Tag: Nasa

  • Sonda da NASA realiza voo recorde e estudo inédito sobre o Sol

    Sonda da NASA realiza voo recorde e estudo inédito sobre o Sol

    A sonda Parker Solar Probe, da NASA, alcançou uma marca histórica ao sobrevoar o Sol a uma distância de apenas 6,1 milhões de quilômetros, o mais próximo já registrado. Segundo a NASA, após a aproximação recorde, a sonda enviou um sinal confirmando que está em condições normais e funcionando conforme planejado.

    Durante essa fase crítica, a sonda operou de forma autônoma, pois estava fora do alcance de comunicação com o centro de controle na Terra.

    Missão Parker Solar: Revelando os Segredos do Sol

    Lançada em 12 de agosto de 2018, a missão Parker Solar tem como principal objetivo estudar tempestades solares e coletar dados sobre as emissões de plasma coronal. Esses dados são cruciais para melhorar a previsão de tempestades solares, fenômenos que podem impactar redes elétricas e sistemas de comunicação na Terra.

    Descobertas Astronômicas: Impacto em Grande Escala

    Além do marco da Parker Solar, astrônomos britânicos anunciaram a detecção de uma das ondas de choque mais intensas já observadas no universo. Essa onda foi gerada pela colisão de uma galáxia, conhecida como NGC 7318b, com outras quatro no agrupamento chamado Quinteto de Stephan, localizado a 290 milhões de anos-luz da Terra.

    O choque, resultante de uma velocidade de 3,2 milhões de quilômetros por hora, criou uma frente de impacto comparável ao estrondo de um jato supersônico. Este evento cósmico destaca a escala colossal das interações galácticas e reforça a importância de estudos espaciais para compreender o universo.

    Relacionamos: Elon Musk prevê que a Terra será inabitável em 500 milhões de anos e destaca Marte como alternativa

  • Starliner: Astronautas aguardam resgate no espaço após seis meses de missão estendida por falhas em nave

    Starliner: Astronautas aguardam resgate no espaço após seis meses de missão estendida por falhas em nave

    Problemas recorrentes na Starliner, da Boeing, adiam retorno de Butch Wilmore e Suni Williams para 2025.

    Dois astronautas da NASA, Butch Wilmore e Suni Williams, encontram-se em uma estadia prolongada na Estação Espacial Internacional (ISS), após uma série de contratempos com a nave Starliner, da Boeing. Lançados em 5 de junho para uma missão que originalmente duraria apenas oito dias, a dupla completa seis meses no espaço, com previsão de retorno adiada para o início de 2025.

    A missão, que deveria ser breve, transformou-se em uma longa espera devido a múltiplos problemas técnicos na Starliner durante o acoplamento à ISS. A nave apresentou cinco vazamentos de gás hélio e a falha de cinco propulsores, comprometendo a segurança da viagem de volta.

    Diante do cenário, a NASA e a Boeing optaram por priorizar a segurança dos astronautas, adiando o retorno para fevereiro de 2025. Contudo, um novo obstáculo surgiu: atrasos na produção da cápsula substituta podem empurrar a data de resgate para março ou abril do mesmo ano.

    Enquanto aguardam o retorno, Wilmore e Williams recebem suprimentos regulares por meio de naves de carga, garantindo o abastecimento necessário para a longa permanência na ISS. A agência espacial também providenciou o envio de presentes de Natal para os astronautas, amenizando a distância de casa durante as festividades.

    Os problemas enfrentados pela Starliner não são inéditos. A nave tem um histórico de falhas que levantam questionamentos sobre sua confiabilidade. No primeiro voo de teste, um erro de software desviou o módulo de sua órbita. Em uma segunda tentativa, problemas na válvula de combustível e nos paraquedas exigiram correções. A recorrência de falhas na Starliner coloca em xeque o futuro do programa e a segurança das missões espaciais que dependem da nave.

  • Petrobras vai monitorar Margem Equatorial com tecnologia da Nasa

    Petrobras vai monitorar Margem Equatorial com tecnologia da Nasa

    A Petrobras terá mais um meio para garantir mais segurança em explorações de petróleo na Margem Equatorial, no trecho dos estados do Amapá, Pará e Maranhão. A empresa foi aceita no Programa de Primeiros Usuários (Early Adopters) da missão Nasa-ISRO Synthetic Aperture Radar (Nisar). O sistema é inédito em coleta de imagens de Radar de Abertura Sintética (SAR), por satélite, para observação da Terra.

