de frango brasileira, após a revisão de certificados e auditorias que subsidiaram a análise e o estabelecimento de requisitos fitossanitários para importação do produto nacional.

    A abertura é resultado do trabalho integrado entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

    O Brasil é o maior exportador e o segundo maior produtor de carne de frango no mundo, consolidando-se como um fornecedor confiável e competitivo, que destina 36% da produção nacional ao mercado externo.

    As exportações brasileiras do produto em 2023 já atingiram, até agosto, US$ 6,73 bilhões, número 5,5% superior ao total alcançado no mesmo período de 2022. No ano passado, o Brasil exportou US$ 9,52 bilhões de carne de frango, com embarque de 4,6 milhões de toneladas para 170 mercados.

    Os principais mercados importadores da carne de frango brasileira são China, Japão, Emirados Árabes e Arábia Saudita.

     
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  • Mapa registra algumas inovações tecnológicas para o controle de pragas na agricultura

    Mapa registra algumas inovações tecnológicas para o controle de pragas na agricultura

    O Ato n° 45 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado na terça-feira (10) no Diário Oficial da União, trouxe o registro de mais 45 produtos formulados, ou seja, defensivos agrícolas que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Desses, 15 são de baixo impacto.

    Entre os produtos biológicos, destaca-se o registro de um produto a base da mistura de Paenibacillus azotofixans; Bacillus subtilis; Bacillus licheniformis e Bacillus circulans recomendado para controle dos nematóides Macrophomina phaseolina, Meloidogyne incognita e Meloidogyne javanica e do fungo Rhizoctonia solani. Essas são pragas de solo que afetam várias culturas.

    Outro produto de baixo impacto registrado hoje é a base de Priestia megaterium, recomendado para o controle de Pratylenchus zea. Esse é um nematóide de grande importância para a cultura do milho, mas afeta também outras culturas como a cana-de-açúcar, algodão e feijão.

    Para os produtores de abacate foi registrado um produto a base de (Z)-9,13-TETRADECADIENAL, feromônio sexual para controle de Stenoma catenifer que é uma praga específica dessa cultura. Essa é uma grande conquista para produtores de Culturas com Suporte Fitossanitário Insuficiente (CSFI), também conhecidas como minor crops, que normalmente possuem poucos ativos específicos registrados.

    Ainda no registro de produtos de baixo impacto, o Ato traz um regulador de crescimento a base de Bacillus aryabhattai CBMAI1120 + Bacillus haynesii CCT7926 + Bacillus circulans CCT0026. O modo de ação desse produto é ativando a planta por meio dos compostos biológicos presentes na formulação.

    Quanto aos produtos químicos, a inovação se dá pelos primeiros produtos registrados com o ativo Fluindapyr no Brasil. Ao todo, são quatro produtos que possuem em sua composição o Fluindapyr que é fungicida e nematicida do grupo pirazol-carboxamidas (pyrazole-carboxamides), já registrado nos Estados Unidos e em fase de registro na União Europeia. Esses produtos serão mais uma ferramenta que os produtores poderão utilizar para o controle de pragas no campo nas culturas do amendoim, café, feijão, milho e soja.

    Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.

    Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

    Produtos biológicos

    O Brasil é uma referência mundial na utilização de defensivos agrícolas biológicos no campo. Ao todo, são 710 produtos de baixo impacto registrados desde o ano de 2000.

    Só no ano de 2023, foram registrados até o mês de outubro 63 produtos de baixo impacto.

    Os produtos considerados de baixo impacto possuem ingredientes ativos biológicos, microbiológicos, semioquímios, bioquímicos, extratos vegetais e reguladores de crescimento, podendo ser autorizados em vários casos na agricultura orgânica.

    Esses produtos são importantes para agricultura não apenas pelo impacto toxicológico e ambiental, mas também por beneficiar as culturas de suporte fitossanitário insuficiente (minor crops), pois esses produtos são registrados por pragas e não por cultura como acontece com os químicos.

