Tag: #música

  • Luto na música sertaneja: Chrystian, da dupla com Ralf, morre aos 67 anos

    Luto na música sertaneja: Chrystian, da dupla com Ralf, morre aos 67 anos

    A música sertaneja está em luto. O cantor Chrystian, que formava dupla com o irmão Ralf, faleceu na noite desta quarta-feira (19), em São Paulo, aos 67 anos. A causa da morte ainda não foi divulgada.

    Carreira de sucesso

    Chrystian, nascido José Pereira da Silva Neto, dedicou 60 anos de sua vida à música. Ele começou a carreira ainda na infância, aos 6 anos, se apresentando em um clube de Goiânia.

    Ao lado do irmão Ralf, formou a dupla Chrystian e Ralf em 1983. Juntos, lançaram 20 álbuns, venderam milhões de cópias e conquistaram diversos prêmios, como o Prêmio da Música Brasileira.

    A dupla era conhecida por suas músicas românticas e marcantes, como “Chora Peito”, “Saudade”, “Minha Gioconda” e “Evidências”. Entre os maiores sucessos, “Evidências” se tornou um clássico atemporal, sendo regravada por diversos artistas.

    Luta contra a pirataria

    Chrystian e Ralf também tiveram um papel importante na luta contra a pirataria no Brasil. Na década de 2000, desenvolveram o “Semi Metalic Disc” (SMD), ou CD genérico, que ajudou a reduzir o preço dos álbuns para o consumidor e combater a venda ilegal de CDs.

    Separação da dupla e carreira solo

    Em 2021, após quase 40 anos juntos, Chrystian e Ralf decidiram seguir carreira solo. Chrystian voltou aos palcos com a turnê “Romance” e lançou a música “Não Dá Pra Ficar Assim”.

    Morte e comoção

    A morte de Chrystian foi lamentada por fãs, amigos e colegas de profissão. O irmão Ralf, em um post emocionado nas redes sociais, disse que “não consegue se despedir”.

    Legado

    Chrystian deixa um legado de música, talento e dedicação à arte. Sua voz marcante e suas canções românticas continuarão a tocar o coração de milhares de pessoas por muitos anos.

    Nota da família

    “Com imenso pesar, a família e a equipe de Chrystian, comunicam o falecimento do nosso querido esposo, pai e artista, ocorrido no Hospital Samaritano, em São Paulo.

    Chrystian dedicou 60 anos de sua vida à música sertaneja, construindo uma carreira brilhante e marcada por inúmeros sucessos.

    Sua voz inconfundível e sua paixão pela música trouxeram alegria e emoção aos fãs em todo o Brasil.

    Ao longo de sua trajetória, Chrystian esteve sempre na estrada, compartilhando seu talento e carisma em incontáveis shows, onde conquistou e encantou gerações de admiradores.

    Neste momento de profunda dor, encontramos consolo nas memórias dos momentos felizes e nas canções que ele nos deixou.

    Agradecemos de coração todo o apoio, carinho e respeito que recebemos dos fãs, amigos e colegas de profissão.

    Chrystian viverá para sempre em nossos corações e através de sua música, que continuará a inspirar e emocionar a todos.

    Com amor e saudades

    Esposa e Filhos.”

  • Cantarte: talentos musicais de Lucas do Rio Verde podem se inscrever até sexta-feira (14)

    Cantarte: talentos musicais de Lucas do Rio Verde podem se inscrever até sexta-feira (14)

    A 3ª Edição do Cantarte – Concurso de Canto está com as inscrições abertas até o dia 14 de junho. Promovido pela Secretaria de Cultura e Turismo de Lucas do Rio Verde, o evento visa revelar novos talentos musicais da região, tanto na categoria de intérpretes quanto de compositores.

    Categorias e Premiação

    Os artistas podem participar em quatro categorias:

    Infantil: 6 a 11 anos

    Juvenil: 12 a 17 anos

    Composição Inédita: A partir de 18 anos

    Gospel, Nacional e Sertaneja: A partir de 18 anos

    Os vencedores de cada categoria receberão troféu de participação e premiação em dinheiro:

    Infantil e Juvenil:

    1° lugar: R$ 1.500,00

    2° lugar: R$ 1.000,00

    3° lugar: R$ 700,00

    Gospel, Nacional e Sertaneja:

    1° lugar: R$ 3.500,00

    2° lugar: R$ 2.500,00

    3° lugar: R$ 1.500,00

    Composição Inédita:

    1° lugar: R$ 3.700,00

    2° lugar: R$ 2.700,00

    3° lugar: R$ 1.700,00

    Inscrições e Informações

    As inscrições são gratuitas e devem ser feitas presencialmente na sede da Secretaria de Cultura e Turismo, localizada na Avenida São Paulo, nº 363 E, no bairro Cidade Nova, nos seguintes horários: 8h às 11h e 14h às 17h.

    Os interessados também podem se inscrever por e-mail: editais.cultura@lucasdorioverde.mt.gov.br.

    No ato da inscrição, os participantes devem apresentar os documentos solicitados no edital, que está disponível no link: https://www.lucasdorioverde.mt.gov.br/arquivos/edital/356/edital_n004-2024_cantarte.pdf

    Datas e Local do Concurso

    As apresentações do Cantarte acontecerão nos dias 31 de agosto e 1° de setembro na Concha Acústica do município.

    Dúvidas

    Em caso de dúvidas, os interessados podem entrar em contato com a Secretaria de Cultura e Turismo pelo telefone (65) 3548-2513 ou pelo e-mail: cultura.turismo@lucasdorioverde.mt.gov.br.

    Cantarte: Uma Oportunidade para Novos Talentos

    O Cantarte é uma ótima oportunidade para os artistas da região mostrarem seu talento e serem reconhecidos. A premiação em dinheiro e o troféu de participação são incentivos adicionais para que os cantores e compositores participem do concurso.

    Não Perca a Chance de Mostrar Seu Talento!

    As inscrições para o Cantarte estão abertas até o dia 14 de junho. Inscreva-se e participe dessa grande festa da música!

  • Festival de Inverno: 30 anos de tradição com novo local, shows imperdíveis e preços promocionais!

    Festival de Inverno: 30 anos de tradição com novo local, shows imperdíveis e preços promocionais!

    Cuiabá, 16 de maio de 2024 – Prepare-se para uma edição memorável do Festival de Inverno! Em comemoração aos seus 30 anos, o evento, que pela primeira vez acontecerá em Cuiabá, na chácara Bom Futuro, promete uma experiência única com shows nacionais de peso, feijoada tradicional e muita animação.

    Novidade no local:

    Diferentemente das edições anteriores, este ano o Festival de Inverno deixará a Chapada dos Guimarães para brindar o público cuiabano. A mudança se deve às obras no portão do Inferno, que dificultam o acesso ao município pela MT-251. A chácara Bom Futuro, com sua estrutura completa, foi escolhida para receber a festa e garantir a segurança e o conforto dos visitantes.

    Shows imperdíveis:

    Prepare-se para cantar junto com dois dos maiores nomes da música brasileira: Israel Novaes e Wesley Safadão. A dupla promete agitar a noite do dia 13 de julho (um sábado) com seus sucessos que já conquistaram milhões de fãs pelo país.

    Tradição e sabor:

    A tradicional feijoada do Festival de Inverno não poderia faltar! O prato típico, preparado com carinho e ingredientes de qualidade, será servido para abrir o apetite dos foliões e garantir energia para curtir a noite.

    Ingressos promocionais:

    Para celebrar os 30 anos do festival, a venda de ingressos terá um lote promocional nas primeiras seis horas a partir desta sexta-feira (17). Garanta o seu ingresso por apenas R$ 240,00 e não perca essa oportunidade de curtir um dos maiores eventos de Mato Grosso!

