Tag: Notícias Agrícolas

  • Abertura de novos mercados no Vietnã, Tailândia, Turquia e Nova Zelândia

    Abertura de novos mercados no Vietnã, Tailândia, Turquia e Nova Zelândia

    O governo brasileiro tomou conhecimento com satisfação da abertura dos mercados de Vietnã, Tailândia, Turquia e Nova Zelândia para a exportação de farelo de milho, um dos produtos resultantes da produção do etanol de milho, tecnicamente chamado de DDG (distiller´s dried grains/ grãos secos por destilação) ou DDGS (distiller´s dried grains with solubles/ grãos secos por destilação com solúveis).

    Os DDGS/DDG são gerados a partir da produção do etanol do milho na segunda safra. O insumo é fonte proteica e energética nas formulações de ração animal (de ruminantes, suínos, aves, peixes e camarão).

    De acordo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), as projeções indicam que até 2031/2032 a produção de etanol de milho brasileiro saltará para 10,88 bilhões de litros, o que levará a uma oferta para o mercado de aproximadamente 6,5 milhões de toneladas de DDG/DDGS.

    A abertura dos novos mercados, que reforça o comprometimento do país em fortalecer o agronegócio e ampliar a oferta de insumo para a produção de proteína animal, é resultado dos esforços conjuntos entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

    Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo, atrás apenas da China (2ª) e dos Estados Unidos (1º). Cerca de 10% dos grãos são destinados à produção de etanol, que é realizada com o milho de segunda safra. A “safrinha” é plantada na mesma área após a colheita da safra principal, dentro do mesmo ano agrícola, e não demanda terra adicional para ser cultivada, o que reduz significativamente a emissão de gás carbônico.

    Pelas métricas do governo brasileiro, o etanol de milho tem uma das pegadas mais baixas dentre todas as usinas de etanol do Brasil (cerca de 17gCO2/MJ).

    Segundo o 1º Levantamento da Safra de Grãos 2023/24, divulgado em outubro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de milho total esperada para o cereal na safra 2023/24 é de 119,4 milhões de toneladas. Estima-se que 38 milhões de toneladas do cereal serão exportadas pelo país.
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  • Exportações do agronegócio em outubro foram de US$ 13,38 bilhões

    Exportações do agronegócio em outubro foram de US$ 13,38 bilhões

    As exportações brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$ 13,38 bilhões em outubro de 2023, uma cifra 2,3% inferior na comparação à exportada no mesmo período de 2022. O valor correspondeu a 45,4% das exportações totais do Brasil.

    Dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa) indicam que o resultado das vendas externas de outubro foi fortemente influenciado pelo recuo do índice de preços dos produtos exportados. Por outro lado, a safra recorde de grãos de 2022/2023 possibilitou um aumento de volume exportado pelo Brasil.

    Soja em grãos, milho e açúcar são os produtos que merecem destaque no mês.

    As exportações de soja em grãos atingiram volume recorde para os meses de outubro, com 5,53 milhões de toneladas. Esta quantidade embarcada é quase 45,7% superior ao exportado no mesmo mês de outubro do ano passado. A participação da China nas aquisições da soja em grãos exportada pelo Brasil subiu para quase 88% do volume exportado no mesmo período do ano passado. As vendas externas de soja em grãos alcançaram US$ 2,89 bilhões em outubro de 2023, com alta de 24%.

    O volume embarcado de milho foi recorde para os meses de outubro, chegando a 8,44 milhões de toneladas nesse outubro de 2023 ou uma quantidade 24,5% superior na comparação com os 6,78 milhões de toneladas exportados no mesmo mês do ano anterior. As vendas externas de milho foram de US$ 1,89 bilhão, praticamente idêntico ao de outubro de 2022.

    Nesse mês de outubro de 2023, a China foi o principal país importador do milho brasileiro, com participação de 40,9% na quantidade exportada pelo Brasil (3,46 milhões de toneladas) ou US$ 765,77 milhões.

