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  • Matrículas do Programa Mais MT Muxirum estão abertas em Lucas do Rio Verde

    Matrículas do Programa Mais MT Muxirum estão abertas em Lucas do Rio Verde

    Desenvolvido por meio de uma colaboração entre Governo do Estado de Mato Grosso e Prefeitura de Lucas do Rio Verde, o Programa Mais MT Muxirum está com matrículas abertas para novas turmas de alfabetização no município. O Programa atenderá pessoas com idade acima dos 15 anos, que ainda não tiveram acesso ou oportunidade de aprender a ler e escrever.

    O período de matrículas será nos dias 22 e 23 de abril, no horário das 7 às 11 horas e das 13 às 17 horas. É necessário apresentar os seguintes documentos: Rg e CPF, comprovante de residência e título de eleitor (se tiver).

    Em Lucas do Rio Verde, essa será a 5ª edição do Programa, e os interessados devem procurar o Centro de Formação, localizado na Avenida Espírito Santo nº 469 S, no Bairro Jardim das Palmeiras, ou a Escola Municipal Cecilia Meireles, localizada na Rua Amazonita, nº 1026, Bairro Tessele Junior.

    As aulas acontecerão nas seguintes unidades escolas: Cecília Meirelles, Marcio Schabat e Manoel de Barros, no período noturno. Também haverá a disponibilidade de turmas na Escola Érico Veríssimo, no período vespertino. As aulas acontecerão três vezes por semana.

    Maiores informações entrar em contato com o Coordenador do Programa Manoel pelo fone (65) 99800 0183 ou Assessora Pedagógica Carlise pelo fone (65) 3548 2597.

  • Emoção marca formatura de alunos do Muxirum em Lucas do Rio Verde

    Emoção marca formatura de alunos do Muxirum em Lucas do Rio Verde

    A emoção deu o tom na cerimônia de formatura de turmas do programa MT Mais Muxirum em Lucas do Rio Verde. O evento, organizado pela Secretaria de Educação do município, reuniu representantes do município, formandos e seus familiares.

    O Programa Mais MT Muxirum é de iniciativa da Seduc-MT desenvolvido em parceria com os municípios. O objetivo é erradicar o analfabetismo em Mato Grosso, beneficiando cidadãos com 15 anos ou mais que tiveram os seus estudos interrompidos por algum motivo.

    Por meio do programa é possível resgatar sonhos, como do casal Eloilda Padilha e Nildo Pipper. Juntos há 40 décadas, eles frequentaram juntos às aulas. Eles agradeceram à professora Neide e à filha Magali, que é professora na rede municipal. Nildo chegou a frequentar a escola quando criança, cursando até o 5º ano, mas Eloilda não teve a mesma oportunidade. “Eu praticamente eu não sabia nada. Agora eu sei, eu já estou lendo, eu escrevo, eu estou fazendo continhas, eu estou muito feliz a chegar a esse momento”, disse.

    E a vontade de aprender segue forte. Eloilda sonha alto e tem em mente a intenção de seguir estudando.  “Eu quero ir muito além. Eu quero fazer medicina veterinária”, afirmou. Ela revelou que desde pequena sonhava em estudar e que através da filha Magali e do genro Etelmar, seguiram no projeto Muxirum. “Deus me deu inteligência e eu sempre tive esse sonho, eu sempre dizia que um dia queria chegar numa faculdade. Sempre vai ter um jeito e eu vou chegar numa faculdade”, garantiu.

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    Foto: CenárioMT

    E o esposo apoia os projetos de Eloilda. “É bem importante para a gente”, disse Nildo. “Isso ajuda muito porque sem estudo a gente não faz nada”.

    Durante as aulas, o casal se esforçou junto para conseguir chegar ao fim do curso. “Em casa um ajuda, o outro. Daí vai para a frente”.