    Mais informações:

    • Data: 13 de julho de 2024 (sábado)
    • Local: Chácara Bom Futuro, Cuiabá
    • Atrações: Israel Novaes, Wesley Safadão
    • Ingressos: Venda a partir de sexta-feira (17), com lote promocional nas primeiras seis horas por R$ 240,00

    Não perca essa chance de celebrar a tradição e curtir um dos maiores eventos de Mato Grosso!

  • Confira 20 lindas frases para o dia das mães

    Confira 20 lindas frases para o dia das mães

    Este domingo dia 12 de maio, comemoramos o dia das mães. E por isso, não podemos esquecer de demonstrar nosso imenso amor e carinho por quem tanto nos amou incondicionalmente. Portanto, trouxemos estas lindas mensagens e frases para comemorar este dia tão especial. Assista também ao vídeo para ouvir a música que preparamos pra você mandar para sua mãe.

    Frases para dar os parabéns ao Dia das Mães, frases lindas, inspiradoras, emocionantes, para dizer o quanto a amamos e o que significam para nós. As mães merecem o melhor por seu ótimo trabalho. Essas frases são para elas , são dedicadas a todos as mães. Feliz Dia das Mães!

    Música para dia das mães: Marcos Antônio

    Mulher de blusa marrom de mangas compridas segurando smartphone com sacolas de compras durante o dia - Fotos do Canva
    Confira 20 lindas frases para o dia das mães | Canva

    E aqui vai uma recomendação de vídeo para as mamães evangélicas. A música Mãe, do cantor Marcos Antônio é uma das mais buscadas nesta época. Por isso vamos poupar seu trabalho. Envie esta matéria para sua mãe, mostre sua homenagem, você é o fruto do amor.

    Mãe, você não se lembra
    Mas eu não esqueci
    Das tuas orações
    De joelhos dobrados
    Com o rosto molhado
    Choravas por mimMãe, eu era pequeno
    Quando a senhora
    Pra mim assim falou
    Deus, abençoe o meu filho
    Pra que ele cresça
    No caminho do amorMãe, sou teu fruto
    Do coração, o amor
    Sou teu sorriso
    Tu és meu abrigo
    Na hora da dor

    Frases e mensagens para o dia das mães

    Compartilhamos abaixo as melhores mensagens para dedicar às mamães nesta data especial. Confira:

    Mãe, seus braços sempre abriam quando eu queria um abraço. Seu coração entendeu quando precisei de um amigo. Seus ternos olhos endureceram quando precisei de uma lição. Sua força e seu amor me guiaram e me deram asas para voar. Te Amo, Feliz Dia das Mães!


    “De todos os  presentes que a vida tem  a oferecer, uma boa mãe é o maior de todos.” Amo Você Mãe…


    Mãe, você é a única pessoa no mundo que está sempre lá, incondicionalmente. Se eu te rejeitar, você me perdoa. Se eu estiver errado, você me recebe. Se os outros não podem comigo, você abre uma porta para mim. Se estou feliz, você comemora comigo. Se estou triste, não sorria até me fazer rir. Você é minha amiga incondicional. Obrigado Mãe.


    “Você não pede nada, você dá tudo, obrigada  por ser quem você é , obrigada por ser uma ótima mãe. Feliz Dia das Mães!”


    Acho que a cada dia me pareço mais com você e isso me enche de orgulho e satisfação. Eu te amo, mãe!


    Sempre achei que você é uma ótima mãe, mas como avó você é espetacular. Eu te amo, mãe! Feliz Dia das Mães


    Você me ensinou a me levantar quando caí, a curtir os bons momentos e a enfrentar os ruins, que paciência é uma virtude, que se aprende com os erros e que com amor tudo fica mais fácil. Eu te amo, mãe.


    “Eu nunca posso colocar em palavras o que você significa para mim, eu te amo mãe.” Feliz Dia das Mães.


    Obrigado por estar sempre quando preciso de você, por sua infinita paciência e por seu amor incondicional. Eu te amo muito, mamãe!


    “Feliz Dia das Mães !! Você é a melhor mãe e avó do mundo, você sempre foi e será o Pilar da nossa família! Porque você está sempre presente, cuidando da gente e nos ajudando em tudo. Nós te amamos mamãe ! “


    Ganhei na loteria quando nasci. Eu te amo, mãe!


    Se as mães fossem flores, você seria a mais bela das rosas. Feliz dia, mamãe!


    De todos os presentes que a vida pode lhe dar, uma boa mãe é o maior de todos.


    Nenhum presente que eu dou a você pode se igualar ao que você me deu: a vida. Feliz Dia das Mães!


    Mãe é aquela pessoa que cuida de você como um filho. Ela vai te amar e te defender de todos.


    Minha mãe me ensinou que não devo sair sem agasalho, que não devo andar descalço pela casa e que, quando tiver filhos, vou entender. Te Amo Mãe!


    Sempre que preciso de uma mão, você me dá três. Feliz Dia das Mães!


    Mãe, embora milhares de quilômetros nos separem, sempre a tenho ao meu lado e a carrego em meus pensamentos!


    Mãe é uma mulher que espera que seus filhos sejam tão bons quanto ela gostaria de ser. Espero ter conseguido. Eu te amo, mãe.


    Mãe é alguém que te apoia quando você chora, que repreende quando você quebra as regras, que se orgulha quando você tem sucesso e tem fé em você, mesmo quando você não é. Obrigado por ser meu apoio. Te amo mãe.


    Dedicamos esta matéria a todas as mães do mundo todo. Feliz dia das mães!

    As frases mais incríveis para o dia das mães, confira aqui no CenárioMT.
  • Cachorrinho viraliza nas redes sociais ao “cantar e tocar teclado” em reunião familiar

    Cachorrinho viraliza nas redes sociais ao “cantar e tocar teclado” em reunião familiar

    Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um cachorrinho tocando teclado e uivando, como se estivesse cantando, durante uma reunião familiar na casa de seu tutor. Veja mais em Mundo Animal.

    O vídeo, que já acumula milhares de visualizações, rapidamente viralizou e rendeu diversos comentários elogiosos ao talento musical do animal.

    Caramelo, o cachorro que vira sensação nas redes sociais por pedir água na pia

    Cachorrinho viraliza ao tocar teclado e “cantar” em vídeo emocionante

    Ver essa foto no Instagram

    Uma publicação compartilhada por Buddy Mercury (@buddymercury)

    Talento musical inusitado: cachorrinho toca teclado e uiva durante reunião familiar

    Nas imagens, o cachorrinho aparece com as patas da frente apoiadas no teclado e chega a executar algumas notas musicais com bastante desenvoltura.

    Em alguns momentos, o animal também solta alguns uivos, que parecem combinar com a melodia que está sendo tocada.

    Cachorrinho Viraliza nas Redes Sociais ao "Cantar" em Reunião Familiar

    O vídeo rapidamente viralizou nas redes sociais e gerou diversos comentários elogiosos ao talento musical do cachorrinho.

  • DF: alunos de periferia abrem caminhos na mais antiga escola de música

    DF: alunos de periferia abrem caminhos na mais antiga escola de música

    Se a vida do estudante Mateus Guimarães, de 22 anos, pudesse ser transcrita em uma partitura, maestros visualizariam uma música em ritmo acelerado, mas em harmonia com um desejo que não lhe sai da boca. Nem do coração. As notas musicais misturam-se com os barulhos do trabalho, que é o de limpador de estofados, na região de Samambaia (DF), a 30 quilômetros (km) de Brasília.

    Está incluso na rotina o som dos passos para panfletar e convencer novos clientes. É o que lhe garante um salário mínimo, com direito a uma folga por semana. Na história da melodia dessa caminhada, o que mexe com ele de verdade é o som da viola de arco. Enquanto espera o barulho do ônibus para casa, lembra-se das obras de Johann Sebastian Bach.