    O terceiro produto com desempenho favorável neste mês foi o açúcar. Os preços internacionais do açúcar continuaram elevados em setembro, devido ao déficit hídrico registrado nas lavouras asiáticas e preocupações com uma possível quebra de safra. As exportações de açúcar brasileiro subiram de US$ 1,30 bilhão (outubro/2022) para US$ 1,50 bilhão (outubro/2023), alta de quase 15,4%.

    O incremento dos preços médios de exportação em 26,9% é o principal fator responsável pelo aumento do valor embarcado. Os maiores importadores do produto são Índia (US$ 197,73 milhões); Argélia (US$ 124,56 milhões; +22,4%); Indonésia (US$ 104,19 milhões; +3,8%); China (US$ 96,97 milhões; -51,3%); Canadá (US$ 91,77 milhões; +236,8%); e Malásia (US$ 80,72 milhões; +0,2%).

    Acumulado do ano (janeiro a outubro)

    Entre janeiro e outubro de 2023, as vendas externas do agronegócio brasileiro alcançaram a soma recorde US$ 139,58 bilhões, o que representa um crescimento de 3% na comparação com o mesmo período de 2022 (US$ 135,55 bilhões).

    Os setores que mais contribuíram para o desempenho positivo das exportações no período foram o complexo soja (+US$ 4,37 bilhões), complexo sucroalcooleiro (+US$ 3,02 bilhões) e cereais, farinhas e preparações (+US$ 1,82 bilhão).

    A Ásia foi a principal região geográfica de destino dos produtos do agronegócio brasileiro no período, com 53,4% de participação, enquanto a China foi o maior mercado comprador individual, com US$ 51,10 bilhões e 36,6% de market share.

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  • Brasil conquista mercado de gelatina e colágeno bovinos em Singapura

    Brasil conquista mercado de gelatina e colágeno bovinos em Singapura

    Singapura anunciou a abertura de seu mercado para gelatina e colágeno bovinos provenientes do Brasil. As negociações para a aprovação do Certificado Sanitário Internacional (CSI), exigido para o comércio desse tipo de produto para consumo humano, duraram cerca de um mês.

    Em 2022, o país asiático importou o equivalente US$ 62 milhões dos dois produtos, sendo aproximadamente US$ 6 milhões em gelatina bovina, principalmente da China, e cerca de US$ 56 milhões em colágeno, oriundo dos Estados Unidos.

    O colágeno bovino é um insumo com diversas propriedades tecnológicas e nutricionais. É muito utilizado na indústria alimentícia, para a produção de embutidos, e como matéria-prima para a fabricação de remédios e cosméticos.

    Esse novo anúncio soma-se à recente abertura do mercado de Singapura para crustáceos e moluscos bivalves congelados e para carnes bovina e suína processadas do Brasil, o que deverá contribuir para o aumento do fluxo comercial com aquele país. Tais resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
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  • Mapa fortalece agropecuária pantaneira

    Mapa fortalece agropecuária pantaneira

    Patrimônio Nacional do Brasil e reconhecido como Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Pantanal – considerado o menor bioma em extensão territorial – tem uma grande importância para o setor agropecuário brasileiro. Devido à sua importância para o Brasil, neste domingo (12) é celebrado o Dia Nacional do Pantanal.

    O bioma possui uma área aproximada de 140 mil quilômetros quadrados, equivalente a 1,8% de território dos biomas do país. São 15 milhões de hectares distribuídos em dois estados: Mato Grosso do Sul com 64,5% de área e Mato Grosso com 35,5%. Além do Brasil, o Pantanal ocupa áreas no Paraguai e na Bolívia.

    De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em seu Atlas do Espaço Rural Brasileiro, publicado em 2020, 67,3% do bioma destinam-se somente a pastagens, que são a base da alimentação dos bovinos, atividade econômica fundamental para a região. Esse percentual divide-se em três: 45,3% são pastagens naturais; 20,5% são pastagens cultivadas em boas condições; e 1,5% são pastagens cultivadas degradadas.