    O engenheiro Fernando Pellon, consultor sênior da Gerência de Geoquímica do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), explicou que em regiões inundáveis, os manguezais são ecossistemas muito sensíveis a derrame de óleo, por isso serão muito importantes as informações dos mapas de sensibilidade a derrames de óleo.

    “Esse mapeamento da região onde os manguezais estão inundados ou não, e quando estão inundados, são informações importantes para fazer um estudo de sensibilidade de derrame de óleo e para mapear a biota que está vivendo naquele local. São duas aplicações práticas da missão e dos objetivos da Petrobras”, informou em entrevista à Agência Brasil.

    O projeto será desenvolvido pela agência espacial americana e pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial, com início previsto para 2025, quando também a petroleira brasileira passará a utilizar as imagens no seu projeto Observatório Geoquímico Ambiental da Margem Equatorial Brasileira (ObMEQ).

    A Petrobras vai representar um dos 100 projetos da missão. Por parte da empresa, a intenção é monitorar o ambiente marinho e costeiro no trecho dos três estados na Margem Equatorial, além de atualizar o mapeamento desse litoral.

    “Essa é uma tecnologia que permite informações sobre determinado alvo sem contato físico com ele. Por exemplo, pode medir remotamente a temperatura da superfície do mar, pode verificar remotamente se uma planta está verde ou com deficiência hídrica, pode identificar a constituição química e mineralógica de uma rocha. Isso tudo é possível recebendo do alto da Terra uma radiação eletromagnética”, explicou.

    Mudanças climáticas

    Para o engenheiro, o monitoramento vai permitir acompanhar também as mudanças climáticas. “O satélite orbita a 747 quilômetros da Terra e vai obter imagens a cada seis dias de um determinado ponto da superfície da Terra. Vai ter uma cobertura quase contínua de todas as áreas imersas e cobertas de gelo. É uma massa de dados muito interessante. Vai ter informações de biomassa, de desastres naturais, elevação do nível do mar, água subterrânea e vai ter dois sensores. Um da Nasa na chamada banda L e o dos indianos de um comprimento de onda menor na banda S”, disse.

    “Um dos pontos relevantes da missão, justamente, é fornecer subsídios em torno das mudanças climáticas e seus impactos, tanto dos meios físicos como a subida do nível do mar e derretimento da cobertura de gelo, como o impacto nos vegetais e na dinâmica urbana. Em tudo isso ele vai fornecer informações muito valiosas para este tipo de trabalho”, pontuou.

    Segundo Pellon, atualmente, é comum fazer avaliações com base em fotografias aéreas, imagens óticas que aparecem, por exemplo, no google maps. O engenheiro acrescentou que essas imagens são adquiridas na margem do visível, ou seja, recebem energia por comprimento de ondas que permitem aos olhos humanos enxergarem. Entretanto, existem outras faixas do espectro eletromagnético em que também existe radiação e não são percebidas. Com esse programa vai ser possível obter imagens para análises, mesmo que o céu esteja coberto por nuvens, o que não ocorre com outros sistemas.

    “Uma delas é a infravermelho que se tem informação sobre a construção mineralógica e química das rochas. A gente não vê, mas esta informação está disponível e os sensores em aviões ou satélites são capazes de captá-las. No entanto, para essa faixa de espectro nas nuvens elas constituem barreiras, porque esses sensores medem a energia refletida pelo sol. Se a nuvem está no caminho ela é uma barreira e o sensor só consegue pegar a energia refletida pela nuvem. A imagem é cheia de nuvens”, observou.

    O consultor do Cenpes adiantou mais uma aplicação significativa do sistema. “Uma outra vantagem do sistema de radar é que como dispõe da sua própria energia, se pode adquirir imagens à noite, porque não depende da luz solar. É como se fosse um flash. Se consegue fazer a imagem no escuro fazendo uma comparação”.

    Rio Grande do Sul

    Como o satélite terá condição de fazer uma cobertura contínua em toda a área imersa do globo terrestre, o engenheiro disse que pode ajudar também na avaliação dos impactos que o Rio Grande do Sul enfrentou após os desastres ambientais de maio deste ano.

    “Vai ter dados também dessa região, por isso é uma missão tão importante”, disse, destacando que a importância das informações aumenta na medida em que são compartilhadas.