    Mateus é aluno, desde o ano passado, da Escola de Música de Brasília, a maior unidade de ensino pública do gênero no Brasil que, na última semana, completou 60 anos de história, com direito a evento em homenagem a alunos e antigos professores. A cada semestre, a escola recebe aproximadamente 300 alunos e forma, ao menos, outros 300, nos mais variados instrumentos.

    No caso de Mateus, que também estuda sistemas de internet, ele se interessou por instrumentos musicais na igreja em que frequenta na periferia. “Lá aprendi com meu professor a flauta doce. Depois que entrei na escola de música, convenci outros amigos a também tentarem ingressar. O que eu aprendo eu divido com meus amigos. A música nunca deixa a gente sozinho.”

    Não deixa mesmo. Junto com ele, na entrada do evento comemorativo dos 60 anos da escola, no Teatro Maestro Levino de Alcântara, estavam dois amigos de Samambaia e da instituição. O estudante Marcos Vinícius Xavier, de 18 anos, toca violão. Junto ao repertório que ele trouxe da vida de rock e MPB, passou a admirar as peças de Heitor Villa-Lobos. Com eles, a amiga Iandra Santos, de 19, que toca flauta, atualmente faz o curso técnico em farmácia. Os amigos lamentam que demoram mais de uma hora para chegar de ônibus à escola, que fica em um prédio na Asa Sul, no Plano Piloto de Brasília. “Mas me faz muito bem estar aqui”, diz a estudante.

    Periféricos

    O caso dos três amigos da Samambaia não é raro na Escola de Música de Brasília. Segundo o diretor da escola, Davson de Souza, 80% dos alunos moram fora das áreas nobres e são de regiões administrativas do Distrito Federal, e até de outras cidades do Entorno, em Goiás. “Pelo menos 78% dos nossos alunos são também de escolas públicas. A maioria é de pessoas que não têm uma facilidade econômica. Eles valorizam a oportunidade que é estar fazendo música”, afirma.

    O diretor Davson de Souza, de 54 anos, que é negro, explica que seguiu os passos do pai, o também flautista Nivaldo de Souza. Foi aluno da escola desde os 12 anos de idade. “Uma das formas mais democráticas acabou sendo a música mesmo, desde sempre. E aí se estende não só aos negros, mas em todas as classes sociais. Isso foi uma preocupação desde o início da criação da escola, de quem criou a escola, que foi o maestro Livino de Alcântara”. Ele diz que, no local, os filhos da periferia convivem com os filhos da classe média alta.

    “A gente costuma emprestar o instrumento para aqueles alunos que não têm condição nenhuma de comprar”, afirma o professor. Na faixa etária de 8 a 14 anos, a seleção de alunos é por sorteio. Há categorias de adultos em que é necessário algum conhecimento prévio em música.

    Racismo

    No entanto, o professor afirma que, embora exista um espaço democrático, o campo da música não está livre do racismo. Davson de Souza lembra que, ainda como aluno da escola de música, aos 17 anos, conheceu um grupo de flautistas do Rio de Janeiro que estava em turnê para Brasília e precisava de mais um flautista.

    O então adolescente conseguiu a vaga, mas foi surpreendido. “Cheguei no horário que tinham marcado para mim. Entrei, sentei e fiquei esperando o restante do grupo chegar. Entrou uma pessoa que era o gerente do teatro. Passou por mim umas três vezes e perguntou se eu tinha ido arrumar o palco”. Mesmo assim, o diretor da escola de música entende que se trata de um campo em que as pessoas estão menos sujeitas a esse tipo de violência.

    A deputada distrital Dayse Amarílio propôs o concerto comemorativo para garantir visibilidade às atividades na escola. “Vi o quanto a gente precisa dar mais atenção à questão física do espaço, que tem inclusive problemas de acessibilidade.” Há uma estimativa de que a reforma do prédio custaria R$ 13 milhões, que devem ser alocados pelo governo local.

    Ela entende que é necessário mais atenção do poder público a esse equipamento da cultura, que pode ser, na opinião dela, utilizado pelos serviços de saúde, por exemplo. Para a parlamentar, o trabalho da escola de música consegue fazer essa inclusão social e também terapêutica. “Ajuda crianças e adolescentes que poderiam estar em outros locais ou até nas drogas”. A deputada quer propor que as atividades da escola de música sejam apresentadas nas periferias do DF para atrair novos alunos.

    O professor Davson de Souza diz que a finalidade principal da escola é ser uma unidade de ensino profissionalizante, mas há, entre os efeitos, a recompensa de agir em prol da saúde mental.

    Que o diga a clarinetista Bianca di Macena, de 25 anos, que foi diagnosticada com depressão. Ela começou na música em um projeto social de banda musical em uma escola pública do Guará (região a 15 km do centro de Brasília) e desenvolveu-se na música na escola. No caminho, foi a música que a ajudou contra a doença.

    O mundo cinza se transformava em algo diferente quando abria o estojo e montava o instrumento. Já formada, tocou ne última semana na escola de música. “É difícil explicar. Mas eu consigo agora sentir o cheiro dos sons.” As músicas de Pixinguinha tornaram tudo colorido e com cheiro de MPB, bossa nova e recomeço.

    Edição: Juliana Andrade

    — news —

  • Com impulso do streaming, Brasil fica em 9º em ranking fonográfico

    Com impulso do streaming, Brasil fica em 9º em ranking fonográfico

    Impulsionado pelo streaming (tecnologia de transmissão de dados pela internet, principalmente áudio e vídeo, sem a necessidade de baixar o conteúdo), o Brasil ocupou, em 2023, a nona posição no ranking dos dez principais mercados musicais do mundo.

    No ano passado, o mercado fonográfico brasileiro teve faturamento de R$ 2,864 bilhões, com aumento de 13,4%, em comparação ao ano anterior.

    Os dados estão em relatório divulgado nesta quinta-feira (21) pela Pro-Música, entidade que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do país. O resultado obtido no ano passado mais do que triplica o faturamento do mercado fonográfico nacional nos últimos seis anos.

    Há sete anos consecutivos, o Brasil aparece no ranking dos dez principais mercados musicais do mundo.

    O crescimento brasileiro em 2023 supera a expansão do mercado global (10,2%), cuja receita atingiu US$ 28,6 bilhões no período e que também foi influenciado pelo streaming.

    Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Pro-Música, Paulo Rosa, disse que o crescimento observado no Brasil é um fato a ser comemorado e um sinal de que o país continua sendo um mercado muito importante para a música, principalmente a música brasileira.

    O relatório aponta que, dentre as 200 músicas mais acessadas nas plataformas de streaming no Brasil em 2023, a música brasileira teve participação de 93,5%. “Uma coisa muito maior do que já foi nos tempos físicos do vinil e do CD. Normalmente, o consumo de música brasileira representava cerca de 75%. Hoje, está representando muito mais, pelo menos na amostra das mais tocadas. É um fato a ser comemorado também. Mostra uma diversidade grande de música nacional. Não fica só no eixo Rio/São Paulo, na música que é produzida nos grandes centros, mas entra música de todos os lugares do Brasil e de todos os lugares do mundo.”

    América Latina

    Paulo Rosa comentou que, também há bastante tempo, os países da América Latina, que engloba México, América Central e América do Sul, de uma forma geral, crescem acima da média mundial. Isso ocorre, segundo o presidente da Pro-Música, porque esses mercados latino-americanos, desde a metade para o final da década de 1990 e, principalmente nos primeiros anos da década de 2000, foram muito afetados pela pirataria de CDs.

    “Não existia mercado digital na época. Não existia download nem streaming. Tudo isso ainda eram projetos que iam se realizar anos depois. O Spotify, para se ter uma ideia, surgiu na Suécia, em 2008 e, depois, foi se espalhando no mundo. Então, os países latino-americanos sofreram muito, afetados pela pirataria física de CDs, que os camelôs vendiam. Isso existiu tanto no Brasil, como na América Latina toda.” De acordo com Paulo Rosa, isso fez com que o tamanho dos mercados legítimos na região se reduzisse bastante. E, quando veio o digital, primeiro o download e depois o streaming, que tem crescido de cerca de 11 a 12 anos para cá, todos esses mercados abraçam o streaming e têm taxa de crescimento maior, embora sejam mercados menores que os grandes mercados mundiais.