    “É uma região que foi fundamental para o desenvolvimento econômico de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e que, agora, passa a contar com o reconhecimento do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para o desenvolvimento de seus municípios”, destacou o ministro Carlos Fávaro.

    Maior área alagável do planeta, o Pantanal tem na pecuária, atividade presente na região por mais de 300 anos, a principal base de sua economia.

    Com uma produção baseada em sistemas extensivos produtivos de cria e recria, é um importante fornecedor de bezerros para engorda no cerrado. A pecuária de corte que é desenvolvida na região é feita por meio do sistema “Land Sharing”.

    A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) criou, por meio da unidade Embrapa Pantanal, uma ferramenta que avalia a sustentabilidade das fazendas (FPS_ Fazenda Pantaneira Sustentável) contribuindo para certificar e valorar as propriedades e também seus produtos, conforme explica a pesquisadora Sandra Santos.

    De acordo com o chefe adjunto de Transferência e Tecnologia da Embrapa Pantanal, Thiago Copolla, os pecuaristas pantaneiros adotam práticas de manejo e tecnologias sustentáveis específicas e desenvolvidas pela Embrapa Pantanal e seus parceiros com foco no aumento dessa produtividade de forma sustentável.

    “O produto originário da pecuária pantaneira carrega consigo um produto diferenciado que alia produção com tecnologia, conhecimento empírico e manejo sustentável da região”, disse ele.

    De acordo com a Superintendência Federal de Mato Grosso do Ministério da Agricultura e Pecuária (SFA-MT), são quase 8,1 milhões de cabeças de bovinos, sendo 4,1 milhões nas áreas de planície e os demais 3,96 em áreas de planalto. Em Mato Grosso do Sul, a atividade é realizada mais em áreas de planície e em Mato Grosso é o inverso, com mais bovinos em áreas de planalto.

    Ainda de acordo com a SFA-MT, são 650 espécies de aves (com destaque para o tuiuiú, símbolo do bioma), 152 de mamíferos, 127 de répteis, 60 de anfíbios e 269 de peixes de água doce. A flora pantaneira tem mais de 3,5 mil espécies de plantas terrestres e aquáticas.

    O Pantanal também favorece a piscicultura de peixes nativos, apicultura, linhas de cosméticos, turismo de pesca amadora e de observação da natureza e demais produtos originários da bioeconomia do bioma.

    BID PANTANAL

    O Mapa criou o programa BID Pantanal com o objetivo de promover ações de fortalecimento econômico, social e ambiental no bioma. Com investimentos de U$ 400 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o programa visa estimular o desenvolvimento local.

    As ações serão realizadas em seis municípios de Mato Grosso do Sul, com benefícios à população de 24 cidades, e em 12 municípios da Baixada Cuiabana, no pantanal mato-grossense.

    São projetos em diferentes vertentes que incluem o fomento à produção agropecuária e agroflorestal, escoamento da produção, beneficiamento e acesso a mercados, restauração ambiental e produtiva da bacia do Alto Taquari com melhoramento de pastagens, restauração de voçorocas e recuperação das matas ciliares, valorizando o produto pantaneiro.

    Após as visitas técnicas nas cidades que serão contempladas pelo programa, o próximo passo é a entrega da carta consulta ao BID. A expectativa que a carta seja entregue ao banco no início de 2024 e que, caso aprovado, o programa já tenha recursos financeiros liberados no segundo semestre do próximo ano.

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  • Mapa, Anvisa e Ibama publicam Portarias Conjuntas que estabelecem diretrizes para aprovações de registros e alterações de pós-registros de agrotóxicos

    Mapa, Anvisa e Ibama publicam Portarias Conjuntas que estabelecem diretrizes para aprovações de registros e alterações de pós-registros de agrotóxicos

    Foram publicadas, no Diário Oficial da União, duas Portarias Conjuntas nº 02 e nº 03 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que visam conceder celeridade e segurança às respectivas aprovações dos processos de registros e alterações de pós-registros de agrotóxicos e afins.