     
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  • Operação apreende mais de 10 mil produtos de uso veterinário irregulares para aves

    Operação apreende mais de 10 mil produtos de uso veterinário irregulares para aves

    Após a detecção de resíduos de diflubenzuron em ovos acima do limite máximo definido no âmbito do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) e investigação na granja de aves de postura envolvida, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou, nesta segunda-feira (9), uma operação em estabelecimento fabricante de produtos de uso veterinário, que produzia o medicamento com indicação irregular para uso em aves.

    A ação resultou na apreensão de 1.543 unidades do produto irregular identificado na investigação e 9.258 unidades de outro produto com a mesma irregularidade. Também foram realizadas a suspensão da linha de produção desses produtos até sua regularização, além da determinação de recall.

    No local, também foram apreendidos 212.107 embalagens, 43.064 rótulos e 19.500 bulas em situação irregular.

    “Em função dos riscos para a saúde pública e dos impactos negativos para o mercado internacional, o Mapa está intensificando as ações de investigação de violações aos limites de resíduos em alimentos, adotando medidas coercitivas contra essas atividades ilícitas, nas quais os infratores além das medidas cautelares e multas a que estarão sujeitos, poderão responder por crimes contra as relações de consumo e contra a saúde pública”, detalha o coordenador das operações do programa Vigifronteira, Marcos Eielson.

    Investigação

    Após tomar conhecimento da detecção de resíduos de diflubenzuron em ovos, o Mapa realizou ação em uma granja produtora de ovos com o objetivo de investigar a violação. No local, foram encontradas duas embalagens vazias do produto suspeito, cujo princípio ativo é à base de diflubenzuron, tendo sido relatado pelo produtor que fazia a sua utilização, diariamente, na ração das aves.

    A investigação administrativa revelou que o produto registrado não possuía indicação aprovada pelo Mapa para uso em aves, embora tenha sido identificada a recomendação expressa de forma irregular na rotulagem aposta pelo fabricante.

    A ação contou com a detecção dos resíduos pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-GO), a investigação na granja pelo Serviço de Fiscalização de Insumos e Saúde Animal (SISA-SP) e a operação pelo Serviço de Fiscalização e Coerção ao Trânsito e Comércio Irregular (SECOT).

     
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  • Ingresso de cães e gatos de cidadãos repatriados e refugiados de Israel serão facilitados pelo Mapa

    Ingresso de cães e gatos de cidadãos repatriados e refugiados de Israel serão facilitados pelo Mapa

    Considerando a condição peculiar momentânea, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), assim como fez com os repatriados do conflito armado na Ucrânia, irá facilitar o ingresso no território nacional de cães e gatos que acompanhem os cidadãos brasileiros repatriados e cidadãos estrangeiros refugiados de Israel.

    A medida implica na dispensa de apresentação de Certificado Veterinário Internacional (CVI) emitido ou endossado pelas autoridades veterinárias dos países de origem desses animais e a apresentação de atestado de vacinação ou qualquer outra certificação sanitária no momento do ingresso no país.

    No momento da chegada, os passageiros serão orientados pela Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) quanto aos procedimentos sanitários internos a serem adotados em relação aos animais.

    “Esclarecemos que, neste momento, nenhum cachorro ou gato será impedido de entrar no Brasil por falta de documentação. Entendemos a situação e os médicos veterinários atuantes no Vigiagro acompanharão os casos para liberação de entrada no país”, reforça o diretor do departamento de Serviços Técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária, José Luis Vargas.

    Para cães e gatos de cidadãos repatriados e refugiados que estejam dirigindo-se a outros países, o trânsito de passagem pelo Brasil também está liberado sem qualquer exigência de documentação sanitária, devendo, contudo, os cidadãos verificarem junto às autoridades veterinárias dos países de destino à eventual necessidade de certificação sanitária.

    O Mapa alerta que a medida vale apenas para os casos em decorrência dos conflitos armados em Israel. Ou seja, para o ingresso de cães e gatos de cidadãos brasileiros repatriados ou estrangeiros refugiados em quaisquer voos, sejam de ajuda humanitária, militares, cargueiros fretados ou em voos comerciais.

    As demais situações para ingresso de animais de estimação ao Brasil deverá ser feita de forma regular, a depender de cada espécie envolvida.