    Top 10

    O presidente da Pro-Música destacou que o Brasil não está tão distante dos grandes mercados, ocupando a nona posição no ranking dos dez maiores da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, do nome em inglês). “Estamos em nono lugar no top 10, mas ainda longe quando comparado com o mercado americano, por exemplo, que tem mais de US$ 15 bilhões, ou o mercado da Inglaterra [US$ 3 bilhões], mas estamos ali brigando no top 10.”

    Paulo Rosa acredita que o Brasil, como maior mercado musical na América Latina, representa muito bem a região. “Eu acho que ainda tem bastante espaço para crescer. Se a gente olhar os dados demográficos do país, a gente sente que ainda existe bastante espaço para seguir crescendo tanto a base de assinantes de plataformas de streaming, que hoje é o modelo dominante e que puxa o crescimento do mercado”. Para ele, esse é um modelo extremamente bem-sucedido na América Latina, porque oferece muita música acessível a quem assina, em troca de um preço razoável. Isso também é uma das explicações para o crescimento do streaming tão rápido no mundo, na América Latina e no Brasil.

    O streaming representou 87,1% do total das receitas do mercado musical no Brasil, alta de 14,6% em relação a 2022, totalizando R$ 2,5 bilhões, mantendo-se como a maior fonte de receitas para o setor. O streaming por assinatura em plataformas como Spotify, YouTube Music, Deezer, Apple Music e outros, registrou crescimento de 21,9%, atingindo R$ 1,6 bilhão. Já o streaming remunerado por publicidade evoluiu 7,3% com vídeos musicais e mostrou leve queda de 1% no segmento de áudio.

    As receitas oriundas de execução pública para artistas, músicos e produtores fonográficos cresceram 4%, somando R$ 336 milhões, enquanto as de sincronização subiram 87%, alcançando R$ 14 milhões.

    O mercado físico também mostrou evolução no ano passado. Apesar de representar apenas 0,6% do total das receitas, esse mercado alcançou R$ 16 milhões, maior patamar desde 2018, com crescimento de 35,2% em relação a 2022. Os discos de vinil foram o grande destaque, com vendas que totalizaram R$ 11 milhões, um aumento de 136,2%, e tornando-se o formato físico mais vendido, ultrapassando os CDs.

    Em termos globais, os números divulgados pela IFPI revelam que o faturamento do streaming de áudio por assinatura aumentou 11,2%, alcançando 48,9% do total do mercado, por meio de 667 milhões de usuários de contas de assinatura pagas, ao final de 2023.

    Tendência

    O presidente da Pro-Música apontou que a tendência é o Brasil continuar crescendo de forma consistente. Ele espera também que a economia brasileira siga crescendo e que o país, de forma geral, continue se mantendo saudável economicamente.

    “Porque isso vai fazer com que o público consumidor de música tenha cada vez mais condições de consumir música de forma legítima, utilizando aplicativos como as plataformas de streaming. É muito melhor, como experiência musical, você assinar uma plataforma do que, por exemplo, ouvir a música de graça, mas sendo interrompido a cada três ou quatro músicas por publicidade”.

    Ele lembrou também que, fora do streaming, o público não dispõe de funcionalidades como playlist (lista de músicas que podem ser reproduzidas uma vez ou em sequência). “Ou seja, a experiência de interatividade no streaming entre usuário e plataforma se dá mesmo nas plataformas que admitem alguma funcionalidade grátis em troca de publicidade”, destacou Paulo Rosa.

    Preocupação

    Apesar dos bons resultados conquistados até o momento, a Pro-Música está preocupada com o uso de ferramentas robotizadas para criação de streams falsos, o que constitui prática ilegal e fraudulenta, e também com os impactos negativos que o uso da inteligência artificial generativa podem vir a causar no ecossistema do mercado de música gravada. A entidade está trabalhando para que os setores criativos, incluindo a música, tenham justa proteção nas novas regulações sobre o uso responsável de IA no Brasil e no mundo. O assunto se encontra em discussão, no momento, no Congresso Nacional.

    Mais acessadas

    O ranking das 200 músicas mais acessadas nas plataformas de streaming no Brasil, em 2023, pode ser acessado aqui.

    Veja a lista das dez mais tocadas:

    Música Artista 1ª Leão Marília Mendonça 2ª Nosso Quadro AgroPlay & Ana Castela 3ª Erro Gostoso (Ao Vivo) Simone Mendes 4ª Bombonzinho (Ao Vivo) Israel & Rodolffo, Ana Castela 5ª Seu Brilho Sumiu (Ao Vivo) Israel & Rodolffo, Mari Fernandez 6ª Oi Balde (Ao Vivo) Zé Neto & Cristiano 7ª Lapada Dela (Ao Vivo) Grupo Menos É Mais & Matheus Fernandes 8ª Tá Ok Dennis & Mc Kevin o Chris 9ª Traumatizei (Ao Vivo) Henrique & Juliano 10ª Duas Três Guilherme & Benuto, Ana Castela & Adriano Rhod

    Fonte: Pro-Música Brasil

    — news —

  • África é mãe do hip hop, diz autor do 1º disco do movimento no Brasil

    África é mãe do hip hop, diz autor do 1º disco do movimento no Brasil

    Quando recebeu o convite para gravar um disco, MC Who pensou que estava diante da realização de um sonho. Mas a importância do projeto que viria se tornar o vinil Hip Hop Cultura de Rua ultrapassou as projeções daquele jovem periférico, que trabalhava de office boy. As oito faixas que vieram a público em 1988 são hoje lembradas como a primeira gravação da cultura hip hop no Brasil.

    A coletânea, que reuniu membros dos diferentes grupos que, à época, dançavam e cantavam na Estação São Bento do Metrô, no centro paulistano, foi pensada inicialmente com um disco da banda de MC Who, O Credo. “A gente teve a sorte de ser protagonista de uma foto de capa na época do Jornal da Tarde”, conta Who sobre como surgiu o convite.

    A banda, no entanto, não tinha ainda composições próprias suficientes para fechar sozinha um disco. Foi assim que surgiu a ideia de convidar músicos que estavam na cena que ganhava força com artistas de diversas partes da cidade. “Dialogando muito com o punk, que era um pouquinho mais velho que a gente, a gente disse: ‘Uma coletânea contempla todo mundo, e aí todas as gangues vão aparecer’”, lembra. Segundo ele, o disco deverá ser relançado em breve, com as faixas remasterizadas.

    O processo de aproximação com a cultura hip hop trouxe, para o MC, muitas reflexões sobre a identidade negra e a forma como a cultura, que atravessa periferias de todo o mundo, dialoga com essa formação. “A grande origem do hip hop é uma mãe, que é a mãe África, que é o processo diaspórico”, enfatiza.

    Mais tarde, Who participou de outro momento importante da história do hip hop em São Paulo, que foi a expansão das batalhas de MCs para a Praça Roosevelt, também no centro da cidade. Ali, ele esteve ao lado de figuras centrais da cultura no país, como Mano Brown, dos Racionais MC’s. “Aqui é um dos grandes berços do rap nacional, talvez o maior, mas a gente ainda tem muito a pesquisar”, destaca.

    Desde então, a cultura nunca mais saiu daquele espaço. Até hoje acontecem batalhas de rimas e de slam na praça, também conhecida pela cena do teatro independente. “O slam, na nossa percepção, é uma manifestação inspirada pela cultura hip hop também. E também tem a batalha de rima aqui, já foi, já voltou, mas ela está sempre aqui, dialogando com o skate, que também é algo que complementa a semiótica da nossa ocupação da rua”, diz.