    A Portaria Conjunta SDA/MAPA – IBAMA – ANVISA nº 2/2023, estabelece as diretrizes para alterações de registro de agrotóxicos e afins, quanto às inclusões ou exclusões de Produto Técnico ou Pré-Mistura registrados, formulador, manipulador e embalagens. A norma tem como objetivo otimizar os trâmites administrativos e os recursos humanos disponíveis direcionando-os para avaliações que requerem análise técnica.

    “Atualmente, mais de 70% das solicitações de alteração de registro efetuadas pelas empresas registrantes se enquadram nos tipos de pleitos contidos na norma, que possuem baixo impacto toxicológico, ambiental ou agronômico e que, portanto, são passíveis de simplificações procedimentais”, destaca o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart.

    Com a publicação da norma, espera-se uma redução de tempo para estes pleitos de alterações, uma vez que se baseiam apenas em verificação documental, bem como para os demais tipos de pleitos que terão um maior direcionamento de força de trabalho dedicado.

    Já a Portaria Conjunta SDA/MAPA – IBAMA – ANVISA nº 3/2023, estabelece os procedimentos específicos para distribuição dos processos pendentes de registro de produtos técnicos equivalentes, pré-misturas e produtos formulados de agrotóxicos e afins, para fins de atendimento ao art. 3° do Decreto nº 10.833/2021, que estipula que os processos protocolados antes de sua vigência teriam prazo de 4 anos para análise.

    “Para o cumprimento legal dos prazos, foi necessário estabelecer os procedimentos específicos para distribuição dos processos com vista à análise técnica, de modo que se evite as constantes judicializações nos processos de registro”, explica Goulart.

    Estima-se que atualmente cerca de 1.400 processos protocolados antes de outubro de 2021 aguardam conclusão das análises. Desses, cerca de 800 são produtos “clones”, ou seja, idênticos a outros registrados ou em vias de registro, que poderiam ter dispensada nova avaliação completa, uma vez que já foram avaliados. Há também vários produtos de um mesmo ingrediente ativo, cuja análise em conjunto pelo mesmo técnico pode ser otimizada. “A legislação atual só permite a análise por ordem cronológica de protocolo”, observa o secretário.

    A ampliação da oferta de agrotóxicos, mediante o registro de produtos de forma mais célere, permite maior competitividade no mercado e maiores opções de controle de pragas pelos agricultores. Com o aumento da concorrência, reduz o preço dos agrotóxicos, de forma que essa economia é repassada aos consumidores dos produtos agrícolas tratados.

    “Não há que se falar em uso indiscriminado de agrotóxicos em função da maior oferta desses produtos, visto que continuam a depender de análise técnica e prescrição de receita por profissional legalmente habilitado”, ressalta Goulart.

    Todos os produtos registrados continuarão a serem analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

    Informações à Imprensa
    Patrícia Távora

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  • Trigo tropical: como o Mapa e a Embrapa trabalham para aumentar a produção do cereal no Brasil

    Trigo tropical: como o Mapa e a Embrapa trabalham para aumentar a produção do cereal no Brasil

    Ele é amarelinho, comprido, com folhas finas e cresce em conjunto com o joio, mas a diferença é que o trigo é a base para diversos alimentos. Também faz parte do início da agricultura juntamente com a cevada e tem um dia especial para chamar só de seu. Nesta sexta-feira (10), é comemorado o Dia Nacional do Trigo.

    De acordo com o livro especial em comemoração aos 50 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o trigo surgiu há mais de 10 mil anos no Oeste da Ásia. O seu consumo era inicialmente diferente, o grão era torrado no fogo ou triturado e cozido.

    Hoje, ele é a base para diversos alimentos, é um carboidrato, mas em sua composição existem proteínas, gordura, fibras e minerais. Mas também serve para fazer ração e etanol.

    Segundo a Embrapa Trigo, o cereal foi introduzido ao Brasil pelos portugueses em meados do século 16, mas se intensificou com a vinda de imigrantes da Itália e Alemanha no final do século 18 na região Sul do país. Isso fez com que a região se tornasse a maior produtora, com mais de 92% de área de cultivo.

