Tag: negociação

  • Profissionais da educação rejeitam propostas da Prefeitura e aprovam greve em Lucas do Rio Verde

    Profissionais da educação rejeitam propostas da Prefeitura e aprovam greve em Lucas do Rio Verde

    Os profissionais da educação de Lucas do Rio Verde lotaram a sede do Sindicato dos Profissionais do Ensino Público (Sintep) para uma assembleia nesta segunda-feira (24), onde avaliaram a resposta da Prefeitura Municipal às suas reivindicações. A assembleia foi realizada após mobilização da categoria que acompanhou a sessão da Câmara de Vereadores e depois seguiu até a Prefeitura, onde foi recebida pelo prefeito em exercício, Joci Piccini. O documento enviado pelo Executivo, contendo 13 itens, foi lido ponto a ponto, mas todas as respostas foram rejeitadas pela categoria, que decidiu pela deflagração de uma greve por tempo indeterminado após o prazo legal de 72 horas para notificação do governo municipal.

    Entre os principais pontos de reivindicação, os educadores pedem um reajuste salarial com ganho real de 5,44%, um plano de recomposição salarial que eleve o patamar para o dobro do piso até 2026 e a criação de um cronograma para zerar a fila de mais de 400 servidores que aguardam licença-prêmio. A Prefeitura, no entanto, alegou limitações orçamentárias e manteve a posição de que os reajustes seguirão apenas a reposição inflacionária, sem ganhos reais.

    Outros temas polêmicos abordados na reunião incluíram a implementação de uma jornada única de 30 horas sem redução salarial, a reformulação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), mudanças no pagamento de substituições e a reivindicação de maior participação do sindicato nas decisões legislativas que afetam a categoria. A administração municipal reiterou que muitos desses pontos serão discutidos em comissões futuras, mas não assumiu compromissos imediatos.

    Após a assembleia, a presidente do Sintep, Márcia Bottin, destacou que a categoria não se sente ouvida pelo poder público e que as respostas recebidas repetem justificativas já apresentadas anteriormente. “Definimos pelo retorno às atividades nesta terça-feira (25), respeitando o trâmite legal para avisar o Executivo da greve. Depois disso, as negociações vão definir os próximos passos. A categoria estava insatisfeita, alertamos diversas vezes, mas não fomos ouvidos. Agora tivemos a resposta dos próprios profissionais, que decidiram pela paralisação”, afirmou Bottin.

    Até que a greve efetivamente for deflagrada, a mobilização dos educadores acontecerá em um ponto específico da cidade, na rotatória da Igreja Rosa Mística, onde os profissionais permanecerão. Segundo Bottin, a intenção é alertar a sociedade e permitir que os pais se organizem para uma possível paralisação total das aulas. “Nosso direito está garantido pela Constituição. Se seguirmos todos os trâmites legais, não há nada que possa impactar o profissional em estágio probatório ou qualquer outro”, reforçou.

  • Sindicato dos servidores de Lucas do Rio Verde manifesta descontentamento com reajustes propostos pelo Executivo

    Sindicato dos servidores de Lucas do Rio Verde manifesta descontentamento com reajustes propostos pelo Executivo

    O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Lucas do Rio Verde (Sinserpm) expressou insatisfação com os valores propostos pelo Executivo para a Revisão Geral Anual (RGA) e o auxílio-alimentação dos servidores. Em nota divulgada em suas redes sociais, a entidade destacou que não foi formalmente comunicada sobre as alterações e que as negociações ainda não chegaram a um consenso.

    O projeto de lei substitutivo encaminhado pelo Executivo prevê um reajuste de 12% no auxílio-alimentação, elevando o valor de R$ 562,50 para R$ 630. Já o índice da RGA foi mantido em 4,83%, percentual que corresponde apenas à recomposição da inflação dos últimos 12 meses, sem a aplicação de ganho real nos salários dos servidores. O sindicato reforçou que o projeto foi acompanhado apenas por meio da Câmara de Vereadores, sem que houvesse uma comunicação direta do Executivo com a categoria.