    “O grande barato hoje é compartilhar, você cresce muito mais compartilhando do que excluindo. De fato, essa questão das mudanças climáticas é um assunto de interesse global, e toda informação de qualquer lugar do mundo é importante”, disse.

    O projeto ObMEQ é um dos 13 realizados pelo Cenpes na área de sustentabilidade e meio ambiente para a Margem Equatorial. De acordo com a Petrobras, eles são desenvolvidos em rede por diversas instituições, com a participação de universidades e de outros grupos da região, como costuma ocorrer nas parcerias de pesquisa da empresa.

    Transparência

    Na visão da empresa, o projeto terá transparência uma vez que fornecerá a configuração sempre atualizada do litoral da Margem Equatorial, disponível para utilização não só de diversas áreas da Petrobras, como de órgãos ambientais e da sociedade, conforme as necessidades de cada um.

    “Uma utilização adicional dos dados da Missão Nisar diz respeito à detecção de manchas de óleo na superfície do mar, tanto de origem natural [exsudações] como antrópica [derrames]”, explicou.

    O projeto ObMEQ, segundo a empresa, resulta da parceria entre o Cenpes e um ecossistema de universidades e instituições do Norte-Nordeste, liderados pela Universidade Federal do Pará (UFPA).

    “A participação do Cenpes no Early Adopters Program da Missão Nisar é um selo de qualidade científica para o Projeto ObMEQ, uma prova de que a Petrobras e seus parceiros acadêmicos no Brasil estão articulados com o que há de mais avançado na comunidade científica internacional. A colaboração entre os cientistas brasileiros e da Nasa será uma importante contribuição à aquisição do conhecimento científico necessário para o monitoramento ambiental sistemático da zona costeira de manguezais ao longo da Margem Equatorial”, disse.

  • China à frente na corrida por Marte: Missão Tianwen 3 busca desvendar segredos do planeta vermelho

    China à frente na corrida por Marte: Missão Tianwen 3 busca desvendar segredos do planeta vermelho

    A China está prestes a dar um salto gigante na exploração espacial. Com a missão Tianwen-3, programada para ser lançada em 2028, o país asiático mira em um objetivo ambicioso: ser o primeiro a trazer amostras de Marte para a Terra. Se tudo ocorrer conforme o planejado, a China poderá superar potências espaciais como NASA e ESA em quase uma década.

    Uma missão multifacetada

    Tianwen 1 da China
    Imagem decorativa / Tianwen 1

    A Tianwen-3 não é apenas mais uma missão espacial. É um projeto complexo que envolve uma frota de veículos avançados, incluindo um módulo de pouso, um veículo de ascensão, um orbitador e um módulo de retorno. Além disso, a missão contará com tecnologias inovadoras, como um helicóptero e um robô de seis pernas, que permitirão coletar amostras em locais de difícil acesso.

    A busca por vida extraterrestre

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    Imagem decorativa / Marte

    Um dos principais objetivos da missão é investigar a possibilidade de vida passada em Marte. Os cientistas chineses escolheram locais de pouso com grande potencial de preservar vestígios de vida antiga, como Chryse Planitia e Utopia Planitia. As amostras coletadas serão analisadas em laboratórios terrestres, revelando segredos sobre a história geológica e climática de Marte.

    Corrida espacial intensificada

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    SpaceX

    A iniciativa chinesa intensifica a corrida espacial por Marte. Enquanto a NASA e a ESA planejam sua própria missão de retorno de amostras apenas para a década de 2040, a China demonstra uma agilidade impressionante, investindo pesado em sua exploração espacial.

    Um novo capítulo na história da exploração espacial

    O sucesso da missão Tianwen-3 consolidaria a posição da China como uma potência espacial de primeira linha. Além de avançar o conhecimento científico, a missão inspiraria novas gerações de cientistas e engenheiros, abrindo caminho para futuras explorações do Sistema Solar.

  • Dragon: Tempestade adiará resgate de astronautas na ISS

    Dragon: Tempestade adiará resgate de astronautas na ISS

    A aventura espacial de Sunita Williams e Butch Wilmore na Estação Espacial Internacional (ISS) ganhará mais alguns capítulos. O resgate da dupla, previsto para esta quinta-feira (26), foi adiado por conta de condições climáticas adversas na Flórida.

    A NASA informou que a nova janela de lançamento da espaçonave Dragon, da SpaceX, está marcada para este sábado (28), às 13h17 (horário local), desde que as condições meteorológicas permitam. O Furacão Helene, que se move pelo Golfo do México, ameaça a região do Cabo Canaveral com fortes ventos e chuvas, levando a agência espacial a tomar a decisão de adiar a missão por precaução.