    Neste ano, estima-se que os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul produzam mais de 8,3 mil toneladas de trigo. Seguido da região Sudeste, com a estimativa de mais de 800 toneladas, e Centro Oeste com mais de 406 toneladas.

    O diretor de comercialização da Secretaria de Políticas Agrícolas (SPA), Silvio Farnese, afirma que a cultura do trigo no Brasil é de extrema importância, principalmente na região Sul, pois “é o plantio da safra de inverno que vem complementar as lavouras de verão”, destaca ele.

    O 2º Levantamento de Safras de Grãos divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estima que em 2023 o país produza mais de 9,6 mil toneladas de trigo em mais de 3,4 mil hectares, com um aumento de 12% em comparação à safra de 2022.

    Trigo tropical: como o Mapa e a Embrapa trabalham para aumentar a produção do cereal no BrasilTrigo tropical: como o Mapa e a Embrapa trabalham para aumentar a produção do cereal no Brasil infográfico sobre trigo

    Trigo Tropical

    Como forma de aumentar a produtividade e a produção do trigo no Brasil fora da região Sul, começou-se na década de 1920 a tropicalização do trigo no Cerrado. E se intensificaram na década de 80 após a criação da Embrapa, onde os pesquisadores se aprofundaram em desenvolver cultivares e sistemas de produção de tecnologias para o cultivo do cereal para as regiões Centro Oeste, Nordeste e Sudeste.

    Atualmente, o trigo tropical é cultivado nos biomas do Cerrado e da Mata Atlântica em mais de 400 mil hectares nos estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, além do Distrito Federal.

    A Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) afirma que as cultivares de trigo tropical são opções tecnológicas que oferecem ao produtor sementes selecionadas, mais produtivas, com maior tolerância a pragas e doenças e adaptadas às diversas condições edafoclimáticas das diferentes regiões brasileiras.

    Para embasar as escolhas destas opções de cultivares, o setor produtivo brasileiro pode ainda contar com o serviço de Zoneamento Agrícola de Risco Climático, disponibilizado pelo Mapa, que contempla a indicação dos períodos favoráveis para semeadura em cada município e estado, conforme monitoramento climático em tempo real.

    Para o diretor substituto de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e de Indicações Geográficas, Clecivaldo Ribeiro, as cultivares desenvolvidas para oferecer maior valor nutricional para alimentação animal tem permitido também aos sistemas de produção de pecuária a opção do cultivo de trigo para produção de feno e de silagem. “Inclusive com valores proteicos superiores aos verificados em silagens de milho, levando os citados benefícios de sustentabilidade inerentes da cultura do trigo a outros setores da agropecuária brasileira”, disse ele.

    O Ministério trabalha juntamente com a Embrapa para o crescimento da cultura no país. Em 2022, o Mapa aprovou o Termo de Execução Descentralizada ou TED do Trigo Tropical com o objetivo de disponibilizar recursos financeiros suportar ações da Embrapa e parceiros voltadas à transferência de tecnologias, organização do setor sementeiro, combate à brusone, estudos de prospecção, zoneamento agrícola, apoio à governança da cadeia produtiva e divulgação.

    Além disso, os recursos também permitirão o fortalecimento do Núcleo Avançado de Trigo Tropical da Embrapa em Uberaba (MG), para o desenvolvimento de pesquisas para o melhoramento genético e aproximação com o setor produtivo, científico e agroindustrial.

    O Cerrado se transformou em uma fronteira agrícola do país, tornando-se uma das maiores regiões produtoras de grãos no Brasil, como a produção de soja e algodão. O bioma ocupa aproximadamente 204 milhões de hectares e abrange os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além de partes no Amapá, Roraima e Amazonas.

    Ainda de acordo com a Embrapa Trigo, a área propícia ao cultivo de trigo no Cerrado é estimada em 4 milhões de hectares, sendo 1,5 milhões disponíveis para o cultivo irrigado e 2,5 milhões para cultivo de sequeiro.