     
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  • Ministro Fávaro discute alternativas ao traçado da BR-242 em Mato Grosso

    Ministro Fávaro discute alternativas ao traçado da BR-242 em Mato Grosso

    O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com o diretor-geral substituto do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Carlos Barros, nesta terça-feira (10), para avaliar alternativas ao traçado da BR-242, em Mato Grosso.

    Incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, a obra está dividida em três lotes para a pavimentação de 305 quilômetros entre os municípios de Santiago do Norte e Querência. A rodovia liga a BR-163 à BR-158, dois dos mais importantes corredores de escoamento da safra brasileira.

    Para início das obras de pavimentação dos trechos, são necessárias a conclusão do Licenciamento Ambiental e dos estudos de componente indígena, já que os trechos dos lotes B e C, que passam por Gaúcha do Norte e Querência, possuem interferência de terra indígena (área de abrangência), passando ao sul do Parque do Xingu.

    Uma das obras mais importantes para o desenvolvimento da região do Vale do Araguaia, a pavimentação da BR-158 teve a ordem de serviço assinada em setembro para o contorno de 12 quilômetros desviando da área indígena. Desta forma, as propostas de traçados alternativos para a BR-242 estudam contornos que desviem da área de abrangência de território indígena.

    Além do escoamento da safra, a obra é importante para o transporte escolar, de pacientes e o deslocamento das pessoas da região. Para que o sistema seja mais efetivo e eficiente, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) conta com um programa de recuperação de estradas vicinais.

    Assim, o estudo de traçados alternativos leva em consideração um sistema interligado de rodovias municipais e substituição de pontes de madeira, que permitirão um fluxo mais eficiente.

    Ao todo, a BR-242 tem 2311,7 quilômetros de extensão que vão da Bahia até Mato Grosso. Com a ligação às BRs 163 e 158, é também uma alternativa importante para o escoamento da produção tanto pelos portos do arco norte, quanto do arco sul, garantindo mais competitividade à região que é considerada a nova fronteira agrícola do país.

    Informações à Imprensa
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  • Na Rússia, autoridades do Mapa apresentam inovações para o agronegócio

    Na Rússia, autoridades do Mapa apresentam inovações para o agronegócio

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participou, nos dias 7 e 8, de uma série de encontros preparatórios para o Fórum Innofood, principal evento de inovação para o setor de alimentos da Rússia.

    Representantes da pasta se reuniram com integrantes do Ministério da Indústria e Comércio da Federação da Rússia e de instituições privadas.

    Em reunião com o Vice-Ministro Mikhail Yurin, a secretária da SDI/Mapa, Renata Miranda, reforçou o compromisso com a continuidade do comércio bilateral e os dois países demonstraram interesse de estreitar relações comerciais e explorar oportunidades de investimento, além de cooperação no setor agrícola.

    De janeiro a agosto de 2023, o agronegócio brasileiro exportou 949 milhões de dólares para a Rússia, com destaque para soja (57%), carnes (20%), café (10%), amendoim (8%) e açúcar (4%).

    Na ocasião também foram apresentadas as políticas públicas para o desenvolvimento de bioinsumos e recuperação de pastagens degradadas. A Rússia demonstrou interesse no programa brasileiro de biodiesel e destacou que o país pretende se preparar para o fim dos combustíveis fósseis.

    Na oportunidade, instituições russas, entre elas o grupo produtor de alimentos EFKO, representado pelo diretor executivo Sergey Ivanov; e a empresa de fertilizantes Uralchem, representada pelo diretor do Departamento de Relações com Autoridades Governamentais e Atividades Internacionais, Konstantin Ivanov, apresentaram seus trabalhos. Na pauta, foram citadas as especificidades e diferenças das produções agrícolas de cada um dos países, e a liderança brasileira no setor de carnes e no desenvolvimento de alimentos de base vegetal, além da difusão dos bioinsumos.

     
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  • Ministro Fávaro pede que setor mostre a realidade da produção brasileira ao mundo

    Ministro Fávaro pede que setor mostre a realidade da produção brasileira ao mundo

    No lançamento da segunda fase da campanha internacional de sustentabilidade da proteína animal da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, convocou o setor produtivo brasileiro a quebrar a retórica de que o agro prejudica o meio ambiente.