    “A segurança da tripulação é nossa principal prioridade”, afirmou a NASA em comunicado. “Estamos monitorando de perto a tempestade e ajustaremos nossos planos conforme necessário.”

    Uma missão histórica para a Dragon

    Crew Dragon: Tempestade adiará resgate de astronautas na ISS
    SpaceX

    Os astronautas Nick Hague e Aleksandr Gorbunov serão responsáveis por pilotar a Dragon, a nona missão tripulada da SpaceX para a ISS. A dupla ficará a bordo da estação por cerca de cinco meses, conduzindo experimentos científicos e realizando manutenções.

    Williams e Wilmore, que deveriam ter retornado à Terra em junho a bordo de uma cápsula da Boeing, tiveram seus planos alterados após problemas no sistema de propulsão da nave. Desde então, eles aguardam pacientemente por uma nova oportunidade de voltar para casa.

    Com a missão adiada, a dupla americana e o cosmonauta russo devem permanecer na ISS por mais alguns meses, até que a Dragon esteja pronta para a viagem de retorno.

  • Starliner começa a reproduzir ruídos estranhos em seus alto-falantes

    Starliner começa a reproduzir ruídos estranhos em seus alto-falantes

    A missão da espaçonave Starliner, da Boeing, para a Estação Espacial Internacional (ISS) continua a ser marcada por incidentes inesperados. Desta vez, o astronauta Butch Wilmore, a bordo da nave, relatou a presença de ruídos estranhos e inexplicáveis.

    O incidente da Starliner

    Starliner começa a reproduzir ruídos estranhos em seus alto-falantes
    Créditos: Boeing

    O incidente ocorreu no último sábado, quando Wilmore ouviu sons incomuns provenientes de um alto-falante dentro da Starliner. Ele imediatamente comunicou a descoberta ao controle da missão no Centro Espacial Johnson, em Houston.

    Após verificações, os controladores de voo confirmaram a existência do ruído e iniciaram uma investigação. O som foi descrito como uma espécie de “ping” pulsado, semelhante ao sinal de um sonar.

    A origem desses ruídos ainda é um mistério. Embora a nave mantenha comunicação com a ISS por rádio durante a aproximação, uma vez acoplada, a conexão é feita por cabo.

    O incidente desperta preocupação, considerando os desafios enfrentados pela Boeing e pela NASA durante os testes da Starliner. A nave já teve problemas como vazamentos de hélio e falhas nos propulsores.

    Apesar de o astronauta Wilmore não ter demonstrado aparente preocupação, os ruídos inexplicáveis são motivo de investigação. A Starliner está programada para retornar à Terra no próximo dia 6 de setembro, enquanto Wilmore e sua colega, Suni Williams, devem retornar em fevereiro de 2025 a bordo de uma cápsula Crew Dragon.

  • SpaceX tem lançamentos suspensos após propulsor explodir

    SpaceX tem lançamentos suspensos após propulsor explodir

    A empresa aeroespacial SpaceX, liderada por Elon Musk, enfrentou um revés significativo em suas operações após um dos seus foguetes Falcon 9 falhar ao realizar um pouso controlado na costa da Flórida. O incidente, ocorrido nas primeiras horas da manhã de quarta-feira, resultou na explosão do propulsor, apesar do sucesso na missão primária de colocar em órbita 21 satélites Starlink.

    Investigação e impacto na agenda da SpaceX

    SpaceX suspende lançamentos após acidente de foguete
    Imagem da SpaceX / Propulsor falhando

    Diante da gravidade do ocorrido, a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) determinou a suspensão temporária de todos os lançamentos da Falcon 9. A agência reguladora iniciou uma investigação rigorosa para apurar as causas do acidente e garantir que medidas eficazes sejam implementadas para prevenir novos incidentes.

    Essa decisão da FAA tem um impacto direto na ambiciosa agenda espacial da SpaceX. A empresa, conhecida por sua inovação e pela frequência de seus lançamentos, precisará interromper diversas missões já programadas, incluindo voos tripulados tanto para missões comerciais quanto em parceria com a NASA. Entre os projetos afetados estão um voo espacial privado, que levaria um grupo de bilionários ao espaço, e uma missão crucial para a agência espacial americana.