    O esforço dos alunos foi testemunhado pelos professores e familiares. Filha de uma das professoras do projeto, Bruna Assunção Spindler acompanhou a mãe em algumas aulas e ficou maravilhada pela aplicação dos alunos e a vontade em aprender a ler e escrever.  “Era lindo ver aqueles senhores e ainda buscando a possibilidade de aprender. Não desistiram e alguns deles até falam para mim que iriam se formar e até fazer faculdade de direito. É lindo ver aquele brilho e eu sou muito orgulhosa, tenho muito orgulho da minha mãe como professora, ali, todos os dias”, relatou.

    Muxirum nos bairros

    As aulas aconteceram em escolas de três bairros de Lucas do Rio Verde: Cecília Meireles, no bairro Tessele Junior, Manoel Bandeira, no bairro Parque das Américas, e  Vinicius de Moraes, no bairro Jardim Primavera.

    De acordo com a secretária de Educação do município, Elaine Lovatel, a iniciativa de aplicar as aulas nessas escolas serviu para facilitar o acesso dos alunos nos bairros mais próximos. Além disso, as atividades ocorreram à tarde e no período noturno, para atender pessoas que trabalham durante o dia.

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    Ao todo, 43 alunos se formaram na atual edição do projeto Muxirum. “O projeto tem como foco alfabetizar. Então tem adultos que procuraram a escola e que não sabiam escrever o nome, ler um recado, ler uma receita, escrever algum bilhete, para aprender a ler e se localizar melhor na cidade em relação a placas. Alguns alunos já sabem ler, porque já estudaram no passado, ficaram muito tempo sem estudar, então eles retornam no projeto para reativar, lembrar, para treinar a letra, para a leitura, para ter mais um pouco mais habilidades na leitura”, observou Elaine.

    “Muitas vezes o não saber ler, não saber escrever causa um sentimento de inferioridade. Muitas vezes é uma cegueira que nós estamos curando. O simples bilhete que você pode colocar numa geladeira: ‘foi visitar a vizinha, e aí volto daqui 30 minutos’, hoje elas vão conseguir fazer isso, vão se comunicar, ler, escrever, enfim. Estamos resgatando isso e essas pessoas poderão melhorar ainda mais a sua comunicação”, ressaltou o vice-prefeito, Marcio Pandolfi.

    “Quando se trata de educação tudo é importante. Primeiro, pelo município aceitar esse desafio de implantar esse programa de alfabetização e também as pessoas que têm essa coragem de aceitar, porque existe preconceito em aceitar, de pessoas de não quererem participar desse tipo de programa, porque são pessoas com uma idade mais avançada”, comentou o vereador Daltro Figur, vice-presidente da Câmara Municipal.

    Desafios

    A professora Márcia Evangelista de Almeida, uma das que lecionou no projeto Muxirum, disse se sentir gratificada em participar do programa pelo resultado obtido ao longo das aulas. “É muito importante, gratificante a gente poder ver o sucesso desses alunos, ver como eles chegaram no começo e ver no final, sabendo a ler, sabendo escrever. Tudo isso é muito gratificante para a gente que é professor”, descreveu.

    Um dos maiores desafios da educadora foi motivar os alunos, pois estavam fora da escola há muitos anos. “Quando a gente conheceu esses alunos, eles estavam assim, desmotivados, achando que que não iam conseguir ser capaz. E hoje eles próprios vêm o quanto são capazes”.

    Ano letivo 2024

    As atividades do projeto Muxirum serão retomadas no primeiro trimestre de 2024, quando acontecerá o início do período de matrículas.

    “Qualquer pessoa que não sabe ler e escrever ou estudou há muitos anos e não tem muitas habilidades na escrita, na leitura, pode vir se matricular. A gente sempre aguarda vir o número de turmas do Governo do Estado. Como é uma parceria, eles recebem um kit de material. É o Estado que contrata esse professor para dar as aulas”, explicou Elaine, ao falar a respeito do perfil dos alunos do projeto.

    Por isso, a secretária de Educação orienta as pessoas a ficarem atentas a partir de fevereiro, quando será definido o período de matrículas do Muxirum. “O nosso objetivo é que as pessoas cheguem até a escola. Por isso que estrategicamente as aulas acontecem mais próximas dos bairros que têm maior número de inscritos. O nosso objetivo é que a escola seja de acesso a todos que precisam”, concluiu.