    O evento ocorreu na manhã deste domingo (8), no estande da ABPA na Anuga – maior feira de alimentos do mundo – em Colônia, na Alemanha. Durante o lançamento, Fávaro lembrou a revolução promovida pelo Brasil na intensificação da produção de alimentos sem avançar nas áreas preservadas do país.

    Nos últimos 50 anos, o Brasil deixou de ser importador para se tornar um dos maiores exportadores do mundo aumentando a produtividade sem aumentar a área de plantio.

    “Somos exemplo de sustentabilidade. Esse é o maior desafio da atualidade: mudar a retórica de achar que os produtores e produtoras brasileiros produzem em detrimento do meio ambiente. É mentira isso. Nós produzimos com respeito ao meio ambiente. É um desafio que passa a ser de todos nós. Campanhas como essa, que visam esclarecer, trazer a verdade, chamar os nossos compradores, parceiros, para visitar o Brasil e conhecer a realidade da nossa produção ampliam as oportunidades de negócios e fazem muito bem para a nossa economia e para os brasileiros”, destacou o ministro.

    Nos últimos nove meses, o presidente Lula percorreu uma série de países retomando e reforçando a diplomacia brasileira. Além disso, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) junto com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) vem fazendo um forte trabalho junto aos parceiros comerciais que já resultou na abertura de 51 mercados para diversos produtos da agropecuária brasileira.

    O ministro Fávaro também visitou neste domingo as empresas de carnes de aves e suínas no Pavilhão Brasileiro da feira.

    Campanha

    A campanha internacional Good Food – Sustainable Protein, destaca os atributos que diferenciam a sustentabilidade da avicultura e da suinocultura do Brasil.

    Para essa fase, foi apresentado um portal de notícias focado na difusão de exemplos de iniciativas de sustentabilidade promovidas pelas agroindústrias e pelo setor produtivo brasileiro. O portal será atualizado constantemente, incluindo informações, artigos, vídeos e outras iniciativas que envolvam ações de preservação ambiental, desenvolvimento econômico e social e governança das empresas.

    O site pode ser acessado pelos endereços www.proteinasustentavel.com (versão em português) e www.braziliansustainableprotein.com (em inglês).

    O lançamento da campanha também foi marcado pela apresentação de um vídeo sobre sustentabilidade, mostrando pontos que definem o perfil sustentável da cadeia de proteína animal do País.
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  • Do algodão colorido a exportação, conheça as particularidades da fibra brasileira

    Do algodão colorido a exportação, conheça as particularidades da fibra brasileira

    Ele tem um formato único que da sua fibra é transformada em vários jeitos e modos, podendo ser usada para a criação de roupas, ração animal, papel e até para coador de café. A sua cor original é branca, mas ao longo do tempo foram criadas outras cores, dentre elas, o marrom e o verde. A Organização Mundial do Comércio (OMC) criou, em 2019, o Dia Mundial do Algodão, que é celebrado neste sábado (7).

    Até agosto de 2023, a produção de algodão faturou R$ 30 bilhões, ficando na 5ª posição do ranking das maiores produções agrícolas do país, de acordo com o último levantamento do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), elaborado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) por meio da Secretaria de Políticas Agrícolas (SPA).

    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima para a safra de 2022/23 a produção de 7,64 milhões de toneladas de algodão em caroço, equivalente a 3,15 milhões de toneladas de pluma.

    Existem diversas maneiras de melhorar o plantio do algodão como, por exemplo, o melhoramento genético da cultura do algodão, que atua no melhoramento da qualidade da fibra, resistência a pragas e doenças e também a temperatura. A Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) trabalha para desenvolver inovações que ajudem o produtor a aumentar a produtividade e de forma sustentável. Uma dessas formas, é a agricultura de precisão, que consiste em acompanhar, coletar e analisar informações por meio de tecnologias que facilitam a tomada de decisão por produtores e trabalhadores, como dosagem ideal de insumos.

    A coordenadora de Desenvolvimento de Cadeias Agrícolas, Lara Souza, afirma que na cultura do algodoeiro, a agricultura de precisão auxilia no manejo do tratamento da variabilidade apresentada no campo. “É possível melhorar a eficiência e a rentabilidade da produção agrícola, com enfoque na capacidade do uso dos recursos e produtividade das culturas”, explica ela.