    Exportações e recursos disponibilizados ao setor

    De acordo com a Secretária de Comércio e Relações Internacionais (SCRI), nos últimos anos, o Brasil exportou mais de US$ 1,3 bilhões de trigo. Em 2022 foram exportados mais de US$ 965,82 milhões, em que o Brasil ocupou o décimo lugar entre os principais exportadores mundiais de trigo. De janeiro a setembro de 2023, já foram exportados mais de US$ 659 milhões.

    Os principais importadores mundiais de trigo brasileiro em 2022 foram a Arábia Saudita (US$ 195,87 milhões), Indonésia (US$ 190,07 milhões), Vietnã (US$ 115,87 milhões), África do Sul (US$ 104,79 milhões) e Marrocos (US$ 101,36 milhões). Além disso, atualmente, o Brasil ocupa a decima segunda posição de países importadores do cereal.

    Farnese destaca que o trabalho do Mapa juntamente com a Embrapa no desenvolvimento de tecnologias para a triticultura permite que cada vez mais se tenha produções mais eficientes, permitindo ainda mais a exportação e a diminuição da importação brasileira.

    Além do TED do Trigo Tropical, o Mapa trabalha para aumentar a produtividade do setor no país. Como por exemplo, os leilões de apoio à comercialização e ao escoamento de trigo por meio das operações feitas por intermédio do Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural e/ou sua Cooperativa (Pepro) e do Prêmio para Escoamento de Produto (PEP), operacionalizadas pela Conab.

    O Mapa em conjunto com o ministério da Fazenda, do Planejamento e Orçamento e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar destinaram R$ 400 milhões para subvenção econômica, na forma de equalização de preços, para o trigo em grãos, da safra 2023/2024. O apoio à comercialização por meio pretende estimular a cadeia produtiva nacional do trigo, estabilizando o mercado e garantindo renda ao produtor rural, objetivos centrais da Política de Garantia de Preço Mínimo (PGPM).

    O primeiro leilão foi realizado no dia 31 de outubro pela Conab, onde foram negociadas 199,85 mil toneladas, o que corresponde a 64% do total disponibilizado, isto é, 309,6 mil toneladas. O segundo leilão foi realizado na última terça-feira (7) pela Conab, em que 160 mil toneladas de trigo foram negociadas. A próxima rodada de negociação irá ocorrer no dia 14 de novembro.

    O diretor de comercialização ressalta que neste dia especial, é importante apresentar que este cereal que tem um papel fundamental na alimentação do brasileiro. “Todo dia nós temos o nosso cafezinho e nosso pãozinho de trigo, por isso, aproveito para parabenizar aos triticultores, temos grande consideração ao trabalho que o fazem”, diz ele.

    Informações à Imprensa
    Victória Cruz
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  • Aplicação do crédito rural chega a R$ 186 bilhões em quatro meses do atual Plano Safra

    Aplicação do crédito rural chega a R$ 186 bilhões em quatro meses do atual Plano Safra

    O desembolso do crédito rural da agricultura familiar e da empresarial nos quatro primeiros meses do Plano Safra 2023/2024 chegou a R$ 186 bilhões, aumento de 14% em relação a igual período da safra passada. Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 110 bilhões. Já as concessões das linhas de investimentos totalizaram R$ 35 bilhões. As operações de comercialização atingiram R$ 21 bilhões e as de industrialização, R$ 19 bilhões.

    De acordo com a análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram realizados 832.726 contratos no período de quatro meses do ano agrícola, sendo 602.528 no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e 101.614 no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).

    O total de R$ 186 bilhões corresponde a 43% do montante que foi programado para a atual safra para todos os produtores (pequenos, médios e grandes), de R$ 435,8 bilhões.

    A aplicação do crédito rural da agricultura empresarial (médios e grandes agricultores) atingiu R$ 160,3 bilhões de julho a outubro, alta de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse valor corresponde a 44% do total programado pelo governo, de R$ 364,2 bilhões.