    Para o MC, recuperar essa história ajuda também a lembrar nomes que acabaram apagados nas narrativas construídas sobre o hip hop no Brasil ao longo dos anos. “Às vezes eu brinco que o Sabotage [rapper paulistano] está dando bronca em todo mundo, dizendo: ‘Eu não quero ficar sentado sozinho aqui nesse Abu Simbel [templo egípcio da antiguidade], nesse panteão. Cadê o J.R. Brown? Cadê o Uzi? Cadê todo mundo?’”, comentou em entrevista ao programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil.

    Confira os principais trechos da entrevista com MC Who.

    Agência Brasil: Hip Hop Cultura de Rua, a primeira coletânea do gênero feita aqui no Brasil. MC Who, conta um pouco pra gente como é que foi essa história. Era pra ser antes um disco da sua banda, do Credo, era isso?
    MC Who: É isso mesmo. A gente teve a sorte de ser protagonista de uma foto de capa na época do Jornal da Tarde. E, nas andanças nas gravadoras, o Wagner Garcia, diretor da [gravadora] Eldorado na época, recém-chegado, viu e perguntou: “Você é poeta da rua?”. Eu achei engraçado, né? Eu falei: “É, a gente faz poesia na rua”. E começou a conversar comigo, pediu dois dias, perguntou se tinha letra, o que a gente tinha pronto e disse: “Me dá uns dois dias que eu vou falar com o chefe”.

    Foram os dois dias mais longos da minha vida, esperando essa resposta. Até que veio a resposta positiva. Imagine, um cara que era office boy, de periferia, pais migrantes, operários, e falar: “Vou gravar um disco”. Sendo que a gente não era cantor, não era nada disso. E assim começa a história. Ele [o disco] se transforma numa coletânea, numa perspectiva muito da cultura hip hop, já está se constituindo um movimento hip hop.

    Tem esse paradoxo, essa discussão desse binômio e sempre que eu tenho oportunidade eu esclareço. O hip hop é uma cultura. Uma cultura gigantesca, produtiva, criativa e dinâmica. E o movimento é organização política, quer dizer, isso já veio de lá, o mito de origem da cultura hip hop está em 11 de agosto de 1973, com a festa que a Cindy Campbell junto com o seu irmão Kool Herc desenvolveu. E, um ano depois, o Africa Bambaataa pega e inaugura a Zulu Nation, que é para organizar isso de uma maneira sistemática, ter uma proposta de acolhimento daquelas manifestações que aconteciam na rua, e também de se posicionar politicamente, na efervescência na década de 1970. Nós temos ali já naquele momento pós-ações afirmativas: Black Panthers, Black Explotation, quer dizer, todas as manifestações culturais apontando para essa autonomia, esse protagonismo do corpo preto.

    A gente já tinha essa carga, essa provocação transgressora da cultura. Então, dialogando muito com o punk, que era um pouquinho mais velho que a gente, a gente disse: “Uma coletânea contempla todo mundo, e aí todas as gangues vão aparecer”. E veio outro desafio: como escolher? A gente parte das gangues de break, que é a Back Spin, com o Thaíde, o MC Jack e eu e Código 13, da Nação Zulu. Isso era uma coisa que transforma o Cultura de Rua na primeira coletânea, porque ele é o que contempla todos os elementos do hip hop, porque o hip hop não pode ser percebido por um elemento só, o elemento só tem o nome dele: breaking, na época break, sem ser anacrônico, mas revisitando esse momento, break, depois breaking, depois a pesquisa nos trouxe a riqueza de informações, a internet nos trouxe toda essa gama do que era praticado lá.

    A gente enfrentou muito também: “Ah, vocês estão imitando os americanos.” Depois, com essa trajetória que eu tive de pesquisa, vi que aconteceu na cena black do Rio, onde tinha discussão da turma do Tony Tornado e Gérson King Combo com os sambistas, aquela matéria de 76, histórica, dizendo o que está acontecendo. A gente também passou por um processo parecido. E, depois, com essa possibilidade de se organizar, principalmente intelectualmente, eu, com toda essa possibilidade de troca de informações com outros praticantes do hip hop, chego à conclusão de que não existe essa questão, porque nós somos o mesmo povo diaspórico.

    Nós passamos pelas mesmas trajetórias de opressão. Quer dizer, o hip hop, a gente não pode esquecer que ele tem uma mãe. A grande origem do hip hop é uma mãe, que é a mãe África, que é o processo diaspórico. Que eu não gosto, eu sou mais para o lado do Joel Rufino, eu falo que é o deslocamento do corpo preto escravizado. Porque a diáspora é uma questão heroica, da travessia de um deserto e tal, diásporos, espalhar semeando. Não, nós viemos pra cá trancados, nossos antepassados. Então, a gente tem que entender que isso marca essas questões todas, dos apagamentos históricos e tudo.

    O que o hip hop precisa e tem compromisso tanto de quando se originou há 50 anos, há quase 40 no Brasil, a gente caminha para 40 anos no ano que vem, na minha percepção, porque a questão histórica precisa de um mito, ela precisa de marcos para poder se fundamentar, ficar consolidado e você dizer para as novas gerações. Esse compromisso com a matriz africana precisa estar sempre sendo renovado e reafirmado dentro da construção da nossa cultura, que é dinâmica.

    Agência Brasil: Muito se fala da Estação São Bento, aqui, no centro de São Paulo, da importância que aquele espaço tem para o hip hop, da Rua 24 de Maio, mas e a Praça Roosevelt também tem um papel nessa história, não é verdade? Queria que você contasse um pouco como é que essa praça se insere na história do hip hop e como é que o hip hop ainda está aqui.
    MC Who: Essa pergunta é importante porque ela dá espaço para a gente lembrar grandes figuras que não estão mais com a gente, como o J.R. Brown. O J.R. Brown, o DJ Uzi, o Marcos Tadeu Telésforo, o grande letrista DJ Uzi, autodidata na língua inglesa, ele traduzia tudo para a gente entender o que estava acontecendo. E o J.R. Brown era um visionário, era um cara que estava à frente do tempo. Nós éramos amigos, andávamos juntos, dividindo tudo da potência. A gente não ficava só nas equipes de baile, apesar de a gente gostar também, a gente andava nas outras casas, lidava com outras tribos. E a gente entendia que o hip hop estava num caminho que era crescente, que ia ficar muito grande. A gente entendia que estava crescendo demais, que a São Bento já não suportava mais. E ali tudo adolescente, tudo muito, os hormônios, aquela coisa, tinha as questões de protagonismo.

    O break, que era a grande atração, começa a dividir essa atenção, e por uma característica muito simples, porque o break precisa do corpo para se expressar, e o rapper, ele fala. Você vê, aqui, nessa entrevista, como a gente fala. Acabou que esse protagonismo das lentes também levou muito a essas discussões. E, principalmente, enquanto tinha a roda de break, os rappers ficavam batendo na lata do lixo, que era a nossa bateria eletrônica, e cantando as suas novas letras, às vezes, até improvisando ali, e isso teoricamente atrapalhava.

    Muita gente fala que é uma briga, não é. Foi uma tensão de espaço. Aí o J.R. falou assim: “Who, pega os meninos, vamos subir para a Roosevelt, que lá a praça é só nossa, só do rap, e a gente vai tocar isso lá”. E aqui é um dos grandes berços do rap nacional, talvez o maior, mas a gente ainda tem muito a pesquisar, os outros territórios, 26 estados mais o DF. Mas aqui, na Roosevelt já passou [de tudo] aqui: começando com Racionais, que eram esses mais novos que estavam com a gente. O [Mano] Brown, inclusive, fala isso no livro do TR, que é o antigo DJ do MV Bill, ele escreveu um livro, chama Acorda Hip Hop, onde numa entrevista o Brown fala isso: “Subimos eu, o MC Who, o J.R. Brown e a gente foi pra Roosevelt e ocupou a Roosevelt com o rap.”