    A votação do projeto está prevista para esta segunda-feira (17) e, caso aprovado, os novos valores serão aplicados ainda neste mês. No entanto, o Sinserpm enfatizou que a aprovação não encerra as negociações e que seguirá acompanhando as receitas e despesas municipais para pleitear novos reajustes ao longo do ano. A reivindicação dos servidores é de um aumento de 9% na RGA, composto por 4,83% de recomposição da inflação e 4,17% de ganho real, além de um reajuste de 33% no auxílio-alimentação, elevando o benefício para R$ 750.

    O sindicato anunciou ainda a realização de uma nova assembleia nos próximos dias, onde serão debatidos os rumos da negociação e as estratégias para garantir melhores condições salariais aos servidores. Embora tenha reforçado o bom diálogo com o Executivo, a entidade alertou que continuará mobilizada para assegurar ganhos mais justos à categoria ao longo do ano.

  • Alô?! Serasa facilita negociações por voz apenas essa semana

    Alô?! Serasa facilita negociações por voz apenas essa semana

    Já ouviu falar sobre o Alô, Serasa?Disponível gratuitamente pelo número 0800 591 5161, essa iniciativa permite que os consumidores negociem suas dívidas diretamente por telefone, sem precisar sair de casa.

    A renegociação de dívidas no Brasil pode ser um grande desafio para muitos consumidores, especialmente aqueles que possuem dificuldades em utilizar meios digitais ou têm limitações para se deslocar até uma agência física.

    O serviço, que começou a funcionar nesta segunda-feira (25) e segue até a próxima sexta-feira (29), faz parte do Feirão Serasa Limpa Nome, uma campanha nacional para facilitar a regularização de dívidas.

    Além de atender pessoas com baixa familiaridade com a tecnologia, o “Alô, Serasa” também é uma solução eficaz para consumidores que enfrentam dificuldades de deslocamento, como moradores de áreas mais afastadas ou com mobilidade reduzida.Através desse canal, os consumidores podem acessar descontos e condições especiais para quitar débitos pendentes. A iniciativa destaca o compromisso da Serasa em ampliar o acesso às suas plataformas de renegociação, oferecendo suporte personalizado e seguro.

    Como funciona o Alô, Serasa?

    Foto: wichayada suwanachun por Vecteezy

    O número 0800 591 5161 é o único canal telefônico oficial para o “Alô, Serasa”.  Foto: wichayada suwanachun por VecteezyO atendimento telefônico do “Alô, Serasa” está disponível das 8h às 20h, no horário de Brasília. Durante a ligação, os consumidores podem tirar dúvidas sobre suas dívidas, entender as condições de renegociação e até gerar boletos para pagamento. Atendentes treinados auxiliam em cada etapa do processo, garantindo um atendimento rápido e eficaz. A baixa das dívidas, após o pagamento, ocorre em até cinco dias úteis.

    Além do canal telefônico, a Serasa oferece outras formas de renegociação. É possível acessar o site oficial, usar o aplicativo ou comparecer a uma agência dos Correios.

    Nos Correios, o consumidor deve levar CPF e documento oficial com foto e solicitar o serviço Serasa Limpa Nome. A consulta de dívidas, o fechamento do acordo e o recebimento do boleto são realizados no local em poucos minutos, tornando o processo ainda mais prático.

    Segurança no processo de renegociação

    Um guia completo para limpar seu nome e quitar suas dívidas
    © Marcello Casal JrAgência Brasil

    Um alerta importante é sobre a segurança ao negociar dívidas. O número 0800 591 5161 é o único canal telefônico oficial para o “Alô, Serasa”. A Serasa reforça que nunca realiza ligações para os consumidores solicitando informações pessoais ou financeiras. Caso receba uma ligação de um número diferente alegando ser da Serasa, desconfie e entre em contato diretamente pelos canais oficiais para esclarecer dúvidas.