    Os valores concedidos aos pequenos e médios produtores em todas as finalidades (custeio, investimento, comercialização e industrialização) foram, respectivamente, de R$ 26,5 bilhões no Pronaf e de R$ 28,5 bilhões no Pronamp.

    Os demais produtores formalizaram 128.584 contratos, correspondendo a R$ 131,8 bilhões de financiamentos liberados pelas instituições financeiras.

    Nos financiamentos agropecuários para investimento, o Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (ModerAgro) teve contratações da ordem de R$ 1,0 bilhão, significando um aumento de 22% em relação a igual período na safra anterior. E os financiamentos para o programa Pronamp alcançaram R$ 2,5 bilhão, alta de 50%.

    Em relação às fontes de recursos do crédito rural, a participação dos recursos livres equalizáveis atingiu R$ 8,7 bilhões, significando um aumento de 445% em relação a igual período da safra anterior, sinalizando uma maior utilização dessa fonte, colocados à disposição para equalização dentro do Plano Safra.

    O Secretário Substituto de Política Agrícola, Wilson Vaz de Araújo, destacou a contribuição da fonte não controlada da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) para o funding do crédito rural, que respondeu por 46% do total das aplicações da agricultura empresarial nos primeiros quatro meses da safra atual, se situando em R$ 73,1 bilhões, com aumento de 84% em relação a igual período da safra passada, quando essa fonte representou 29% (R$ 39,6 bilhões).

    Os valores apresentados são provisórios e foram extraídos no dia 06 deste mês, do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), que registra as operações de crédito informadas pelas instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural.

    Dependendo da data de consulta no Sicor ou no Painel Temático de Crédito Rural do Observatório da Agropecuária Brasileira, podem ser observadas variações dos dados disponibilizados ao longo dos trinta dias seguintes ao último mês do período considerado.

    Informações à Imprensa
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  • Governo Federal anuncia queda de 22,3% da taxa de desmatamento na Amazônia em 2023

    Governo Federal anuncia queda de 22,3% da taxa de desmatamento na Amazônia em 2023

    O Governo Federal divulgou, nesta quinta-feira (9), a queda de 22,3% da taxa de desmatamento da Amazônia em 2023. O resultado foi anunciado no Palácio do Planalto, após a reunião da Comissão Interministerial de Prevenção e Controle do Desmatamento, que reuniu o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e outros 18 ministros, entre eles a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, além da secretaria-executiva da Casa Civil da Presidência da República, Miriam Belchior.

    Segundo os dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área desmatada equivale 9.001 km² entre agosto de 2022 e julho de 2023. Esse resultado é o menor índice desde 2019.

    “Esse resultado é fruto do trabalho de todos nós. É um trabalho que já tínhamos um know-how da nossa gestão anterior. Agora atualizamos e estamos vendo esses resultados”, comemorou a ministra Marina Silva.

    Se considerada apenas o período do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a projeção de queda no desmatamento é de 49,7% em comparação com o mesmo período do ano passado.

    Entre os fatores para os resultados alcançados pelo governo, destaca-se a retomada de políticas de ação e controle ambiental na região e a política de embargos remotos às propriedades que descumprem normas de preservação florestal.

    Para o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, “o controle do desmatamento também se faz com políticas públicas direcionadas para boas práticas, como a conversão de pastagens em áreas agricultáveis sem a necessidade de desmatar”, disse.

    Fávaro ainda destacou que o Mapa está comprometido com a produção sustentável e que isso já está sendo reconhecido pelos outros países. “Eu já tenho conhecimento que as indústrias não estão tendo mais dificuldades para comercialização dos produtos brasileiros. Isso é o mundo reconhecendo as ações de sustentabilidade desenvolvidas pelo Brasil”.

    A secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, destacou como positivos os resultados em prol da conservação do meio ambiente. “Vamos recuperar uma trajetória que vinha sendo feita com sucesso. O presidente volta agora para a COP28 levando esses resultados e apontando outros desafios que serão enfrentados com trajetória que já reverteu último período”, disse Miriam.

    Informações à Imprensa
    Patrícia Távora
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  • Novembro: como será o clima no Brasil?