    Desafios e perspectivas futuras

    A falha no pouso do Falcon 9 representa um desafio significativo para a SpaceX, que nos últimos anos se destacou pela reutilização de foguetes, uma estratégia fundamental para reduzir os custos de acesso ao espaço e tornar os voos espaciais mais acessíveis. A empresa terá que investir tempo e recursos para identificar a causa do problema, realizar os reparos necessários e implementar melhorias em seus sistemas de propulsão e controle.

    Apesar do revés, a SpaceX mantém sua reputação de pioneira na indústria espacial. A empresa continua trabalhando incansavelmente para superar os obstáculos e retomar suas operações o mais rápido possível. A expectativa é que, após a conclusão da investigação e a implementação das medidas corretivas, a SpaceX possa retomar seus lançamentos com segurança e confiabilidade, consolidando ainda mais sua posição como uma das principais empresas aeroespaciais do mundo.

  • SpaceX vai trazer astronautas da Starliner de volta para a Terra

    SpaceX vai trazer astronautas da Starliner de volta para a Terra

    A SpaceX acaba de virar a primeira empresa de taxi espacial, em uma reviravolta surpreendente, a NASA anunciou no último sábado que a cápsula Starliner da Boeing retornará à Terra vazia, sem os astronautas que levou para a Estação Espacial Internacional (ISS) no início de junho.

    A agência espacial optou por utilizar a espaçonave Dragon da SpaceX para trazer os astronautas Butch Wilmore e Sunita “Suni” Williams de volta à Terra. A decisão marca um revés significativo para a Boeing, que enfrenta diversos desafios no desenvolvimento e operação da Starliner.

    A escolha da NASA pela SpaceX é resultado de problemas persistentes no sistema de propulsão da Starliner, que impediram seu retorno à Terra conforme planejado. Apesar das garantias da Boeing de que a cápsula era segura para o retorno dos astronautas em caso de emergência, os engenheiros da NASA consideraram os riscos muito elevados.

    Com a SpaceX assumindo a missão de retorno, os astronautas permanecerão na ISS por mais seis meses, retornando à Terra em fevereiro na missão Crew-9 da SpaceX. O plano original era que o voo de teste da Starliner durasse apenas nove dias.

    A decisão de trazer a Starliner de volta vazia é um duro golpe para a Boeing, que investiu consideráveis recursos no desenvolvimento da espaçonave. No entanto, autoridades da NASA expressaram apoio à empresa e acreditam que a Starliner eventualmente será capaz de transportar astronautas para a ISS.

    Hora da SpaceX mostrar a que veio

    Para a SpaceX, a missão inesperada representa uma oportunidade de demonstrar suas capacidades e consolidar ainda mais sua posição como líder no setor espacial comercial. A empresa lançará sua nona missão regular para a ISS em 24 de setembro, transportando dois astronautas que originalmente fariam parte da missão Crew-9.

    O retorno vazio da cápsula Starliner à Terra é um lembrete dos desafios e incertezas inerentes à exploração espacial. Enquanto a NASA e a Boeing continuam trabalhando para alcançar seus objetivos, o futuro da exploração espacial comercial permanece incerto.

  • Crise na volta da Starliner: NASA avalia trazer tripulação de volta em cápsula da SpaceX

    Crise na volta da Starliner: NASA avalia trazer tripulação de volta em cápsula da SpaceX

    O que deveria ser uma missão de rotina para a Boeing virou uma verdadeira saga espacial. A cápsula Starliner, lançada há oito semanas com destino à Estação Espacial Internacional (ISS), enfrenta problemas técnicos que colocam em risco a segurança dos astronautas Butch Wilmore e Suni Williams.

    Inicialmente prevista para durar apenas oito dias, a missão se estendeu indefinidamente devido a falhas nos propulsores e vazamentos de hélio. Apesar de a Boeing ter minimizado os problemas no início, a situação se agravou com o passar das semanas.

    A preocupação principal agora recai sobre os propulsores de controle de reação, essenciais para a manobra de saída da ISS e a subsequente reentrada na atmosfera terrestre. Testes recentes realizados no solo e em órbita mostraram resultados promissores, mas ainda não há garantia de segurança.

    Diante desse cenário, a possibilidade de trazer os astronautas de volta à Terra na cápsula Crew Dragon, da SpaceX, ganha força. Fontes ligadas à missão afirmam que essa opção é cada vez mais provável, embora a NASA ainda não tenha tomado uma decisão final.