    A proteção de dados e a segurança das negociações são prioridades no Feirão Serasa Limpa Nome. Por isso, é fundamental utilizar apenas os meios oficiais da Serasa para renegociar débitos, evitando possíveis golpes e garantindo que suas informações estejam protegidas.

    Benefícios do Feirão Serasa Limpa Nome

    O Feirão Serasa Limpa Nome é uma oportunidade única para consumidores quitarem suas dívidas com condições especiais. Durante o evento, diversas empresas parceiras oferecem descontos significativos, facilitando a regularização financeira de milhares de brasileiros. Para quem prefere negociar por telefone, o “Alô, Serasa” é uma opção prática e acessível, ideal para atender diferentes perfis de consumidores.

    Aproveite essa oportunidade para reorganizar suas finanças e começar 2024 com o nome limpo. Seja por telefone, site ou presencialmente nos Correios, a Serasa oferece alternativas para que todos possam renegociar suas dívidas de forma simples e segura.

    Fique atento às datas e horários do Feirão e utilize os canais oficiais da Serasa para renegociar suas dívidas com segurança.
  • Mercado de arroz do Rio Grande do Sul enfrenta lentidão nas negociações

    Mercado de arroz do Rio Grande do Sul enfrenta lentidão nas negociações

    O mercado de arroz em casca do Rio Grande do Sul enfrenta lentidão nas negociações devido a uma intensa disputa entre compradores e vendedores. De acordo com pesquisas recentes do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços do arroz com 58% de grãos inteiros têm superado a marca de R$ 115 por saca de 50 kg em algumas regiões, criando um cenário desafiador para as unidades de beneficiamento.

    Os agentes de mercado consultados pelo Cepea indicam que os valores elevados estão pressionando as margens de lucro das indústrias de beneficiamento. Essa pressão dificulta a transmissão dos preços ao longo da cadeia de distribuição, o que pode afetar tanto o comércio interno quanto o posicionamento do produto no mercado externo.

    Além das dificuldades locais, algumas indústrias estão se voltando para o beneficiamento do arroz tailandês, que chegou recentemente ao Brasil. Essa estratégia pode ser vista como uma tentativa de equilibrar os custos e atender à demanda por preços mais competitivos.

    Por outro lado, os vendedores têm adotado diferentes estratégias no mercado. Conforme as pesquisas do Cepea, enquanto uma parte dos produtores restringe suas ofertas, na expectativa de preços ainda mais altos, outros optam por negociar no mercado à vista, buscando capitalizar os valores elevados atuais.

    A disputa entre compradores, que buscam preços mais acessíveis, e vendedores, que esperam maximizar seus ganhos, tem resultado em uma desaceleração nas transações, complicando ainda mais o panorama do setor.

    Analistas do Cepea ressaltam que, apesar dos desafios atuais, o comportamento dos preços e as negociações futuras dependerão de diversos fatores, incluindo o andamento da safra nacional, a competitividade com o arroz importado e as condições climáticas que podem impactar a produção.

    A expectativa é de que, à medida que essas variáveis se desenrolem, o mercado possa encontrar um ponto de equilíbrio, permitindo uma fluidez maior nas transações e uma possível normalização das margens ao longo da cadeia de suprimentos.

  • Mato Grosso lidera ranking de inadimplência com 1,4 milhão de devedores, revela Serasa

    Mato Grosso lidera ranking de inadimplência com 1,4 milhão de devedores, revela Serasa

    Mato Grosso ostenta o título nada honroso de estado com o maior número de inadimplentes do país, de acordo com levantamento da Serasa referente a fevereiro deste ano.

    São 1,4 milhão de pessoas com contas em atraso, o que representa 53,49% da população economicamente ativa do estado.

    A dívida média dos consumidores mato-grossenses também é preocupante: R$ 5.556, equivalente a três salários mínimos. As principais categorias de débito são: Bancos/Cartões (18,87%), Água, Luz e Saneamento (27,41%), Varejo (24,51%), Serviços (12,83%), Financeiras (7,58%) e Securitizadoras (0,42%).