    Algodão colorido

    O plantio do algodão é feito, principalmente, no nordeste do país, nos estados do Piauí, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe. E como forma de criar novas alternativas para os produtores, a Embrapa implantou cultivares de algodão colorido por meio do cruzamento do algodão branco de alta qualidade de fibra com plantas de fibra naturalmente colorida. Foram produzidas seis cores, em tonalidades que vão de marrom claro até o avermelhado e também verde claro.

    Esse tipo de plantio é vantajoso, pois reduz o impacto ambiental do processo têxtil e dispensa a etapa de tingimento e economiza o consumo de água na produção do tecido. O algodão colorido se tornou patrimônio imaterial da Paraíba e já foi usado na criação de roupas para passarelas de moda internacionais.

    Do algodão colorido a exportação, conheça as particularidades da fibra brasileiraDo algodão colorido a exportação, conheça as particularidades da fibra brasileira Roupa de algodão colorido. Por Sérgio Cobel da Silva / Embrapa

    Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB)

    Operalizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e auditorado pelo Ministério, o programa de certificação voluntária dos laboratórios de avaliação de pluma e das usinas de beneficiamento de algodão desempenha a função de certificar o algodão brasileiro.

    A certificação iniciou como módulo piloto em 2022 com duas usinas e um laboratório em Goiás. Em 2023, o programa adquiriu abrangência nacional e a expectativa é de que 30%, isto é, aproximadamente 3,7 milhões de fardos de pluma da produção nacional tenham suas características de qualidade atestadas e certificadas oficialmente pelo Mapa.

    O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) trabalha em ações fiscais nas ações fiscais nas unidades e no monitoramento contínuo de informações on-line sobre identificação, rastreabilidade, controle e resultados laboratoriais.

    O chefe do Serviço Regional de Operações Avançadas de Autocontrole, Monitoramento, Certificação e Rastreabilidade, Cid Rozo, destaca que o programa traz credibilidade quanto às informações das características de qualidade de cada fardo de pluma produzido junto às autoridades aduaneiras dos países importadores e compradores do algodão brasileiro no mercado nacional e internacional, em destaque para a China, que exporta 32% da fibra brasileira.

    Rozo ainda afirma que toda a cadeia produtiva do algodão brasileiro, associada à pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de manejo da cultura no campo poderão fazer com que o país exporte ainda mais algodão no mercado internacional. E acrescenta que o programa foi criado para “garantir confiabilidade nas informações dos parâmetros de qualidade da fibra exportada, chancelando, via certificação, os resultados aferidos pelos laboratórios de avaliação da qualidade do algodão”.

    Exportação e abertura de mercados

    Em 2022, o comércio mundial de algodão foi de US$ 23,72 bilhões, sendo a China o maior importador mundial. O Brasil ocupou o segundo lugar nas exportações da fibra, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

    Em relação à abertura de mercados internacionais, em 2019, o Brasil começou a exportar farelo de algodão para a China; em 2021, sementes de algodão para a Colômbia; e algodão em pluma para o Egito, em janeiro deste ano.

    A abertura do mercado do algodão brasileiro para o Egito ocorreu em 2023. A Secretaria de Relações Internacionais (SCRI) estima que o Brasil tem potencial para exportar de 20 a 25% da demanda egípcia, que atualmente é de 110 a 120 mil toneladas/ano.

    O adido agrícola em Cairo, Rafael Mohana, destaca que o algodão brasileiro possui grande qualidade e preços competitivos. “O país pode conquistar parte do mercado internacional e as ações de promoção comercial serão fundamentais para que o Brasil possa ocupar o seu espaço também no Egito”.

    do algodao colorido a exportacao conheca as particularidades da fibra brasileira interna 2 2023 10 07 1895141885 Algodão: roupas, dinheiro, sabão.