    Vozes Hip Hop arte

    MC Who: Continua, e é muito legal. Na época, a Roosevelt tinha dois andares. Depois, ela sofreu uma reforma forte, e hoje ela é essa praça mais plana aqui. Lá na outra ponta da Roosevelt, que dá pra ver o caminho pra Radial Leste, ali acontece o Slam Resistência. O slam, na nossa percepção, é uma manifestação inspirada pela cultura hip hop também. E também tem a batalha de rima aqui, já foi, já voltou, mas ela está sempre aqui, dialogando com o skate, que também é algo que complementa a semiótica da nossa ocupação da rua. É importante que a gente não esqueça a Roosevelt dentro das nossas narrativas, porque trazendo a Roosevelt, trazendo o território, trazendo o cenário, a gente traz os personagens.

    Às vezes eu brinco que o Sabotage está dando bronca em todo mundo, dizendo: “Eu não quero ficar sentado sozinho aqui nesse Abu Simbel [templo egípcio da antiguidade], nesse panteão. Cadê o J.R. Brown? Cadê o Uzi? Cadê todo mundo? Porque passa por essa coisa da validação, do establishment. Quando a mídia, ou alguém famoso, no caso do [sambista] Cartola, no caso do Donga, eles precisaram ser validados pelo jornalista branco, ou burguês, ou culturalmente mais avançado. Esses precisam estar sendo trazidos, porque eles foram muito importantes. O J.R. dizia: “Toda praça e toda rua é hip hop”. E a gente perdeu ele, um cara que faz muita falta. O DJ Uzi faz muita falta. E o Marcos Tadeu, que também trocou muita letra, que é um dos grandes, talvez o maior letrista da nossa geração e é esquecido. É importante a gente relembrar isso.

    Agência Brasil: MC Who, conta pra gente um pouco como foi sua chegada ao hip hop. De que parte aqui de São Paulo você é?
    MC Who: Eu nasci e fui criado no Real Parque, perto da Ponte do Morumbi, na época era um bairro operário. Eu passei por outros bairros, Aeroporto, depois eu fui pra Parque Araribá, Vila das Belezas e fomos criados ali na periferia de São Paulo, zona sul e extremo sul sempre. Eu tenho vários irmãos mais velhos e tenho meus tios, que tinham muito disco, até hoje eu tenho esse hábito de manipular os discos. Desde pequeno eu tive disco em casa, tive disco desde Luiz Gonzaga, ou Saraiva, esses instrumentais que o meu pai ouvia, até as coisas mais contemporâneas pra época dos meus irmãos, como Caetano Veloso, Gal Costa, todos esses e vários outros que foram chegando, mais alternativos.

    Aí eu entendi que a música era muito além do que aparecia na televisão ou nos jornais ou nas revistas. Tinha coisas alternativas ali. Assim que eu tomei contato. Depois chega a black music tanto no colégio quanto dentro de casa também. Eu fui entender que o Tim Maia era black music e tal. Entender tudo aquilo era também da nossa identidade. Apesar de a gente ser mestiço, a gente queria se identificar com a questão cultural e a música me fez entender que eu era um homem preto. Muita gente desestimulava isso. “Você não é tão preto”. Hoje a gente sabe que é o tal do colorismo, mas na época… Não, tudo que eu faço é coisa de preto. Quando no começo dos anos 80 começam a chegar as primeiras referências da cultura hip hop, cultura de rua, que estava acontecendo nos Estados Unidos. Tem, por exemplo, desde um vídeo da banda [norte-americana] Chic, Hangin’ Out, que mostra o garoto quebrando no breaking, no break, no pop e o boombox ali. Tinha um cenário de falar: “Quero fazer isso”.

    Como todo adolescente quer ter isso, quer ter essas identidades. Depois tem um monte de artistas pop que foram usando elementos da cultura de rua como break, como Lionel Richie. Mas eu penso e proponho que o Beat Street, que foi lançado no Brasil como Loucuras do Ritmo, ele seja o grande, apesar de ser uma alegoria bobinha, num caso de romance e tal, mas ele já mostra ali como que funcionava a cultura pra nós. A gente discutindo hoje sabe que, para os Estados Unidos, o Beat Street não é tão importante ou quase nenhum importante, a não ser uma coisa alegórica mesmo, do cinema, da indústria. Eles valorizam o Myron Wad Style, de 1983, que só foi chegar aqui ao Brasil pra gente entender e assistir a ele na década de 1990. Mas ele foi lançado no Brasil também, mas passou num circuito acadêmico, a gente foi descobrir isso depois. O contato com a cultura foi isso: uma identidade imediata.

    Existia um desafio muito grande de dizer: “Ó, eles conseguem cantar falado assim porque é inglês. Inglês tem uma série de contrações e tal”. Foi o primeiro desafio para um garoto de 12 anos. Aos poucos, a gente foi conhecendo poesia. E a gente começou a cantar poesia. Seja ela Fernando Pessoa ou Manuel Bandeira. Isso é uma coisa singular minha, cada um teve o seu processo. Mas eu e o Cássio, o DJ Uzi, do Credo, a gente pegou esse caminho. Nós pegamos as métricas das poesias e entendemos que a gente tinha que escrever daquela forma para que a gente tivesse a levada, que hoje chama flow. E é lógico que isso vai se sofisticando, vai ficando cada vez mais sofisticado. Mas era essa necessidade de se expressar, que a gente lia e queria dizer o que estava entendendo daquilo. A história conta o resto, mas eu comecei assim.

    Agência Brasil: Queria falar um pouco também sobre O Credo, que era sua banda no início. Queria saber um pouco sobre o que vocês trouxeram para o disco Hip Hop Cultura de Rua.
    MC Who: O Credo na época tinha uma preocupação de provocar isso, que as pessoas pensassem nelas, que trouxesse uma reflexão da sua existência. A gente ficava provocando porque tinha a questão da religião, tinha a questão da sua origem, então nós fizemos essas provocações, tanto teóricas dentro das letras, que nós, pela formação familiar, minha mãe influenciou, meu pai influenciou muito a mim ler. O Cassius Franco, o DJ Uzi, também lia muito e pesquisava muito sobre música, quanto à origem dele com o pai, que era DJ também de jazz. As letras tinham essa pegada pra provocar mesmo. E aí também a questão estética de que a gente era influenciado muito, tanto pelo jazz, quanto à música instrumental brasileira, e por essa questão da transgressão, do Malcolm X [líder e pensador negro norte-americano]. A gente ouvia muito Public Enemy na época.

    O [grupo de rap norte-americano] Public Enemy provocou a gente também a dialogar com essas influências. A gente foi buscar os guitarristas de metal, que nem eles gravaram com Slayer, Tantrax [bandas de heavy metal] e tal. E a gente foi atrás do Hélcio Aguirra, finado Hélcio, saudoso, que era do Golpe de Estado, a maior banda metal na época, muito amigo do nosso produtor e músico Akira S, que também já vinha de outro setor, dos Garotas que Erraram, que era uma música eletrônica alternativa da época.

    Teve uma ideia do Gilson Fernandes, que era o produtor do disco, e falou que o Boccato, o instrumentista Boccato, tinha feito as demos com a gente, mas que o disco tinha que ter o Raul de Souza, que era internacionalmente conhecido. O grande Raul de Souza vem de maneira muito generosa e participa das faixas do Credo, o que muita pouca gente sabe. O maior trombonista do mundo na época, pela Down Beat, que era uma revista especializada, o Raul de Souza gravou com o Credo, que eram os garotos da periferia.