    Feirão de Negociação oferece oportunidade para quitar dívidas

    Para auxiliar os consumidores a sair do vermelho, a Serasa e o Programa Desenrola, do Ministério da Fazenda, promovem um Feirão de Negociação com descontos que podem chegar a 96%.

    O evento vai até hoje, quinta-feira (28) e oferece aos devedores a oportunidade de renegociar suas dívidas com condições especiais.

    Como participar do Feirão

    Os interessados em negociar suas dívidas podem comparecer a uma das agências centrais dos Correios em todo o país ou utilizar os canais digitais da Serasa:

    App Serasa: disponível para Android e iOS

    Central de Negociação: 0800 591 1222

    Resultados do Feirão:

    Até o momento, o Feirão de Negociação já contabilizou 2,8 milhões de débitos negociados em todo o país, com 47 mil dívidas quitadas apenas em Mato Grosso. A ação demonstra ser uma importante ferramenta para auxiliar os consumidores a regularizar sua situação financeira e recomeçar seu crédito.

    Dicas para evitar a inadimplência

    Planeje seu orçamento: Faça um levantamento de suas receitas e despesas para ter uma visão geral da sua situação financeira.

    Priorize as dívidas: Comece quitando as pendências com juros mais altos, como as de cartão de crédito.

    Negocie suas dívidas: Busque negociar descontos com seus credores. O Feirão de Negociação da Serasa é uma ótima oportunidade para isso.

    Evite novos endividamentos: Só faça compras se tiver condições de pagar à vista.

    Mantenha um bom histórico de crédito: Pague suas contas em dia para ter acesso a melhores taxas de juros e condições de pagamento.

    Com a ajuda de ferramentas como o Feirão de Negociação e a adoção de hábitos financeiros saudáveis, os consumidores de Mato Grosso podem reduzir seus índices de inadimplência e melhorar sua qualidade de vida.

  • Ministério cria mesa de negociação com servidores do setor ambiental

    Ministério cria mesa de negociação com servidores do setor ambiental

    O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) publicou, nesta quarta-feira (16), uma portaria que institui a Mesa Setorial de Negociação Permanente. O objetivo é facilitar a interlocução entre os órgãos ambientais do governo e os servidores do setor.

    A publicação detalha a constituição da mesa formada por bancada governamental, que representará, com oito integrantes, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Serviço Florestal Brasileiro (SFB).

    Haverá, ainda, a bancada sindical, também com oito componentes, que representará os servidores de seus quadros integrantes da carreira de especialista em meio ambiente.

    Diálogo e trabalho

    Entre as atribuições do espaço de diálogo estão a otimização da relação de trabalho, a negociação de soluções, a melhoria das condições de trabalho e qualidade de vida, além de qualificar os serviços prestados à população.

    A medida estabelece ainda a frequência de encontros da instância que deverá se reunir mensalmente de forma ordinária, além das reuniões extraordinárias necessárias, com participação mínima da maioria absoluta dos seus 16 integrantes. Para aprovação das decisões será necessária a maioria dos votos dos presentes.

    As reuniões do colegiado poderão ter a participação de convidados de instituições públicas e privadas e da sociedade civil, quando for importante para o tema em debate. Com a criação da mesa setorial, foi extinto o grupo de trabalho setorial, criado de forma provisória em maio deste ano, para estabelecer diálogos entre governo e servidores ambientais.

    Edição: Kleber Sampaio

  • Lula diz que base de apoio no Congresso será testada a cada votação

    Lula diz que base de apoio no Congresso será testada a cada votação

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, nesta sexta-feira (12), em Fortaleza, que o governo precisa atuar em cada votação de medidas importantes para obter o apoio do Congresso Nacional. A afirmação foi feita durante lançamento do programa para ampliar as escolas em tempo integral.