    A agência espacial está marcada para uma reunião de revisão de prontidão de voo na próxima semana, onde o futuro da Starliner deve ser definido. A SpaceX, por sua vez, já está desenvolvendo planos para acomodar os dois astronautas em uma de suas próximas missões tripuladas.

    A decisão que a NASA terá que tomar é complexa. Optar pelo retorno na Starliner envolve riscos, mas um eventual fracasso da missão poderia ser um golpe devastador para a Boeing. Por outro lado, escolher a Crew Dragon pode significar o fim do programa Starliner, já que a empresa já investiu bilhões de dólares no desenvolvimento da cápsula.

    Independentemente da escolha, o foco principal da NASA é garantir a segurança dos astronautas. O mundo acompanha de perto o desenrolar dessa história, que pode redefinir o futuro dos voos comerciais tripulados.

  • Calor extremo pode tornar áreas do Brasil inabitáveis até 2070, adverte estudo da NASA

    Calor extremo pode tornar áreas do Brasil inabitáveis até 2070, adverte estudo da NASA

    Um estudo publicado em 2020 na revista Science Advances pela NASA e liderado pelo cientista Colin Raymond prevê que áreas do Brasil podem se tornar inabitáveis até 2070 devido ao calor extremo, intensificado pelas mudanças climáticas. Apesar de o estudo original não mencionar o Brasil especificamente, um blog da NASA em março de 2022, com o próprio Raymond como autor, citou o país como uma das regiões vulneráveis a eventos de calor mortal.

    O estudo mapeou eventos de calor extremo entre 1979 e 2017, focando em situações onde a alta umidade do ar e temperaturas acima de 35°C impedem o suor de resfriar o corpo humano, colocando em risco a vida das pessoas. O climatologista brasileiro Carlos Nobre, especialista renomado no tema, confirma a relevância do estudo e destaca que previsões similares já circulavam desde 2010.

    Nobre explica que, se a temperatura subir 4°C acima da média pré-industrial, como indica o estudo, vastas áreas tropicais e até mesmo latitudes médias podem se tornar inabitáveis. O Acordo de Paris, assinado em 2015, visa combater o aquecimento global e limitar o aumento da temperatura a “bem menos de 2°C”, buscando idealmente 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

    Fernando Cesario, líder científico em Soluções Climáticas Naturais da The Nature Conservancy (TNC), ressalta que o estudo da NASA antecipa para as próximas 30 a 50 anos o aumento da frequência de eventos extremos de calor, com potencial letal. “Antigamente, acreditava-se que esses níveis só seriam atingidos em 100 ou 200 anos”, afirma.

    O geógrafo aponta as áreas mais propensas a eventos de calor fatal no Brasil: regiões costeiras, áreas urbanizadas como Rio e São Paulo, áreas próximas a grandes lagos e baías (como a Baía de Todos os Santos) e entorno do Rio Amazonas, com alta evaporação da água.

    O estudo da NASA revela que, em 40 anos, o número de eventos de calor extremo com potencial letal triplicou. Regiões como Paquistão, Oriente Médio e Sudoeste da América do Norte lideram o ranking.

    Nobre adverte que, se o aquecimento global não for revertido, além dos gases emitidos por fábricas, carros e aviões, oceanos e geleiras podem liberar enormes quantidades de gases, elevando a temperatura a 8°C ou 10°C acima dos níveis pré-industriais a partir de 2100. “Nesse cenário, quase todo o planeta se tornaria inabitável. Os únicos locais habitáveis seriam o topo de montanhas como os Alpes, a Antártica e o Ártico”, alerta.

    Nos EUA, entre 1991 e 2020, o calor foi a principal causa de morte relacionada ao clima, superando enchentes (85 mortes/ano) e tornados (69 mortes/ano).

    Nobre explica que a alta umidade e o calor extremo podem levar ao estresse térmico e à morte. Em situações-limite, idosos e bebês podem resistir apenas 30 minutos, enquanto adultos podem sobreviver por no máximo duas horas. “Esse estresse térmico pode tornar uma região inabitável”, completa.

    Um estudo de 2017 liderado por Camilo Mora, da Universidade do Havaí, identificou 783 casos de morte por calor extremo em 164 cidades de 36 países. Segundo a pesquisa, 30% da população mundial está exposta a situações de calor extremo em pelo menos 20 dias por ano. Até 2100, essa porcentagem pode aumentar para 48% em um cenário de reduções drásticas de emissões de gases de efeito estufa e para 74% em um cenário de emissões crescentes.