    Novembro: como será o clima no Brasil?

    Em novembro, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de chuva abaixo da climatologia (média) para o mês na faixa que abrange os estados de Roraima, Amapá, centro norte do Amazonas e do Pará, Tocantins e grande parte da Região Nordeste, com volumes inferiores a 80 milímetros (mm). Entretanto, na parte leste da Região Nordeste, incluindo o Ceará, a chuva deve ficar próxima da média histórica, com acumulados abaixo de 40 mm. Já no sul da Região Norte, a chuva pode ultrapassar 180 mm.

    Em grande parte das regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão indica chuva acima da média e a volta da chuva em áreas do sudeste de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo, com volumes que podem superar 200 mm.

    Para a Região Sul, a previsão é de chuva acima da média em todo o território (tons em azul na figura 1a), principalmente no oeste do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde os volumes podem ficar acima de 160 mm.

    Regiões produtoras

    O prognóstico climático do Inmet para o mês de novembro de 2023 e seu possível impacto na safra 2023/24 para as diferentes regiões produtoras indica que em áreas do MATOPIBA (região que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), os baixos volumes de chuva previstos ainda vão manter os níveis de água no solo baixos, exceto em áreas do sul do Tocantins e extremo oeste da Bahia, onde haverá uma ligeira recuperação da umidade no solo. Essa condição poderá impactar a evolução do plantio e desenvolvimento inicial dos cultivos de primeira safra que já estão em andamento.

    Em grande parte do Brasil Central, o retorno gradual das chuvas será importante para a recuperação do armazenamento de água no solo, especialmente em áreas do norte de Mato Grosso e de Goiás, bem como para o início da safra de grãos. Já em áreas de Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais e de Goiás, a umidade no solo será suficiente para atender as fases iniciais da safra 2023/24.

    Na Região Sul, os níveis de água no solo podem continuar elevados e beneficiar as fases iniciais dos cultivos de primeira safra. Contudo, em algumas áreas o excesso de chuva poderá resultar em excedente hídrico e encharcamento do solo, impactando a colheita dos cultivos de inverno e impedindo o avanço da semeadura dos cultivos de primeira safra.

    Temperatura

    A previsão também indica que as temperaturas médias devem ficar acima da média em grande parte do País (tons em amarelo e laranja na figura 1b), principalmente em áreas de Mato Grosso, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí e oeste da Bahia, onde as temperaturas médias podem superar 28ºC. Vale ressaltar que a ocorrência de dias consecutivos com chuva nas regiões Sul e Sudeste pode amenizar as temperaturas, chegando a valores inferiores a 24°C.

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  • Reabertura do mercado japonês a produtos avícolas do Mato Grosso do Sul

    Reabertura do mercado japonês a produtos avícolas do Mato Grosso do Sul

    O Japão anunciou, em 20 de outubro, a reversão da medida de suspensão imposta à compra de carne, ovos e subprodutos de aves produzidas no Mato Grosso do Sul. A suspensão havia sido adotada após a detecção de caso isolado de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em ave de subsistência, no município de Bonito, em 16 de setembro.

    As autoridades do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão (MAFF) reconheceram, uma vez mais, o rigor nos controles sanitários realizados no Brasil, demonstrado na pronta resposta às ocorrências ocasionais da enfermidade, identificadas no país desde maio último, apenas em aves silvestres e de subsistência. O Brasil continua a ser um dos únicos países a manter o “status” de zona livre da IAAP em granjas comerciais, conforme o protocolo da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

    Em 2022, o Mato Grosso do Sul exportou mais de 29 mil toneladas de carne de aves ao Japão, no valor de US$ 68,7 milhões, ou cerca de 3% do total do comércio brasileiro do produto com aquele país, de USD 945 milhões. No período, não houve registro de exportação de ovos ou aves vivas do estado para o Japão.

    O levantamento da suspensão temporária anteriormente imposta pelo MAFF reflete a boa comunicação entre as autoridades sanitárias e o trabalho coordenado entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

     
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