    Aproveitando isso, as nossas faixas vão ser remasterizadas porque vai ser lançada uma reprensagem do Cultura de Rua através da Vinil Brasil, onde o Michel fez um trabalho muito especial de recuperação dessa mixagem, dessa qualidade técnica que vai valorizar esses instrumentistas que O Credo teve a honra de receber em suas faixas.

     
    — news —

  • Tincoãs marcam entrada da religião afro-brasileira na música nacional

    Tincoãs marcam entrada da religião afro-brasileira na música nacional

    O grupo baiano Os Tincoãs marcaram um momento pioneiro na música nacional, a incorporação das canções e ritmos religiosos afro-brasileiros. Uma história que está sendo revivida neste ano, com o lançamento de Canto Coral Afrobrasileiro, álbumgravado em 1983.

    “É difícil até mensurar o tamanho da importância do relançamento do álbum”, enfatiza o professor da Universidade Federal da Bahia Iuri Passos, que também é alagbê (chefe dos tocadores de atabaque) do Terreiro do Gantois e um dos autores do livro Nós, Os Tincoãs.

    “Esta é uma oportunidade para as novas gerações conhecerem a história dos Tincoãs, que influenciou toda a música brasileira. A forma das melodias, com os cantos, os ritmos, o violão, as vozes, que são tão marcantes no trabalho, que é o marco de uma transição,quando a música começa a sair dos terreiros e ir para os palcos e, dali, para o mundo”, diz Passos.

    Para o especialista, demarcar o espaço e a influência das religiões de matriz africana na cultura brasileira é especialmente relevante em um momento em que se multiplicam casos de intolerância religiosa.

    “Ele vem em um momento crucial com esse relançamento, que é um ato de resistência, a prova de que ainda estamos aqui, lutando todos os dias pela representatividade de ser negro, negra, do candomblé. Ter a certeza de que você vai sair com as suas roupas do candomblé e voltar em paz para casa”, afirma.

    Trajetória não linear

    A história do Canto Coral Afrobrasileiro, que chega a público 40 anos após as gravações, reflete a própria trajetória dos Tincoãs, trio fundado na década de 1960, em Cachoeira, no Recôncavo Baiano. Apesar de, nas décadas seguintes, ter tido boa parte do repertório regravada por grandes artistas e ser influência decisiva para inúmeros outros, o grupo não conseguiu estabilizar a carreira à época.

    Dois dos integrantes do grupo, Mateus Aleluia e Grinaldo Salustiano dos Santos, o Dadinho, decidiram, em 1983, permanecer em Angola depois de uma turnê pelo país africano, o que levou ao rompimento com o terceiro parceiro, Getúlio Souza, o Badu. No início dos anos 2000, Aleluia retorna ao Brasil em carreira solo. Enquanto isso, o disco, gravado com cantores do coral dos Correios, permaneceu engavetado.

    Pela fé

    80 anos do cantor Mateus Aleluia. Foto: Mateus Aleluia/Instagram80 anos do cantor Mateus Aleluia. Foto: Mateus Aleluia/Instagram80 anos do cantor Mateus Aleluia. Foto: Mateus Aleluia/Instagram – Mateus Aleluia/Instagram

    Essa trajetória não linear é enxergada com naturalidade por Aleluia, que completa 80 anos na próxima segunda-feira (25). “Todos nós vivemos pela fé. A gente diz que não, mas todos nós vivemos pela fé. Então, a gente faz um trabalho, e pode ser que agora esse trabalho não seja entendido. Mas nós vivemos pela fé e achamos que ele está sendo entendido, sim”, diz, em entrevista à jornalista Cibele Tenório, no programa Festa do Disco, que vai ao ar às 20h deste domingo (24), na Rádio Nacional.

    Tal visão de mundo, em que os acontecimentos têm curso próprio, parece também permear a explicação de Aleluia para a opção do trio pela música religiosa afro-brasileira. “Essa, basicamente, foi a nossa formação: candomblé à noite, para a gente dormir. Sino da igreja católica e o órgão da igreja católica invadindo os lares, durante o dia. Então, dessa base aí, ninguém fugia”, lembra o músico sobre a vida no Recôncavo, quando sequer havia liberdade para os cultos de matriz africana.

    “Na minha época, ele [culto] era marginal. Então, não se batia candomblé à vontade como hoje. Não se cultuava o candomblé como se cultua hoje. Era tudo na marginalidade”, afirma Aleluia.

    Referência

    A sonoridade dos Tincoãs permanece viva e atual, sendo cultuada por bandas contemporâneas, como a paulistana Bixiga 70. “Apesar do Bixiga 70 carregar a influência de diversos estilos não propriamente brasileiros, sempre existiu uma preocupação muito grande nossa em soar brasileiro e buscar influências de raiz da música brasileira. E o Tincoãs era para gente uma sonoridade muito refinada, ao mesmo tempo que muito brasileira e ancestral”, enfatiza Daniel Verano, trompetista do grupo.

    A força da música do trio baiano é tão grande que Verano lembra até hoje como as canções entraram no repertório. “É inesquecível o dia que a gente levantou essa música [Deixa a gira girar], foi no final de 2011, foi o último ensaio do ano. Foi tão legal, que a gente saiu de lá e foi festejar. A gente sentiu um portal abrindo”, relembra.

    Foi apenas em 2017 que o Bixiga pôde tocar no mesmo palco que Mateus Aleluia, em um evento na Universidade da Califórnia, ocasião que o trompetista também lembra com carinho. “Tincoãs é uma referência máxima para a gente”, afirma.

    Edição: Nádia Franco
    — news —

  • Dupla sertaneja formada no interior de MT é indicada ao maior prêmio da música brasileira

    Dupla sertaneja formada no interior de MT é indicada ao maior prêmio da música brasileira

    Uma dupla formada em Alta Floresta, região norte de Mato Grosso, no início dos anos 2000 concorre a um dos maiores prêmios da música brasileira. Os irmãos Mayck e Lyan foram indicados e concorrem na categoria Música Regional na 30ª edição do Prêmio Música Brasileira. A cerimônia de premiação acontece na noite desta quarta-feira (31) no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

    Mayck, nascido no interior de São Paulo, e Lyan, nascido de Alta Floresta, concorrem com Duo Aduar e Sample Hate como duplas.

    O Prêmio da Música Brasileira é conhecido como o mais tradicional e respeitado evento do gênero no país. A 30ª edição do PMB fará uma homenagem especial a Alcione que celebra 50 anos de carreira. Desfilarão no palco do Theatro Municipal artistas de várias gerações e estilos musicais. Maria Bethânia e Gloria Groove farão dueto especial, além das duplas formadas por Emicida e Fioti, Péricles e Ferrugem, Seu Jorge e Iza, Diogo Nogueira e o grupo Inovasamba, além do inédito trio formado por Fran, Tim Bernardes e Zé Ibarra. Outras atrações da noite são Caetano Veloso, Luedji Luna e Marina Sena.

    Indicados ao PMB 30

    A seleção dos indicados ao Prêmio da Música Brasileira traça um panorama diverso, múltiplo e abrangente da produção musical do último ano no país.

    A lista contempla artistas de todas as regiões do Brasil, com 18 estados (Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins), representados em diversas indicações.

    Mayck e Lyan

    A dupla iniciou sua trajetória no interior de Mato Grosso inspirada principalmente nos ídolos Tião Carreiro e Pardinho e Ronaldo Viola, ícones da música de raiz. O talento dos irmãos começou a ter reconhecimento nacional, a partir de 2005, com a participação no Programa Raul Gil.

    “Estamos felizes demais com essa indicação que, por si só, já é um presentão pra gente. Sermos indicados a um Prêmio tão importante como esse e que envolve tantos talentos, nos dá ainda mais motivação para seguirmos trilhando a nossa história”, disse, por meio de sua assessoria, a dupla.

    A dupla registra algumas marcas significativas, como: Disco de Ouro, Disco de Platina e DVD de Ouro, além de indicações a diversos prêmios.