    “Tem gente que pergunta quantos deputados eu tenho na minha base. Eu digo que tenho 513 deputados e 81 senadores, e eles serão testados em cada votação. Cada votação você tem que conversar com todos os deputados. Nenhum deputado é obrigado a votar naquilo que o governo quer, do jeito que o governo quer. O deputado pode pensar diferente, pode querer fazer uma emenda, querer mudar um artigo, e nós temos que entender que isso faz parte do jogo democrático. Não é o Congresso que precisa do governo. Do jeito que está a Constituição brasileira, é o governo que precisa do Congresso”, afirmou Lula.

    Sem uma base parlamentar claramente consolidada no Congresso Nacional, o governo federal tem enfrentado dificuldades para aprovar projetos importantes. Na semana passada, por exemplo, a Câmara dos Deputados aprovou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que suspendeu trechos de decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de regulamentação do novo marco do saneamento básico. O texto ainda será analisado pelo Senado. Há ainda outras medidas provisórias tramitando no Parlamento, incluindo a da reorganização do governo, da retomada do Bolsa Família e do programa Mais Médicos, entre outras.

    Em seu discurso no Ceará, Lula ponderou que seu partido, o PT, só conta com 69 deputados federais. E como cada votação importante na Câmara dos Deputados exige o voto favorável de 257 parlamentares, ele precisa conversar com pelo menos 200 congressistas. “Essa MP que assinei aqui [das escolas em tempo integral], ela tem que ser votada. Eu tenho que conversar com quem gosta de mim e com quem não gosta de mim. Quando você não está no governo, você tem partido, você acha. Quando você tá no governo, ou você faz, ou não faz. Por isso, a relação precisa ser civilizada”, destacou.

    Edição: Fernando Fraga

  • Governo federal reajusta salários de servidores públicos em 9%

    Governo federal reajusta salários de servidores públicos em 9%

    Os servidores do Poder Executivo Federal vão ter os salários reajustados, de forma linear, em 9%. O auxílio-alimentação teve aumento de 43,6%, equivalente a R$ 200, passando dos atuais R$ 458 para R$ 658. Os aumentos começam a valer em 1º de maio, no Dia do Trabalhador.

    O termo do acordo (nº 1/2023) foi assinado em evento, na manhã desta sexta-feira (24), em Brasília, após os servidores federais aceitarem proposta de reajuste, no dia 17.

    A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, explicou o motivo do reajuste do auxílio-alimentação não ser ainda maior.

    “No caso do auxílio alimentação, existe uma trava na Lei de Diretrizes Orçamentárias, onde só pode reajustar um valor considerando a inflação acumulada. A gente sabe que ainda existe uma defasagem em relação aos demais poderes, mas é um momento significativo para quem está há muito tempo sem reajuste no benefício. É um dinheiro que chega, principalmente, para quem ganha menos.”

    O custo estimado dos reajustes aos cofres públicos será de R$ 11,2 bilhões e, para garantir o pagamento dos reajustes, o governo federal enviará um projeto de lei ao Congresso Nacional para alterar o Orçamento Geral da União de 2023. O secretário de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, relembrou a negociação.

    “Nós conseguimos com as entidades representativas dos servidores públicos federais, em três rodadas, chegar a esse acordo. Ninguém sai de um acordo 100% feliz, nem um lado e nem o outro. Então, esse foi o acordo possível diante da disponibilidade orçamentária feita, no fim de 2022.”

    O secretário-geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, celebrou a volta do funcionamento da Mesa Nacional de Negociação Permanente, fechada em 2016.

    “São seis anos de ausência completa de diálogo e de negociação. O novo momento vai exigir de nós muita responsabilidade, paciência, diálogo para cumprirmos a nossa missão de reconstruir o país”.

    A ministra da Saúde, Nísia Trindade, também servidora de carreira, participou do evento hoje. Ela destacou que as mulheres representam 70% dos servidores do setor da saúde e defendeu, ainda, a discussão do pagamento do Piso Nacional de Enfermagem para enfermeiros e técnicos de enfermagem.