  • Muxirum alfabetiza mais 30 alunos da fase adulta em Lucas do Rio Verde

    Muxirum alfabetiza mais 30 alunos da fase adulta em Lucas do Rio Verde

    Com muita comemoração e sorriso orgulhoso de satisfação, 30 alunos adultos se formaram em Lucas do Rio Verde, através do Programa Mais MT Muxirum. Esta é a segunda turma de alfabetização a ser certificada no município luverdense.

    Com objetivo de erradicar o analfabetismo, o Mais MT Muxirum é desenvolvido por meio do regime de colaboração entre o Governo do Estado e Município. O governo executa o apoio técnico e pedagógico, realizando a formação de profissionais, avaliações externas, premiação de escolas e acompanhamento das ações.

    Além dos alunos, familiares, professores, autoridades municipais e membros da Secretaria de Educação participaram da solenidade. A cerimônia de encerramento foi realizada na Escola Municipal Cecília Meireles, no bairro Tessele Júnior.

    Laura Sales Lange, coordenadora local do projeto Mais MT Muxirum, analisa que os alunos se empenharam e superaram limites para aprender. “Foi muito legal ver o empenho dos alunos. A gente sabe que não são tempos fáceis, eles trabalham o dia todo, têm suas famílias para administrar e seus afazeres. Eles foram bem disciplinados e é muito gratificante ver o quanto eles se prontificaram para participar. É apenas o começo e um ponta pé da liberdade deles. Eles aprenderam a ler e escrever, com isso, agora estão livres para outras coisas”, destaca.

    A professora Luiza Spengler, que foi a alfabetizadora do projeto, não escondeu a emoção ao falar sobre a turma e a experiência que o projeto proporcionou. “Era uma coisa muito gostosa estar com eles na sala. Muito carinho entre todos, tornando um sentimento de mãe e pai. Eles chegavam empolgados para o que seria ensinado no dia e, sem dúvidas, eu aprendi muito com eles durante esse tempo. Nada na vida paga o que eu vivi com cada um. É gratificante”, afirma a alfabetizadora.

    A alfabetização amplia os horizontes dos formandos. E a partir desta experiência, eles poderão se matricular em turmas do EJA (Ensino de Jovens e Adultos) e dar continuidade ao sonho profissional.

    Rosiane Maria de Queiroz, 33 anos, tem o sonho em ser advogada. Ela garante que vai dar continuidade aos estudos, para cumprir mais uma etapa da sua vida.

    Já Marlene de Souza Bernardes, 55 anos, agora com o desenvolvimento das novas habilidades, terá sua vida mais ativa. “Eu estou muito grata que aprendi a fazer o meu nome e agora eu posso assinar. Agora eu me sinto uma cidadã. Antes eu sempre ficava triste por não entender as coisas. Não vejo a hora de poder mudar meus documentos e escrever meu nome completo. Estou muito feliz em concluir essa etapa. A gente sempre almeja mais e agora estou pronta para as outras que vão vir pela frente”, conclui Marlene.

    Na primeira turma de alfabetização, o programa certificou 10 luverdenses por aprenderem a ler e escrever. A formatura foi realizada em fevereiro deste ano.

  • Projeto Muxirum forma a primeira turma em Lucas do Rio Verde

    Projeto Muxirum forma a primeira turma em Lucas do Rio Verde

    Uma cerimônia simples, mas bastante emocionante, marcou a formatura de alunos do projeto Muxirum em Lucas do Rio Verde. O ato aconteceu no pavilhão da Igreja Batista, no bairro Jardim das Palmeiras. Alunos, professores e membros da Secretaria Municipal de Educação participaram a solenidade.

    O Mais MT Muxirum é desenvolvido por meio do regime de colaboração entre o Governo do Estado e município. O governo executa o apoio técnico e pedagógico, realizando a formação de profissionais, avaliações externas, premiação de escolas e acompanhamento das ações. O objetivo é erradicar o analfabetismo.