    Recentemente, os irmãos tiveram uma música na trilha sonora da novela Pantanal: ‘Chuva no Pantanal’. Neste primeiro semestre de 2023, eles divulgam o single ‘Segura Esse Peão’.

    Lista de indicados

    CANÇÃO POPULAR

    DUPLA

    Maiara e Maraisa

    NAGE

    Os Barões Da Pisadinha

    GRUPO

    Orquestra Greiosa

    Psirico

    Zimbra

    INTÉRPRETE

    Duda Beat

    Lucy Alves

    Marília Mendonça

    Roberta Miranda

    Roberto Carlos

    LANÇAMENTO

    Duda Beat – Dar Uma Deitchada (Produção: Lux & Tróia)

    Felipe Cordeiro, Chico César – De Amor, Amor (Produção: Felipe Cordeiro)

    Marília Mendonça – Decretos Reais (Produção: Junior Champi, Elvis Tcherr)

    ESPECIAIS

    LANÇAMENTO ELETRÔNICO

    Batata boy, Garbela – Entre Cidades (Produção: Batata Boy, Garbela)

    Gerra G – Todos os Lados (Produção: Gerra G)

    VHOOR – Baile & Bass (Produção: VHOOR)

    LANÇAMENTO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA

    Anitta – Versions of Me (Produção: Ryan Tedder)

    Blubell, Luca Raele – If You Only Knew (Acoustic) (Produção: Luca Raele)

    Cássia Eller, Victor Biglione – Cássia Eller & Victor Biglione in blues (Produção: Victor Biglione, Zé Nogueira)

    LANÇAMENTO ERUDITO

    Orquestra Sinfonica Brasileira – Abertura da Ópera o Guarani (Ao Vivo)

    Orquestra Sinfonica Brasileira – Bachiana Nº 4-1 Movimento

    Orquestra Sinfonica Brasileira – Divertimento para Cordas (Ao vivo)

    LANÇAMENTO INFANTIL

    Dudu Nicácio – Bloco Fera Neném (Produção: Rodrigo Braga)

    Mundo Bita – É Alegria (Produção: Chaps Melo, Vinícius Guerra (Vinispace) e Walman Filho)

    Planeta DóRéMi, Léo Pinheiro – Lá na Fazenda do Meu Pai (Produção: Léo Pinheiro)

    PROJETO ESPECIAL

    Alfredo Del-Penho, João Cavalcanti, Moyseis Marques, Pedro Miranda – Desengaiola (Produção: João Cavalcanti e Pedro Luís)

    Baby Do Brasil, Pepeu Gomes – Baby e Pepeu – Noites Cariocas (Ao Vivo) (Produção: Pepeu Gomes, Juliano Cortuah)

    Gabriel Aragão – Malhada Vermelha (Trilha Sonora Original do Filme) (Produção: Gabriel Aragão)

    INSTRUMENTAL

    GRUPO

    Gian Correa e os Chorões Alterados

    Letieres Leite, Orkestra Rumpilezz

    Pianorquestra

    SOLISTA

    Bebê Kramer

    Dom Salvador

    Jaques Morelenbaum

    Jorge Helder

    Yamandu Costa

    LANÇAMENTO

    Dom Salvador – Dom Salvador Trio (Samborium) (Produção: Dom Salvador)

    Letieres Leite, Orquestra Rumpilezz – Moacir de todos os santos (Produção: Letieres Leite, Sylvio Fraga e Pepê Monnerat)

    Yamandu Costa, Bebê Kramer – Simpatia (Produção: Yamandu Costa e Bebê Kramer)

    MPB

    GRUPO

    Bala Desejo

    Banda de Boca

    MPB4

    INTÉRPRETE

    Alaíde Costa

    Djavan

    Dori Caymmi

    Gilberto Gil

    Mônica Salmaso

    LANÇAMENTO

    Alaíde Costa – O Que Meus Calos Dizem Sobre Mim (Produção: Marcus Preto, Pupillo, Emicida)

    Alceu Valença, Orquestra de Ouro Preto – Valencianas II: Ao Vivo Em Portugal (Produção: Maestro Rodrigo Toffolo)

    Chico Buarque, Hamilton de Holanda – Que Tal um Samba? (Produção: Luiz Claudio Ramos)

    MELHOR CANÇÃO

    Alaíde Costa – Pessoa-Ilha (Intérprete: Alaíde Costa / Compositor: Emicida, Ivan Lins)

    Chico Buarque, Hamilton de Holanda – Que Tal um Samba? (Intérprete: Chico Buarque / Compositor: Chico Buarque)

    Zé Miguel Wisnik – Chorou e Riu (Intérprete: Zé Miguel Wisnik, Mônica Salmaso / Compositor: Zé Miguel Wisnik)

    MÚSICA URBANA

    GRUPO

    Afrocidade

    Pavilhão 9

    Planet Hemp

    INTÉRPRETE

    Baco Exu do Blues

    Criolo

    Gloria Groove

    IZA

    Xênia França

    LANÇAMENTO

    Criolo – Sobre Viver (Produção: Tropkillaz)

    Baco Exu do Blues – QVVJFA (Quantas Vezes Você Já Foi Amado?) (Produção: Marcelo Delamare)

    Planet Hemp – JARDINEIROS (Produção: Planet Hemp, Nave, Mario Caldato Jr, Tropkillaz)

    POP/ROCK

    GRUPO

    Gilsons

    Jovem Dionísio

    Ratos De Porão

    INTÉRPRETE

    Chico César

    Elza Soares

    Erasmo Carlos

    Tom Zé

    Tulipa Ruiz

    LANÇAMENTO

    Erasmo Carlos – O Futuro Pertence Á… Jovem Guarda (Produção: Pupillo)

    Elza Soares – Elza Ao Vivo No Municipal (Produção: Rafael Ramos)

    Chico César – Vestido de Amor (Produção: Jean Lamoot, Chico César)

    REGIONAL

    DUPLA

    Duo Aduar

    Mayck & Lyan

    Sample Hate

    GRUPO

    Boi Bumbá Garantido

    Olodum

    Quinteto Violado

    INTÉRPRETE

    Alceu Valença

    Almir Sater

    Elba Ramalho

    Isadora Melo

    Zeca Veloso

    LANÇAMENTO

    Almir Sater – Do Amanhã Nada Sei (Produção: Eric Silver)

    Elba Ramalho – Elba Ramalho No Maior São João do Mundo (Ao Vivo) (Produção: Junior Evangelista)

    Zeca Veloso – O Sopro do Fole (Produção: Zeca Veloso, Luciano Oliveira, Antonio Pedro Ferraz, Pedro Paulo Monnerat)

    REVELAÇÃO

    Fernando Dias Gomes

    Maurício Guil

    Plínio Fernandes

    SAMBA

    GRUPO

    Grupo Fundo De Quintal

    Grupo Revelação

    Raça Negra

    INTÉRPRETE

    Diogo Nogueira

    Ferrugem

    Maria Rita

    Martinho da Vila

    Pericles

    LANÇAMENTO

    Diogo Nogueira e Hamilton de Holanda – Fim do Horizonte (Produção: Hamilton de Holanda e André Vasconcellos)

    Grupo Fundo De Quintal – Fundo de Quintal – 45 Anos Vol.1 (Ao Vivo) (Produção: André Renato)

    Martinho da Vila – Mistura Homogênea (Produção: Celso Filho, Martinho Antônio)

    PROJETO AUDIOVISUAL

    Anitta, LUCK MUZIK – TROPA (Direção: Christian Breslauer)

    Gilsons – Pra Gente Acordar (O Filme) (Direção: Pedro Alvarenga)

    Iza – Fé (Direção: Felipe Sassi)

    Pabllo Vittar, Gloria Groove – AMEIANOITE (Direção: Fernando Nogari)

    Tim Bernardes – Mistificar (Direção: André Dip)