    Brasília (DF), 24/03/2023 - A ministra da gestão e inovação em serviços públicos, Esther Dweck, durante assinatura com as entidades representativas dos servidores assinam acordo salarial. Foto: José Cruz/Agência Brasil

    Esther Dweck durante assinatura de acordo salarial com as entidades representativas dos servidores – José Cruz/Agência Brasil

    Servidores

    A cerimônia contou também com a presença de entidades representativas dos servidores, que comemoram a retomada do diálogo entre o governo federal e os servidores.

    O presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), Rudinei Marques, definiu o processo de negociação salarial como “o mais célere da história do Serviço Público Federal”.

    “Essa rodada marcou a retomada do diálogo com o serviço público brasileiro, a retomada da civilidade nas relações de trabalho, do diálogo e do respeito a 12 milhões de servidores públicos brasileiros ativos, aposentados e pensionistas.”

    A representante intersindical Central Helenira Vilela iniciou sua fala citando Bruno Pereira, servidor de carreira da Fundação Nacional do Índio (Funai), que foi assassinado em junho de 2022, no Vale do Javari: “Bruno presente! Hoje e sempre.”

    Ela cobrou a regulamentação da Convenção 151, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que trata do direito de sindicalização dos trabalhadores da administração pública.

    “A gente precisa avançar sobre a regulamentação da possibilidade de negociação coletiva dos servidores públicos. Porque a gente tem que fazer até greve para conquistar o direito à negociação”.

    Pelo acordo assinado, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos ainda vai solicitar ao Congresso Nacional a retirada da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, que trata da reforma administrativa com previsão de mudanças nas regras para futuros servidores e para organização da administração pública.

    A presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Rivânia Moura, se posicionou contra a PEC 32 e já antecipou a discussão da pauta salarial de 2024.

    “É fundamental não se submeter essa pauta ao ajuste fiscal, à âncora fiscal ou o que venha determinar o limite fiscal para o próximo período. Não podemos ficar refém do ajuste fiscal”, disse Rivânia ao emendar: “sem nós, o Estado não funciona. Somos nós que atendemos a população dos mais diversos recantos no nosso país”.

    Edição: Denise Griesinger

  • Lucas do Rio Verde: Audiência entre trabalhadores, sindicato e indústria no TRT põe fim a greve

    Lucas do Rio Verde: Audiência entre trabalhadores, sindicato e indústria no TRT põe fim a greve

    Foi suspensa nesta terça-feira (22) a greve de trabalhadores de uma indústria de alimentos em Lucas do Rio Verde. O movimento de paralisação foi deflagrado na noite do último dia 13 tentando reverter parte do acordo coletivo firmado com a empresa. Ontem, uma comissão de trabalhadores, representantes da empresa e do sindicato que representa a categoria participaram de uma audiência no Fórum Trabalhista de Lucas do Rio Verde.

    A audiência iniciou às 14 horas e se estendeu até pouco depois das 22 horas. A juíza do trabalho, Dra Helaine Cristina de Queiroz, conduziu a audiência. Ela ouviu os advogados e os envolvidos sobre os temas reivindicados pelos trabalhadores.

    Além de tentar reverter a mudança de vale-alimentação para tíquete-bônus, uma das pautas era reverter a demissão por justa causa de alguns trabalhadores. Outra está relacionada às faltas do período em que foi deflagrada a greve.

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    (Foto: CenárioMT)

    Com a suspensão da greve por 15 dias, a empresa se comprometeu em analisar individualmente os casos dos empregados demitidos por justa causa em decorrência do movimento paredista. Além disso, os grevistas terão as faltas abonadas.

    Ficou acertado ainda que as partes voltarão a negociar outros pontos do acordo coletivo. A primeira audiência acontecerá ainda esta semana, na sexta-feira (25). Ministério Público do Trabalho, empresa, sindicato e uma comissão de trabalhadores voltam a discutir a questão do vale-alimentação.