    A coordenadora do projeto, professora Ana Blessa, observou que as aulas tiveram sequência mesmo no período de fim de ano. Ela disse que observar os alunos, todos adultos na faixa de 40 a 50 anos, a ler e escrever é muito gratificante. “Talvez pra muitos possa ser tão simples, mas pra eles é uma certeza de vida mais digna, de um lugar na sociedade. Porque aprender a ler e escrever é se libertar para o mundo”, ressaltou.

    A mesma opinião compartilha Levi Godinho, que foi um dos alfabetizadores do projeto. Ele destaca que a alfabetização amplia os horizontes dos formandos. A partir desta experiência, eles poderão se matricular em turmas do EJA (Ensino de Jovens e Adultos). “E foi uma oportunidade muito rica pra mim também, como profissional foi uma experiência nova. Foi a primeira vez que eu fui desafiado a trabalhar com alfabetização de adultos. Sempre trabalhei com a alfabetização de alunos do ensino fundamental”.

    O alfabetizador elogiou a perseverança dos alunos. “Os nossos alunos trabalhavam o dia todo, vinham cansados, mas motivados e sempre eles diziam assim: professor, a gente vai até o fim porque nós queremos concluir o nosso curso e a gente quer aprender a ler e a escrever”, destacou.

    Vídeo

    Um dos momentos mais emocionantes foi a apresentação de um vídeo dos alunos lendo textos escritos à mão, em um quadro, ou mesmo o conteúdo de livros.

    Dona Eliene Galvão da Conceição, uma das formandas, falou em nome da turma. Ela declarou que aprender a ler e a escrever mudou sua vida. E garante que não parar com o aprendizado.

    “Aprendi a ler, escrever. Quero continuar, não quero parar”, ressalta, citando que essas habilidades faziam muita falta. “Fazia demais. Eu não sabia ler, nem escrever e tudo tinha que pedir pros filhos. E aí estou me esforçando o máximo pra aprender bastante”, acrescentou.

    Agora, com o desenvolvimento das novas habilidades, dona Eliene tem vida mais ativa, inclusive na igreja onde congrega. “Trabalho junto lá com a missionária Cida, na igreja. E aí eu vim pra esse projeto, foi muito bom pra aprender ler, escrever. E vou continuar. Não quero parar. Aí eu quero ir me matricular num colégio, EJA, e continuamos tudo. Não vou parar”, garante.

    Parceria mantida

    Ao abrir as portas da igreja para o projeto, o pastor Wemerson Antônio, da Primeira Igreja Batista em Lucas do Rio Verde, disse que a instituição viu uma oportunidade de contribuir com a comunidade.

    Ele explica que, desde 2016, a igreja conta com a Associação Batista Luverdense, que é considerado um braço social. “E nós temos alguns projetos já com a comunidade e algumas parcerias já com a prefeitura municipal”, explicou. “A igreja prontamente abriu as dependências pra receber a comunidade e diariamente poder ter os alunos aqui estudando. E hoje nessa formatura a nossa alegria é poder ver a alegria deles, vê-los lendo e podendo exercer essa habilidade”, completou o pastor.

    Novas turmas

    A primeira turma começou com cerca de 20 alunos, mas nem todos puderam completar a carga horária do projeto. “Foram seis meses intensos, não parou agora em dezembro. Então nós estamos aqui hoje certificando os vitoriosos, digamos assim, dessa caminhada, os que chegaram até aqui. E já ficou aquela sugestão de darem sequência nas atividades aí no EJA que é uma oportunidade também”, explicou Ana Blessa.

    O município agora se prepara para novas etapas do projeto, oferecendo a oportunidade que outros adultos possam aprender a ler e a escrever. “O Estado abriu o edital agora pra que a gente possa começar a movimentar novas turmas pra esse ano. Então, até março a gente precisa ver como vai ficar isso pra depois, no futuro, ter novamente outras turmas em andamento”, declarou a coordenadora.