     
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  • Aplicação do crédito rural chega a R$ 147 bilhões em três meses do atual Plano Safra

    Aplicação do crédito rural chega a R$ 147 bilhões em três meses do atual Plano Safra

    O desembolso do crédito rural nos três primeiros meses do Plano Safra 2023/2024 chegou a R$ 147 bilhões, aumento de 11% em relação a igual período da safra passada. Os financiamentos de custeio tiveram aplicação perto de R$ 90 bilhões. Já as concessões das linhas de investimentos totalizaram R$ 23,7 bilhões. As operações de comercialização atingiram R$ 17,5 bilhões e as de industrialização, R$ 15,9 bilhões.

    De acordo com a análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram realizados 617.547 contratos no período de três meses do ano agrícola, sendo 444.077 no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e 82.572 no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).

    Os valores concedidos aos pequenos e médios produtores em todas as finalidades (custeio, investimento, comercialização e industrialização) foram, respectivamente, de R$ 20,8 bilhões no Pronaf e de R$ 23,2 bilhões no Pronamp.

    Os demais produtores formalizaram 90.898 contratos, correspondendo a R$ 103,1 bilhões de financiamentos liberados pelas instituições financeiras.

    Nos financiamentos agropecuários para investimento, o Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (ModerAgro) teve contratações de R$ 603 milhões, significando um aumento de 18% em relação a igual período na safra anterior. E os financiamentos para o programa Pronamp alcançaram R$ 1,9 bilhão, alta de 34%.

    Já os financiamentos Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro Giro), R$ 323 milhões, alta de 113% quando comparado ao igual período na safra anterior.

    Em relação às fontes de recursos do crédito rural, a participação dos recursos livres equalizáveis nas contratações teve destaque nos meses de julho, agosto e setembro, com R$ 5,9 bilhões, significando um aumento de 279% em relação a igual período da safra anterior, sinalizando uma maior utilização de recursos das instituições financeiras colocadas à disposição para equalização dentro do Plano Safra.

    O secretário substituto de Política Agrícola, Wilson Vaz de Araújo, destacou a contribuição da fonte não controlada da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) para o funding do crédito rural, que respondeu por 47% do total das aplicações da agricultura empresarial no primeiro trimestre da safra atual, se situando em R$ 59,2 bilhões, com aumento de 69% em relação a igual período da safra passada.

    Os valores apresentados são provisórios e foram extraídos no dia 4 deste mês, do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), que registra as operações de crédito informadas pelas instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural.

    Dependendo da data de consulta no Sicor ou no Painel Temático de Crédito Rural do Observatório da Agropecuária Brasileira, podem ser observadas variações dos dados disponibilizados ao longo dos trinta dias seguintes ao último mês do período considerado.

     
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  • Mapa integra mesa de debates do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola

    Mapa integra mesa de debates do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) integrou, nesta terça-feira (3), a mesa de discussões do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida). A reunião foi realizada na Casa da ONU, no Complexo Sérgio Vieira de Mello, em Brasília (DF), com o objetivo estabelecer uma linha de atuação segmentada para o Programa de Oportunidades Estratégicas para o País Baseado em Resultados (COSOP). A iniciativa tem como foco melhorar os meios de subsistência das populações rurais mais desfavorecidas e vulneráveis do Brasil, mantendo o compromisso com a sustentabilidade.

    O COSOP levará em consideração a trajetória brasileira de desenvolvimento, examinando as contribuições do Fida. A abordagem compreende inovação, práticas rigorosas de monitoramento e avaliação, por meio da integração do trabalho institucional e político, para que bons resultados sejam alcançados para o público pretendido. Entre os temas debatidos no encontro destacam-se políticas públicas e soluções técnicas para o desenvolvimento do setor agrícola.

    Presente na reunião do Fida, a diretora do Departamento de Reflorestamento e Recuperação de Áreas Degradadas (Deflo/SDI/Mapa), Lizane Soares Ferreira, apresentou o Plano Amazônia+Sustentável, que promove a integração de políticas públicas para estruturação produtiva, acesso a mercados, aquisição de alimentos, inovação e valorização das culturas tradicionais nos nove estados da Amazônia Legal. E, também, o Nordeste+Sustentável que, por sua vez, impulsiona ações para o desenvolvimento econômico, social e sustentável da Região Nordeste e do norte de Minas Gerais e Espírito Santo.

    Informações à Imprensa
    Soraya Brandão
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