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    Trabalhadores permaneceram até o encerramento da audiência, pouco depois das 22 horas. (Foto: CenárioMT)

    Outros encontros deverão acontecer para buscar um acordo. Caso não haja um entendimento entre as partes não há possibilidade de nova greve, desta vez cumprindo todos os requisitos legais, amparando os trabalhadores.

  • Lucas: Produtores de proteína animal têm encontrado dificuldades em negociações com indústria

    Lucas: Produtores de proteína animal têm encontrado dificuldades em negociações com indústria

    Representantes dos produtores de proteína animal de Lucas do Rio Verde e da indústria alimentícia estão num impasse quanto ao custo de produção. Por meio de uma comissão, as partes se reúnem para tratar do preço pago pela indústria aos produtores. No entanto, mesmo em meio a pandemia, a empresa tem sinalizado pagar menos que o valor negociado em 2020.

    Conforme Pablo Artifon, coordenador dos produtores na Comissão para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadec), o impasse vem se arrastando há pelo menos 4 meses.  A Cadec é uma comissão que reúne representantes da indústria e dos produtores de proteína animal. Nos encontros da comissão ocorrem as negociações dos detalhes da produção e demais assuntos relacionados.

    “Normalmente entre estes ajustes está a condição da renda paga ao produtor baseado no contrato que se tem com a BRF. Isso vale para toda a cadeia de produtores de frango, ovos e suínos que entrega sua produção para a indústria”, explicou Pablo em entrevista a imprensa.

    Oferta de menor preço

    Ele acrescenta que esse é um procedimento que acontece há mais de 10 anos. “Em alguns anos isso acontece com mais facilidade e outros, devido a economia, com mais dificuldade. Esse ano, temos tido uma dificuldade enorme na representação com associados e infelizmente estamos trabalhando com todos os preços e remunerações de 2020”, detalhou. “Estamos com dificuldades na negociação, onde estamos desde 25 de novembro de 2020 tentando resolver a questão. Mas a proposta da BRF para esse ano, é simplesmente reduzir a renda produtores com relação a 2020”, explicou.

    Artifon afirmou que os produtores não podem assumir prejuízos com a atividade e que, se preciso for, outras medidas serão tomadas. “A questão da judicialização é um último estágio. Mas sim, a gente numa situação como a que acontece atualmente, pode estar buscando isso e olhar para essa possibilidade um pouco mais de perto”, ressalta.

    Aumento de custos

    De acordo com a Embrapa, os custos de produção de frango de corte e de suínos continuam subindo. Apenas em fevereiro, os custos para os frangos de corte aumentaram 6,89%, enquanto que para suínos a alta foi de 3,74% em relação a janeiro. O ICP Frango chegou a um novo recorde nominal no segundo mês do ano ao marcar 378,56 pontos (em dezembro de 2020 estava em 336,88 pontos). No ano, a alta acumulada é de 12,02% e chega a 48,30% nos últimos 12 meses. Os custos com a alimentação das aves subiram 13,26% somente em 2021. Assim, o custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná, produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva, passou dos R$ 4,58 em janeiro para R$ 4,89 em fevereiro

    Já o ICP Suíno alcançou os 393,48 pontos, também novo recorde nominal, em fevereiro. O acumulado no ano é de 4,84% e, nos últimos 12 meses, o aumento já é de 48,74%. A nutrição dos suínos, item que compõe 82,16% dos custos de produção, aumentou 4,53% em fevereiro. Assim, o custo por quilo vivo de suíno produzido em sistema de ciclo completo em Santa Catarina subiu R$ 0,25 entre janeiro e fevereiro, passando de R$ 6,63 para R$ 6,88.

    Os estados de Santa Catarina e Paraná são usados como referência nos cálculos por serem os maiores produtores nacionais de suínos e de frangos de corte, respectivamente.